Vinicius Poit defende redução de imposto sobre venda de armas em sabatina ‘Estadão’/FAAP


Candidato do Novo foi o quarto concorrente ao governo paulista a participar do evento e defendeu propostas liberais, apresentando-se como alternativa à polarização que marca a política nacional

Por Redação
Atualização:

O candidato ao governo do Estado de São Paulo Vinicius Poit, do partido Novo, defendeu a diminuição de impostos sobre a venda de armas e prometeu, se eleito, ser o governador que proporcionalmente vai mais reduzir impostos em São Paulo.

“Eu sempre vou articular a favor da defesa de liberdade do indivíduo, principalmente em regiões mais isoladas, no agro, por exemplo, onde quando se depende da polícia, ela demora mais a chegar”, afirmou Poit durante sabatina realizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta terça-feira, 23.

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O candidato defende propostas liberais e se diz a favor da posse de armas. Segundo Poit, sua prioridade é reduzir impostos sobre “itens essenciais, como transporte e comida”, mas ele apoia que outros produtos tenham a tributação reduzida também.

Atualmente, mais de 20 Estados, segundo o Instituto Sou da Paz, avaliam reduzir impostos sobre a venda de armas. “Eu articularia sim, tudo que for para baixar imposto, independente do que for. Seja para a liberdade individual de defesa da sua casa, sua família, sua propriedade rural, na maioria dos casos, seja para baixar imposto no agro e na comida, que este governo aumentou, seja para baixar o imposto sobre os remédios”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista

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Licitações no mercado privado

Outro tema de destaque durante o evento desta terça foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Poit destacou que, se eleito, pode encerrar as operações da CDHU, responsável pela construção de unidades habitacionais no Estado.

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“Na construção habitacional, nós vamos fazer comprando com licitação no mercado privado, mais barato que a estatal”, explicou o candidato, afirmando que a regularização fundiária urbana de uma unidade habitacional da CDHU custaria R$ 230 mil para mais de 100 imóveis, enquanto o mesmo processo no mercado privado sairia por R$ 170 mil. “Só aí você já vê que a construtora estatal está superfaturando os conjuntos habitacionais.”

Para Poit, há a possibilidade de se buscar verbas de diferentes áreas e ainda reduzir tributos.

“O governo do Estado, que tem R$ 286 bilhões de orçamento e quase R$ 30 bilhões de previsão de investimento, tem margem para começar uma redução de impostos e procurar dinheiro de outro lugar”, disse.

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Durante toda a sabatina, Poit reforçou que é um candidato independente, que “apoia projetos e não pessoas”. Logo na primeira pergunta, se colocou com uma opção à polarização PT X Bolsonaro. “Em um ambiente tão polarizado, a gente precisa mostrar que há opção”, afirmou o candidato do Novo.

Explicando sobre como o seu partido vota no Congresso, vezes apoiando projetos do setor governista e vezes contra, Poit contou ser chamado de bolsonarista e comunista várias vezes. “Em um mesmo dia sou chamado de bolsonarista e depois comunista. É isso todo dia”, afirmou, reforçando ser independente.

Perguntado sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro em um segundo turno presidencial, Poit voltou a dizer que avalia os cenários, não disse em quem votaria, mas sinalizou insatisfação com a aliança de Bolsonaro com o Centrão.

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Universidade gratuita

Questionado sobre a educação gratuita no Estado, o candidato disse ser favorável à cobrança de mensalidade em universidades estaduais, a partir do critério de renda para determinar quem pagaria e quem não. “Quem paga a universidade pública? O ICMS, imposto sobre o consumo que incide sobre o pobre. Então o pobre está pagando a universidade do rico. Não pode. Vamos sentar com as universidade e decidir qual é o critério de renda justo, para quem tiver condição de pagar, pagar a universidade.”

