Sabatina Estadão/FAAP: Garcia diz que ‘guerra ideológica’ fez Bolsonaro reduzir repasses a São Paulo


Candidato à reeleição para o governo de São Paulo respondeu a perguntas de jornalistas do Estadão e de representante da FAAP

Por Davi Medeiros, Matheus de Souza e Manoela Bonaldo
Atualização:

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), criticou a “guerra ideológica” encampada pelo petismo e pelo bolsonarismo, representados por seus adversários Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas. O tucano afirmou que a ideologia é necessária no Parlamento, mas não deve se sobrepor às prioridades do Executivo. “No poder Executivo não dá para colocar ideologia na frente dos problemas que a gente vive. Eu não quero que essa guerra ideológica venha para São Paulo”, afirmou nesta segunda-feira, 22, na sabatina do Estadão com a FAAP.

Segundo o governador, o duelo de ideologias levou o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reduzir o volume de recursos repassados ao Estado, embora não tenha detalhado quais verbas tenham sido suspensas. O chefe do Executivo é adversário político do ex-governador de São Paulo João Doria, e ambos protagonizaram diversos embates nos últimos anos, sobretudo durante a pandemia. Se eleito, Garcia afirmou que o “diálogo deve prevalecer” entre ele e o próximo presidente, seja ele quem for. “Não dá para o Brasil viver mais quatro anos de desalinhamento entre os Poderes”, disse.

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Na última semana, via redes sociais, Garcia já havia contestado valores apresentados por Tarcísio sobre repasses federais a São Paulo.

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Garcia afirmou que participou de governos tucanos de São Paulo “seja como secretário, seja como presidente da Assembleia Legislativa”, e que considera ter mérito no desenvolvimento do Estado por esse motivo. Ele rebateu críticas de adversários sobre supostamente se apropriar do legado de Geraldo Alckmin.

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. O governador afirmou também que pretende estudar a volta da gratuidade no transporte público para idosos entre 60 e 65 anos, mas somente para os que comprovarem baixa renda. O fim da gratuidade foi anunciado no governo de João Doria (PSDB), durante a pandemia. Garcia justificou que a ação foi necessária para preservar a responsabilidade fiscal do Estado diante do aumento de leitos de UTI.

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O governador afirmou que “não é contra” cobrar mensalidade das universidades públicas para viabilizar, segundo ele, o aumento da oferta de vagas e possibilitar a inclusão de jovens de baixa renda, como “os alunos de Paraisópolis”. Esse entendimento, porém, teria de partir das instituições de ensino superior. Ele se comprometeu a respeitar a autonomia das universidades para fazê-lo. “Como governador, eu digo: não dá para São Paulo investir mais recurso do que já investe”, disse.

“Se as universidades entenderem que elas podem criar cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cobrar de quem pode pagar para aumentar as vagas para o aluno regular de São Paulo, de Paraisópolis por exemplo, eu não vou ficar contra. Vou dar total autonomia para que as universidades escolham o seu caminho”, afirmou.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Garcia assumiu o comando do Executivo paulista após o ex-governador João Doria (PSDB) deixar o posto para ser pré-candidato à Presidência. Oficialmente, pela orientação nacional do partido, Garcia apoia a candidata Simone Tebet (MDB) para o Planalto, mas também mantém interlocução com o União Brasil de Soraya Thronicke, pois a legenda faz parte de sua coligação.

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PSDB de Rodrigo Garcia apoia Simone Tebet (MDB) para a Presidência.  Foto: Pedro Prata/Estadão

Segurança pública

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Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo. “É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o ‘Bolsa Crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘Bolsa Crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou.

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A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Pesquisas

Garcia, avaliou que, enquanto seus adversários estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto, ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, avaliou, ele ainda tem mais chances de ultrapassar Haddad e Tarcísio, que lideram a corrida.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou.

“Muitas vezes os candidatos e jornalistas são ansiosos, a campanha está começando”, afirmou o tucano. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Na última sexta-feira, 19, a sabatina recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad. Ele prometeu investir na Polícia Civil para reduzir roubos de celular e criar metas de segurança, além de apresentar seus planos para outras áreas, como mobilidade urbana e combate à corrupção.

Antes, participou do ciclo de entrevistas o candidato do PDT, Elvis Cezar. Ele defendeu investimento na polícia militar, apresentou suas propostas para resolver o problema da cracolândia e melhorar a Saúde no Estado.

