Nunes põe panos quentes em crise por elogio de Bolsonaro a Marçal e vídeo com Joice Hasselmann


Prefeito afirmou que conversou com ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e que seu vice procurou o ex-presidente: “Está tudo tranquilo”

Por Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pôs panos quentes nesta sexta-feira, 16, na crise desencadeada com a família Bolsonaro. Ele disse que achou “estranho” Jair Bolsonaro (PL) elogiar seu rival, Pablo Marçal (PRTB), porque o influenciador já criticou o ex-presidente e os filhos dele no passado. Nunes, contudo, afirmou ter conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e que agora está “tudo tranquilo”.

Após uma caminhada com apoiadores pelo Centro Histórico de São Paulo na tarde desta sexta-feira, o prefeito declarou a jornalistas que o vice em sua chapa, o coronel Mello de Araújo (PL), esteve com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para tratar do assunto.

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“Tá tudo tranquilo. A gente tá unido. Às vezes dá um ruidinho aqui, um ruidinho ali por conta de interpretação. O que ele nos disse é que foi mal interpretado e que ele é 100% com a gente. Isso é a palavra do presidente Bolsonaro”, disse Ricardo Nunes.

Bolsonaro declarou em uma entrevista na quinta-feira, 15, que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, embora tenha compromisso de apoiá-lo, e emendou um elogio a Marçal. “Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte”, afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM de Natal (RN).

Mais cedo, o prefeito havia rebatido Bolsonaro ao declarar que “não está vivendo de sonho” e sim de “realidade”. “Vender sonho é para outro candidato. A gente quer falar de realidade e de coisas importantes para a cidade”, alfinetou.

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Além do aceno de Bolsonaro a Marçal, outro ponto de atrito foi o vídeo gravado por Nunes em apoio à candidatura a vereador de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro disse ao jornal O Globo que é “inacreditável” como Nunes “cava a própria sepultura” e que é por atitudes como essa que Marçal cresce entre os eleitores bolsonaristas.

O prefeito de São Pauli e candidato à reeleição Ricardo Nunes assiste missa na Catedral de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, acompanhado da esposa Regina Nunes e do seu vice na chapa Coronel Ricardo Mello Araújo. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Aliados de Nunes demonstram preocupação com o influenciador e já reconhecem que Marçal terá uma parcela significativa de votos entre os eleitores de Bolsonaro mesmo sem o apoio oficial do ex-presidente. Por isso, atuam para reduzir danos de forma que o candidato do PRTB não cresça nas pesquisas eleitorais.

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Mais cedo, Nunes mirou suas críticas em Marçal. “Não tem outro ‘M’ para a cidade a não ser o ‘M’ da verdade”, disse ele ao deixar uma missa na Catedral de Santo Amaro que representou seu primeiro ato de campanha. “A gente está falando de uma ação da vida real, que é cuidar das pessoas. Isso aqui não é o Pico dos Marins, isso aqui não é uma aventura onde você não consegue cuidar de 60 pessoas”, continuou em prefeito.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar dezenas de pessoas que faziam parte de uma expedição ao local liderada por Marçal.

Nunes se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira, 15, para rediscutir a estratégia de campanha. Um aliado do governador que também é próximo à família Bolsonaro disse ao Estadão que o prefeito precisa deixar mais claro que é conservador para conquistar os eleitores do ex-presidente, evitar ruídos futuros com Bolsonaro e a migração de votos para Marçal.

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Já o entorno de Nunes afirma que, embora ele não seja bolsonarista, agiu de forma correta e justa com o ex-presidente e seus aliados desde que a aliança foi firmada no fim do ano passado.

Nunes nega que venha “escondendo” Bolsonaro de sua campanha, mas no folheto eleitoral distribuído durante a caminhada nesta sexta-feira não há qualquer menção ao ex-presidente. Por outro lado, Tarcísio aparece na capa em uma foto ao lado do prefeito e com uma declaração elogiosa a Nunes. “Tem sido um privilégio trabalhar com uma pessoa de um coração tão grande”, diz a frase atribuída ao governador.