Poit afirmou que o atual formato das universidades públicas perpetua a desigualdade. “A política da universidade estadual do Estado de São Paulo é uma política de estimular a concentração de renda e desigualdade. Quem que estuda na universidade pública? Tem muita gente que estuda e que poderia estar pagando”, disse.

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O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit destacou propostas liberais durante sua participação em sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Um dos projetos defendidos pelo candidato na área da Educação é o Homeschooling, a ideia de as famílias podem cuidar diretamente da formação de estudantes, sem que tenham de ir à escola para isso. Na sabatina, Poit explicou sua motivação: “A favor da liberdade. Da pessoa poder escolher porque, principalmente durante a pandemia, se a gente tivesse a liberdade de ter o Homeschooling, não teria sido tão grande o déficit da educação”.

O candidato do Novo ressaltou que essa não é uma opinião pessoal sua (sobre aderir ou não ao sistema Homeschooling), mas uma questão de valorizar a possibilidade de escolha dos cidadãos. “E mesmo o Homeschooling pode ser regularizado pelo MEC, ter uma provinha no final.”

Exemplo a ser seguido

Quando questionado sobre o modelo de segurança adotado por Romeu Zema em Minas Gerais, Poit afirmou querer ser um “governador empreendedor” e destacou que uma de suas inspirações é a gestão de Zema, que, segundo ele, governa “sem achismo” e “sem emoção”, além de tomar decisões com base em fatos.

“Todo o desafio vai ter discussão. O importante é dialogar para resolver. Tudo o que o Zema fez é reflexo do governador com maior aprovação da história, um governador com a possibilidade de ganhar no primeiro turno. Ele está chegando em um ponto positivo agora”, disse.

O candidato afirmou ainda que, para ajudar na questão de segurança em São Paulo, é preciso contratar 10 mil policiais, e o investimento para isso vem da redução de privilégios dele mesmo, se eleito governador. “Vou reduzir privilégios do cargo de governador para aumentar recursos da polícia, da segurança.”

Poit também falou sobre a geração de empregos e defendeu a legalização de jogos de azar no País, em cassinos. “Não é o cassino ou os jogos que vão aflorar esses problemas que já existem (prostituição, drogas...). Além disso, não é o cassino, mas, sim, o centro de convenções, o hotel, tudo que tem em volta, que gera empregos”, afirmou.

Sabatinas

Poit foi o quarto sabatinado da série, cuja ordem foi definida em sorteio. O candidato do PDT, Elvis Cezar, participou do evento no dia 17. Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado na última sexta-feira, 19 e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no dia 22. Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerra as sabatinas nesta quarta-feira, 24. Em setembro, as sabatinas da parceria Estadão/FAAP serão dedicadas aos candidatos à Presidência.

O candidato ao governo do Estado de São Paulo Vinicius Poit, do partido Novo, defendeu a diminuição de impostos sobre a venda de armas e prometeu, se eleito, ser o governador que proporcionalmente vai mais reduzir impostos em São Paulo.

“Eu sempre vou articular a favor da defesa de liberdade do indivíduo, principalmente em regiões mais isoladas, no agro, por exemplo, onde quando se depende da polícia, ela demora mais a chegar”, afirmou Poit durante sabatina realizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta terça-feira, 23.

O candidato defende propostas liberais e se diz a favor da posse de armas. Segundo Poit, sua prioridade é reduzir impostos sobre “itens essenciais, como transporte e comida”, mas ele apoia que outros produtos tenham a tributação reduzida também.

Atualmente, mais de 20 Estados, segundo o Instituto Sou da Paz, avaliam reduzir impostos sobre a venda de armas. “Eu articularia sim, tudo que for para baixar imposto, independente do que for. Seja para a liberdade individual de defesa da sua casa, sua família, sua propriedade rural, na maioria dos casos, seja para baixar imposto no agro e na comida, que este governo aumentou, seja para baixar o imposto sobre os remédios”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista

Licitações no mercado privado

Outro tema de destaque durante o evento desta terça foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Poit destacou que, se eleito, pode encerrar as operações da CDHU, responsável pela construção de unidades habitacionais no Estado.

