Traduzindo a política

Opinião|Marçal propõe briga na lama e Datena, Boulos, Tabata e Nunes aceitam o pior debate da história de SP


Deboche, ofensas e até ameaça de vias de fato reproduzem uma campanha contaminada e que dificilmente melhorará de nível se o eleitor não der algum sinal de que reprova a baixaria

Por Ricardo Corrêa
Atualização:

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram, na noite de domingo na TV Gazeta e no My News, um dos piores debates da história recente da política paulista e do Brasil. Como sempre, com pouquíssimas propostas mas, sobretudo, com ataques pessoais em nível ainda mais baixo do que nos encontros anteriores. Falar isso é chover no molhado. Explicar o motivo também: Pablo Marçal mesmo resumiu: “Isso aqui é um teatro”, “não é um debate de propostas”. Ele fez por onde. Transformou a discussão em uma briga na lama outra vez. E, Justiça seja feita aos demais candidatos, é impossível travar um debate razoável com alguém que está por lá apenas para criar tumulto, descumprindo regras e a legislação eleitoral.

Diante da pancadaria sem limites, os demais candidatos construíram uma nova estratégia para substituir as fracassadas ideias anteriores, de ofertarem Marçal como um palhaço nos primeiros debates e de deixarem ele falando sozinho, como fizeram José Luiz Datena, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no encontro da Veja. Agora, resolveram responder no mesmo nível. E deu-se a baixaria que se viu.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews
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Pela primeira vez na campanha, as dobradinhas ficaram mais visíveis. Boulos, Datena e Tabata Amaral contra Ricardo Nunes e todos eles juntos contra Pablo Marçal. Agora, em um esforço para fixarem nele a pecha de “condenado”, em razão da sentença por golpe bancário já expedida contra ele e dos diversos processos a que responde enquanto, paralelamente, figurões de seu partido aparecem em investigações e processos por ligação com o tráfico de drogas. Ele foi chamado de “bandido”, “criminoso” e “tchutchuca do PCC”.

Na campanha feita com o fígado, Marçal também deixou bem claros os carimbos que prevê colocar nos adversários. Tabata, chamada de “garota”, seria a inexperiente e jovem demais. Boulos, chamado de “Boules”, em uma ironia à linguagem neutra, um radical de esquerda. Nunes, “um bananinha”, e que tem vergonha de expor Bolsonaro. E Datena, alguém que não tem o menor interesse de fato de participar da campanha.

Tabata e Datena também tentaram imputar a Nunes a pecha de “corrupto”, sobretudo em razão das investigações sobre a máfia das creches. Ela, ainda tentou apontar uma suposta “covardia” do prefeito e de Boulos, que demoraram a reagir a Marçal e só o fizeram quando ele já estava grande demais. Já Nunes escolheu a alcunha de ‘invasor’ para Boulos.

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O fato é que o debate não foi diferente do que é a campanha até aqui. Tem valido a pena, sobretudo para Marçal, passar por cima das regras. Se não tiver sua candidatura cassada ao fim do processo, a conta terá saído positiva para ele fazendo acusações sem provas, falsas, ou utilizando as redes fora da legislação. Os direitos de resposta concedidos contra ele até agora não foram publicados. Quando sua conta no Instagram foi banida, houve tempo suficiente para que criasse uma nova para repetir o que fazia na outra. A Justiça Eleitoral, assim como os adversários, não tem sabido lidar com ele.

No debate, apesar dos diversos direitos de resposta, pôde ficar em tela dividida fazendo gestos e deboches enquanto os demais falavam. Tentou tirar a todos do sério. Datena não resistiu e chegou a deixar seu púlpito para intimidar o ex-coach após ser chamado por ele para a briga, em uma das cenas mais deprimentes do programa e que resume não apenas o debate, mas a campanha até aqui. Difícil imaginar que será diferente até o final, a não ser que o eleitor dê sinais consistentes de que reprova a baixaria crescente.

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Os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram, na noite de domingo na TV Gazeta e no My News, um dos piores debates da história recente da política paulista e do Brasil. Como sempre, com pouquíssimas propostas mas, sobretudo, com ataques pessoais em nível ainda mais baixo do que nos encontros anteriores. Falar isso é chover no molhado. Explicar o motivo também: Pablo Marçal mesmo resumiu: “Isso aqui é um teatro”, “não é um debate de propostas”. Ele fez por onde. Transformou a discussão em uma briga na lama outra vez. E, Justiça seja feita aos demais candidatos, é impossível travar um debate razoável com alguém que está por lá apenas para criar tumulto, descumprindo regras e a legislação eleitoral.

