Traduzindo a política

Opinião|Cadeirada de Datena em Marçal em debate coroa a vergonha da disputa por outra cadeira, a de prefeito


Depois de avisar que provocaria até que alguém perdesse o controle, Marçal acabou agredido pelo apresentador, indicando o nível de tensão da corrida à Prefeitura

Por Ricardo Corrêa
Atualização:

Qualquer um que ficasse sabendo que a cadeira esteve no centro do debate da disputa eleitoral em São Paulo imaginaria que estaríamos falando da posição daquele que que administrará a maior cidade do País. Ninguém que não tivesse assistido a vergonha que se viu na TV Cultura cogitaria a hipótese de que se trataria de uma cadeira jogada por um candidato na cabeça de outro, tal qual nos tempos do telecatch que, como atenuante, era apenas uma encenação. Infelizmente, não foi o caso do programa deste domingo.

Datena agride Pablo Marçal no debate Foto: Reprodução/TV Cultura

Desde que, na TV Gazeta, José Luiz Datena deixou seu lugar para ameaçar Pablo Marçal, o ex-coach avisava que o provocaria mais. Cumpriu o que prometeu. Disparou uma série de ataques a Datena e reforçou que ele não teria coragem para chegar às vias de fato. Infelizmente, descobriu que, sim, Datena teria coragem para o absurdo. E, talvez, com certezas nos dois: em Datena, a de que, por mais triste que seja, a atitude impensada contra um candidato possa até ser ativo com um certo eleitorado mais raivoso; e, em Marçal, a de que o papel de vítima que foi lhe imposto possa ajudá-lo ainda mais na posição de alvo de um “sistema” formado pelos demais candidatos.

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Antes da cadeirada, é inegável reconhecer que houve, por parte da TV Cultura, um esforço tremendo para extrair dos candidatos algumas de suas ideias e propostas para os grandes problemas da cidade de São Paulo. Com blocos em que não havia confronto entre eles, mas apenas perguntas com respostas diretas sobre os temas, tal qual em uma sabatina coletiva, dali saiu uma ou outra posição que possa ser aproveitada. Tudo mudava quando eles estavam frente a frente para confrontos diretos. Em vez de detalhamento de propostas, o que vimos foi a utilização do importante espaço na TV para divulgação dos canais digitais dos candidatos.

“Estou subindo aí agora nas minhas redes”, diziam quase todos os concorrentes para divulgar vídeos contra seus adversários. E aí o cidadão que quisesse realmente saber do que se tratava tinha que ir lá correndo na segunda tela perder parte do debate para ver conteúdos produzidos por marqueteiros, em vez de ouvir da boca dos candidatos suas soluções para a maior capital do país.

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Nas estratégias, ficou visível que Ricardo Nunes dividiu seus torpedos igualmente entre Guilherme Boulos e Marçal. O psolista mirou apenas no prefeito, enquanto o candidato do PRTB, franco atirador, disparava contra Datena. Tabata Amaral foi Tabata novamente. Mais propositiva que os demais, repetindo uma estratégia professoral que até aqui, porém, dizem as pesquisas, não serviu para sair do lugar. E Marina Helena, bem... parecia estar mais preocupada com o impeachment de Alexandre de Moraes.

O andamento das coisas se encaminhava para favorecer os três primeiros nas pesquisas, que, em um debate sonolento, viam poucas chances de que se mudasse o quadro. A atenção gerada pela agressão perpetrada pelo tucano tende a mudar tudo. Se houver lucidez no eleitorado, servirá para que se dê um basta no nível de esgoto proposto até então. Se, do contrário, trouxer dividendos ao agressor, tenderá a ampliar a radicalização que torna a atual eleição de São Paulo uma das piores de sua história.

Qualquer um que ficasse sabendo que a cadeira esteve no centro do debate da disputa eleitoral em São Paulo imaginaria que estaríamos falando da posição daquele que que administrará a maior cidade do País. Ninguém que não tivesse assistido a vergonha que se viu na TV Cultura cogitaria a hipótese de que se trataria de uma cadeira jogada por um candidato na cabeça de outro, tal qual nos tempos do telecatch que, como atenuante, era apenas uma encenação. Infelizmente, não foi o caso do programa deste domingo.

