Traduzindo a política

Opinião|Bolsonaro arrasta dezenas de aliados à luta contra a prisão após pregar golpe desde o século passado


Quem já prometia romper a democracia “no primeiro dia” tentou até o fim não deixar o poder, segundo a PF, e agora vislumbra batalha jurídica difícil

Por Ricardo Corrêa

Em 1999, Jair Bolsonaro foi perguntado diretamente pelo apresentador Jair Marchesini, do programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, se fecharia o Congresso caso virasse presidente. A resposta, já famosa mas às vezes esquecida, resumia o pensamento dele sobre a democracia: “Não há a menor dúvida. Daria o golpe no mesmo dia. No mesmo dia. Não funciona. E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa e bater palma”. Vinte e cinco anos depois daquela frase, Bolsonaro está indiciado pela Polícia Federal por buscar o que defendia desde o século passado. Não deveria ser surpresa para ninguém, ainda que possa chocar a quem, ao longo dos tempos, pudesse imaginar que seria possível haver algum tipo de amadurecimento de quem pensava desta forma.

Bolsonaro foi indiciado por tentar um golpe que já pregava desde 1999 pelo menos Foto: Marcos Corrêa/PR

Junto de Bolsonaro, irão para o escrutínio da Procuradoria-Geral da República e, muito provavelmente, mais adiante para o banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) dezenas de aliados que, sabendo do histórico de defesa da ditadura, das torturas e de quaisquer outras formas de exceção, permaneceram ao seu lado contribuindo para que ele pudesse romper a ordem democrática e permanecer no poder mesmo derrotado pelas urnas.

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Não é uma lista qualquer. Está recheada de estrelas das Forças Armadas, incluindo generais que comandaram o Exército e a Marinha e mais uma infinidade de patentes. Alguns que empurraram para o abismo uma boa reputação que tinham ao menos junto aos colegas de farda, como Braga Netto e Augusto Heleno, ou proeminentes lideranças das Forças Especiais, tais quais Mauro Cid e Mário Fernandes.

Também está agora às voltas com um risco de denúncia Valdemar Costa Neto, que visualizou na adesão ao bolsonarismo uma oportunidade de se reabilitar após a condenação e a prisão pelo episódio do mensalão. Ele recuperou poder, garantiu o comando de um partido milionário impulsionado pelos votos de apoiadores do ex-presidente mas, agora, corre riscos severos considerando ser que não é mais réu primário na lista dos 37 indiciados.

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Há longo caminho jurídico ainda a ser percorrido. De uma eventual denúncia da PGR, passando pela aceitação pelo STF, um julgamento para, apenas no trânsito em julgado, haver prisões de boa parte daqueles que estão na lista. Até lá, Bolsonaro terá inúmeras chances de defesa. Bem mais do que teve até aqui, na fase pré-processual em que a polícia apenas recolhe indícios de autoria. Mas como dito aqui mesmo neste espaço, as investigações avançaram mais do que muitos aliados esperavam na costura das relações entre quem tramava com militares para dar um golpe e aqueles que eram estrategicamente utilizados como massa de pressão à frente dos quartéis, ou indo ao ataque contra os prédios dos Três Poderes.

Isso torna a denúncia quase inevitável para uma nova fase de um calvário que, espera-se, possa ser concluído ainda em 2025. Mesmo aliados fiéis, por mais que discordem, acreditam que o resultado final será sentido atrás das grades. Quem prometeu dar o golpe no primeiro dia e tentou até o último agora vê o tempo correr ainda mais depressa.

Em 1999, Jair Bolsonaro foi perguntado diretamente pelo apresentador Jair Marchesini, do programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, se fecharia o Congresso caso virasse presidente. A resposta, já famosa mas às vezes esquecida, resumia o pensamento dele sobre a democracia: “Não há a menor dúvida. Daria o golpe no mesmo dia. No mesmo dia. Não funciona. E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa e bater palma”. Vinte e cinco anos depois daquela frase, Bolsonaro está indiciado pela Polícia Federal por buscar o que defendia desde o século passado. Não deveria ser surpresa para ninguém, ainda que possa chocar a quem, ao longo dos tempos, pudesse imaginar que seria possível haver algum tipo de amadurecimento de quem pensava desta forma.

