Entenda por que a PF investiga se campanha de Tarcísio forjou ‘atentado’ em Paraisópolis


Corporação quer saber se governador usou o tiroteio para beneficiar a própria campanha, vendendo a imagem de que foi um atentado

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

No dia 17 de outubro de 2022, na campanha pelo governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), então candidato, cumpria uma agenda no Polo Universitário de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. O ato foi interrompido por um tiroteio e Felipe Lima, de 27 anos, foi morto.

Depois dos disparos, Tarcísio foi retirado do local. Um homem foi morto pela PM e, na equipe de campanha, ninguém ficou ferido Foto: TV Globo/Reprodução

Um ano depois, o caso ainda é investigado. Como revelou o Estadão, a Polícia Federal (PF) tenta esclarecer se foi a equipe do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) a responsável pela narrativa segundo a qual o que ocorreu foi um atentado contra o candidato. As investigações da Polícia Civil nunca comprovaram vínculo entre a campanha de Tarcísio e o tiroteio.

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O episódio ocorreu nos arredores do Polo Universitário. No dia, Tarcísio foi às redes sociais dar detalhes do ocorrido. “Fomos atacados por criminosos”, escreveu o então candidato. Uma onda de correligionários passou a tratar o caso como um atentado contra ele e manifestou apoio.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), na época candidato, publicou um vídeo mostrando os tiros que teriam sido disparados naquele dia. Além dele, outros bolsonaristas prestaram apoio ao candidato dizendo que ele foi vítima de um atentado. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que o episódio foi “um atentado de traficantes fortemente armados contra o ministro Tarcísio”.

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Damares Alves, ex-ministra que, na época, estava concorrendo ao Senado, questionou “a quem interessa o atentado contra Tarcísio?”.

O caso foi parar na Justiça Eleitoral, mas não por causa do tiroteio em si. A Procuradoria-Geral Eleitoral acusou a campanha de Tarcísio de desviar bens da União, porque, naquele dia, o policial federal Danilo Campetti – que foi assessor do candidato e também concorreu na campanha, mas a deputado estadual – participava da visita ao Polo Universitário. Quando começaram os disparos, ele sacou a arma e o distintivo, sendo que não estava em serviço.

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O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) absolveu por unanimidade Tarcísio na terça-feira passada, 17. Esse julgamento foi dado como justificativa pelo governo para dizer que a investigação da Polícia Federal se debruça sobre algo que já foi apurado.

Esse novo inquérito da PF foi aberto em junho. O que motivou esse procedimento foram imagens nas quais o ex-cinegrafista da Jovem Pan Marcos Vinícius Andrade diz que foi pressionado por assessores de Tarcísio a deletar imagens, que, em tese, mostrariam que a equipe do candidato foi a autora do disparo que matou o rapaz de 27 anos. A investigação da Polícia Civil diz que tiro saiu da arma de um policial militar.

O governador de São Paulo é um dos favoritos a ocupar a liderança nacional da direita, diante da inelegibilidade de Bolsonaro Foto: Monica Andrade
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O despacho que determina a abertura desse novo inquérito é pouco específico. Ele diz que a corporação deve se debruçar sobre violações ao Código Eleitoral e “outras que porventura forem constatadas no curso da investigação”.

Aliados do governador avaliam essa investigação como uma tentativa de intimidar Tarcísio ou arranhar a sua imagem. Diante da inelegibilidade de Bolsonaro, o governador se apresenta como um dos nomes favoritos a assumir o seu espólio, como nova liderança da direita nacional.

No dia 17 de outubro de 2022, na campanha pelo governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), então candidato, cumpria uma agenda no Polo Universitário de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. O ato foi interrompido por um tiroteio e Felipe Lima, de 27 anos, foi morto.

Depois dos disparos, Tarcísio foi retirado do local. Um homem foi morto pela PM e, na equipe de campanha, ninguém ficou ferido Foto: TV Globo/Reprodução

Um ano depois, o caso ainda é investigado. Como revelou o Estadão, a Polícia Federal (PF) tenta esclarecer se foi a equipe do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) a responsável pela narrativa segundo a qual o que ocorreu foi um atentado contra o candidato. As investigações da Polícia Civil nunca comprovaram vínculo entre a campanha de Tarcísio e o tiroteio.

O episódio ocorreu nos arredores do Polo Universitário. No dia, Tarcísio foi às redes sociais dar detalhes do ocorrido. “Fomos atacados por criminosos”, escreveu o então candidato. Uma onda de correligionários passou a tratar o caso como um atentado contra ele e manifestou apoio.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), na época candidato, publicou um vídeo mostrando os tiros que teriam sido disparados naquele dia. Além dele, outros bolsonaristas prestaram apoio ao candidato dizendo que ele foi vítima de um atentado. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que o episódio foi “um atentado de traficantes fortemente armados contra o ministro Tarcísio”.

Damares Alves, ex-ministra que, na época, estava concorrendo ao Senado, questionou “a quem interessa o atentado contra Tarcísio?”.