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Pablo Marçal tem repetido que o prefeito representa a “falsa direita” e não comunga com os valores bolsonaristas. Incomodado com a postura agressiva do influenciador na campanha, Nunes afirmou que pediu para seus aliados procurarem os adversários para tentarem um acordo por “uma campanha de nível”.

“O pessoal da minha campanha está conversando com as outras campanhas para a gente poder criar um ambiente saudável e propositivo para a cidade”, disse. “São muitas coisas que estão sendo faladas que não são verdade, são propostas inexequíveis”, acrescentou ele.

Panfleto da campanha de Nunes tem Tarcísio na capa e nenhuma referência a Bolsonaro Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão
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O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal abra um inquérito contra Marçal após ele insinuar repetidamente e sem provas que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de drogas. Entre as propostas do influenciador estão a construção de um prédio de um quilômetro de altura e de um “cinturão de teleféricos” para desafogar o trânsito da capital paulista.

A caminhada de Nunes saiu da rua Quinze de Novembro, passou pela rua São Bento, foi até a Praça do Patriarca e quase se encontrou com Boulos e apoiadores, que também fizeram um ato no Centro Histórico, saindo do Teatro Municipal.

A Polícia e a Guarda Civil Metropolitana precisaram segurar o cordão de apoiadores do prefeito para que não houvesse um choque com os apoiadores do candidato do PSOL, o que gerou tumulto e empurra-empurra. Mais cedo, Nunes disse que cumprimentaria Boulos se o encontrasse na agenda, mas isso não ocorreu diante do temor de que ocorressem brigas e provocações de lado a lado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pôs panos quentes nesta sexta-feira, 16, na crise desencadeada com a família Bolsonaro. Ele disse que achou “estranho” Jair Bolsonaro (PL) elogiar seu rival, Pablo Marçal (PRTB), porque o influenciador já criticou o ex-presidente e os filhos dele no passado. Nunes, contudo, afirmou ter conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e que agora está “tudo tranquilo”.

Após uma caminhada com apoiadores pelo Centro Histórico de São Paulo na tarde desta sexta-feira, o prefeito declarou a jornalistas que o vice em sua chapa, o coronel Mello de Araújo (PL), esteve com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para tratar do assunto.

“Tá tudo tranquilo. A gente tá unido. Às vezes dá um ruidinho aqui, um ruidinho ali por conta de interpretação. O que ele nos disse é que foi mal interpretado e que ele é 100% com a gente. Isso é a palavra do presidente Bolsonaro”, disse Ricardo Nunes.

Bolsonaro declarou em uma entrevista na quinta-feira, 15, que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, embora tenha compromisso de apoiá-lo, e emendou um elogio a Marçal. “Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte”, afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM de Natal (RN).

Mais cedo, o prefeito havia rebatido Bolsonaro ao declarar que “não está vivendo de sonho” e sim de “realidade”. “Vender sonho é para outro candidato. A gente quer falar de realidade e de coisas importantes para a cidade”, alfinetou.

Além do aceno de Bolsonaro a Marçal, outro ponto de atrito foi o vídeo gravado por Nunes em apoio à candidatura a vereador de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro disse ao jornal O Globo que é “inacreditável” como Nunes “cava a própria sepultura” e que é por atitudes como essa que Marçal cresce entre os eleitores bolsonaristas.

O prefeito de São Pauli e candidato à reeleição Ricardo Nunes assiste missa na Catedral de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, acompanhado da esposa Regina Nunes e do seu vice na chapa Coronel Ricardo Mello Araújo. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Aliados de Nunes demonstram preocupação com o influenciador e já reconhecem que Marçal terá uma parcela significativa de votos entre os eleitores de Bolsonaro mesmo sem o apoio oficial do ex-presidente. Por isso, atuam para reduzir danos de forma que o candidato do PRTB não cresça nas pesquisas eleitorais.

