Movimentos, direitos, ideias

FAB omite que herói se opôs a golpe militar e foi perseguido


No nota distribuída nesta terça-feira, 13, para comunicar a morte do major-brigadeiro Rui Moreira Lima, festejado herói da 2.ª Guerra Mundial, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica omitiu a informação de que ele se opôs ao golpe militar de 1964. Por causa disso, foi preso, torturado e aposentado compulsoriamente. Em 1969 houve até uma tentativa de apagar seu nome do panteão dos heróis da Aeronáutica. Ela só não foi adiante porque uma parte do oficialato reagiu.

Por Roldão Arruda

O major-brigadeiro nunca escondeu as perseguições que sofreu. Em outubro do ano passado prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade para falar sobre o assunto. Seu relato foi tão importante que deu origem a um grupo de trabalho dedicado exclusivamente a investigar a questão dos militares perseguidos pela ditadura. (Para ler a reportagem sobre o depoimento clique aqui.)

 Foto: Estadão

Moreira Lima recordou que era coronel quando foi demitido do comando da Base Aérea de Santa Cruz, em 2 de abril de 1964. Mais tarde ele se tornaria militante do movimento pela anistia dos militares perseguidos. É o autor do livro Senta a Pua!, sobre a presença da Força Aérea Brasileira na 2.ª Guerra, que deu origem ao documentário com o mesmo nome.

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Ele morreu na madrugada desta terça, aos 94 anos, após passar dois meses internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio. O texto oficial sobre sua morte, com 47 linhas, se detém na atuação dele na 2.ª Guerra. Como piloto do piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, conquistou a glória entre seus pares por realizar 94 missões. Sob fogo das tropas alemãs, teve sucesso em todas elas.

O texto do Centro de Comunicação despertou a atenção e chegou a ser elogiado nas redes sociais por sua linguagem com ares poéticos. Começa assim: "O homem se fez mito. O mito grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito-herói. O herói-homem."

 Foto: Estadão
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Sob a fumaça poética fica a dúvida sobre as razões da omissão da FAB, no momento em que a Comissão da Verdade tenta passar a limpo a história do País.

...

Moreira Lima era maranhense, da cidade de Colinas, e ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941.

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Quando decidiu seguir a carreira militar, o pai, Bento Moreira Lima, enviou-lhe uma carta, com alguns conselhos. Dizia, entre outras coisas que "o soldado não conspira contra as instituições pelas quais jurou fidelidade".

O herói da FAB nunca esqueceu os conselhos do pai e leu a íntegra da carta em seu depoimento à Comissão da Verdade. 

//www.youtube.com/embed/La0nGMzf2GY

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O major-brigadeiro nunca escondeu as perseguições que sofreu. Em outubro do ano passado prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade para falar sobre o assunto. Seu relato foi tão importante que deu origem a um grupo de trabalho dedicado exclusivamente a investigar a questão dos militares perseguidos pela ditadura. (Para ler a reportagem sobre o depoimento clique aqui.)

 Foto: Estadão

Moreira Lima recordou que era coronel quando foi demitido do comando da Base Aérea de Santa Cruz, em 2 de abril de 1964. Mais tarde ele se tornaria militante do movimento pela anistia dos militares perseguidos. É o autor do livro Senta a Pua!, sobre a presença da Força Aérea Brasileira na 2.ª Guerra, que deu origem ao documentário com o mesmo nome.

Ele morreu na madrugada desta terça, aos 94 anos, após passar dois meses internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio. O texto oficial sobre sua morte, com 47 linhas, se detém na atuação dele na 2.ª Guerra. Como piloto do piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, conquistou a glória entre seus pares por realizar 94 missões. Sob fogo das tropas alemãs, teve sucesso em todas elas.

O texto do Centro de Comunicação despertou a atenção e chegou a ser elogiado nas redes sociais por sua linguagem com ares poéticos. Começa assim: "O homem se fez mito. O mito grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito-herói. O herói-homem."

 Foto: Estadão

Sob a fumaça poética fica a dúvida sobre as razões da omissão da FAB, no momento em que a Comissão da Verdade tenta passar a limpo a história do País.

