Reino Unido afirma que urnas eletrônicas brasileiras são seguras e eficientes


Em comunicado, embaixada britânica em Brasília diz esperar que ‘todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas’

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA – Em nova reação à tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de minar a credibilidade das eleições no Brasil, o Reino Unido afirmou nesta quinta-feira, dia 21, que as urnas eletrônicas já se mostraram “seguras” e ganharam reconhecimento global por sua “celeridade e eficiência”. O governo britânico manifestou, em comunicado diplomático, confiança na democracia brasileira e cobrou o comprometimento de todos os atores internos com respeito a eleições livres e justas.

“Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência”, diz nota divulgada pela embaixada britânica em Brasília. “Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.”

continua após a publicidade
O presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para apontar, mesmo que sem provas, falhas no sistema eleitoral do País Foto: Divulgação/PR

Os britânicos disseram também que as instituições brasileiras são “sólidas e transparentes”, outro contraponto ao presidente brasileiro. Além de contestar o sistema eletrônico de votação e contagem de votos, Bolsonaro mira seus ataques no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja cúpula ele acusa de agir para golpear a democracia e favorecer seu principal adversário na disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro sustenta parte de sua argumentação em supostas ameaças ainda não debeladas, que teriam sido encontradas pelas Forças Armadas. O Ministério da Defesa insiste em pressionar a Corte por mudanças no processo eleitoral. O presidente também conta com a disposição da cúpula da Polícia Federal em mobilizar pessoal para auditar a votação, e com planos de fiscalização da Controladoria-Geral da União e suporte jurídico da Advocacia-Geral da União.

continua após a publicidade
Embaixadores assistindo apresentação de powerpoint de Bolsonaro com ataques às urnas eletrônicas e ao TSE  Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Sem citar os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, seja Bolsonaro ou Lula, apontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto, Londres afirmou que “quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o governo britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos”.

A reação do Reino Unido é a segunda da comunidade internacional a Bolsonaro. Três dias após o presidente reunir cerca 70 embaixadores no Palácio da Alvorada e contestar a legitimidade de eleições passadas e da próxima no Brasil, a diplomacia britânica se pronunciou publicamente, modelo de resposta inaugurado pelos Estados Unidos. Como o Estadão mostrou, embaixadores presentes Alvorada saíram do encontro sem se convencer das suspeitas de fragilidade levantadas pelo presidente e com a impressão de que ele promoveu um ato de campanha.

continua após a publicidade

O governo Joe Biden rebateu os argumentos de Bolsonaro na terça-feira, dia 19, afirmando que a votação no Brasil é um modelo para o mundo. Depois de a embaixada dos EUA divulgar um comunicado diplomático oficial, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, reiterou o posicionamento do governo Joe Biden e cobrou, durante entrevista na quarta-feira, dia 20, em Washington, que as instituições envolvidas na eleição sigam seu papel previsto na Constituição. Biden tem sido pressionado internamente por aliados do Partido Democrata a cobrar que Bolsonaro respeite o resultado das eleições se derrotado e que os militares brasileiros, parceiros históricos dos norte-americanos, não se envolvam em iniciativas bolsonaristas para contestar o pleito, em eventual golpe de Estado.

Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido não têm embaixador atualmente em Brasília. Ao contrário dos norte-americanos, os britânicos não assistiram presencialmente à argumentação de Bolsonaro no Alvorada. A embaixada afirmou que a encarregada de negócios, Melanie Hopkins, atualmente no comando da representação do país em Brasília, não recebeu convite da Presidência da República. Os EUA foram representados no encontro de Bolsonaro com chefes de missão diplomática por seu encarregado de negócios, Douglas Koneff, também na chefia da embaixada.

Além da reação externa, funcionários do Itamaraty também saíram em defesa das urnas eletrônicas. A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) e o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) ressaltaram a confiança e a participação no processo eleitoral, dando suporte à organização de votações nas repartições consulares. A Zona Eleitoral Exterior ultrapassou a casa dos 600 mil eleitores cadastrados, sendo maior do que a população apta a votar em Estados como Roraima, Acre e Amapá. “A diplomacia brasileira testemunhou sempre elevados padrões de confiabilidade que se tornaram referência internacional indissociável da imagem do Brasil como uma das maiores e mais sólidas democracias do mundo”, disse a ADB.

continua após a publicidade

Leia a íntegra da nota do Reino Unido:

Nota da Embaixada Britânica sobre eleições no Brasil

Esta semana tem sido marcada por um amplo debate público sobre o sistema eleitoral brasileiro. Acreditamos na força da democracia do Brasil, que conta com instituições sólidas e transparentes.

continua após a publicidade

Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência.

Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.

Quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o Governo Britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos.