Mais cedo, Nunes mirou suas críticas em Marçal. “Não tem outro ‘M’ para a cidade a não ser o ‘M’ da verdade”, disse ele ao deixar uma missa na Catedral de Santo Amaro que representou seu primeiro ato de campanha. “A gente está falando de uma ação da vida real, que é cuidar das pessoas. Isso aqui não é o Pico dos Marins, isso aqui não é uma aventura onde você não consegue cuidar de 60 pessoas”, continuou em prefeito.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar dezenas de pessoas que faziam parte de uma expedição ao local liderada por Marçal.

Nunes se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira, 15, para rediscutir a estratégia de campanha. Um aliado do governador que também é próximo à família Bolsonaro disse ao Estadão que o prefeito precisa deixar mais claro que é conservador para conquistar os eleitores do ex-presidente, evitar ruídos futuros com Bolsonaro e a migração de votos para Marçal.

Já o entorno de Nunes afirma que, embora ele não seja bolsonarista, agiu de forma correta e justa com o ex-presidente e seus aliados desde que a aliança foi firmada no fim do ano passado.

Nunes nega que venha “escondendo” Bolsonaro de sua campanha, mas no folheto eleitoral distribuído durante a caminhada nesta sexta-feira não há qualquer menção ao ex-presidente. Por outro lado, Tarcísio aparece na capa em uma foto ao lado do prefeito e com uma declaração elogiosa a Nunes. “Tem sido um privilégio trabalhar com uma pessoa de um coração tão grande”, diz a frase atribuída ao governador.

Pablo Marçal tem repetido que o prefeito representa a “falsa direita” e não comunga com os valores bolsonaristas. Incomodado com a postura agressiva do influenciador na campanha, Nunes afirmou que pediu para seus aliados procurarem os adversários para tentarem um acordo por “uma campanha de nível”.

“O pessoal da minha campanha está conversando com as outras campanhas para a gente poder criar um ambiente saudável e propositivo para a cidade”, disse. “São muitas coisas que estão sendo faladas que não são verdade, são propostas inexequíveis”, acrescentou ele.

Panfleto da campanha de Nunes tem Tarcísio na capa e nenhuma referência a Bolsonaro Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal abra um inquérito contra Marçal após ele insinuar repetidamente e sem provas que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de drogas. Entre as propostas do influenciador estão a construção de um prédio de um quilômetro de altura e de um “cinturão de teleféricos” para desafogar o trânsito da capital paulista.

A caminhada de Nunes saiu da rua Quinze de Novembro, passou pela rua São Bento, foi até a Praça do Patriarca e quase se encontrou com Boulos e apoiadores, que também fizeram um ato no Centro Histórico, saindo do Teatro Municipal.

A Polícia e a Guarda Civil Metropolitana precisaram segurar o cordão de apoiadores do prefeito para que não houvesse um choque com os apoiadores do candidato do PSOL, o que gerou tumulto e empurra-empurra. Mais cedo, Nunes disse que cumprimentaria Boulos se o encontrasse na agenda, mas isso não ocorreu diante do temor de que ocorressem brigas e provocações de lado a lado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pôs panos quentes nesta sexta-feira, 16, na crise desencadeada com a família Bolsonaro. Ele disse que achou “estranho” Jair Bolsonaro (PL) elogiar seu rival, Pablo Marçal (PRTB), porque o influenciador já criticou o ex-presidente e os filhos dele no passado. Nunes, contudo, afirmou ter conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e que agora está “tudo tranquilo”.

Após uma caminhada com apoiadores pelo Centro Histórico de São Paulo na tarde desta sexta-feira, o prefeito declarou a jornalistas que o vice em sua chapa, o coronel Mello de Araújo (PL), esteve com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para tratar do assunto.