Bolsonaro foi indiciado por tentar um golpe que já pregava desde 1999 pelo menos Foto: Marcos Corrêa/PR

Junto de Bolsonaro, irão para o escrutínio da Procuradoria-Geral da República e, muito provavelmente, mais adiante para o banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) dezenas de aliados que, sabendo do histórico de defesa da ditadura, das torturas e de quaisquer outras formas de exceção, permaneceram ao seu lado contribuindo para que ele pudesse romper a ordem democrática e permanecer no poder mesmo derrotado pelas urnas.

Não é uma lista qualquer. Está recheada de estrelas das Forças Armadas, incluindo generais que comandaram o Exército e a Marinha e mais uma infinidade de patentes. Alguns que empurraram para o abismo uma boa reputação que tinham ao menos junto aos colegas de farda, como Braga Netto e Augusto Heleno, ou proeminentes lideranças das Forças Especiais, tais quais Mauro Cid e Mário Fernandes.

Também está agora às voltas com um risco de denúncia Valdemar Costa Neto, que visualizou na adesão ao bolsonarismo uma oportunidade de se reabilitar após a condenação e a prisão pelo episódio do mensalão. Ele recuperou poder, garantiu o comando de um partido milionário impulsionado pelos votos de apoiadores do ex-presidente mas, agora, corre riscos severos considerando ser que não é mais réu primário na lista dos 37 indiciados.

Há longo caminho jurídico ainda a ser percorrido. De uma eventual denúncia da PGR, passando pela aceitação pelo STF, um julgamento para, apenas no trânsito em julgado, haver prisões de boa parte daqueles que estão na lista. Até lá, Bolsonaro terá inúmeras chances de defesa. Bem mais do que teve até aqui, na fase pré-processual em que a polícia apenas recolhe indícios de autoria. Mas como dito aqui mesmo neste espaço, as investigações avançaram mais do que muitos aliados esperavam na costura das relações entre quem tramava com militares para dar um golpe e aqueles que eram estrategicamente utilizados como massa de pressão à frente dos quartéis, ou indo ao ataque contra os prédios dos Três Poderes.

Isso torna a denúncia quase inevitável para uma nova fase de um calvário que, espera-se, possa ser concluído ainda em 2025. Mesmo aliados fiéis, por mais que discordem, acreditam que o resultado final será sentido atrás das grades. Quem prometeu dar o golpe no primeiro dia e tentou até o último agora vê o tempo correr ainda mais depressa.

Em 1999, Jair Bolsonaro foi perguntado diretamente pelo apresentador Jair Marchesini, do programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, se fecharia o Congresso caso virasse presidente. A resposta, já famosa mas às vezes esquecida, resumia o pensamento dele sobre a democracia: “Não há a menor dúvida. Daria o golpe no mesmo dia. No mesmo dia. Não funciona. E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa e bater palma”. Vinte e cinco anos depois daquela frase, Bolsonaro está indiciado pela Polícia Federal por buscar o que defendia desde o século passado. Não deveria ser surpresa para ninguém, ainda que possa chocar a quem, ao longo dos tempos, pudesse imaginar que seria possível haver algum tipo de amadurecimento de quem pensava desta forma.

Bolsonaro foi indiciado por tentar um golpe que já pregava desde 1999 pelo menos Foto: Marcos Corrêa/PR

Junto de Bolsonaro, irão para o escrutínio da Procuradoria-Geral da República e, muito provavelmente, mais adiante para o banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) dezenas de aliados que, sabendo do histórico de defesa da ditadura, das torturas e de quaisquer outras formas de exceção, permaneceram ao seu lado contribuindo para que ele pudesse romper a ordem democrática e permanecer no poder mesmo derrotado pelas urnas.

Não é uma lista qualquer. Está recheada de estrelas das Forças Armadas, incluindo generais que comandaram o Exército e a Marinha e mais uma infinidade de patentes. Alguns que empurraram para o abismo uma boa reputação que tinham ao menos junto aos colegas de farda, como Braga Netto e Augusto Heleno, ou proeminentes lideranças das Forças Especiais, tais quais Mauro Cid e Mário Fernandes.