Datena agride Pablo Marçal no debate Foto: Reprodução/TV Cultura

Desde que, na TV Gazeta, José Luiz Datena deixou seu lugar para ameaçar Pablo Marçal, o ex-coach avisava que o provocaria mais. Cumpriu o que prometeu. Disparou uma série de ataques a Datena e reforçou que ele não teria coragem para chegar às vias de fato. Infelizmente, descobriu que, sim, Datena teria coragem para o absurdo. E, talvez, com certezas nos dois: em Datena, a de que, por mais triste que seja, a atitude impensada contra um candidato possa até ser ativo com um certo eleitorado mais raivoso; e, em Marçal, a de que o papel de vítima que foi lhe imposto possa ajudá-lo ainda mais na posição de alvo de um “sistema” formado pelos demais candidatos.

Antes da cadeirada, é inegável reconhecer que houve, por parte da TV Cultura, um esforço tremendo para extrair dos candidatos algumas de suas ideias e propostas para os grandes problemas da cidade de São Paulo. Com blocos em que não havia confronto entre eles, mas apenas perguntas com respostas diretas sobre os temas, tal qual em uma sabatina coletiva, dali saiu uma ou outra posição que possa ser aproveitada. Tudo mudava quando eles estavam frente a frente para confrontos diretos. Em vez de detalhamento de propostas, o que vimos foi a utilização do importante espaço na TV para divulgação dos canais digitais dos candidatos.

“Estou subindo aí agora nas minhas redes”, diziam quase todos os concorrentes para divulgar vídeos contra seus adversários. E aí o cidadão que quisesse realmente saber do que se tratava tinha que ir lá correndo na segunda tela perder parte do debate para ver conteúdos produzidos por marqueteiros, em vez de ouvir da boca dos candidatos suas soluções para a maior capital do país.

Nas estratégias, ficou visível que Ricardo Nunes dividiu seus torpedos igualmente entre Guilherme Boulos e Marçal. O psolista mirou apenas no prefeito, enquanto o candidato do PRTB, franco atirador, disparava contra Datena. Tabata Amaral foi Tabata novamente. Mais propositiva que os demais, repetindo uma estratégia professoral que até aqui, porém, dizem as pesquisas, não serviu para sair do lugar. E Marina Helena, bem... parecia estar mais preocupada com o impeachment de Alexandre de Moraes.

O andamento das coisas se encaminhava para favorecer os três primeiros nas pesquisas, que, em um debate sonolento, viam poucas chances de que se mudasse o quadro. A atenção gerada pela agressão perpetrada pelo tucano tende a mudar tudo. Se houver lucidez no eleitorado, servirá para que se dê um basta no nível de esgoto proposto até então. Se, do contrário, trouxer dividendos ao agressor, tenderá a ampliar a radicalização que torna a atual eleição de São Paulo uma das piores de sua história.

Qualquer um que ficasse sabendo que a cadeira esteve no centro do debate da disputa eleitoral em São Paulo imaginaria que estaríamos falando da posição daquele que que administrará a maior cidade do País. Ninguém que não tivesse assistido a vergonha que se viu na TV Cultura cogitaria a hipótese de que se trataria de uma cadeira jogada por um candidato na cabeça de outro, tal qual nos tempos do telecatch que, como atenuante, era apenas uma encenação. Infelizmente, não foi o caso do programa deste domingo.

Datena agride Pablo Marçal no debate Foto: Reprodução/TV Cultura

Desde que, na TV Gazeta, José Luiz Datena deixou seu lugar para ameaçar Pablo Marçal, o ex-coach avisava que o provocaria mais. Cumpriu o que prometeu. Disparou uma série de ataques a Datena e reforçou que ele não teria coragem para chegar às vias de fato. Infelizmente, descobriu que, sim, Datena teria coragem para o absurdo. E, talvez, com certezas nos dois: em Datena, a de que, por mais triste que seja, a atitude impensada contra um candidato possa até ser ativo com um certo eleitorado mais raivoso; e, em Marçal, a de que o papel de vítima que foi lhe imposto possa ajudá-lo ainda mais na posição de alvo de um “sistema” formado pelos demais candidatos.