“Na construção habitacional, nós vamos fazer comprando com licitação no mercado privado, mais barato que a estatal”, explicou o candidato, afirmando que a regularização fundiária urbana de uma unidade habitacional da CDHU custaria R$ 230 mil para mais de 100 imóveis, enquanto o mesmo processo no mercado privado sairia por R$ 170 mil. “Só aí você já vê que a construtora estatal está superfaturando os conjuntos habitacionais.”

Para Poit, há a possibilidade de se buscar verbas de diferentes áreas e ainda reduzir tributos.

“O governo do Estado, que tem R$ 286 bilhões de orçamento e quase R$ 30 bilhões de previsão de investimento, tem margem para começar uma redução de impostos e procurar dinheiro de outro lugar”, disse.

Durante toda a sabatina, Poit reforçou que é um candidato independente, que “apoia projetos e não pessoas”. Logo na primeira pergunta, se colocou com uma opção à polarização PT X Bolsonaro. “Em um ambiente tão polarizado, a gente precisa mostrar que há opção”, afirmou o candidato do Novo.

Explicando sobre como o seu partido vota no Congresso, vezes apoiando projetos do setor governista e vezes contra, Poit contou ser chamado de bolsonarista e comunista várias vezes. “Em um mesmo dia sou chamado de bolsonarista e depois comunista. É isso todo dia”, afirmou, reforçando ser independente.

Perguntado sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro em um segundo turno presidencial, Poit voltou a dizer que avalia os cenários, não disse em quem votaria, mas sinalizou insatisfação com a aliança de Bolsonaro com o Centrão.

Universidade gratuita

Questionado sobre a educação gratuita no Estado, o candidato disse ser favorável à cobrança de mensalidade em universidades estaduais, a partir do critério de renda para determinar quem pagaria e quem não. “Quem paga a universidade pública? O ICMS, imposto sobre o consumo que incide sobre o pobre. Então o pobre está pagando a universidade do rico. Não pode. Vamos sentar com as universidade e decidir qual é o critério de renda justo, para quem tiver condição de pagar, pagar a universidade.”

Poit afirmou que o atual formato das universidades públicas perpetua a desigualdade. “A política da universidade estadual do Estado de São Paulo é uma política de estimular a concentração de renda e desigualdade. Quem que estuda na universidade pública? Tem muita gente que estuda e que poderia estar pagando”, disse.

O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit destacou propostas liberais durante sua participação em sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Um dos projetos defendidos pelo candidato na área da Educação é o Homeschooling, a ideia de as famílias podem cuidar diretamente da formação de estudantes, sem que tenham de ir à escola para isso. Na sabatina, Poit explicou sua motivação: “A favor da liberdade. Da pessoa poder escolher porque, principalmente durante a pandemia, se a gente tivesse a liberdade de ter o Homeschooling, não teria sido tão grande o déficit da educação”.

O candidato do Novo ressaltou que essa não é uma opinião pessoal sua (sobre aderir ou não ao sistema Homeschooling), mas uma questão de valorizar a possibilidade de escolha dos cidadãos. “E mesmo o Homeschooling pode ser regularizado pelo MEC, ter uma provinha no final.”

Exemplo a ser seguido

Quando questionado sobre o modelo de segurança adotado por Romeu Zema em Minas Gerais, Poit afirmou querer ser um “governador empreendedor” e destacou que uma de suas inspirações é a gestão de Zema, que, segundo ele, governa “sem achismo” e “sem emoção”, além de tomar decisões com base em fatos.

“Todo o desafio vai ter discussão. O importante é dialogar para resolver. Tudo o que o Zema fez é reflexo do governador com maior aprovação da história, um governador com a possibilidade de ganhar no primeiro turno. Ele está chegando em um ponto positivo agora”, disse.