O candidato Vinicius Poit, do Novo, será entrevistado no dia 23, e a série se encerra com a sabatina de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 24. Parte das perguntas apresentadas aos entrevistados foi enviada pela sociedade civil. Ainda é possível remeter questionamentos a Tarcísio, candidato do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo - saiba como. Em setembro, os sabatinados serão os candidatos à Presidência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), criticou a “guerra ideológica” encampada pelo petismo e pelo bolsonarismo, representados por seus adversários Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas. O tucano afirmou que a ideologia é necessária no Parlamento, mas não deve se sobrepor às prioridades do Executivo. “No poder Executivo não dá para colocar ideologia na frente dos problemas que a gente vive. Eu não quero que essa guerra ideológica venha para São Paulo”, afirmou nesta segunda-feira, 22, na sabatina do Estadão com a FAAP.

Segundo o governador, o duelo de ideologias levou o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reduzir o volume de recursos repassados ao Estado, embora não tenha detalhado quais verbas tenham sido suspensas. O chefe do Executivo é adversário político do ex-governador de São Paulo João Doria, e ambos protagonizaram diversos embates nos últimos anos, sobretudo durante a pandemia. Se eleito, Garcia afirmou que o “diálogo deve prevalecer” entre ele e o próximo presidente, seja ele quem for. “Não dá para o Brasil viver mais quatro anos de desalinhamento entre os Poderes”, disse.

Na última semana, via redes sociais, Garcia já havia contestado valores apresentados por Tarcísio sobre repasses federais a São Paulo.

Garcia afirmou que participou de governos tucanos de São Paulo “seja como secretário, seja como presidente da Assembleia Legislativa”, e que considera ter mérito no desenvolvimento do Estado por esse motivo. Ele rebateu críticas de adversários sobre supostamente se apropriar do legado de Geraldo Alckmin.

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. O governador afirmou também que pretende estudar a volta da gratuidade no transporte público para idosos entre 60 e 65 anos, mas somente para os que comprovarem baixa renda. O fim da gratuidade foi anunciado no governo de João Doria (PSDB), durante a pandemia. Garcia justificou que a ação foi necessária para preservar a responsabilidade fiscal do Estado diante do aumento de leitos de UTI.

O governador afirmou que “não é contra” cobrar mensalidade das universidades públicas para viabilizar, segundo ele, o aumento da oferta de vagas e possibilitar a inclusão de jovens de baixa renda, como “os alunos de Paraisópolis”. Esse entendimento, porém, teria de partir das instituições de ensino superior. Ele se comprometeu a respeitar a autonomia das universidades para fazê-lo. “Como governador, eu digo: não dá para São Paulo investir mais recurso do que já investe”, disse.

“Se as universidades entenderem que elas podem criar cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cobrar de quem pode pagar para aumentar as vagas para o aluno regular de São Paulo, de Paraisópolis por exemplo, eu não vou ficar contra. Vou dar total autonomia para que as universidades escolham o seu caminho”, afirmou.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Garcia assumiu o comando do Executivo paulista após o ex-governador João Doria (PSDB) deixar o posto para ser pré-candidato à Presidência. Oficialmente, pela orientação nacional do partido, Garcia apoia a candidata Simone Tebet (MDB) para o Planalto, mas também mantém interlocução com o União Brasil de Soraya Thronicke, pois a legenda faz parte de sua coligação.

PSDB de Rodrigo Garcia apoia Simone Tebet (MDB) para a Presidência.  Foto: Pedro Prata/Estadão

Segurança pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo. “É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o ‘Bolsa Crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘Bolsa Crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Pesquisas

Garcia, avaliou que, enquanto seus adversários estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto, ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, avaliou, ele ainda tem mais chances de ultrapassar Haddad e Tarcísio, que lideram a corrida.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou.

“Muitas vezes os candidatos e jornalistas são ansiosos, a campanha está começando”, afirmou o tucano. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Na última sexta-feira, 19, a sabatina recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad. Ele prometeu investir na Polícia Civil para reduzir roubos de celular e criar metas de segurança, além de apresentar seus planos para outras áreas, como mobilidade urbana e combate à corrupção.

Antes, participou do ciclo de entrevistas o candidato do PDT, Elvis Cezar. Ele defendeu investimento na polícia militar, apresentou suas propostas para resolver o problema da cracolândia e melhorar a Saúde no Estado.