Antes da cadeirada, é inegável reconhecer que houve, por parte da TV Cultura, um esforço tremendo para extrair dos candidatos algumas de suas ideias e propostas para os grandes problemas da cidade de São Paulo. Com blocos em que não havia confronto entre eles, mas apenas perguntas com respostas diretas sobre os temas, tal qual em uma sabatina coletiva, dali saiu uma ou outra posição que possa ser aproveitada. Tudo mudava quando eles estavam frente a frente para confrontos diretos. Em vez de detalhamento de propostas, o que vimos foi a utilização do importante espaço na TV para divulgação dos canais digitais dos candidatos.

“Estou subindo aí agora nas minhas redes”, diziam quase todos os concorrentes para divulgar vídeos contra seus adversários. E aí o cidadão que quisesse realmente saber do que se tratava tinha que ir lá correndo na segunda tela perder parte do debate para ver conteúdos produzidos por marqueteiros, em vez de ouvir da boca dos candidatos suas soluções para a maior capital do país.

Nas estratégias, ficou visível que Ricardo Nunes dividiu seus torpedos igualmente entre Guilherme Boulos e Marçal. O psolista mirou apenas no prefeito, enquanto o candidato do PRTB, franco atirador, disparava contra Datena. Tabata Amaral foi Tabata novamente. Mais propositiva que os demais, repetindo uma estratégia professoral que até aqui, porém, dizem as pesquisas, não serviu para sair do lugar. E Marina Helena, bem... parecia estar mais preocupada com o impeachment de Alexandre de Moraes.

O andamento das coisas se encaminhava para favorecer os três primeiros nas pesquisas, que, em um debate sonolento, viam poucas chances de que se mudasse o quadro. A atenção gerada pela agressão perpetrada pelo tucano tende a mudar tudo. Se houver lucidez no eleitorado, servirá para que se dê um basta no nível de esgoto proposto até então. Se, do contrário, trouxer dividendos ao agressor, tenderá a ampliar a radicalização que torna a atual eleição de São Paulo uma das piores de sua história.

Qualquer um que ficasse sabendo que a cadeira esteve no centro do debate da disputa eleitoral em São Paulo imaginaria que estaríamos falando da posição daquele que que administrará a maior cidade do País. Ninguém que não tivesse assistido a vergonha que se viu na TV Cultura cogitaria a hipótese de que se trataria de uma cadeira jogada por um candidato na cabeça de outro, tal qual nos tempos do telecatch que, como atenuante, era apenas uma encenação. Infelizmente, não foi o caso do programa deste domingo.

Datena agride Pablo Marçal no debate Foto: Reprodução/TV Cultura

Desde que, na TV Gazeta, José Luiz Datena deixou seu lugar para ameaçar Pablo Marçal, o ex-coach avisava que o provocaria mais. Cumpriu o que prometeu. Disparou uma série de ataques a Datena e reforçou que ele não teria coragem para chegar às vias de fato. Infelizmente, descobriu que, sim, Datena teria coragem para o absurdo. E, talvez, com certezas nos dois: em Datena, a de que, por mais triste que seja, a atitude impensada contra um candidato possa até ser ativo com um certo eleitorado mais raivoso; e, em Marçal, a de que o papel de vítima que foi lhe imposto possa ajudá-lo ainda mais na posição de alvo de um “sistema” formado pelos demais candidatos.

Antes da cadeirada, é inegável reconhecer que houve, por parte da TV Cultura, um esforço tremendo para extrair dos candidatos algumas de suas ideias e propostas para os grandes problemas da cidade de São Paulo. Com blocos em que não havia confronto entre eles, mas apenas perguntas com respostas diretas sobre os temas, tal qual em uma sabatina coletiva, dali saiu uma ou outra posição que possa ser aproveitada. Tudo mudava quando eles estavam frente a frente para confrontos diretos. Em vez de detalhamento de propostas, o que vimos foi a utilização do importante espaço na TV para divulgação dos canais digitais dos candidatos.

“Estou subindo aí agora nas minhas redes”, diziam quase todos os concorrentes para divulgar vídeos contra seus adversários. E aí o cidadão que quisesse realmente saber do que se tratava tinha que ir lá correndo na segunda tela perder parte do debate para ver conteúdos produzidos por marqueteiros, em vez de ouvir da boca dos candidatos suas soluções para a maior capital do país.

