Traduzindo a política

Opinião|Por que Boulos teme Tabata Amaral na corrida pela Prefeitura de SP?


Episódio da pesquisa distorcida no Instagram e sugestão de pacto de não agressão sinalizam preocupação com a terceira colocada na corrida eleitoral da capital paulista

Por Ricardo Corrêa

Movimentos recentes da disputa eleitoral em São Paulo dão um indicativo de que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o líder das pesquisas, tem preocupação com o possível crescimento da candidatura da também deputada federal Tabata Amaral (PSB). Hoje em terceiro na maioria dos levantamentos, ela representa o nome mais consolidado para tentar quebrar a polarização entre o psolista e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão e Werther Santana/Estadão

O movimento mais recente na campanha de Boulos que deu sinais nesse sentido foi o episódio da publicação de um cenário fabricado da pesquisa eleitoral Real Time sobre a corrida eleitoral em São Paulo. Sobretudo para a solução que se tentou dar para o problema.

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Inicialmente, a campanha do deputado do PSOL publicou um gráfico costurando candidatos que estavam em vários cenários para apontar que Boulos vencia qualquer adversário. O nome de Tabata foi excluído dessa construção, ainda que não fizesse qualquer diferença se lá estivesse para o que se queria dizer: que Boulos vence qualquer um dos adversários nos levantamentos de primeiro turno.

Com a reação à postagem apontando a exclusão do nome de Tabata, a campanha psolista resolveu alterar a imagem. Contudo, em vez de fazer o mais simples e óbvio, que era incluir o nome dela, alterou o título para dizer que Boulos vence “qualquer bolsonarista”. Ou seja: limitou a capacidade do candidato de vencer todos para dizer que vence só alguns, apenas para não incluir a deputada federal. No fim, a Justiça ainda mandou retirar a publicação do ar, atendendo a pedidos da própria Tabata e de Nunes.

Antes desse episódio, outro movimento da campanha de Boulos já indicava a preocupação com um estrago que a candidatura de Tabata poderia fazer a ele. Seus interlocutores ofereceram à deputada federal um pacto de não agressão. Naturalmente, o pacto interessaria mais a ele do que a ela, por três motivos. O primeiro é que quem lidera as pesquisas tem mais a perder com o fogo cruzado. O segundo, que qualquer desavença pública beneficiaria quem é menos conhecida e precisa de visibilidade. E o terceiro é que, enquanto Tabata pode atacar Boulos, ele, hoje líder, não pode fazer o mesmo por esperar contar com ela em um eventual segundo turno. Por essa lógica, ela poderia bater à vontade sem o risco de apanhar de volta. Por qual motivo faria um pacto para também não atacar?

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Do lado de Tabata, há também uma incongruência na análise de alguns de seus aliados. Eles avaliam que ela tem mais potencial de tirar votos de Nunes do que de Boulos, mas consideram que a corrida em um segundo turno poderia ser contra o prefeito, uma conta que não fecha. Se ela não tirar votos do psolista, quem tiraria para que ele não fosse ao segundo turno?

Seja quem for o adversário ou a origem de seus possíveis votos, o declarado esforço é de se tornar conhecida, sobretudo em uma eleição com adversários com tantas armas em mãos. Um experiente político que está ao lado dela nessa campanha resume que, em qualquer eleição, os favoritos são sempre o atual ocupante do cargo, o ex-ocupante e o segundo lugar na última disputa. No caso de São Paulo, são justamente os três adversários que ela enfrenta: Nunes, em busca da reeleição, e a chapa de Boulos com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). E Tabata tem que enfrentar a situação, até o momento, sem apoio de outros partidos que não o seu. A tarefa é muito difícil mas, pelo visto, pelo menos um de seus adversários considera que não é impossível.

Movimentos recentes da disputa eleitoral em São Paulo dão um indicativo de que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o líder das pesquisas, tem preocupação com o possível crescimento da candidatura da também deputada federal Tabata Amaral (PSB). Hoje em terceiro na maioria dos levantamentos, ela representa o nome mais consolidado para tentar quebrar a polarização entre o psolista e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão e Werther Santana/Estadão

O movimento mais recente na campanha de Boulos que deu sinais nesse sentido foi o episódio da publicação de um cenário fabricado da pesquisa eleitoral Real Time sobre a corrida eleitoral em São Paulo. Sobretudo para a solução que se tentou dar para o problema.

