Saiba quem deve comparecer ao jantar de Tarcísio para encaminhar PM como vice de Ricardo Nunes


Evento deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo

Por Samuel Lima e Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.

Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), organiza jantar no dia de seu aniversário para definir vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB).  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ala do Progressistas também se mostrou contrariada com a preferência dada ao indicado de Bolsonaro e ameaçou desembarque, mas a posição foi desautorizada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do partido. Segundo ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, o PP apoiará Nunes em qualquer hipótese. “Se ela vier a acontecer (a indicação do coronel da PM), vai contar com nosso apoio e entusiasmo”, afirmou na segunda-feira, 17.

Aliados de Nunes relatam que Tarcísio assumiu a articulação para ajudar Bolsonaro, seu padrinho político e de quem foi ministro da Infraestrutura, a estabelecer um consenso em torno do nome do coronel Mello. O governador está de aniversário hoje, completa 49 anos, e tenta resolver a questão antes de viajar a Nova York (EUA) no final da semana para tratar da privatização da Sabesp.

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Os principais líderes da coligação confirmaram presença no encontro. São esperados ao menos sete dos 11 presidentes nacionais dos partidos: Baleia Rossi (MDB), Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Ciro Nogueira (PP), Renata Abreu (Podemos) e Paulinho da Força (Solidariedade). O Avante ainda não sabe quem irá, enquanto o presidente do PRD, Ovasco Resende, se recupera de cirurgia e enviará representante. Os demais dirigentes, de Mobiliza e Agir, não foram localizados.

Bolsonaro não estará presente, segundo a assessoria do PL. O ex-presidente está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto porque ambos são investigados na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e vigora desde fevereiro deste ano.

Existe ainda a expectativa de o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, comparecer ao jantar. Segundo a sua assessoria, o político está na cidade de São Paulo. Seria um aceno para a campanha de Nunes depois de o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, uma das principais lideranças do partido no Estado, demonstrar insatisfação com a maneira como o processo estava sendo conduzido. Ele é contra a indicação do militar como número dois da chapa e diz que, caso o posto seja oferecido a Mello, discutirá a adesão do partido “em outro momento”.

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Nunes defende ‘consenso’

Apesar das movimentações nos bastidores, Nunes persiste no argumento de que a decisão será colegiada, sem imposição de nenhuma parte. “A expectativa é que a gente, se não chegar num consenso e na definição hoje de um nome, avance com relação a essa discussão”, declarou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 19.

“Conversar, dialogar, escutar as opiniões é de fundamental importância. A gente jamais faria aquilo que foi feito por outro pré-candidato, de fazer uma imposição de um nome e uma única pessoa definindo quem é o vice”, acrescenta. Ele se refere na fala ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que teve Marta Suplicy apresentada como vice pelo PT.

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Tarcísio, por sua vez, reconheceu que há divergências sobre Mello Araújo, mas descartou qualquer chance das siglas deixarem de apoiar Nunes por não concordarem com a escolha do vice. “Vamos ver se a gente consegue apaziguar, chegar em um consenso e dar o próximo passo. A gente precisa superar o mais rápido possível a definição do vice. Define o vice, tira isso da frente e vamos partir para a elaboração do plano de governo”, afirmou o chefe do Executivo paulista nesta quarta.

O ex-governador Rodrigo Garcia, que coordena a elaboração do plano de governo, também deve estar presente no jantar no Palácio. A tendência é que participe mais ativamente da campanha por meio de quatro eventos públicos organizados pelo MDB na cidade.

Quem é o coronel Mello

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Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mello Araújo é um bolsonarista convicto que costuma reproduzir o discurso do ex-presidente nas redes sociais, como ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. A indicação encontrava resistência entre caciques partidários de legendas mais ao centro por conta dessa postura, mas ganhou força com a “dobradinha” recente entre Bolsonaro e Tarcísio, os dois principais aliados do prefeito nas urnas.

O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor do Ceagesp, encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro; ele deve ser vice de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Foto: Alan Santos/PR (15/12/2020)

A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma “chapa pura” emedebista.

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Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha “argumentos fortes”. Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de “amarrar” Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.

Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. “Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças”, declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.

O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.

Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), organiza jantar no dia de seu aniversário para definir vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB).  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ala do Progressistas também se mostrou contrariada com a preferência dada ao indicado de Bolsonaro e ameaçou desembarque, mas a posição foi desautorizada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do partido. Segundo ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, o PP apoiará Nunes em qualquer hipótese. “Se ela vier a acontecer (a indicação do coronel da PM), vai contar com nosso apoio e entusiasmo”, afirmou na segunda-feira, 17.

Aliados de Nunes relatam que Tarcísio assumiu a articulação para ajudar Bolsonaro, seu padrinho político e de quem foi ministro da Infraestrutura, a estabelecer um consenso em torno do nome do coronel Mello. O governador está de aniversário hoje, completa 49 anos, e tenta resolver a questão antes de viajar a Nova York (EUA) no final da semana para tratar da privatização da Sabesp.