Diante da pancadaria sem limites, os demais candidatos construíram uma nova estratégia para substituir as fracassadas ideias anteriores, de ofertarem Marçal como um palhaço nos primeiros debates e de deixarem ele falando sozinho, como fizeram José Luiz Datena, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no encontro da Veja. Agora, resolveram responder no mesmo nível. E deu-se a baixaria que se viu.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

Pela primeira vez na campanha, as dobradinhas ficaram mais visíveis. Boulos, Datena e Tabata Amaral contra Ricardo Nunes e todos eles juntos contra Pablo Marçal. Agora, em um esforço para fixarem nele a pecha de “condenado”, em razão da sentença por golpe bancário já expedida contra ele e dos diversos processos a que responde enquanto, paralelamente, figurões de seu partido aparecem em investigações e processos por ligação com o tráfico de drogas. Ele foi chamado de “bandido”, “criminoso” e “tchutchuca do PCC”.

Na campanha feita com o fígado, Marçal também deixou bem claros os carimbos que prevê colocar nos adversários. Tabata, chamada de “garota”, seria a inexperiente e jovem demais. Boulos, chamado de “Boules”, em uma ironia à linguagem neutra, um radical de esquerda. Nunes, “um bananinha”, e que tem vergonha de expor Bolsonaro. E Datena, alguém que não tem o menor interesse de fato de participar da campanha.

Tabata e Datena também tentaram imputar a Nunes a pecha de “corrupto”, sobretudo em razão das investigações sobre a máfia das creches. Ela, ainda tentou apontar uma suposta “covardia” do prefeito e de Boulos, que demoraram a reagir a Marçal e só o fizeram quando ele já estava grande demais. Já Nunes escolheu a alcunha de ‘invasor’ para Boulos.

O fato é que o debate não foi diferente do que é a campanha até aqui. Tem valido a pena, sobretudo para Marçal, passar por cima das regras. Se não tiver sua candidatura cassada ao fim do processo, a conta terá saído positiva para ele fazendo acusações sem provas, falsas, ou utilizando as redes fora da legislação. Os direitos de resposta concedidos contra ele até agora não foram publicados. Quando sua conta no Instagram foi banida, houve tempo suficiente para que criasse uma nova para repetir o que fazia na outra. A Justiça Eleitoral, assim como os adversários, não tem sabido lidar com ele.

No debate, apesar dos diversos direitos de resposta, pôde ficar em tela dividida fazendo gestos e deboches enquanto os demais falavam. Tentou tirar a todos do sério. Datena não resistiu e chegou a deixar seu púlpito para intimidar o ex-coach após ser chamado por ele para a briga, em uma das cenas mais deprimentes do programa e que resume não apenas o debate, mas a campanha até aqui. Difícil imaginar que será diferente até o final, a não ser que o eleitor dê sinais consistentes de que reprova a baixaria crescente.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram, na noite de domingo na TV Gazeta e no My News, um dos piores debates da história recente da política paulista e do Brasil. Como sempre, com pouquíssimas propostas mas, sobretudo, com ataques pessoais em nível ainda mais baixo do que nos encontros anteriores. Falar isso é chover no molhado. Explicar o motivo também: Pablo Marçal mesmo resumiu: “Isso aqui é um teatro”, “não é um debate de propostas”. Ele fez por onde. Transformou a discussão em uma briga na lama outra vez. E, Justiça seja feita aos demais candidatos, é impossível travar um debate razoável com alguém que está por lá apenas para criar tumulto, descumprindo regras e a legislação eleitoral.

Diante da pancadaria sem limites, os demais candidatos construíram uma nova estratégia para substituir as fracassadas ideias anteriores, de ofertarem Marçal como um palhaço nos primeiros debates e de deixarem ele falando sozinho, como fizeram José Luiz Datena, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no encontro da Veja. Agora, resolveram responder no mesmo nível. E deu-se a baixaria que se viu.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

Pela primeira vez na campanha, as dobradinhas ficaram mais visíveis. Boulos, Datena e Tabata Amaral contra Ricardo Nunes e todos eles juntos contra Pablo Marçal. Agora, em um esforço para fixarem nele a pecha de “condenado”, em razão da sentença por golpe bancário já expedida contra ele e dos diversos processos a que responde enquanto, paralelamente, figurões de seu partido aparecem em investigações e processos por ligação com o tráfico de drogas. Ele foi chamado de “bandido”, “criminoso” e “tchutchuca do PCC”.

Na campanha feita com o fígado, Marçal também deixou bem claros os carimbos que prevê colocar nos adversários. Tabata, chamada de “garota”, seria a inexperiente e jovem demais. Boulos, chamado de “Boules”, em uma ironia à linguagem neutra, um radical de esquerda. Nunes, “um bananinha”, e que tem vergonha de expor Bolsonaro. E Datena, alguém que não tem o menor interesse de fato de participar da campanha.

Tabata e Datena também tentaram imputar a Nunes a pecha de “corrupto”, sobretudo em razão das investigações sobre a máfia das creches. Ela, ainda tentou apontar uma suposta “covardia” do prefeito e de Boulos, que demoraram a reagir a Marçal e só o fizeram quando ele já estava grande demais. Já Nunes escolheu a alcunha de ‘invasor’ para Boulos.