Também está agora às voltas com um risco de denúncia Valdemar Costa Neto, que visualizou na adesão ao bolsonarismo uma oportunidade de se reabilitar após a condenação e a prisão pelo episódio do mensalão. Ele recuperou poder, garantiu o comando de um partido milionário impulsionado pelos votos de apoiadores do ex-presidente mas, agora, corre riscos severos considerando ser que não é mais réu primário na lista dos 37 indiciados.

Há longo caminho jurídico ainda a ser percorrido. De uma eventual denúncia da PGR, passando pela aceitação pelo STF, um julgamento para, apenas no trânsito em julgado, haver prisões de boa parte daqueles que estão na lista. Até lá, Bolsonaro terá inúmeras chances de defesa. Bem mais do que teve até aqui, na fase pré-processual em que a polícia apenas recolhe indícios de autoria. Mas como dito aqui mesmo neste espaço, as investigações avançaram mais do que muitos aliados esperavam na costura das relações entre quem tramava com militares para dar um golpe e aqueles que eram estrategicamente utilizados como massa de pressão à frente dos quartéis, ou indo ao ataque contra os prédios dos Três Poderes.

Isso torna a denúncia quase inevitável para uma nova fase de um calvário que, espera-se, possa ser concluído ainda em 2025. Mesmo aliados fiéis, por mais que discordem, acreditam que o resultado final será sentido atrás das grades. Quem prometeu dar o golpe no primeiro dia e tentou até o último agora vê o tempo correr ainda mais depressa.

Em 1999, Jair Bolsonaro foi perguntado diretamente pelo apresentador Jair Marchesini, do programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, se fecharia o Congresso caso virasse presidente. A resposta, já famosa mas às vezes esquecida, resumia o pensamento dele sobre a democracia: “Não há a menor dúvida. Daria o golpe no mesmo dia. No mesmo dia. Não funciona. E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa e bater palma”. Vinte e cinco anos depois daquela frase, Bolsonaro está indiciado pela Polícia Federal por buscar o que defendia desde o século passado. Não deveria ser surpresa para ninguém, ainda que possa chocar a quem, ao longo dos tempos, pudesse imaginar que seria possível haver algum tipo de amadurecimento de quem pensava desta forma.

Bolsonaro foi indiciado por tentar um golpe que já pregava desde 1999 pelo menos Foto: Marcos Corrêa/PR

Junto de Bolsonaro, irão para o escrutínio da Procuradoria-Geral da República e, muito provavelmente, mais adiante para o banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) dezenas de aliados que, sabendo do histórico de defesa da ditadura, das torturas e de quaisquer outras formas de exceção, permaneceram ao seu lado contribuindo para que ele pudesse romper a ordem democrática e permanecer no poder mesmo derrotado pelas urnas.

Não é uma lista qualquer. Está recheada de estrelas das Forças Armadas, incluindo generais que comandaram o Exército e a Marinha e mais uma infinidade de patentes. Alguns que empurraram para o abismo uma boa reputação que tinham ao menos junto aos colegas de farda, como Braga Netto e Augusto Heleno, ou proeminentes lideranças das Forças Especiais, tais quais Mauro Cid e Mário Fernandes.

Também está agora às voltas com um risco de denúncia Valdemar Costa Neto, que visualizou na adesão ao bolsonarismo uma oportunidade de se reabilitar após a condenação e a prisão pelo episódio do mensalão. Ele recuperou poder, garantiu o comando de um partido milionário impulsionado pelos votos de apoiadores do ex-presidente mas, agora, corre riscos severos considerando ser que não é mais réu primário na lista dos 37 indiciados.