O candidato afirmou ainda que, para ajudar na questão de segurança em São Paulo, é preciso contratar 10 mil policiais, e o investimento para isso vem da redução de privilégios dele mesmo, se eleito governador. “Vou reduzir privilégios do cargo de governador para aumentar recursos da polícia, da segurança.”

Poit também falou sobre a geração de empregos e defendeu a legalização de jogos de azar no País, em cassinos. “Não é o cassino ou os jogos que vão aflorar esses problemas que já existem (prostituição, drogas...). Além disso, não é o cassino, mas, sim, o centro de convenções, o hotel, tudo que tem em volta, que gera empregos”, afirmou.

Sabatinas

Poit foi o quarto sabatinado da série, cuja ordem foi definida em sorteio. O candidato do PDT, Elvis Cezar, participou do evento no dia 17. Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado na última sexta-feira, 19 e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no dia 22. Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerra as sabatinas nesta quarta-feira, 24. Em setembro, as sabatinas da parceria Estadão/FAAP serão dedicadas aos candidatos à Presidência.

O candidato ao governo do Estado de São Paulo Vinicius Poit, do partido Novo, defendeu a diminuição de impostos sobre a venda de armas e prometeu, se eleito, ser o governador que proporcionalmente vai mais reduzir impostos em São Paulo.

“Eu sempre vou articular a favor da defesa de liberdade do indivíduo, principalmente em regiões mais isoladas, no agro, por exemplo, onde quando se depende da polícia, ela demora mais a chegar”, afirmou Poit durante sabatina realizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta terça-feira, 23.

O candidato defende propostas liberais e se diz a favor da posse de armas. Segundo Poit, sua prioridade é reduzir impostos sobre “itens essenciais, como transporte e comida”, mas ele apoia que outros produtos tenham a tributação reduzida também.

Atualmente, mais de 20 Estados, segundo o Instituto Sou da Paz, avaliam reduzir impostos sobre a venda de armas. “Eu articularia sim, tudo que for para baixar imposto, independente do que for. Seja para a liberdade individual de defesa da sua casa, sua família, sua propriedade rural, na maioria dos casos, seja para baixar imposto no agro e na comida, que este governo aumentou, seja para baixar o imposto sobre os remédios”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista

Licitações no mercado privado

Outro tema de destaque durante o evento desta terça foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Poit destacou que, se eleito, pode encerrar as operações da CDHU, responsável pela construção de unidades habitacionais no Estado.

“Na construção habitacional, nós vamos fazer comprando com licitação no mercado privado, mais barato que a estatal”, explicou o candidato, afirmando que a regularização fundiária urbana de uma unidade habitacional da CDHU custaria R$ 230 mil para mais de 100 imóveis, enquanto o mesmo processo no mercado privado sairia por R$ 170 mil. “Só aí você já vê que a construtora estatal está superfaturando os conjuntos habitacionais.”

Para Poit, há a possibilidade de se buscar verbas de diferentes áreas e ainda reduzir tributos.

“O governo do Estado, que tem R$ 286 bilhões de orçamento e quase R$ 30 bilhões de previsão de investimento, tem margem para começar uma redução de impostos e procurar dinheiro de outro lugar”, disse.

Durante toda a sabatina, Poit reforçou que é um candidato independente, que “apoia projetos e não pessoas”. Logo na primeira pergunta, se colocou com uma opção à polarização PT X Bolsonaro. “Em um ambiente tão polarizado, a gente precisa mostrar que há opção”, afirmou o candidato do Novo.

Explicando sobre como o seu partido vota no Congresso, vezes apoiando projetos do setor governista e vezes contra, Poit contou ser chamado de bolsonarista e comunista várias vezes. “Em um mesmo dia sou chamado de bolsonarista e depois comunista. É isso todo dia”, afirmou, reforçando ser independente.

Perguntado sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro em um segundo turno presidencial, Poit voltou a dizer que avalia os cenários, não disse em quem votaria, mas sinalizou insatisfação com a aliança de Bolsonaro com o Centrão.