O fato é que o debate não foi diferente do que é a campanha até aqui. Tem valido a pena, sobretudo para Marçal, passar por cima das regras. Se não tiver sua candidatura cassada ao fim do processo, a conta terá saído positiva para ele fazendo acusações sem provas, falsas, ou utilizando as redes fora da legislação. Os direitos de resposta concedidos contra ele até agora não foram publicados. Quando sua conta no Instagram foi banida, houve tempo suficiente para que criasse uma nova para repetir o que fazia na outra. A Justiça Eleitoral, assim como os adversários, não tem sabido lidar com ele.

No debate, apesar dos diversos direitos de resposta, pôde ficar em tela dividida fazendo gestos e deboches enquanto os demais falavam. Tentou tirar a todos do sério. Datena não resistiu e chegou a deixar seu púlpito para intimidar o ex-coach após ser chamado por ele para a briga, em uma das cenas mais deprimentes do programa e que resume não apenas o debate, mas a campanha até aqui. Difícil imaginar que será diferente até o final, a não ser que o eleitor dê sinais consistentes de que reprova a baixaria crescente.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram, na noite de domingo na TV Gazeta e no My News, um dos piores debates da história recente da política paulista e do Brasil. Como sempre, com pouquíssimas propostas mas, sobretudo, com ataques pessoais em nível ainda mais baixo do que nos encontros anteriores. Falar isso é chover no molhado. Explicar o motivo também: Pablo Marçal mesmo resumiu: “Isso aqui é um teatro”, “não é um debate de propostas”. Ele fez por onde. Transformou a discussão em uma briga na lama outra vez. E, Justiça seja feita aos demais candidatos, é impossível travar um debate razoável com alguém que está por lá apenas para criar tumulto, descumprindo regras e a legislação eleitoral.

Diante da pancadaria sem limites, os demais candidatos construíram uma nova estratégia para substituir as fracassadas ideias anteriores, de ofertarem Marçal como um palhaço nos primeiros debates e de deixarem ele falando sozinho, como fizeram José Luiz Datena, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no encontro da Veja. Agora, resolveram responder no mesmo nível. E deu-se a baixaria que se viu.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

Pela primeira vez na campanha, as dobradinhas ficaram mais visíveis. Boulos, Datena e Tabata Amaral contra Ricardo Nunes e todos eles juntos contra Pablo Marçal. Agora, em um esforço para fixarem nele a pecha de “condenado”, em razão da sentença por golpe bancário já expedida contra ele e dos diversos processos a que responde enquanto, paralelamente, figurões de seu partido aparecem em investigações e processos por ligação com o tráfico de drogas. Ele foi chamado de “bandido”, “criminoso” e “tchutchuca do PCC”.

Na campanha feita com o fígado, Marçal também deixou bem claros os carimbos que prevê colocar nos adversários. Tabata, chamada de “garota”, seria a inexperiente e jovem demais. Boulos, chamado de “Boules”, em uma ironia à linguagem neutra, um radical de esquerda. Nunes, “um bananinha”, e que tem vergonha de expor Bolsonaro. E Datena, alguém que não tem o menor interesse de fato de participar da campanha.

Tabata e Datena também tentaram imputar a Nunes a pecha de “corrupto”, sobretudo em razão das investigações sobre a máfia das creches. Ela, ainda tentou apontar uma suposta “covardia” do prefeito e de Boulos, que demoraram a reagir a Marçal e só o fizeram quando ele já estava grande demais. Já Nunes escolheu a alcunha de ‘invasor’ para Boulos.

O fato é que o debate não foi diferente do que é a campanha até aqui. Tem valido a pena, sobretudo para Marçal, passar por cima das regras. Se não tiver sua candidatura cassada ao fim do processo, a conta terá saído positiva para ele fazendo acusações sem provas, falsas, ou utilizando as redes fora da legislação. Os direitos de resposta concedidos contra ele até agora não foram publicados. Quando sua conta no Instagram foi banida, houve tempo suficiente para que criasse uma nova para repetir o que fazia na outra. A Justiça Eleitoral, assim como os adversários, não tem sabido lidar com ele.

No debate, apesar dos diversos direitos de resposta, pôde ficar em tela dividida fazendo gestos e deboches enquanto os demais falavam. Tentou tirar a todos do sério. Datena não resistiu e chegou a deixar seu púlpito para intimidar o ex-coach após ser chamado por ele para a briga, em uma das cenas mais deprimentes do programa e que resume não apenas o debate, mas a campanha até aqui. Difícil imaginar que será diferente até o final, a não ser que o eleitor dê sinais consistentes de que reprova a baixaria crescente.

Opinião por Ricardo Corrêa

Coordenador de política em São Paulo no Estadão e comentarista na rádio Eldorado. Escreve às quintas

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