Inicialmente, a campanha do deputado do PSOL publicou um gráfico costurando candidatos que estavam em vários cenários para apontar que Boulos vencia qualquer adversário. O nome de Tabata foi excluído dessa construção, ainda que não fizesse qualquer diferença se lá estivesse para o que se queria dizer: que Boulos vence qualquer um dos adversários nos levantamentos de primeiro turno.

Com a reação à postagem apontando a exclusão do nome de Tabata, a campanha psolista resolveu alterar a imagem. Contudo, em vez de fazer o mais simples e óbvio, que era incluir o nome dela, alterou o título para dizer que Boulos vence “qualquer bolsonarista”. Ou seja: limitou a capacidade do candidato de vencer todos para dizer que vence só alguns, apenas para não incluir a deputada federal. No fim, a Justiça ainda mandou retirar a publicação do ar, atendendo a pedidos da própria Tabata e de Nunes.

Antes desse episódio, outro movimento da campanha de Boulos já indicava a preocupação com um estrago que a candidatura de Tabata poderia fazer a ele. Seus interlocutores ofereceram à deputada federal um pacto de não agressão. Naturalmente, o pacto interessaria mais a ele do que a ela, por três motivos. O primeiro é que quem lidera as pesquisas tem mais a perder com o fogo cruzado. O segundo, que qualquer desavença pública beneficiaria quem é menos conhecida e precisa de visibilidade. E o terceiro é que, enquanto Tabata pode atacar Boulos, ele, hoje líder, não pode fazer o mesmo por esperar contar com ela em um eventual segundo turno. Por essa lógica, ela poderia bater à vontade sem o risco de apanhar de volta. Por qual motivo faria um pacto para também não atacar?

Do lado de Tabata, há também uma incongruência na análise de alguns de seus aliados. Eles avaliam que ela tem mais potencial de tirar votos de Nunes do que de Boulos, mas consideram que a corrida em um segundo turno poderia ser contra o prefeito, uma conta que não fecha. Se ela não tirar votos do psolista, quem tiraria para que ele não fosse ao segundo turno?

Seja quem for o adversário ou a origem de seus possíveis votos, o declarado esforço é de se tornar conhecida, sobretudo em uma eleição com adversários com tantas armas em mãos. Um experiente político que está ao lado dela nessa campanha resume que, em qualquer eleição, os favoritos são sempre o atual ocupante do cargo, o ex-ocupante e o segundo lugar na última disputa. No caso de São Paulo, são justamente os três adversários que ela enfrenta: Nunes, em busca da reeleição, e a chapa de Boulos com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). E Tabata tem que enfrentar a situação, até o momento, sem apoio de outros partidos que não o seu. A tarefa é muito difícil mas, pelo visto, pelo menos um de seus adversários considera que não é impossível.

Movimentos recentes da disputa eleitoral em São Paulo dão um indicativo de que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o líder das pesquisas, tem preocupação com o possível crescimento da candidatura da também deputada federal Tabata Amaral (PSB). Hoje em terceiro na maioria dos levantamentos, ela representa o nome mais consolidado para tentar quebrar a polarização entre o psolista e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão e Werther Santana/Estadão

O movimento mais recente na campanha de Boulos que deu sinais nesse sentido foi o episódio da publicação de um cenário fabricado da pesquisa eleitoral Real Time sobre a corrida eleitoral em São Paulo. Sobretudo para a solução que se tentou dar para o problema.

Inicialmente, a campanha do deputado do PSOL publicou um gráfico costurando candidatos que estavam em vários cenários para apontar que Boulos vencia qualquer adversário. O nome de Tabata foi excluído dessa construção, ainda que não fizesse qualquer diferença se lá estivesse para o que se queria dizer: que Boulos vence qualquer um dos adversários nos levantamentos de primeiro turno.

Com a reação à postagem apontando a exclusão do nome de Tabata, a campanha psolista resolveu alterar a imagem. Contudo, em vez de fazer o mais simples e óbvio, que era incluir o nome dela, alterou o título para dizer que Boulos vence “qualquer bolsonarista”. Ou seja: limitou a capacidade do candidato de vencer todos para dizer que vence só alguns, apenas para não incluir a deputada federal. No fim, a Justiça ainda mandou retirar a publicação do ar, atendendo a pedidos da própria Tabata e de Nunes.