Universidade gratuita

Questionado sobre a educação gratuita no Estado, o candidato disse ser favorável à cobrança de mensalidade em universidades estaduais, a partir do critério de renda para determinar quem pagaria e quem não. “Quem paga a universidade pública? O ICMS, imposto sobre o consumo que incide sobre o pobre. Então o pobre está pagando a universidade do rico. Não pode. Vamos sentar com as universidade e decidir qual é o critério de renda justo, para quem tiver condição de pagar, pagar a universidade.”

Poit afirmou que o atual formato das universidades públicas perpetua a desigualdade. “A política da universidade estadual do Estado de São Paulo é uma política de estimular a concentração de renda e desigualdade. Quem que estuda na universidade pública? Tem muita gente que estuda e que poderia estar pagando”, disse.

O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit destacou propostas liberais durante sua participação em sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Um dos projetos defendidos pelo candidato na área da Educação é o Homeschooling, a ideia de as famílias podem cuidar diretamente da formação de estudantes, sem que tenham de ir à escola para isso. Na sabatina, Poit explicou sua motivação: “A favor da liberdade. Da pessoa poder escolher porque, principalmente durante a pandemia, se a gente tivesse a liberdade de ter o Homeschooling, não teria sido tão grande o déficit da educação”.

O candidato do Novo ressaltou que essa não é uma opinião pessoal sua (sobre aderir ou não ao sistema Homeschooling), mas uma questão de valorizar a possibilidade de escolha dos cidadãos. “E mesmo o Homeschooling pode ser regularizado pelo MEC, ter uma provinha no final.”

Exemplo a ser seguido

Quando questionado sobre o modelo de segurança adotado por Romeu Zema em Minas Gerais, Poit afirmou querer ser um “governador empreendedor” e destacou que uma de suas inspirações é a gestão de Zema, que, segundo ele, governa “sem achismo” e “sem emoção”, além de tomar decisões com base em fatos.

“Todo o desafio vai ter discussão. O importante é dialogar para resolver. Tudo o que o Zema fez é reflexo do governador com maior aprovação da história, um governador com a possibilidade de ganhar no primeiro turno. Ele está chegando em um ponto positivo agora”, disse.

O candidato afirmou ainda que, para ajudar na questão de segurança em São Paulo, é preciso contratar 10 mil policiais, e o investimento para isso vem da redução de privilégios dele mesmo, se eleito governador. “Vou reduzir privilégios do cargo de governador para aumentar recursos da polícia, da segurança.”

Poit também falou sobre a geração de empregos e defendeu a legalização de jogos de azar no País, em cassinos. “Não é o cassino ou os jogos que vão aflorar esses problemas que já existem (prostituição, drogas...). Além disso, não é o cassino, mas, sim, o centro de convenções, o hotel, tudo que tem em volta, que gera empregos”, afirmou.

Sabatinas

Poit foi o quarto sabatinado da série, cuja ordem foi definida em sorteio. O candidato do PDT, Elvis Cezar, participou do evento no dia 17. Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado na última sexta-feira, 19 e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no dia 22. Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerra as sabatinas nesta quarta-feira, 24. Em setembro, as sabatinas da parceria Estadão/FAAP serão dedicadas aos candidatos à Presidência.

O candidato ao governo do Estado de São Paulo Vinicius Poit, do partido Novo, defendeu a diminuição de impostos sobre a venda de armas e prometeu, se eleito, ser o governador que proporcionalmente vai mais reduzir impostos em São Paulo.

“Eu sempre vou articular a favor da defesa de liberdade do indivíduo, principalmente em regiões mais isoladas, no agro, por exemplo, onde quando se depende da polícia, ela demora mais a chegar”, afirmou Poit durante sabatina realizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta terça-feira, 23.

O candidato defende propostas liberais e se diz a favor da posse de armas. Segundo Poit, sua prioridade é reduzir impostos sobre “itens essenciais, como transporte e comida”, mas ele apoia que outros produtos tenham a tributação reduzida também.

