Traduzindo a política

Opinião|Pablo Marçal enfrentará seu real desafio na eleição após surfar nas redes e crescer nas pesquisas


Candidato do PRTB terá menos margem para avançar e enfrentará um fogo mais severo de adversários, em especial do núcleo comandado por Jair Bolsonaro na direita

Por Ricardo Corrêa
Atualização:

Até aqui, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) é a grande notícia das eleições em São Paulo. Não apenas por conta das polêmicas nas quais se envolveu, seja em sua vida pregressa, seja na atual campanha, mas pelo crescimento registrado nas pesquisas internas dos concorrentes e no levantamento divulgado pelo instituto Atlas nesta quarta-feira, 21. Mas a verdadeira força dele nas eleições saberemos agora, quando irá de pedra a vidraça, estará na mira do núcleo do bolsonarismo e conhecerá o potencial das armas que os adversários poderão usar, sobretudo com o início do horário eleitoral no rádio e na TV.

Essa mudança de ares tende a vir em um momento em que os números da pesquisa Atlas indicam menos espaço para o crescimento do influenciador. Para chegar aos 16,3%, Marçal bebeu bastante do eleitorado bolsonarista. Em 8 de agosto, ele detinha cerca de 25% do grupo que votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022. Agora, alcançou 41,8%. Com isso, ultrapassou nesse campo Nunes, o candidato oficial de Bolsonaro, que foi de algo em torno de 42% para 38,6% dessa fatia do eleitorado.

Pablo Marçal se aproveitou de um período da campanha dominado pelas redes sociais, mas agora enfrentará um cenário mais difícil Foto: Werther Santana/Estadão
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Se considerados os eleitores de Tarcísio de Freitas em 2022, Marçal hoje já alcança 47,2% deles, contra 39% de Nunes. Ou seja: Nunes só consegue aparecer à frente de Marçal no cômputo geral graças a um eleitorado que não é o dos maiores líderes de direita. Como os percentuais do candidato do PRTB continuam nulos entre eleitores da esquerda, o espaço para ele crescer de agora em diante fica bem menor.

E ficará ainda menor com Jair Bolsonaro e os filhos entrando mais decididamente na campanha do prefeito. Como mostra o Estadão nesta quinta, o filho do presidente gravou vídeos com Nunes. Eduardo Bolsonaro também espalhou entre seus apoiadores a revelação, também do Estadão, de que articuladores informais do partido de Marçal andaram envolvidos com o PCC, trocando carros de luxo por cocaína para a facção. Se tem uma máquina que pode enfrentar a de Marçal nas redes, ainda que no mesmo campo, é aquela comandada pelos filhos do presidente.

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O problema para Marçal não se encerra por aí. No próximo dia 30 começa o horário eleitoral de rádio e TV. Por mais que se reconheça que a digitalização das campanhas tomou da propaganda parte de seu papel decisivo, sobretudo por tirar o eleitor da frente da TV naquele horário, as centenas de inserções de 30 segundos dos adversários ao longo da programação, sem que Marçal tenha uma sequer para se defender, podem ter impacto. Sobretudo por conta do tamanho das encrencas na ficha corrida do ex-coach. De prisão e condenação por golpe bancário, risco de vida a seguidores em um pico, morte de um funcionário em maratona na empresa e, claro, todas as revelações da infiltração de integrantes do PCC em seu partido. Se for preciso, na TV, também aparecerão Bolsonaro e Tarcísio vinculados a Nunes, pressionando o eleitorado dos dois que hoje reconhece Marçal como opção.

Depois de surfar em seu tamanho nas redes sociais enquanto os adversários patinavam para enfrentar uma postura belicosa e meticulosamente arquitetada para viralizar na internet, Marçal agora começará a enfrentar um cenário em que estará bem menos à vontade. Quando a campanha formal empurra o debate para dentro da casa das pessoas e quando milhões de reais serão despejados em marketing por seus poderosos adversários. É quando mostrará até onde pode chegar e pode encontrar seu teto.

Até aqui, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) é a grande notícia das eleições em São Paulo. Não apenas por conta das polêmicas nas quais se envolveu, seja em sua vida pregressa, seja na atual campanha, mas pelo crescimento registrado nas pesquisas internas dos concorrentes e no levantamento divulgado pelo instituto Atlas nesta quarta-feira, 21. Mas a verdadeira força dele nas eleições saberemos agora, quando irá de pedra a vidraça, estará na mira do núcleo do bolsonarismo e conhecerá o potencial das armas que os adversários poderão usar, sobretudo com o início do horário eleitoral no rádio e na TV.

Essa mudança de ares tende a vir em um momento em que os números da pesquisa Atlas indicam menos espaço para o crescimento do influenciador. Para chegar aos 16,3%, Marçal bebeu bastante do eleitorado bolsonarista. Em 8 de agosto, ele detinha cerca de 25% do grupo que votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022. Agora, alcançou 41,8%. Com isso, ultrapassou nesse campo Nunes, o candidato oficial de Bolsonaro, que foi de algo em torno de 42% para 38,6% dessa fatia do eleitorado.