Os principais líderes da coligação confirmaram presença no encontro. São esperados ao menos sete dos 11 presidentes nacionais dos partidos: Baleia Rossi (MDB), Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Ciro Nogueira (PP), Renata Abreu (Podemos) e Paulinho da Força (Solidariedade). O Avante ainda não sabe quem irá, enquanto o presidente do PRD, Ovasco Resende, se recupera de cirurgia e enviará representante. Os demais dirigentes, de Mobiliza e Agir, não foram localizados.

Bolsonaro não estará presente, segundo a assessoria do PL. O ex-presidente está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto porque ambos são investigados na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e vigora desde fevereiro deste ano.

Existe ainda a expectativa de o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, comparecer ao jantar. Segundo a sua assessoria, o político está na cidade de São Paulo. Seria um aceno para a campanha de Nunes depois de o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, uma das principais lideranças do partido no Estado, demonstrar insatisfação com a maneira como o processo estava sendo conduzido. Ele é contra a indicação do militar como número dois da chapa e diz que, caso o posto seja oferecido a Mello, discutirá a adesão do partido “em outro momento”.

Nunes defende ‘consenso’

Apesar das movimentações nos bastidores, Nunes persiste no argumento de que a decisão será colegiada, sem imposição de nenhuma parte. “A expectativa é que a gente, se não chegar num consenso e na definição hoje de um nome, avance com relação a essa discussão”, declarou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 19.

“Conversar, dialogar, escutar as opiniões é de fundamental importância. A gente jamais faria aquilo que foi feito por outro pré-candidato, de fazer uma imposição de um nome e uma única pessoa definindo quem é o vice”, acrescenta. Ele se refere na fala ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que teve Marta Suplicy apresentada como vice pelo PT.

Tarcísio, por sua vez, reconheceu que há divergências sobre Mello Araújo, mas descartou qualquer chance das siglas deixarem de apoiar Nunes por não concordarem com a escolha do vice. “Vamos ver se a gente consegue apaziguar, chegar em um consenso e dar o próximo passo. A gente precisa superar o mais rápido possível a definição do vice. Define o vice, tira isso da frente e vamos partir para a elaboração do plano de governo”, afirmou o chefe do Executivo paulista nesta quarta.

O ex-governador Rodrigo Garcia, que coordena a elaboração do plano de governo, também deve estar presente no jantar no Palácio. A tendência é que participe mais ativamente da campanha por meio de quatro eventos públicos organizados pelo MDB na cidade.

Quem é o coronel Mello

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mello Araújo é um bolsonarista convicto que costuma reproduzir o discurso do ex-presidente nas redes sociais, como ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. A indicação encontrava resistência entre caciques partidários de legendas mais ao centro por conta dessa postura, mas ganhou força com a “dobradinha” recente entre Bolsonaro e Tarcísio, os dois principais aliados do prefeito nas urnas.

O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor do Ceagesp, encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro; ele deve ser vice de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Foto: Alan Santos/PR (15/12/2020)

A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma “chapa pura” emedebista.

Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha “argumentos fortes”. Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de “amarrar” Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.

Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. “Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças”, declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.

O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.

Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), organiza jantar no dia de seu aniversário para definir vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB).  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ala do Progressistas também se mostrou contrariada com a preferência dada ao indicado de Bolsonaro e ameaçou desembarque, mas a posição foi desautorizada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do partido. Segundo ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, o PP apoiará Nunes em qualquer hipótese. “Se ela vier a acontecer (a indicação do coronel da PM), vai contar com nosso apoio e entusiasmo”, afirmou na segunda-feira, 17.

Aliados de Nunes relatam que Tarcísio assumiu a articulação para ajudar Bolsonaro, seu padrinho político e de quem foi ministro da Infraestrutura, a estabelecer um consenso em torno do nome do coronel Mello. O governador está de aniversário hoje, completa 49 anos, e tenta resolver a questão antes de viajar a Nova York (EUA) no final da semana para tratar da privatização da Sabesp.

Os principais líderes da coligação confirmaram presença no encontro. São esperados ao menos sete dos 11 presidentes nacionais dos partidos: Baleia Rossi (MDB), Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Ciro Nogueira (PP), Renata Abreu (Podemos) e Paulinho da Força (Solidariedade). O Avante ainda não sabe quem irá, enquanto o presidente do PRD, Ovasco Resende, se recupera de cirurgia e enviará representante. Os demais dirigentes, de Mobiliza e Agir, não foram localizados.

Bolsonaro não estará presente, segundo a assessoria do PL. O ex-presidente está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto porque ambos são investigados na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e vigora desde fevereiro deste ano.