Atualmente, mais de 20 Estados, segundo o Instituto Sou da Paz, avaliam reduzir impostos sobre a venda de armas. “Eu articularia sim, tudo que for para baixar imposto, independente do que for. Seja para a liberdade individual de defesa da sua casa, sua família, sua propriedade rural, na maioria dos casos, seja para baixar imposto no agro e na comida, que este governo aumentou, seja para baixar o imposto sobre os remédios”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista

Licitações no mercado privado

Outro tema de destaque durante o evento desta terça foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Poit destacou que, se eleito, pode encerrar as operações da CDHU, responsável pela construção de unidades habitacionais no Estado.

“Na construção habitacional, nós vamos fazer comprando com licitação no mercado privado, mais barato que a estatal”, explicou o candidato, afirmando que a regularização fundiária urbana de uma unidade habitacional da CDHU custaria R$ 230 mil para mais de 100 imóveis, enquanto o mesmo processo no mercado privado sairia por R$ 170 mil. “Só aí você já vê que a construtora estatal está superfaturando os conjuntos habitacionais.”

Para Poit, há a possibilidade de se buscar verbas de diferentes áreas e ainda reduzir tributos.

“O governo do Estado, que tem R$ 286 bilhões de orçamento e quase R$ 30 bilhões de previsão de investimento, tem margem para começar uma redução de impostos e procurar dinheiro de outro lugar”, disse.

Durante toda a sabatina, Poit reforçou que é um candidato independente, que “apoia projetos e não pessoas”. Logo na primeira pergunta, se colocou com uma opção à polarização PT X Bolsonaro. “Em um ambiente tão polarizado, a gente precisa mostrar que há opção”, afirmou o candidato do Novo.

Explicando sobre como o seu partido vota no Congresso, vezes apoiando projetos do setor governista e vezes contra, Poit contou ser chamado de bolsonarista e comunista várias vezes. “Em um mesmo dia sou chamado de bolsonarista e depois comunista. É isso todo dia”, afirmou, reforçando ser independente.

Perguntado sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro em um segundo turno presidencial, Poit voltou a dizer que avalia os cenários, não disse em quem votaria, mas sinalizou insatisfação com a aliança de Bolsonaro com o Centrão.

Universidade gratuita

Questionado sobre a educação gratuita no Estado, o candidato disse ser favorável à cobrança de mensalidade em universidades estaduais, a partir do critério de renda para determinar quem pagaria e quem não. “Quem paga a universidade pública? O ICMS, imposto sobre o consumo que incide sobre o pobre. Então o pobre está pagando a universidade do rico. Não pode. Vamos sentar com as universidade e decidir qual é o critério de renda justo, para quem tiver condição de pagar, pagar a universidade.”

Poit afirmou que o atual formato das universidades públicas perpetua a desigualdade. “A política da universidade estadual do Estado de São Paulo é uma política de estimular a concentração de renda e desigualdade. Quem que estuda na universidade pública? Tem muita gente que estuda e que poderia estar pagando”, disse.

O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit destacou propostas liberais durante sua participação em sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Um dos projetos defendidos pelo candidato na área da Educação é o Homeschooling, a ideia de as famílias podem cuidar diretamente da formação de estudantes, sem que tenham de ir à escola para isso. Na sabatina, Poit explicou sua motivação: “A favor da liberdade. Da pessoa poder escolher porque, principalmente durante a pandemia, se a gente tivesse a liberdade de ter o Homeschooling, não teria sido tão grande o déficit da educação”.

O candidato do Novo ressaltou que essa não é uma opinião pessoal sua (sobre aderir ou não ao sistema Homeschooling), mas uma questão de valorizar a possibilidade de escolha dos cidadãos. “E mesmo o Homeschooling pode ser regularizado pelo MEC, ter uma provinha no final.”