Pablo Marçal se aproveitou de um período da campanha dominado pelas redes sociais, mas agora enfrentará um cenário mais difícil Foto: Werther Santana/Estadão

Se considerados os eleitores de Tarcísio de Freitas em 2022, Marçal hoje já alcança 47,2% deles, contra 39% de Nunes. Ou seja: Nunes só consegue aparecer à frente de Marçal no cômputo geral graças a um eleitorado que não é o dos maiores líderes de direita. Como os percentuais do candidato do PRTB continuam nulos entre eleitores da esquerda, o espaço para ele crescer de agora em diante fica bem menor.

E ficará ainda menor com Jair Bolsonaro e os filhos entrando mais decididamente na campanha do prefeito. Como mostra o Estadão nesta quinta, o filho do presidente gravou vídeos com Nunes. Eduardo Bolsonaro também espalhou entre seus apoiadores a revelação, também do Estadão, de que articuladores informais do partido de Marçal andaram envolvidos com o PCC, trocando carros de luxo por cocaína para a facção. Se tem uma máquina que pode enfrentar a de Marçal nas redes, ainda que no mesmo campo, é aquela comandada pelos filhos do presidente.

O problema para Marçal não se encerra por aí. No próximo dia 30 começa o horário eleitoral de rádio e TV. Por mais que se reconheça que a digitalização das campanhas tomou da propaganda parte de seu papel decisivo, sobretudo por tirar o eleitor da frente da TV naquele horário, as centenas de inserções de 30 segundos dos adversários ao longo da programação, sem que Marçal tenha uma sequer para se defender, podem ter impacto. Sobretudo por conta do tamanho das encrencas na ficha corrida do ex-coach. De prisão e condenação por golpe bancário, risco de vida a seguidores em um pico, morte de um funcionário em maratona na empresa e, claro, todas as revelações da infiltração de integrantes do PCC em seu partido. Se for preciso, na TV, também aparecerão Bolsonaro e Tarcísio vinculados a Nunes, pressionando o eleitorado dos dois que hoje reconhece Marçal como opção.

Depois de surfar em seu tamanho nas redes sociais enquanto os adversários patinavam para enfrentar uma postura belicosa e meticulosamente arquitetada para viralizar na internet, Marçal agora começará a enfrentar um cenário em que estará bem menos à vontade. Quando a campanha formal empurra o debate para dentro da casa das pessoas e quando milhões de reais serão despejados em marketing por seus poderosos adversários. É quando mostrará até onde pode chegar e pode encontrar seu teto.

Até aqui, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) é a grande notícia das eleições em São Paulo. Não apenas por conta das polêmicas nas quais se envolveu, seja em sua vida pregressa, seja na atual campanha, mas pelo crescimento registrado nas pesquisas internas dos concorrentes e no levantamento divulgado pelo instituto Atlas nesta quarta-feira, 21. Mas a verdadeira força dele nas eleições saberemos agora, quando irá de pedra a vidraça, estará na mira do núcleo do bolsonarismo e conhecerá o potencial das armas que os adversários poderão usar, sobretudo com o início do horário eleitoral no rádio e na TV.

Essa mudança de ares tende a vir em um momento em que os números da pesquisa Atlas indicam menos espaço para o crescimento do influenciador. Para chegar aos 16,3%, Marçal bebeu bastante do eleitorado bolsonarista. Em 8 de agosto, ele detinha cerca de 25% do grupo que votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022. Agora, alcançou 41,8%. Com isso, ultrapassou nesse campo Nunes, o candidato oficial de Bolsonaro, que foi de algo em torno de 42% para 38,6% dessa fatia do eleitorado.

Pablo Marçal se aproveitou de um período da campanha dominado pelas redes sociais, mas agora enfrentará um cenário mais difícil Foto: Werther Santana/Estadão

Se considerados os eleitores de Tarcísio de Freitas em 2022, Marçal hoje já alcança 47,2% deles, contra 39% de Nunes. Ou seja: Nunes só consegue aparecer à frente de Marçal no cômputo geral graças a um eleitorado que não é o dos maiores líderes de direita. Como os percentuais do candidato do PRTB continuam nulos entre eleitores da esquerda, o espaço para ele crescer de agora em diante fica bem menor.

E ficará ainda menor com Jair Bolsonaro e os filhos entrando mais decididamente na campanha do prefeito. Como mostra o Estadão nesta quinta, o filho do presidente gravou vídeos com Nunes. Eduardo Bolsonaro também espalhou entre seus apoiadores a revelação, também do Estadão, de que articuladores informais do partido de Marçal andaram envolvidos com o PCC, trocando carros de luxo por cocaína para a facção. Se tem uma máquina que pode enfrentar a de Marçal nas redes, ainda que no mesmo campo, é aquela comandada pelos filhos do presidente.