“Tá tudo tranquilo. A gente tá unido. Às vezes dá um ruidinho aqui, um ruidinho ali por conta de interpretação. O que ele nos disse é que foi mal interpretado e que ele é 100% com a gente. Isso é a palavra do presidente Bolsonaro”, disse Ricardo Nunes.

Bolsonaro declarou em uma entrevista na quinta-feira, 15, que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, embora tenha compromisso de apoiá-lo, e emendou um elogio a Marçal. “Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte”, afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM de Natal (RN).

Mais cedo, o prefeito havia rebatido Bolsonaro ao declarar que “não está vivendo de sonho” e sim de “realidade”. “Vender sonho é para outro candidato. A gente quer falar de realidade e de coisas importantes para a cidade”, alfinetou.

Além do aceno de Bolsonaro a Marçal, outro ponto de atrito foi o vídeo gravado por Nunes em apoio à candidatura a vereador de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro disse ao jornal O Globo que é “inacreditável” como Nunes “cava a própria sepultura” e que é por atitudes como essa que Marçal cresce entre os eleitores bolsonaristas.

O prefeito de São Pauli e candidato à reeleição Ricardo Nunes assiste missa na Catedral de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, acompanhado da esposa Regina Nunes e do seu vice na chapa Coronel Ricardo Mello Araújo. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Aliados de Nunes demonstram preocupação com o influenciador e já reconhecem que Marçal terá uma parcela significativa de votos entre os eleitores de Bolsonaro mesmo sem o apoio oficial do ex-presidente. Por isso, atuam para reduzir danos de forma que o candidato do PRTB não cresça nas pesquisas eleitorais.

Mais cedo, Nunes mirou suas críticas em Marçal. “Não tem outro ‘M’ para a cidade a não ser o ‘M’ da verdade”, disse ele ao deixar uma missa na Catedral de Santo Amaro que representou seu primeiro ato de campanha. “A gente está falando de uma ação da vida real, que é cuidar das pessoas. Isso aqui não é o Pico dos Marins, isso aqui não é uma aventura onde você não consegue cuidar de 60 pessoas”, continuou em prefeito.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar dezenas de pessoas que faziam parte de uma expedição ao local liderada por Marçal.

Nunes se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira, 15, para rediscutir a estratégia de campanha. Um aliado do governador que também é próximo à família Bolsonaro disse ao Estadão que o prefeito precisa deixar mais claro que é conservador para conquistar os eleitores do ex-presidente, evitar ruídos futuros com Bolsonaro e a migração de votos para Marçal.

Já o entorno de Nunes afirma que, embora ele não seja bolsonarista, agiu de forma correta e justa com o ex-presidente e seus aliados desde que a aliança foi firmada no fim do ano passado.

Nunes nega que venha “escondendo” Bolsonaro de sua campanha, mas no folheto eleitoral distribuído durante a caminhada nesta sexta-feira não há qualquer menção ao ex-presidente. Por outro lado, Tarcísio aparece na capa em uma foto ao lado do prefeito e com uma declaração elogiosa a Nunes. “Tem sido um privilégio trabalhar com uma pessoa de um coração tão grande”, diz a frase atribuída ao governador.

Pablo Marçal tem repetido que o prefeito representa a “falsa direita” e não comunga com os valores bolsonaristas. Incomodado com a postura agressiva do influenciador na campanha, Nunes afirmou que pediu para seus aliados procurarem os adversários para tentarem um acordo por “uma campanha de nível”.

“O pessoal da minha campanha está conversando com as outras campanhas para a gente poder criar um ambiente saudável e propositivo para a cidade”, disse. “São muitas coisas que estão sendo faladas que não são verdade, são propostas inexequíveis”, acrescentou ele.

Panfleto da campanha de Nunes tem Tarcísio na capa e nenhuma referência a Bolsonaro Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal abra um inquérito contra Marçal após ele insinuar repetidamente e sem provas que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de drogas. Entre as propostas do influenciador estão a construção de um prédio de um quilômetro de altura e de um “cinturão de teleféricos” para desafogar o trânsito da capital paulista.