Há longo caminho jurídico ainda a ser percorrido. De uma eventual denúncia da PGR, passando pela aceitação pelo STF, um julgamento para, apenas no trânsito em julgado, haver prisões de boa parte daqueles que estão na lista. Até lá, Bolsonaro terá inúmeras chances de defesa. Bem mais do que teve até aqui, na fase pré-processual em que a polícia apenas recolhe indícios de autoria. Mas como dito aqui mesmo neste espaço, as investigações avançaram mais do que muitos aliados esperavam na costura das relações entre quem tramava com militares para dar um golpe e aqueles que eram estrategicamente utilizados como massa de pressão à frente dos quartéis, ou indo ao ataque contra os prédios dos Três Poderes.

Isso torna a denúncia quase inevitável para uma nova fase de um calvário que, espera-se, possa ser concluído ainda em 2025. Mesmo aliados fiéis, por mais que discordem, acreditam que o resultado final será sentido atrás das grades. Quem prometeu dar o golpe no primeiro dia e tentou até o último agora vê o tempo correr ainda mais depressa.

Em 1999, Jair Bolsonaro foi perguntado diretamente pelo apresentador Jair Marchesini, do programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, se fecharia o Congresso caso virasse presidente. A resposta, já famosa mas às vezes esquecida, resumia o pensamento dele sobre a democracia: “Não há a menor dúvida. Daria o golpe no mesmo dia. No mesmo dia. Não funciona. E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa e bater palma”. Vinte e cinco anos depois daquela frase, Bolsonaro está indiciado pela Polícia Federal por buscar o que defendia desde o século passado. Não deveria ser surpresa para ninguém, ainda que possa chocar a quem, ao longo dos tempos, pudesse imaginar que seria possível haver algum tipo de amadurecimento de quem pensava desta forma.

Bolsonaro foi indiciado por tentar um golpe que já pregava desde 1999 pelo menos Foto: Marcos Corrêa/PR

Junto de Bolsonaro, irão para o escrutínio da Procuradoria-Geral da República e, muito provavelmente, mais adiante para o banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) dezenas de aliados que, sabendo do histórico de defesa da ditadura, das torturas e de quaisquer outras formas de exceção, permaneceram ao seu lado contribuindo para que ele pudesse romper a ordem democrática e permanecer no poder mesmo derrotado pelas urnas.

Não é uma lista qualquer. Está recheada de estrelas das Forças Armadas, incluindo generais que comandaram o Exército e a Marinha e mais uma infinidade de patentes. Alguns que empurraram para o abismo uma boa reputação que tinham ao menos junto aos colegas de farda, como Braga Netto e Augusto Heleno, ou proeminentes lideranças das Forças Especiais, tais quais Mauro Cid e Mário Fernandes.

Também está agora às voltas com um risco de denúncia Valdemar Costa Neto, que visualizou na adesão ao bolsonarismo uma oportunidade de se reabilitar após a condenação e a prisão pelo episódio do mensalão. Ele recuperou poder, garantiu o comando de um partido milionário impulsionado pelos votos de apoiadores do ex-presidente mas, agora, corre riscos severos considerando ser que não é mais réu primário na lista dos 37 indiciados.

Há longo caminho jurídico ainda a ser percorrido. De uma eventual denúncia da PGR, passando pela aceitação pelo STF, um julgamento para, apenas no trânsito em julgado, haver prisões de boa parte daqueles que estão na lista. Até lá, Bolsonaro terá inúmeras chances de defesa. Bem mais do que teve até aqui, na fase pré-processual em que a polícia apenas recolhe indícios de autoria. Mas como dito aqui mesmo neste espaço, as investigações avançaram mais do que muitos aliados esperavam na costura das relações entre quem tramava com militares para dar um golpe e aqueles que eram estrategicamente utilizados como massa de pressão à frente dos quartéis, ou indo ao ataque contra os prédios dos Três Poderes.

Isso torna a denúncia quase inevitável para uma nova fase de um calvário que, espera-se, possa ser concluído ainda em 2025. Mesmo aliados fiéis, por mais que discordem, acreditam que o resultado final será sentido atrás das grades. Quem prometeu dar o golpe no primeiro dia e tentou até o último agora vê o tempo correr ainda mais depressa.

Opinião por Ricardo Corrêa

Coordenador de política em São Paulo no Estadão e comentarista na rádio Eldorado. Escreve às quintas

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