O candidato Vinicius Poit, do Novo, será entrevistado no dia 23, e a série se encerra com a sabatina de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 24. Parte das perguntas apresentadas aos entrevistados foi enviada pela sociedade civil. Ainda é possível remeter questionamentos a Tarcísio, candidato do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo - saiba como. Em setembro, os sabatinados serão os candidatos à Presidência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), criticou a “guerra ideológica” encampada pelo petismo e pelo bolsonarismo, representados por seus adversários Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas. O tucano afirmou que a ideologia é necessária no Parlamento, mas não deve se sobrepor às prioridades do Executivo. “No poder Executivo não dá para colocar ideologia na frente dos problemas que a gente vive. Eu não quero que essa guerra ideológica venha para São Paulo”, afirmou nesta segunda-feira, 22, na sabatina do Estadão com a FAAP.

Segundo o governador, o duelo de ideologias levou o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reduzir o volume de recursos repassados ao Estado, embora não tenha detalhado quais verbas tenham sido suspensas. O chefe do Executivo é adversário político do ex-governador de São Paulo João Doria, e ambos protagonizaram diversos embates nos últimos anos, sobretudo durante a pandemia. Se eleito, Garcia afirmou que o “diálogo deve prevalecer” entre ele e o próximo presidente, seja ele quem for. “Não dá para o Brasil viver mais quatro anos de desalinhamento entre os Poderes”, disse.

Na última semana, via redes sociais, Garcia já havia contestado valores apresentados por Tarcísio sobre repasses federais a São Paulo.

Garcia afirmou que participou de governos tucanos de São Paulo “seja como secretário, seja como presidente da Assembleia Legislativa”, e que considera ter mérito no desenvolvimento do Estado por esse motivo. Ele rebateu críticas de adversários sobre supostamente se apropriar do legado de Geraldo Alckmin.

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. O governador afirmou também que pretende estudar a volta da gratuidade no transporte público para idosos entre 60 e 65 anos, mas somente para os que comprovarem baixa renda. O fim da gratuidade foi anunciado no governo de João Doria (PSDB), durante a pandemia. Garcia justificou que a ação foi necessária para preservar a responsabilidade fiscal do Estado diante do aumento de leitos de UTI.

O governador afirmou que “não é contra” cobrar mensalidade das universidades públicas para viabilizar, segundo ele, o aumento da oferta de vagas e possibilitar a inclusão de jovens de baixa renda, como “os alunos de Paraisópolis”. Esse entendimento, porém, teria de partir das instituições de ensino superior. Ele se comprometeu a respeitar a autonomia das universidades para fazê-lo. “Como governador, eu digo: não dá para São Paulo investir mais recurso do que já investe”, disse.

“Se as universidades entenderem que elas podem criar cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cobrar de quem pode pagar para aumentar as vagas para o aluno regular de São Paulo, de Paraisópolis por exemplo, eu não vou ficar contra. Vou dar total autonomia para que as universidades escolham o seu caminho”, afirmou.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Garcia assumiu o comando do Executivo paulista após o ex-governador João Doria (PSDB) deixar o posto para ser pré-candidato à Presidência. Oficialmente, pela orientação nacional do partido, Garcia apoia a candidata Simone Tebet (MDB) para o Planalto, mas também mantém interlocução com o União Brasil de Soraya Thronicke, pois a legenda faz parte de sua coligação.

PSDB de Rodrigo Garcia apoia Simone Tebet (MDB) para a Presidência.  Foto: Pedro Prata/Estadão

Segurança pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo. “É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o ‘Bolsa Crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘Bolsa Crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Pesquisas

Garcia, avaliou que, enquanto seus adversários estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto, ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, avaliou, ele ainda tem mais chances de ultrapassar Haddad e Tarcísio, que lideram a corrida.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou.

“Muitas vezes os candidatos e jornalistas são ansiosos, a campanha está começando”, afirmou o tucano. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Na última sexta-feira, 19, a sabatina recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad. Ele prometeu investir na Polícia Civil para reduzir roubos de celular e criar metas de segurança, além de apresentar seus planos para outras áreas, como mobilidade urbana e combate à corrupção.

Antes, participou do ciclo de entrevistas o candidato do PDT, Elvis Cezar. Ele defendeu investimento na polícia militar, apresentou suas propostas para resolver o problema da cracolândia e melhorar a Saúde no Estado.