A caminhada de Nunes saiu da rua Quinze de Novembro, passou pela rua São Bento, foi até a Praça do Patriarca e quase se encontrou com Boulos e apoiadores, que também fizeram um ato no Centro Histórico, saindo do Teatro Municipal.

A Polícia e a Guarda Civil Metropolitana precisaram segurar o cordão de apoiadores do prefeito para que não houvesse um choque com os apoiadores do candidato do PSOL, o que gerou tumulto e empurra-empurra. Mais cedo, Nunes disse que cumprimentaria Boulos se o encontrasse na agenda, mas isso não ocorreu diante do temor de que ocorressem brigas e provocações de lado a lado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pôs panos quentes nesta sexta-feira, 16, na crise desencadeada com a família Bolsonaro. Ele disse que achou “estranho” Jair Bolsonaro (PL) elogiar seu rival, Pablo Marçal (PRTB), porque o influenciador já criticou o ex-presidente e os filhos dele no passado. Nunes, contudo, afirmou ter conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e que agora está “tudo tranquilo”.

Após uma caminhada com apoiadores pelo Centro Histórico de São Paulo na tarde desta sexta-feira, o prefeito declarou a jornalistas que o vice em sua chapa, o coronel Mello de Araújo (PL), esteve com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para tratar do assunto.

“Tá tudo tranquilo. A gente tá unido. Às vezes dá um ruidinho aqui, um ruidinho ali por conta de interpretação. O que ele nos disse é que foi mal interpretado e que ele é 100% com a gente. Isso é a palavra do presidente Bolsonaro”, disse Ricardo Nunes.

Bolsonaro declarou em uma entrevista na quinta-feira, 15, que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, embora tenha compromisso de apoiá-lo, e emendou um elogio a Marçal. “Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte”, afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM de Natal (RN).

Mais cedo, o prefeito havia rebatido Bolsonaro ao declarar que “não está vivendo de sonho” e sim de “realidade”. “Vender sonho é para outro candidato. A gente quer falar de realidade e de coisas importantes para a cidade”, alfinetou.

Além do aceno de Bolsonaro a Marçal, outro ponto de atrito foi o vídeo gravado por Nunes em apoio à candidatura a vereador de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro disse ao jornal O Globo que é “inacreditável” como Nunes “cava a própria sepultura” e que é por atitudes como essa que Marçal cresce entre os eleitores bolsonaristas.

O prefeito de São Pauli e candidato à reeleição Ricardo Nunes assiste missa na Catedral de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, acompanhado da esposa Regina Nunes e do seu vice na chapa Coronel Ricardo Mello Araújo. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Aliados de Nunes demonstram preocupação com o influenciador e já reconhecem que Marçal terá uma parcela significativa de votos entre os eleitores de Bolsonaro mesmo sem o apoio oficial do ex-presidente. Por isso, atuam para reduzir danos de forma que o candidato do PRTB não cresça nas pesquisas eleitorais.

Mais cedo, Nunes mirou suas críticas em Marçal. “Não tem outro ‘M’ para a cidade a não ser o ‘M’ da verdade”, disse ele ao deixar uma missa na Catedral de Santo Amaro que representou seu primeiro ato de campanha. “A gente está falando de uma ação da vida real, que é cuidar das pessoas. Isso aqui não é o Pico dos Marins, isso aqui não é uma aventura onde você não consegue cuidar de 60 pessoas”, continuou em prefeito.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar dezenas de pessoas que faziam parte de uma expedição ao local liderada por Marçal.

Nunes se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira, 15, para rediscutir a estratégia de campanha. Um aliado do governador que também é próximo à família Bolsonaro disse ao Estadão que o prefeito precisa deixar mais claro que é conservador para conquistar os eleitores do ex-presidente, evitar ruídos futuros com Bolsonaro e a migração de votos para Marçal.