O problema para Marçal não se encerra por aí. No próximo dia 30 começa o horário eleitoral de rádio e TV. Por mais que se reconheça que a digitalização das campanhas tomou da propaganda parte de seu papel decisivo, sobretudo por tirar o eleitor da frente da TV naquele horário, as centenas de inserções de 30 segundos dos adversários ao longo da programação, sem que Marçal tenha uma sequer para se defender, podem ter impacto. Sobretudo por conta do tamanho das encrencas na ficha corrida do ex-coach. De prisão e condenação por golpe bancário, risco de vida a seguidores em um pico, morte de um funcionário em maratona na empresa e, claro, todas as revelações da infiltração de integrantes do PCC em seu partido. Se for preciso, na TV, também aparecerão Bolsonaro e Tarcísio vinculados a Nunes, pressionando o eleitorado dos dois que hoje reconhece Marçal como opção.

Depois de surfar em seu tamanho nas redes sociais enquanto os adversários patinavam para enfrentar uma postura belicosa e meticulosamente arquitetada para viralizar na internet, Marçal agora começará a enfrentar um cenário em que estará bem menos à vontade. Quando a campanha formal empurra o debate para dentro da casa das pessoas e quando milhões de reais serão despejados em marketing por seus poderosos adversários. É quando mostrará até onde pode chegar e pode encontrar seu teto.

Até aqui, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) é a grande notícia das eleições em São Paulo. Não apenas por conta das polêmicas nas quais se envolveu, seja em sua vida pregressa, seja na atual campanha, mas pelo crescimento registrado nas pesquisas internas dos concorrentes e no levantamento divulgado pelo instituto Atlas nesta quarta-feira, 21. Mas a verdadeira força dele nas eleições saberemos agora, quando irá de pedra a vidraça, estará na mira do núcleo do bolsonarismo e conhecerá o potencial das armas que os adversários poderão usar, sobretudo com o início do horário eleitoral no rádio e na TV.

Essa mudança de ares tende a vir em um momento em que os números da pesquisa Atlas indicam menos espaço para o crescimento do influenciador. Para chegar aos 16,3%, Marçal bebeu bastante do eleitorado bolsonarista. Em 8 de agosto, ele detinha cerca de 25% do grupo que votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022. Agora, alcançou 41,8%. Com isso, ultrapassou nesse campo Nunes, o candidato oficial de Bolsonaro, que foi de algo em torno de 42% para 38,6% dessa fatia do eleitorado.

Pablo Marçal se aproveitou de um período da campanha dominado pelas redes sociais, mas agora enfrentará um cenário mais difícil Foto: Werther Santana/Estadão

Se considerados os eleitores de Tarcísio de Freitas em 2022, Marçal hoje já alcança 47,2% deles, contra 39% de Nunes. Ou seja: Nunes só consegue aparecer à frente de Marçal no cômputo geral graças a um eleitorado que não é o dos maiores líderes de direita. Como os percentuais do candidato do PRTB continuam nulos entre eleitores da esquerda, o espaço para ele crescer de agora em diante fica bem menor.

E ficará ainda menor com Jair Bolsonaro e os filhos entrando mais decididamente na campanha do prefeito. Como mostra o Estadão nesta quinta, o filho do presidente gravou vídeos com Nunes. Eduardo Bolsonaro também espalhou entre seus apoiadores a revelação, também do Estadão, de que articuladores informais do partido de Marçal andaram envolvidos com o PCC, trocando carros de luxo por cocaína para a facção. Se tem uma máquina que pode enfrentar a de Marçal nas redes, ainda que no mesmo campo, é aquela comandada pelos filhos do presidente.

O problema para Marçal não se encerra por aí. No próximo dia 30 começa o horário eleitoral de rádio e TV. Por mais que se reconheça que a digitalização das campanhas tomou da propaganda parte de seu papel decisivo, sobretudo por tirar o eleitor da frente da TV naquele horário, as centenas de inserções de 30 segundos dos adversários ao longo da programação, sem que Marçal tenha uma sequer para se defender, podem ter impacto. Sobretudo por conta do tamanho das encrencas na ficha corrida do ex-coach. De prisão e condenação por golpe bancário, risco de vida a seguidores em um pico, morte de um funcionário em maratona na empresa e, claro, todas as revelações da infiltração de integrantes do PCC em seu partido. Se for preciso, na TV, também aparecerão Bolsonaro e Tarcísio vinculados a Nunes, pressionando o eleitorado dos dois que hoje reconhece Marçal como opção.

Depois de surfar em seu tamanho nas redes sociais enquanto os adversários patinavam para enfrentar uma postura belicosa e meticulosamente arquitetada para viralizar na internet, Marçal agora começará a enfrentar um cenário em que estará bem menos à vontade. Quando a campanha formal empurra o debate para dentro da casa das pessoas e quando milhões de reais serão despejados em marketing por seus poderosos adversários. É quando mostrará até onde pode chegar e pode encontrar seu teto.

Opinião por Ricardo Corrêa

Coordenador de política em São Paulo no Estadão e comentarista na rádio Eldorado. Escreve às quintas

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