BRASÍLIA – Em nova reação à tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de minar a credibilidade das eleições no Brasil, o Reino Unido afirmou nesta quinta-feira, dia 21, que as urnas eletrônicas já se mostraram “seguras” e ganharam reconhecimento global por sua “celeridade e eficiência”. O governo britânico manifestou, em comunicado diplomático, confiança na democracia brasileira e cobrou o comprometimento de todos os atores internos com respeito a eleições livres e justas.

“Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência”, diz nota divulgada pela embaixada britânica em Brasília. “Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.”

O presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para apontar, mesmo que sem provas, falhas no sistema eleitoral do País Foto: Divulgação/PR

Os britânicos disseram também que as instituições brasileiras são “sólidas e transparentes”, outro contraponto ao presidente brasileiro. Além de contestar o sistema eletrônico de votação e contagem de votos, Bolsonaro mira seus ataques no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja cúpula ele acusa de agir para golpear a democracia e favorecer seu principal adversário na disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro sustenta parte de sua argumentação em supostas ameaças ainda não debeladas, que teriam sido encontradas pelas Forças Armadas. O Ministério da Defesa insiste em pressionar a Corte por mudanças no processo eleitoral. O presidente também conta com a disposição da cúpula da Polícia Federal em mobilizar pessoal para auditar a votação, e com planos de fiscalização da Controladoria-Geral da União e suporte jurídico da Advocacia-Geral da União.

Embaixadores assistindo apresentação de powerpoint de Bolsonaro com ataques às urnas eletrônicas e ao TSE  Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Sem citar os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, seja Bolsonaro ou Lula, apontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto, Londres afirmou que “quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o governo britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos”.

A reação do Reino Unido é a segunda da comunidade internacional a Bolsonaro. Três dias após o presidente reunir cerca 70 embaixadores no Palácio da Alvorada e contestar a legitimidade de eleições passadas e da próxima no Brasil, a diplomacia britânica se pronunciou publicamente, modelo de resposta inaugurado pelos Estados Unidos. Como o Estadão mostrou, embaixadores presentes Alvorada saíram do encontro sem se convencer das suspeitas de fragilidade levantadas pelo presidente e com a impressão de que ele promoveu um ato de campanha.

O governo Joe Biden rebateu os argumentos de Bolsonaro na terça-feira, dia 19, afirmando que a votação no Brasil é um modelo para o mundo. Depois de a embaixada dos EUA divulgar um comunicado diplomático oficial, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, reiterou o posicionamento do governo Joe Biden e cobrou, durante entrevista na quarta-feira, dia 20, em Washington, que as instituições envolvidas na eleição sigam seu papel previsto na Constituição. Biden tem sido pressionado internamente por aliados do Partido Democrata a cobrar que Bolsonaro respeite o resultado das eleições se derrotado e que os militares brasileiros, parceiros históricos dos norte-americanos, não se envolvam em iniciativas bolsonaristas para contestar o pleito, em eventual golpe de Estado.

Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido não têm embaixador atualmente em Brasília. Ao contrário dos norte-americanos, os britânicos não assistiram presencialmente à argumentação de Bolsonaro no Alvorada. A embaixada afirmou que a encarregada de negócios, Melanie Hopkins, atualmente no comando da representação do país em Brasília, não recebeu convite da Presidência da República. Os EUA foram representados no encontro de Bolsonaro com chefes de missão diplomática por seu encarregado de negócios, Douglas Koneff, também na chefia da embaixada.

Além da reação externa, funcionários do Itamaraty também saíram em defesa das urnas eletrônicas. A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) e o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) ressaltaram a confiança e a participação no processo eleitoral, dando suporte à organização de votações nas repartições consulares. A Zona Eleitoral Exterior ultrapassou a casa dos 600 mil eleitores cadastrados, sendo maior do que a população apta a votar em Estados como Roraima, Acre e Amapá. “A diplomacia brasileira testemunhou sempre elevados padrões de confiabilidade que se tornaram referência internacional indissociável da imagem do Brasil como uma das maiores e mais sólidas democracias do mundo”, disse a ADB.

Leia a íntegra da nota do Reino Unido:

Nota da Embaixada Britânica sobre eleições no Brasil

Esta semana tem sido marcada por um amplo debate público sobre o sistema eleitoral brasileiro. Acreditamos na força da democracia do Brasil, que conta com instituições sólidas e transparentes.

Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência.

Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.

Quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o Governo Britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos.

BRASÍLIA – Em nova reação à tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de minar a credibilidade das eleições no Brasil, o Reino Unido afirmou nesta quinta-feira, dia 21, que as urnas eletrônicas já se mostraram “seguras” e ganharam reconhecimento global por sua “celeridade e eficiência”. O governo britânico manifestou, em comunicado diplomático, confiança na democracia brasileira e cobrou o comprometimento de todos os atores internos com respeito a eleições livres e justas.

“Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência”, diz nota divulgada pela embaixada britânica em Brasília. “Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.”

O presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para apontar, mesmo que sem provas, falhas no sistema eleitoral do País Foto: Divulgação/PR

Os britânicos disseram também que as instituições brasileiras são “sólidas e transparentes”, outro contraponto ao presidente brasileiro. Além de contestar o sistema eletrônico de votação e contagem de votos, Bolsonaro mira seus ataques no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja cúpula ele acusa de agir para golpear a democracia e favorecer seu principal adversário na disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro sustenta parte de sua argumentação em supostas ameaças ainda não debeladas, que teriam sido encontradas pelas Forças Armadas. O Ministério da Defesa insiste em pressionar a Corte por mudanças no processo eleitoral. O presidente também conta com a disposição da cúpula da Polícia Federal em mobilizar pessoal para auditar a votação, e com planos de fiscalização da Controladoria-Geral da União e suporte jurídico da Advocacia-Geral da União.

Embaixadores assistindo apresentação de powerpoint de Bolsonaro com ataques às urnas eletrônicas e ao TSE  Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Sem citar os pré-candidatos ao Palácio do Planalto, seja Bolsonaro ou Lula, apontado como favorito nas pesquisas de intenção de voto, Londres afirmou que “quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o governo britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos”.

A reação do Reino Unido é a segunda da comunidade internacional a Bolsonaro. Três dias após o presidente reunir cerca 70 embaixadores no Palácio da Alvorada e contestar a legitimidade de eleições passadas e da próxima no Brasil, a diplomacia britânica se pronunciou publicamente, modelo de resposta inaugurado pelos Estados Unidos. Como o Estadão mostrou, embaixadores presentes Alvorada saíram do encontro sem se convencer das suspeitas de fragilidade levantadas pelo presidente e com a impressão de que ele promoveu um ato de campanha.

O governo Joe Biden rebateu os argumentos de Bolsonaro na terça-feira, dia 19, afirmando que a votação no Brasil é um modelo para o mundo. Depois de a embaixada dos EUA divulgar um comunicado diplomático oficial, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, reiterou o posicionamento do governo Joe Biden e cobrou, durante entrevista na quarta-feira, dia 20, em Washington, que as instituições envolvidas na eleição sigam seu papel previsto na Constituição. Biden tem sido pressionado internamente por aliados do Partido Democrata a cobrar que Bolsonaro respeite o resultado das eleições se derrotado e que os militares brasileiros, parceiros históricos dos norte-americanos, não se envolvam em iniciativas bolsonaristas para contestar o pleito, em eventual golpe de Estado.

Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido não têm embaixador atualmente em Brasília. Ao contrário dos norte-americanos, os britânicos não assistiram presencialmente à argumentação de Bolsonaro no Alvorada. A embaixada afirmou que a encarregada de negócios, Melanie Hopkins, atualmente no comando da representação do país em Brasília, não recebeu convite da Presidência da República. Os EUA foram representados no encontro de Bolsonaro com chefes de missão diplomática por seu encarregado de negócios, Douglas Koneff, também na chefia da embaixada.

Além da reação externa, funcionários do Itamaraty também saíram em defesa das urnas eletrônicas. A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) e o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) ressaltaram a confiança e a participação no processo eleitoral, dando suporte à organização de votações nas repartições consulares. A Zona Eleitoral Exterior ultrapassou a casa dos 600 mil eleitores cadastrados, sendo maior do que a população apta a votar em Estados como Roraima, Acre e Amapá. “A diplomacia brasileira testemunhou sempre elevados padrões de confiabilidade que se tornaram referência internacional indissociável da imagem do Brasil como uma das maiores e mais sólidas democracias do mundo”, disse a ADB.

Leia a íntegra da nota do Reino Unido:

Nota da Embaixada Britânica sobre eleições no Brasil

Esta semana tem sido marcada por um amplo debate público sobre o sistema eleitoral brasileiro. Acreditamos na força da democracia do Brasil, que conta com instituições sólidas e transparentes.

Em eleições passadas, o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas se mostraram seguras e passaram a ser reconhecidas internacionalmente por sua celeridade e eficiência.

Reafirmamos nossa confiança no bom funcionamento do processo democrático do Brasil e esperamos que todo o país esteja comprometido com o respeito à democracia por meio de eleições livres e justas.

Quem for escolhido pela nação brasileira poderá contar com o Governo Britânico para fortalecer as relações bilaterais e a amizade entre os dois povos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.