Já o entorno de Nunes afirma que, embora ele não seja bolsonarista, agiu de forma correta e justa com o ex-presidente e seus aliados desde que a aliança foi firmada no fim do ano passado.

Nunes nega que venha “escondendo” Bolsonaro de sua campanha, mas no folheto eleitoral distribuído durante a caminhada nesta sexta-feira não há qualquer menção ao ex-presidente. Por outro lado, Tarcísio aparece na capa em uma foto ao lado do prefeito e com uma declaração elogiosa a Nunes. “Tem sido um privilégio trabalhar com uma pessoa de um coração tão grande”, diz a frase atribuída ao governador.

Pablo Marçal tem repetido que o prefeito representa a “falsa direita” e não comunga com os valores bolsonaristas. Incomodado com a postura agressiva do influenciador na campanha, Nunes afirmou que pediu para seus aliados procurarem os adversários para tentarem um acordo por “uma campanha de nível”.

“O pessoal da minha campanha está conversando com as outras campanhas para a gente poder criar um ambiente saudável e propositivo para a cidade”, disse. “São muitas coisas que estão sendo faladas que não são verdade, são propostas inexequíveis”, acrescentou ele.

Panfleto da campanha de Nunes tem Tarcísio na capa e nenhuma referência a Bolsonaro Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal abra um inquérito contra Marçal após ele insinuar repetidamente e sem provas que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de drogas. Entre as propostas do influenciador estão a construção de um prédio de um quilômetro de altura e de um “cinturão de teleféricos” para desafogar o trânsito da capital paulista.

A caminhada de Nunes saiu da rua Quinze de Novembro, passou pela rua São Bento, foi até a Praça do Patriarca e quase se encontrou com Boulos e apoiadores, que também fizeram um ato no Centro Histórico, saindo do Teatro Municipal.

A Polícia e a Guarda Civil Metropolitana precisaram segurar o cordão de apoiadores do prefeito para que não houvesse um choque com os apoiadores do candidato do PSOL, o que gerou tumulto e empurra-empurra. Mais cedo, Nunes disse que cumprimentaria Boulos se o encontrasse na agenda, mas isso não ocorreu diante do temor de que ocorressem brigas e provocações de lado a lado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pôs panos quentes nesta sexta-feira, 16, na crise desencadeada com a família Bolsonaro. Ele disse que achou “estranho” Jair Bolsonaro (PL) elogiar seu rival, Pablo Marçal (PRTB), porque o influenciador já criticou o ex-presidente e os filhos dele no passado. Nunes, contudo, afirmou ter conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e que agora está “tudo tranquilo”.

Após uma caminhada com apoiadores pelo Centro Histórico de São Paulo na tarde desta sexta-feira, o prefeito declarou a jornalistas que o vice em sua chapa, o coronel Mello de Araújo (PL), esteve com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para tratar do assunto.

“Tá tudo tranquilo. A gente tá unido. Às vezes dá um ruidinho aqui, um ruidinho ali por conta de interpretação. O que ele nos disse é que foi mal interpretado e que ele é 100% com a gente. Isso é a palavra do presidente Bolsonaro”, disse Ricardo Nunes.

Bolsonaro declarou em uma entrevista na quinta-feira, 15, que Nunes não é seu “candidato dos sonhos”, embora tenha compromisso de apoiá-lo, e emendou um elogio a Marçal. “Lá tem a figura nova do Pablo Marçal, fala muito bem, uma pessoa inteligente, tem suas virtudes. Não tem experiência, mas faz parte”, afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio 96 FM de Natal (RN).

Mais cedo, o prefeito havia rebatido Bolsonaro ao declarar que “não está vivendo de sonho” e sim de “realidade”. “Vender sonho é para outro candidato. A gente quer falar de realidade e de coisas importantes para a cidade”, alfinetou.

