Rodrigo Garcia esconde Doria e aposta em campanha sem ‘padrinho’


Nas redes sociais, tucano ignora ex-governador e presidenciáveis dos partidos que o apoiam na disputa pela reeleição ao Palácio dos Bandeirantes

Por Pedro Venceslau e Gustavo Queiroz
Atualização:

O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, adotou em sua pré-campanha um discurso que rejeita os “padrinhos políticos” e ignora, nas mídias sociais, os presidenciáveis dos partidos que o apoiam: Luciano Bivar (União Brasil), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Pablo Marçal (PROS). Garcia tenta trilhar um caminho sem associações nacionais e fora das grandes rejeições – ao se manter distante da polarização petismo versus bolsonarismo e ao também evitar João Doria (PSDB), que teve a candidatura presidencial frustrada.

No Instagram de Garcia, Doria, Tebet e Bivar não estão em nenhuma das 75 publicações do governador no último mês. “Eu não quero ter padrinho político na eleição, eu estou aqui para defender São Paulo”, disse em recorte de entrevista à Rádio Jovem Pan publicado em sua conta.

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O PSDB defende que Garcia, que fez sua carreira no DEM e se filiou no ano passado à legenda, coloque tucanos históricos em seus programas na TV e nas redes sociais defendendo o “legado” do partido, como forma de fazer frente à presença do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na “caravana” de Haddad. A ideia seria tirar o foco nacional da disputa.

O ex-governador João Doria e o atual, Rodrigo Garcia, em evento em maio de 2021. Doria não apareceu nas redes sociais do tucano no último mês Foto: Divulgação via Flickr
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“O padrinho do Rodrigo é o legado do PSDB em São Paulo desde 1994. Essa polarização nacional prejudica o Estado. É natural que quadros como FHC, Serra e outros estejam na campanha. A presença de Geraldo com Haddad mostra incoerência. É um jogo individual dele”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo.

Sem um nome nacional em seu palanque online, pessoas próximas da campanha apontam que Garcia deve recorrer ao tucano e ex-governador de São Paulo Mário Covas como referência de “padrinho” em seus discursos.

Segundo o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando, a escolha de Garcia está respaldada na tentativa de se distanciar da polarização nacional e agir como um autônomo que dialogaria com qualquer vitorioso na disputa presidencial. “Garcia é um caso mais peculiar porque embora o Doria tenha sido o grande articulador da vacina e entrega o Estado de São Paulo com crescimento econômico, ainda assim ele foi atacado pelos bolsonaristas. As atitudes dele corroboraram a rejeição.”

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No caminho inverso, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentou a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos seus perfis nos últimos 30 dias, enquanto o PT desenha uma campanha na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) estarão “colados” no ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

No Facebook, Tarcísio é o que mais investiu em impulsionamento de conteúdos no último mês. Foram R$ 53,7 mil gastos em publicidade. Ele é seguido por Garcia, que gastou R$ 39,4 mil. Não há investimento registrado por Haddad na plataforma no período.

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O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, adotou em sua pré-campanha um discurso que rejeita os “padrinhos políticos” e ignora, nas mídias sociais, os presidenciáveis dos partidos que o apoiam: Luciano Bivar (União Brasil), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Pablo Marçal (PROS). Garcia tenta trilhar um caminho sem associações nacionais e fora das grandes rejeições – ao se manter distante da polarização petismo versus bolsonarismo e ao também evitar João Doria (PSDB), que teve a candidatura presidencial frustrada.

No Instagram de Garcia, Doria, Tebet e Bivar não estão em nenhuma das 75 publicações do governador no último mês. “Eu não quero ter padrinho político na eleição, eu estou aqui para defender São Paulo”, disse em recorte de entrevista à Rádio Jovem Pan publicado em sua conta.

O PSDB defende que Garcia, que fez sua carreira no DEM e se filiou no ano passado à legenda, coloque tucanos históricos em seus programas na TV e nas redes sociais defendendo o “legado” do partido, como forma de fazer frente à presença do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na “caravana” de Haddad. A ideia seria tirar o foco nacional da disputa.