Nas estratégias, ficou visível que Ricardo Nunes dividiu seus torpedos igualmente entre Guilherme Boulos e Marçal. O psolista mirou apenas no prefeito, enquanto o candidato do PRTB, franco atirador, disparava contra Datena. Tabata Amaral foi Tabata novamente. Mais propositiva que os demais, repetindo uma estratégia professoral que até aqui, porém, dizem as pesquisas, não serviu para sair do lugar. E Marina Helena, bem... parecia estar mais preocupada com o impeachment de Alexandre de Moraes.

O andamento das coisas se encaminhava para favorecer os três primeiros nas pesquisas, que, em um debate sonolento, viam poucas chances de que se mudasse o quadro. A atenção gerada pela agressão perpetrada pelo tucano tende a mudar tudo. Se houver lucidez no eleitorado, servirá para que se dê um basta no nível de esgoto proposto até então. Se, do contrário, trouxer dividendos ao agressor, tenderá a ampliar a radicalização que torna a atual eleição de São Paulo uma das piores de sua história.

Qualquer um que ficasse sabendo que a cadeira esteve no centro do debate da disputa eleitoral em São Paulo imaginaria que estaríamos falando da posição daquele que que administrará a maior cidade do País. Ninguém que não tivesse assistido a vergonha que se viu na TV Cultura cogitaria a hipótese de que se trataria de uma cadeira jogada por um candidato na cabeça de outro, tal qual nos tempos do telecatch que, como atenuante, era apenas uma encenação. Infelizmente, não foi o caso do programa deste domingo.

Datena agride Pablo Marçal no debate Foto: Reprodução/TV Cultura

Desde que, na TV Gazeta, José Luiz Datena deixou seu lugar para ameaçar Pablo Marçal, o ex-coach avisava que o provocaria mais. Cumpriu o que prometeu. Disparou uma série de ataques a Datena e reforçou que ele não teria coragem para chegar às vias de fato. Infelizmente, descobriu que, sim, Datena teria coragem para o absurdo. E, talvez, com certezas nos dois: em Datena, a de que, por mais triste que seja, a atitude impensada contra um candidato possa até ser ativo com um certo eleitorado mais raivoso; e, em Marçal, a de que o papel de vítima que foi lhe imposto possa ajudá-lo ainda mais na posição de alvo de um “sistema” formado pelos demais candidatos.

Antes da cadeirada, é inegável reconhecer que houve, por parte da TV Cultura, um esforço tremendo para extrair dos candidatos algumas de suas ideias e propostas para os grandes problemas da cidade de São Paulo. Com blocos em que não havia confronto entre eles, mas apenas perguntas com respostas diretas sobre os temas, tal qual em uma sabatina coletiva, dali saiu uma ou outra posição que possa ser aproveitada. Tudo mudava quando eles estavam frente a frente para confrontos diretos. Em vez de detalhamento de propostas, o que vimos foi a utilização do importante espaço na TV para divulgação dos canais digitais dos candidatos.

“Estou subindo aí agora nas minhas redes”, diziam quase todos os concorrentes para divulgar vídeos contra seus adversários. E aí o cidadão que quisesse realmente saber do que se tratava tinha que ir lá correndo na segunda tela perder parte do debate para ver conteúdos produzidos por marqueteiros, em vez de ouvir da boca dos candidatos suas soluções para a maior capital do país.

Nas estratégias, ficou visível que Ricardo Nunes dividiu seus torpedos igualmente entre Guilherme Boulos e Marçal. O psolista mirou apenas no prefeito, enquanto o candidato do PRTB, franco atirador, disparava contra Datena. Tabata Amaral foi Tabata novamente. Mais propositiva que os demais, repetindo uma estratégia professoral que até aqui, porém, dizem as pesquisas, não serviu para sair do lugar. E Marina Helena, bem... parecia estar mais preocupada com o impeachment de Alexandre de Moraes.

O andamento das coisas se encaminhava para favorecer os três primeiros nas pesquisas, que, em um debate sonolento, viam poucas chances de que se mudasse o quadro. A atenção gerada pela agressão perpetrada pelo tucano tende a mudar tudo. Se houver lucidez no eleitorado, servirá para que se dê um basta no nível de esgoto proposto até então. Se, do contrário, trouxer dividendos ao agressor, tenderá a ampliar a radicalização que torna a atual eleição de São Paulo uma das piores de sua história.

Opinião por Ricardo Corrêa

Coordenador de política em São Paulo no Estadão e comentarista na rádio Eldorado. Escreve às quintas

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