O caso foi parar na Justiça Eleitoral, mas não por causa do tiroteio em si. A Procuradoria-Geral Eleitoral acusou a campanha de Tarcísio de desviar bens da União, porque, naquele dia, o policial federal Danilo Campetti – que foi assessor do candidato e também concorreu na campanha, mas a deputado estadual – participava da visita ao Polo Universitário. Quando começaram os disparos, ele sacou a arma e o distintivo, sendo que não estava em serviço.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) absolveu por unanimidade Tarcísio na terça-feira passada, 17. Esse julgamento foi dado como justificativa pelo governo para dizer que a investigação da Polícia Federal se debruça sobre algo que já foi apurado.

Esse novo inquérito da PF foi aberto em junho. O que motivou esse procedimento foram imagens nas quais o ex-cinegrafista da Jovem Pan Marcos Vinícius Andrade diz que foi pressionado por assessores de Tarcísio a deletar imagens, que, em tese, mostrariam que a equipe do candidato foi a autora do disparo que matou o rapaz de 27 anos. A investigação da Polícia Civil diz que tiro saiu da arma de um policial militar.

O governador de São Paulo é um dos favoritos a ocupar a liderança nacional da direita, diante da inelegibilidade de Bolsonaro Foto: Monica Andrade

O despacho que determina a abertura desse novo inquérito é pouco específico. Ele diz que a corporação deve se debruçar sobre violações ao Código Eleitoral e “outras que porventura forem constatadas no curso da investigação”.

Aliados do governador avaliam essa investigação como uma tentativa de intimidar Tarcísio ou arranhar a sua imagem. Diante da inelegibilidade de Bolsonaro, o governador se apresenta como um dos nomes favoritos a assumir o seu espólio, como nova liderança da direita nacional.

No dia 17 de outubro de 2022, na campanha pelo governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), então candidato, cumpria uma agenda no Polo Universitário de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. O ato foi interrompido por um tiroteio e Felipe Lima, de 27 anos, foi morto.

Depois dos disparos, Tarcísio foi retirado do local. Um homem foi morto pela PM e, na equipe de campanha, ninguém ficou ferido Foto: TV Globo/Reprodução

Um ano depois, o caso ainda é investigado. Como revelou o Estadão, a Polícia Federal (PF) tenta esclarecer se foi a equipe do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) a responsável pela narrativa segundo a qual o que ocorreu foi um atentado contra o candidato. As investigações da Polícia Civil nunca comprovaram vínculo entre a campanha de Tarcísio e o tiroteio.

O episódio ocorreu nos arredores do Polo Universitário. No dia, Tarcísio foi às redes sociais dar detalhes do ocorrido. “Fomos atacados por criminosos”, escreveu o então candidato. Uma onda de correligionários passou a tratar o caso como um atentado contra ele e manifestou apoio.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), na época candidato, publicou um vídeo mostrando os tiros que teriam sido disparados naquele dia. Além dele, outros bolsonaristas prestaram apoio ao candidato dizendo que ele foi vítima de um atentado. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que o episódio foi “um atentado de traficantes fortemente armados contra o ministro Tarcísio”.

Damares Alves, ex-ministra que, na época, estava concorrendo ao Senado, questionou “a quem interessa o atentado contra Tarcísio?”.

O caso foi parar na Justiça Eleitoral, mas não por causa do tiroteio em si. A Procuradoria-Geral Eleitoral acusou a campanha de Tarcísio de desviar bens da União, porque, naquele dia, o policial federal Danilo Campetti – que foi assessor do candidato e também concorreu na campanha, mas a deputado estadual – participava da visita ao Polo Universitário. Quando começaram os disparos, ele sacou a arma e o distintivo, sendo que não estava em serviço.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) absolveu por unanimidade Tarcísio na terça-feira passada, 17. Esse julgamento foi dado como justificativa pelo governo para dizer que a investigação da Polícia Federal se debruça sobre algo que já foi apurado.

Esse novo inquérito da PF foi aberto em junho. O que motivou esse procedimento foram imagens nas quais o ex-cinegrafista da Jovem Pan Marcos Vinícius Andrade diz que foi pressionado por assessores de Tarcísio a deletar imagens, que, em tese, mostrariam que a equipe do candidato foi a autora do disparo que matou o rapaz de 27 anos. A investigação da Polícia Civil diz que tiro saiu da arma de um policial militar.

O governador de São Paulo é um dos favoritos a ocupar a liderança nacional da direita, diante da inelegibilidade de Bolsonaro Foto: Monica Andrade

O despacho que determina a abertura desse novo inquérito é pouco específico. Ele diz que a corporação deve se debruçar sobre violações ao Código Eleitoral e “outras que porventura forem constatadas no curso da investigação”.

Aliados do governador avaliam essa investigação como uma tentativa de intimidar Tarcísio ou arranhar a sua imagem. Diante da inelegibilidade de Bolsonaro, o governador se apresenta como um dos nomes favoritos a assumir o seu espólio, como nova liderança da direita nacional.

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