O candidato Vinicius Poit, do Novo, será entrevistado no dia 23, e a série se encerra com a sabatina de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 24. Parte das perguntas apresentadas aos entrevistados foi enviada pela sociedade civil. Ainda é possível remeter questionamentos a Tarcísio, candidato do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo - saiba como. Em setembro, os sabatinados serão os candidatos à Presidência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), criticou a “guerra ideológica” encampada pelo petismo e pelo bolsonarismo, representados por seus adversários Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas. O tucano afirmou que a ideologia é necessária no Parlamento, mas não deve se sobrepor às prioridades do Executivo. “No poder Executivo não dá para colocar ideologia na frente dos problemas que a gente vive. Eu não quero que essa guerra ideológica venha para São Paulo”, afirmou nesta segunda-feira, 22, na sabatina do Estadão com a FAAP.

Segundo o governador, o duelo de ideologias levou o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reduzir o volume de recursos repassados ao Estado, embora não tenha detalhado quais verbas tenham sido suspensas. O chefe do Executivo é adversário político do ex-governador de São Paulo João Doria, e ambos protagonizaram diversos embates nos últimos anos, sobretudo durante a pandemia. Se eleito, Garcia afirmou que o “diálogo deve prevalecer” entre ele e o próximo presidente, seja ele quem for. “Não dá para o Brasil viver mais quatro anos de desalinhamento entre os Poderes”, disse.

Na última semana, via redes sociais, Garcia já havia contestado valores apresentados por Tarcísio sobre repasses federais a São Paulo.

Garcia afirmou que participou de governos tucanos de São Paulo “seja como secretário, seja como presidente da Assembleia Legislativa”, e que considera ter mérito no desenvolvimento do Estado por esse motivo. Ele rebateu críticas de adversários sobre supostamente se apropriar do legado de Geraldo Alckmin.

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. O governador afirmou também que pretende estudar a volta da gratuidade no transporte público para idosos entre 60 e 65 anos, mas somente para os que comprovarem baixa renda. O fim da gratuidade foi anunciado no governo de João Doria (PSDB), durante a pandemia. Garcia justificou que a ação foi necessária para preservar a responsabilidade fiscal do Estado diante do aumento de leitos de UTI.

O governador afirmou que “não é contra” cobrar mensalidade das universidades públicas para viabilizar, segundo ele, o aumento da oferta de vagas e possibilitar a inclusão de jovens de baixa renda, como “os alunos de Paraisópolis”. Esse entendimento, porém, teria de partir das instituições de ensino superior. Ele se comprometeu a respeitar a autonomia das universidades para fazê-lo. “Como governador, eu digo: não dá para São Paulo investir mais recurso do que já investe”, disse.

“Se as universidades entenderem que elas podem criar cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cobrar de quem pode pagar para aumentar as vagas para o aluno regular de São Paulo, de Paraisópolis por exemplo, eu não vou ficar contra. Vou dar total autonomia para que as universidades escolham o seu caminho”, afirmou.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Garcia assumiu o comando do Executivo paulista após o ex-governador João Doria (PSDB) deixar o posto para ser pré-candidato à Presidência. Oficialmente, pela orientação nacional do partido, Garcia apoia a candidata Simone Tebet (MDB) para o Planalto, mas também mantém interlocução com o União Brasil de Soraya Thronicke, pois a legenda faz parte de sua coligação.

PSDB de Rodrigo Garcia apoia Simone Tebet (MDB) para a Presidência.  Foto: Pedro Prata/Estadão

Segurança pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo. “É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o ‘Bolsa Crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘Bolsa Crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Pesquisas

Garcia, avaliou que, enquanto seus adversários estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto, ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, avaliou, ele ainda tem mais chances de ultrapassar Haddad e Tarcísio, que lideram a corrida.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou.

“Muitas vezes os candidatos e jornalistas são ansiosos, a campanha está começando”, afirmou o tucano. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Na última sexta-feira, 19, a sabatina recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad. Ele prometeu investir na Polícia Civil para reduzir roubos de celular e criar metas de segurança, além de apresentar seus planos para outras áreas, como mobilidade urbana e combate à corrupção.

Antes, participou do ciclo de entrevistas o candidato do PDT, Elvis Cezar. Ele defendeu investimento na polícia militar, apresentou suas propostas para resolver o problema da cracolândia e melhorar a Saúde no Estado.

O candidato Vinicius Poit, do Novo, será entrevistado no dia 23, e a série se encerra com a sabatina de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 24. Parte das perguntas apresentadas aos entrevistados foi enviada pela sociedade civil. Ainda é possível remeter questionamentos a Tarcísio, candidato do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo - saiba como. Em setembro, os sabatinados serão os candidatos à Presidência.

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