Reeleito com 61,53% dos votos, Sebastião Melo (MDB) derrotou Maria do Rosário (PT), que ficou com 38,47% no segundo turno. O triunfo mantém a direita no poder e o PT continua fora do comando da prefeitura desde 2005.
Ele foi apoiado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) neste segundo turno e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi a Porto Alegre para oficializar a candidatura da vice, a tenente-coronel de Exército Betina Worm.
Há mais de 40 anos na política, Melo tem 66 anos e é filiado ao MDB desde 1981. Ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul, cargo que exerceu até 2021. E já atuou por três mandatos (2001-2012) como vereador da capital. Entre o último ano no Legislativo municipal e a primeira corrida eleitoral à prefeitura, foi eleito vice em 2012. Em 2016, teve 39,50% dos votos e foi derrotado no segundo turno por Nelson Marchezan Júnior (PSDB), preferido por 60,50% dos eleitores.
Lançado como pré-candidato à prefeitura em 2020, foi eleito na segunda tentativa ao lado do vice, o vereador Ricardo Gomes (DEM). Nessa oportunidade derrotou Manuela d’Ávila (PCdoB) e seu antecessor, que ficou fora do segundo turno.
Foi em meio à pandemia de Covid-19 que Melo assumiu a prefeitura, em 2021. Na ocasião, foi criticado após afrouxar regras de uso de máscara e defender o tratamento precoce e sem eficácia comprovada com cloroquina, azitromicina e ivermectina.
Dessa vez, seu maior problema foram as enchentes que atingiram a cidade e deixaram bairros inteiros debaixo d’água – inclusive a prefeitura, que fica no centro da cidade. Em maio, chegou a ser acusado de negligência na manutenção do sistema de proteção da cidade. Melo, no entanto, negou responsabilidade sobre o problema e atribuiu a falha à concepção do sistema.
Natural da cidade de Piracanjuba, em Goiás, o prefeito recebeu o título de cidadão de Porto Alegre em 2022, por iniciativa da Câmara Municipal. Apesar da condecoração ter sido entregue após a posse, ela já havia sido aprovada pelo Legislativo em dezembro de 2016.