O ex-governador João Doria e o atual, Rodrigo Garcia, em evento em maio de 2021. Doria não apareceu nas redes sociais do tucano no último mês Foto: Divulgação via Flickr

“O padrinho do Rodrigo é o legado do PSDB em São Paulo desde 1994. Essa polarização nacional prejudica o Estado. É natural que quadros como FHC, Serra e outros estejam na campanha. A presença de Geraldo com Haddad mostra incoerência. É um jogo individual dele”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo.

Sem um nome nacional em seu palanque online, pessoas próximas da campanha apontam que Garcia deve recorrer ao tucano e ex-governador de São Paulo Mário Covas como referência de “padrinho” em seus discursos.

Segundo o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando, a escolha de Garcia está respaldada na tentativa de se distanciar da polarização nacional e agir como um autônomo que dialogaria com qualquer vitorioso na disputa presidencial. “Garcia é um caso mais peculiar porque embora o Doria tenha sido o grande articulador da vacina e entrega o Estado de São Paulo com crescimento econômico, ainda assim ele foi atacado pelos bolsonaristas. As atitudes dele corroboraram a rejeição.”

No caminho inverso, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentou a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos seus perfis nos últimos 30 dias, enquanto o PT desenha uma campanha na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) estarão “colados” no ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

No Facebook, Tarcísio é o que mais investiu em impulsionamento de conteúdos no último mês. Foram R$ 53,7 mil gastos em publicidade. Ele é seguido por Garcia, que gastou R$ 39,4 mil. Não há investimento registrado por Haddad na plataforma no período.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, adotou em sua pré-campanha um discurso que rejeita os “padrinhos políticos” e ignora, nas mídias sociais, os presidenciáveis dos partidos que o apoiam: Luciano Bivar (União Brasil), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Pablo Marçal (PROS). Garcia tenta trilhar um caminho sem associações nacionais e fora das grandes rejeições – ao se manter distante da polarização petismo versus bolsonarismo e ao também evitar João Doria (PSDB), que teve a candidatura presidencial frustrada.

No Instagram de Garcia, Doria, Tebet e Bivar não estão em nenhuma das 75 publicações do governador no último mês. “Eu não quero ter padrinho político na eleição, eu estou aqui para defender São Paulo”, disse em recorte de entrevista à Rádio Jovem Pan publicado em sua conta.

O PSDB defende que Garcia, que fez sua carreira no DEM e se filiou no ano passado à legenda, coloque tucanos históricos em seus programas na TV e nas redes sociais defendendo o “legado” do partido, como forma de fazer frente à presença do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na “caravana” de Haddad. A ideia seria tirar o foco nacional da disputa.

O ex-governador João Doria e o atual, Rodrigo Garcia, em evento em maio de 2021. Doria não apareceu nas redes sociais do tucano no último mês Foto: Divulgação via Flickr

“O padrinho do Rodrigo é o legado do PSDB em São Paulo desde 1994. Essa polarização nacional prejudica o Estado. É natural que quadros como FHC, Serra e outros estejam na campanha. A presença de Geraldo com Haddad mostra incoerência. É um jogo individual dele”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo.

Sem um nome nacional em seu palanque online, pessoas próximas da campanha apontam que Garcia deve recorrer ao tucano e ex-governador de São Paulo Mário Covas como referência de “padrinho” em seus discursos.

Segundo o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando, a escolha de Garcia está respaldada na tentativa de se distanciar da polarização nacional e agir como um autônomo que dialogaria com qualquer vitorioso na disputa presidencial. “Garcia é um caso mais peculiar porque embora o Doria tenha sido o grande articulador da vacina e entrega o Estado de São Paulo com crescimento econômico, ainda assim ele foi atacado pelos bolsonaristas. As atitudes dele corroboraram a rejeição.”

No caminho inverso, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) aumentou a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos seus perfis nos últimos 30 dias, enquanto o PT desenha uma campanha na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) estarão “colados” no ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

No Facebook, Tarcísio é o que mais investiu em impulsionamento de conteúdos no último mês. Foram R$ 53,7 mil gastos em publicidade. Ele é seguido por Garcia, que gastou R$ 39,4 mil. Não há investimento registrado por Haddad na plataforma no período.

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