Antes desse episódio, outro movimento da campanha de Boulos já indicava a preocupação com um estrago que a candidatura de Tabata poderia fazer a ele. Seus interlocutores ofereceram à deputada federal um pacto de não agressão. Naturalmente, o pacto interessaria mais a ele do que a ela, por três motivos. O primeiro é que quem lidera as pesquisas tem mais a perder com o fogo cruzado. O segundo, que qualquer desavença pública beneficiaria quem é menos conhecida e precisa de visibilidade. E o terceiro é que, enquanto Tabata pode atacar Boulos, ele, hoje líder, não pode fazer o mesmo por esperar contar com ela em um eventual segundo turno. Por essa lógica, ela poderia bater à vontade sem o risco de apanhar de volta. Por qual motivo faria um pacto para também não atacar?

Do lado de Tabata, há também uma incongruência na análise de alguns de seus aliados. Eles avaliam que ela tem mais potencial de tirar votos de Nunes do que de Boulos, mas consideram que a corrida em um segundo turno poderia ser contra o prefeito, uma conta que não fecha. Se ela não tirar votos do psolista, quem tiraria para que ele não fosse ao segundo turno?

Seja quem for o adversário ou a origem de seus possíveis votos, o declarado esforço é de se tornar conhecida, sobretudo em uma eleição com adversários com tantas armas em mãos. Um experiente político que está ao lado dela nessa campanha resume que, em qualquer eleição, os favoritos são sempre o atual ocupante do cargo, o ex-ocupante e o segundo lugar na última disputa. No caso de São Paulo, são justamente os três adversários que ela enfrenta: Nunes, em busca da reeleição, e a chapa de Boulos com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). E Tabata tem que enfrentar a situação, até o momento, sem apoio de outros partidos que não o seu. A tarefa é muito difícil mas, pelo visto, pelo menos um de seus adversários considera que não é impossível.

Movimentos recentes da disputa eleitoral em São Paulo dão um indicativo de que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o líder das pesquisas, tem preocupação com o possível crescimento da candidatura da também deputada federal Tabata Amaral (PSB). Hoje em terceiro na maioria dos levantamentos, ela representa o nome mais consolidado para tentar quebrar a polarização entre o psolista e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão e Werther Santana/Estadão

O movimento mais recente na campanha de Boulos que deu sinais nesse sentido foi o episódio da publicação de um cenário fabricado da pesquisa eleitoral Real Time sobre a corrida eleitoral em São Paulo. Sobretudo para a solução que se tentou dar para o problema.

Inicialmente, a campanha do deputado do PSOL publicou um gráfico costurando candidatos que estavam em vários cenários para apontar que Boulos vencia qualquer adversário. O nome de Tabata foi excluído dessa construção, ainda que não fizesse qualquer diferença se lá estivesse para o que se queria dizer: que Boulos vence qualquer um dos adversários nos levantamentos de primeiro turno.

Com a reação à postagem apontando a exclusão do nome de Tabata, a campanha psolista resolveu alterar a imagem. Contudo, em vez de fazer o mais simples e óbvio, que era incluir o nome dela, alterou o título para dizer que Boulos vence “qualquer bolsonarista”. Ou seja: limitou a capacidade do candidato de vencer todos para dizer que vence só alguns, apenas para não incluir a deputada federal. No fim, a Justiça ainda mandou retirar a publicação do ar, atendendo a pedidos da própria Tabata e de Nunes.

Antes desse episódio, outro movimento da campanha de Boulos já indicava a preocupação com um estrago que a candidatura de Tabata poderia fazer a ele. Seus interlocutores ofereceram à deputada federal um pacto de não agressão. Naturalmente, o pacto interessaria mais a ele do que a ela, por três motivos. O primeiro é que quem lidera as pesquisas tem mais a perder com o fogo cruzado. O segundo, que qualquer desavença pública beneficiaria quem é menos conhecida e precisa de visibilidade. E o terceiro é que, enquanto Tabata pode atacar Boulos, ele, hoje líder, não pode fazer o mesmo por esperar contar com ela em um eventual segundo turno. Por essa lógica, ela poderia bater à vontade sem o risco de apanhar de volta. Por qual motivo faria um pacto para também não atacar?

Do lado de Tabata, há também uma incongruência na análise de alguns de seus aliados. Eles avaliam que ela tem mais potencial de tirar votos de Nunes do que de Boulos, mas consideram que a corrida em um segundo turno poderia ser contra o prefeito, uma conta que não fecha. Se ela não tirar votos do psolista, quem tiraria para que ele não fosse ao segundo turno?