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Moreira Lima era maranhense, da cidade de Colinas, e ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941.

Quando decidiu seguir a carreira militar, o pai, Bento Moreira Lima, enviou-lhe uma carta, com alguns conselhos. Dizia, entre outras coisas que "o soldado não conspira contra as instituições pelas quais jurou fidelidade".

O herói da FAB nunca esqueceu os conselhos do pai e leu a íntegra da carta em seu depoimento à Comissão da Verdade. 

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O major-brigadeiro nunca escondeu as perseguições que sofreu. Em outubro do ano passado prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade para falar sobre o assunto. Seu relato foi tão importante que deu origem a um grupo de trabalho dedicado exclusivamente a investigar a questão dos militares perseguidos pela ditadura. (Para ler a reportagem sobre o depoimento clique aqui.)

 Foto: Estadão

Moreira Lima recordou que era coronel quando foi demitido do comando da Base Aérea de Santa Cruz, em 2 de abril de 1964. Mais tarde ele se tornaria militante do movimento pela anistia dos militares perseguidos. É o autor do livro Senta a Pua!, sobre a presença da Força Aérea Brasileira na 2.ª Guerra, que deu origem ao documentário com o mesmo nome.

Ele morreu na madrugada desta terça, aos 94 anos, após passar dois meses internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio. O texto oficial sobre sua morte, com 47 linhas, se detém na atuação dele na 2.ª Guerra. Como piloto do piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, conquistou a glória entre seus pares por realizar 94 missões. Sob fogo das tropas alemãs, teve sucesso em todas elas.

O texto do Centro de Comunicação despertou a atenção e chegou a ser elogiado nas redes sociais por sua linguagem com ares poéticos. Começa assim: "O homem se fez mito. O mito grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito-herói. O herói-homem."

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Sob a fumaça poética fica a dúvida sobre as razões da omissão da FAB, no momento em que a Comissão da Verdade tenta passar a limpo a história do País.

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Moreira Lima era maranhense, da cidade de Colinas, e ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941.

Quando decidiu seguir a carreira militar, o pai, Bento Moreira Lima, enviou-lhe uma carta, com alguns conselhos. Dizia, entre outras coisas que "o soldado não conspira contra as instituições pelas quais jurou fidelidade".

O herói da FAB nunca esqueceu os conselhos do pai e leu a íntegra da carta em seu depoimento à Comissão da Verdade. 

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O major-brigadeiro nunca escondeu as perseguições que sofreu. Em outubro do ano passado prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade para falar sobre o assunto. Seu relato foi tão importante que deu origem a um grupo de trabalho dedicado exclusivamente a investigar a questão dos militares perseguidos pela ditadura. (Para ler a reportagem sobre o depoimento clique aqui.)

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Moreira Lima recordou que era coronel quando foi demitido do comando da Base Aérea de Santa Cruz, em 2 de abril de 1964. Mais tarde ele se tornaria militante do movimento pela anistia dos militares perseguidos. É o autor do livro Senta a Pua!, sobre a presença da Força Aérea Brasileira na 2.ª Guerra, que deu origem ao documentário com o mesmo nome.

Ele morreu na madrugada desta terça, aos 94 anos, após passar dois meses internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio. O texto oficial sobre sua morte, com 47 linhas, se detém na atuação dele na 2.ª Guerra. Como piloto do piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, conquistou a glória entre seus pares por realizar 94 missões. Sob fogo das tropas alemãs, teve sucesso em todas elas.

O texto do Centro de Comunicação despertou a atenção e chegou a ser elogiado nas redes sociais por sua linguagem com ares poéticos. Começa assim: "O homem se fez mito. O mito grandioso, magnânimo, extraordinário. O mito guerreiro. O mito-herói. O herói-homem."

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Quando decidiu seguir a carreira militar, o pai, Bento Moreira Lima, enviou-lhe uma carta, com alguns conselhos. Dizia, entre outras coisas que "o soldado não conspira contra as instituições pelas quais jurou fidelidade".

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