O ex-governador e ex-senador Roberto Requião decidiu deixar o MDB após perder uma disputa pelo controle da legenda no Paraná. A decisão foi anunciada por ele após convenção da sigla que elegeu, no sábado, 31, o deputado estadual Anibelli Neto para o comando do partido no Estado.
Requião disputava a presidência com Neto, que é aliado do governador Ratinho Junior (PSD). O ex-senador vê o partido se aproximando do presidente Jair Bolsonaro no Paraná. "O rato e o Bolsonaro sequestraram o MDB. O partido acabou", escreveu Requião após a convenção.
Neste domingo, 1, ele confirmou a saída. "Aristóteles dizia que o homem é um animal político. Sou assim. Saí do MDB porque meu velho MDB de guerra acabou. Vou continuar fazendo política para o bem de meu país e do nosso povo."
Crítico de Bolsonaro, Requião quer lançar candidatura ao governo do Paraná em 2022. Ele abriu uma enquete no Twitter perguntando aos seguidores em qual partido deve se filiar, citando PDT, PT e PSB, todos de oposição ao governo federal.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que já enfrentou Requião em disputas no Estado, convidou o ex-governador para se filiar à legenda. "Fique certo que não te faltará trincheira para ser candidato ao governo do Paraná", escreveu em mensagem no Twitter.