Seja quem for o adversário ou a origem de seus possíveis votos, o declarado esforço é de se tornar conhecida, sobretudo em uma eleição com adversários com tantas armas em mãos. Um experiente político que está ao lado dela nessa campanha resume que, em qualquer eleição, os favoritos são sempre o atual ocupante do cargo, o ex-ocupante e o segundo lugar na última disputa. No caso de São Paulo, são justamente os três adversários que ela enfrenta: Nunes, em busca da reeleição, e a chapa de Boulos com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). E Tabata tem que enfrentar a situação, até o momento, sem apoio de outros partidos que não o seu. A tarefa é muito difícil mas, pelo visto, pelo menos um de seus adversários considera que não é impossível.

Movimentos recentes da disputa eleitoral em São Paulo dão um indicativo de que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL), o líder das pesquisas, tem preocupação com o possível crescimento da candidatura da também deputada federal Tabata Amaral (PSB). Hoje em terceiro na maioria dos levantamentos, ela representa o nome mais consolidado para tentar quebrar a polarização entre o psolista e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão e Werther Santana/Estadão

O movimento mais recente na campanha de Boulos que deu sinais nesse sentido foi o episódio da publicação de um cenário fabricado da pesquisa eleitoral Real Time sobre a corrida eleitoral em São Paulo. Sobretudo para a solução que se tentou dar para o problema.

Inicialmente, a campanha do deputado do PSOL publicou um gráfico costurando candidatos que estavam em vários cenários para apontar que Boulos vencia qualquer adversário. O nome de Tabata foi excluído dessa construção, ainda que não fizesse qualquer diferença se lá estivesse para o que se queria dizer: que Boulos vence qualquer um dos adversários nos levantamentos de primeiro turno.

Com a reação à postagem apontando a exclusão do nome de Tabata, a campanha psolista resolveu alterar a imagem. Contudo, em vez de fazer o mais simples e óbvio, que era incluir o nome dela, alterou o título para dizer que Boulos vence “qualquer bolsonarista”. Ou seja: limitou a capacidade do candidato de vencer todos para dizer que vence só alguns, apenas para não incluir a deputada federal. No fim, a Justiça ainda mandou retirar a publicação do ar, atendendo a pedidos da própria Tabata e de Nunes.

Antes desse episódio, outro movimento da campanha de Boulos já indicava a preocupação com um estrago que a candidatura de Tabata poderia fazer a ele. Seus interlocutores ofereceram à deputada federal um pacto de não agressão. Naturalmente, o pacto interessaria mais a ele do que a ela, por três motivos. O primeiro é que quem lidera as pesquisas tem mais a perder com o fogo cruzado. O segundo, que qualquer desavença pública beneficiaria quem é menos conhecida e precisa de visibilidade. E o terceiro é que, enquanto Tabata pode atacar Boulos, ele, hoje líder, não pode fazer o mesmo por esperar contar com ela em um eventual segundo turno. Por essa lógica, ela poderia bater à vontade sem o risco de apanhar de volta. Por qual motivo faria um pacto para também não atacar?

Do lado de Tabata, há também uma incongruência na análise de alguns de seus aliados. Eles avaliam que ela tem mais potencial de tirar votos de Nunes do que de Boulos, mas consideram que a corrida em um segundo turno poderia ser contra o prefeito, uma conta que não fecha. Se ela não tirar votos do psolista, quem tiraria para que ele não fosse ao segundo turno?

Seja quem for o adversário ou a origem de seus possíveis votos, o declarado esforço é de se tornar conhecida, sobretudo em uma eleição com adversários com tantas armas em mãos. Um experiente político que está ao lado dela nessa campanha resume que, em qualquer eleição, os favoritos são sempre o atual ocupante do cargo, o ex-ocupante e o segundo lugar na última disputa. No caso de São Paulo, são justamente os três adversários que ela enfrenta: Nunes, em busca da reeleição, e a chapa de Boulos com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). E Tabata tem que enfrentar a situação, até o momento, sem apoio de outros partidos que não o seu. A tarefa é muito difícil mas, pelo visto, pelo menos um de seus adversários considera que não é impossível.

Opinião por Ricardo Corrêa

Coordenador de política em São Paulo no Estadão e comentarista na rádio Eldorado. Escreve às quintas

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