Exemplo a ser seguido

Quando questionado sobre o modelo de segurança adotado por Romeu Zema em Minas Gerais, Poit afirmou querer ser um “governador empreendedor” e destacou que uma de suas inspirações é a gestão de Zema, que, segundo ele, governa “sem achismo” e “sem emoção”, além de tomar decisões com base em fatos.

“Todo o desafio vai ter discussão. O importante é dialogar para resolver. Tudo o que o Zema fez é reflexo do governador com maior aprovação da história, um governador com a possibilidade de ganhar no primeiro turno. Ele está chegando em um ponto positivo agora”, disse.

O candidato afirmou ainda que, para ajudar na questão de segurança em São Paulo, é preciso contratar 10 mil policiais, e o investimento para isso vem da redução de privilégios dele mesmo, se eleito governador. “Vou reduzir privilégios do cargo de governador para aumentar recursos da polícia, da segurança.”

Poit também falou sobre a geração de empregos e defendeu a legalização de jogos de azar no País, em cassinos. “Não é o cassino ou os jogos que vão aflorar esses problemas que já existem (prostituição, drogas...). Além disso, não é o cassino, mas, sim, o centro de convenções, o hotel, tudo que tem em volta, que gera empregos”, afirmou.

Sabatinas

Poit foi o quarto sabatinado da série, cuja ordem foi definida em sorteio. O candidato do PDT, Elvis Cezar, participou do evento no dia 17. Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado na última sexta-feira, 19 e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no dia 22. Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerra as sabatinas nesta quarta-feira, 24. Em setembro, as sabatinas da parceria Estadão/FAAP serão dedicadas aos candidatos à Presidência.

O candidato ao governo do Estado de São Paulo Vinicius Poit, do partido Novo, defendeu a diminuição de impostos sobre a venda de armas e prometeu, se eleito, ser o governador que proporcionalmente vai mais reduzir impostos em São Paulo.

“Eu sempre vou articular a favor da defesa de liberdade do indivíduo, principalmente em regiões mais isoladas, no agro, por exemplo, onde quando se depende da polícia, ela demora mais a chegar”, afirmou Poit durante sabatina realizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) nesta terça-feira, 23.

O candidato defende propostas liberais e se diz a favor da posse de armas. Segundo Poit, sua prioridade é reduzir impostos sobre “itens essenciais, como transporte e comida”, mas ele apoia que outros produtos tenham a tributação reduzida também.

Atualmente, mais de 20 Estados, segundo o Instituto Sou da Paz, avaliam reduzir impostos sobre a venda de armas. “Eu articularia sim, tudo que for para baixar imposto, independente do que for. Seja para a liberdade individual de defesa da sua casa, sua família, sua propriedade rural, na maioria dos casos, seja para baixar imposto no agro e na comida, que este governo aumentou, seja para baixar o imposto sobre os remédios”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista

Licitações no mercado privado

Outro tema de destaque durante o evento desta terça foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Poit destacou que, se eleito, pode encerrar as operações da CDHU, responsável pela construção de unidades habitacionais no Estado.

“Na construção habitacional, nós vamos fazer comprando com licitação no mercado privado, mais barato que a estatal”, explicou o candidato, afirmando que a regularização fundiária urbana de uma unidade habitacional da CDHU custaria R$ 230 mil para mais de 100 imóveis, enquanto o mesmo processo no mercado privado sairia por R$ 170 mil. “Só aí você já vê que a construtora estatal está superfaturando os conjuntos habitacionais.”

Para Poit, há a possibilidade de se buscar verbas de diferentes áreas e ainda reduzir tributos.

“O governo do Estado, que tem R$ 286 bilhões de orçamento e quase R$ 30 bilhões de previsão de investimento, tem margem para começar uma redução de impostos e procurar dinheiro de outro lugar”, disse.

Durante toda a sabatina, Poit reforçou que é um candidato independente, que “apoia projetos e não pessoas”. Logo na primeira pergunta, se colocou com uma opção à polarização PT X Bolsonaro. “Em um ambiente tão polarizado, a gente precisa mostrar que há opção”, afirmou o candidato do Novo.