Além do aceno de Bolsonaro a Marçal, outro ponto de atrito foi o vídeo gravado por Nunes em apoio à candidatura a vereador de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro disse ao jornal O Globo que é “inacreditável” como Nunes “cava a própria sepultura” e que é por atitudes como essa que Marçal cresce entre os eleitores bolsonaristas.

O prefeito de São Pauli e candidato à reeleição Ricardo Nunes assiste missa na Catedral de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, acompanhado da esposa Regina Nunes e do seu vice na chapa Coronel Ricardo Mello Araújo. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Aliados de Nunes demonstram preocupação com o influenciador e já reconhecem que Marçal terá uma parcela significativa de votos entre os eleitores de Bolsonaro mesmo sem o apoio oficial do ex-presidente. Por isso, atuam para reduzir danos de forma que o candidato do PRTB não cresça nas pesquisas eleitorais.

Mais cedo, Nunes mirou suas críticas em Marçal. “Não tem outro ‘M’ para a cidade a não ser o ‘M’ da verdade”, disse ele ao deixar uma missa na Catedral de Santo Amaro que representou seu primeiro ato de campanha. “A gente está falando de uma ação da vida real, que é cuidar das pessoas. Isso aqui não é o Pico dos Marins, isso aqui não é uma aventura onde você não consegue cuidar de 60 pessoas”, continuou em prefeito.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar dezenas de pessoas que faziam parte de uma expedição ao local liderada por Marçal.

Nunes se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira, 15, para rediscutir a estratégia de campanha. Um aliado do governador que também é próximo à família Bolsonaro disse ao Estadão que o prefeito precisa deixar mais claro que é conservador para conquistar os eleitores do ex-presidente, evitar ruídos futuros com Bolsonaro e a migração de votos para Marçal.

Já o entorno de Nunes afirma que, embora ele não seja bolsonarista, agiu de forma correta e justa com o ex-presidente e seus aliados desde que a aliança foi firmada no fim do ano passado.

Nunes nega que venha “escondendo” Bolsonaro de sua campanha, mas no folheto eleitoral distribuído durante a caminhada nesta sexta-feira não há qualquer menção ao ex-presidente. Por outro lado, Tarcísio aparece na capa em uma foto ao lado do prefeito e com uma declaração elogiosa a Nunes. “Tem sido um privilégio trabalhar com uma pessoa de um coração tão grande”, diz a frase atribuída ao governador.

Pablo Marçal tem repetido que o prefeito representa a “falsa direita” e não comunga com os valores bolsonaristas. Incomodado com a postura agressiva do influenciador na campanha, Nunes afirmou que pediu para seus aliados procurarem os adversários para tentarem um acordo por “uma campanha de nível”.

“O pessoal da minha campanha está conversando com as outras campanhas para a gente poder criar um ambiente saudável e propositivo para a cidade”, disse. “São muitas coisas que estão sendo faladas que não são verdade, são propostas inexequíveis”, acrescentou ele.

Panfleto da campanha de Nunes tem Tarcísio na capa e nenhuma referência a Bolsonaro Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal abra um inquérito contra Marçal após ele insinuar repetidamente e sem provas que Guilherme Boulos (PSOL) é usuário de drogas. Entre as propostas do influenciador estão a construção de um prédio de um quilômetro de altura e de um “cinturão de teleféricos” para desafogar o trânsito da capital paulista.

A caminhada de Nunes saiu da rua Quinze de Novembro, passou pela rua São Bento, foi até a Praça do Patriarca e quase se encontrou com Boulos e apoiadores, que também fizeram um ato no Centro Histórico, saindo do Teatro Municipal.

A Polícia e a Guarda Civil Metropolitana precisaram segurar o cordão de apoiadores do prefeito para que não houvesse um choque com os apoiadores do candidato do PSOL, o que gerou tumulto e empurra-empurra. Mais cedo, Nunes disse que cumprimentaria Boulos se o encontrasse na agenda, mas isso não ocorreu diante do temor de que ocorressem brigas e provocações de lado a lado.

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