Explicando sobre como o seu partido vota no Congresso, vezes apoiando projetos do setor governista e vezes contra, Poit contou ser chamado de bolsonarista e comunista várias vezes. “Em um mesmo dia sou chamado de bolsonarista e depois comunista. É isso todo dia”, afirmou, reforçando ser independente.

Perguntado sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro em um segundo turno presidencial, Poit voltou a dizer que avalia os cenários, não disse em quem votaria, mas sinalizou insatisfação com a aliança de Bolsonaro com o Centrão.

Universidade gratuita

Questionado sobre a educação gratuita no Estado, o candidato disse ser favorável à cobrança de mensalidade em universidades estaduais, a partir do critério de renda para determinar quem pagaria e quem não. “Quem paga a universidade pública? O ICMS, imposto sobre o consumo que incide sobre o pobre. Então o pobre está pagando a universidade do rico. Não pode. Vamos sentar com as universidade e decidir qual é o critério de renda justo, para quem tiver condição de pagar, pagar a universidade.”

Poit afirmou que o atual formato das universidades públicas perpetua a desigualdade. “A política da universidade estadual do Estado de São Paulo é uma política de estimular a concentração de renda e desigualdade. Quem que estuda na universidade pública? Tem muita gente que estuda e que poderia estar pagando”, disse.

O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit destacou propostas liberais durante sua participação em sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Um dos projetos defendidos pelo candidato na área da Educação é o Homeschooling, a ideia de as famílias podem cuidar diretamente da formação de estudantes, sem que tenham de ir à escola para isso. Na sabatina, Poit explicou sua motivação: “A favor da liberdade. Da pessoa poder escolher porque, principalmente durante a pandemia, se a gente tivesse a liberdade de ter o Homeschooling, não teria sido tão grande o déficit da educação”.

O candidato do Novo ressaltou que essa não é uma opinião pessoal sua (sobre aderir ou não ao sistema Homeschooling), mas uma questão de valorizar a possibilidade de escolha dos cidadãos. “E mesmo o Homeschooling pode ser regularizado pelo MEC, ter uma provinha no final.”

Exemplo a ser seguido

Quando questionado sobre o modelo de segurança adotado por Romeu Zema em Minas Gerais, Poit afirmou querer ser um “governador empreendedor” e destacou que uma de suas inspirações é a gestão de Zema, que, segundo ele, governa “sem achismo” e “sem emoção”, além de tomar decisões com base em fatos.

“Todo o desafio vai ter discussão. O importante é dialogar para resolver. Tudo o que o Zema fez é reflexo do governador com maior aprovação da história, um governador com a possibilidade de ganhar no primeiro turno. Ele está chegando em um ponto positivo agora”, disse.

O candidato afirmou ainda que, para ajudar na questão de segurança em São Paulo, é preciso contratar 10 mil policiais, e o investimento para isso vem da redução de privilégios dele mesmo, se eleito governador. “Vou reduzir privilégios do cargo de governador para aumentar recursos da polícia, da segurança.”

Poit também falou sobre a geração de empregos e defendeu a legalização de jogos de azar no País, em cassinos. “Não é o cassino ou os jogos que vão aflorar esses problemas que já existem (prostituição, drogas...). Além disso, não é o cassino, mas, sim, o centro de convenções, o hotel, tudo que tem em volta, que gera empregos”, afirmou.

Sabatinas

Poit foi o quarto sabatinado da série, cuja ordem foi definida em sorteio. O candidato do PDT, Elvis Cezar, participou do evento no dia 17. Fernando Haddad, do PT, foi entrevistado na última sexta-feira, 19 e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no dia 22. Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerra as sabatinas nesta quarta-feira, 24. Em setembro, as sabatinas da parceria Estadão/FAAP serão dedicadas aos candidatos à Presidência.

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