Existe ainda a expectativa de o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, comparecer ao jantar. Segundo a sua assessoria, o político está na cidade de São Paulo. Seria um aceno para a campanha de Nunes depois de o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, uma das principais lideranças do partido no Estado, demonstrar insatisfação com a maneira como o processo estava sendo conduzido. Ele é contra a indicação do militar como número dois da chapa e diz que, caso o posto seja oferecido a Mello, discutirá a adesão do partido “em outro momento”.

Nunes defende ‘consenso’

Apesar das movimentações nos bastidores, Nunes persiste no argumento de que a decisão será colegiada, sem imposição de nenhuma parte. “A expectativa é que a gente, se não chegar num consenso e na definição hoje de um nome, avance com relação a essa discussão”, declarou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 19.

“Conversar, dialogar, escutar as opiniões é de fundamental importância. A gente jamais faria aquilo que foi feito por outro pré-candidato, de fazer uma imposição de um nome e uma única pessoa definindo quem é o vice”, acrescenta. Ele se refere na fala ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que teve Marta Suplicy apresentada como vice pelo PT.

Tarcísio, por sua vez, reconheceu que há divergências sobre Mello Araújo, mas descartou qualquer chance das siglas deixarem de apoiar Nunes por não concordarem com a escolha do vice. “Vamos ver se a gente consegue apaziguar, chegar em um consenso e dar o próximo passo. A gente precisa superar o mais rápido possível a definição do vice. Define o vice, tira isso da frente e vamos partir para a elaboração do plano de governo”, afirmou o chefe do Executivo paulista nesta quarta.

O ex-governador Rodrigo Garcia, que coordena a elaboração do plano de governo, também deve estar presente no jantar no Palácio. A tendência é que participe mais ativamente da campanha por meio de quatro eventos públicos organizados pelo MDB na cidade.

Quem é o coronel Mello

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mello Araújo é um bolsonarista convicto que costuma reproduzir o discurso do ex-presidente nas redes sociais, como ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. A indicação encontrava resistência entre caciques partidários de legendas mais ao centro por conta dessa postura, mas ganhou força com a “dobradinha” recente entre Bolsonaro e Tarcísio, os dois principais aliados do prefeito nas urnas.

O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor do Ceagesp, encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro; ele deve ser vice de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Foto: Alan Santos/PR (15/12/2020)

A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma “chapa pura” emedebista.

Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha “argumentos fortes”. Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de “amarrar” Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.

Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. “Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças”, declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.

O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.

Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), organiza jantar no dia de seu aniversário para definir vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB).  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ala do Progressistas também se mostrou contrariada com a preferência dada ao indicado de Bolsonaro e ameaçou desembarque, mas a posição foi desautorizada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do partido. Segundo ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, o PP apoiará Nunes em qualquer hipótese. “Se ela vier a acontecer (a indicação do coronel da PM), vai contar com nosso apoio e entusiasmo”, afirmou na segunda-feira, 17.

Aliados de Nunes relatam que Tarcísio assumiu a articulação para ajudar Bolsonaro, seu padrinho político e de quem foi ministro da Infraestrutura, a estabelecer um consenso em torno do nome do coronel Mello. O governador está de aniversário hoje, completa 49 anos, e tenta resolver a questão antes de viajar a Nova York (EUA) no final da semana para tratar da privatização da Sabesp.

Os principais líderes da coligação confirmaram presença no encontro. São esperados ao menos sete dos 11 presidentes nacionais dos partidos: Baleia Rossi (MDB), Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Ciro Nogueira (PP), Renata Abreu (Podemos) e Paulinho da Força (Solidariedade). O Avante ainda não sabe quem irá, enquanto o presidente do PRD, Ovasco Resende, se recupera de cirurgia e enviará representante. Os demais dirigentes, de Mobiliza e Agir, não foram localizados.

Bolsonaro não estará presente, segundo a assessoria do PL. O ex-presidente está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto porque ambos são investigados na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e vigora desde fevereiro deste ano.

Existe ainda a expectativa de o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, comparecer ao jantar. Segundo a sua assessoria, o político está na cidade de São Paulo. Seria um aceno para a campanha de Nunes depois de o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, uma das principais lideranças do partido no Estado, demonstrar insatisfação com a maneira como o processo estava sendo conduzido. Ele é contra a indicação do militar como número dois da chapa e diz que, caso o posto seja oferecido a Mello, discutirá a adesão do partido “em outro momento”.

Nunes defende ‘consenso’

Apesar das movimentações nos bastidores, Nunes persiste no argumento de que a decisão será colegiada, sem imposição de nenhuma parte. “A expectativa é que a gente, se não chegar num consenso e na definição hoje de um nome, avance com relação a essa discussão”, declarou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 19.

“Conversar, dialogar, escutar as opiniões é de fundamental importância. A gente jamais faria aquilo que foi feito por outro pré-candidato, de fazer uma imposição de um nome e uma única pessoa definindo quem é o vice”, acrescenta. Ele se refere na fala ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que teve Marta Suplicy apresentada como vice pelo PT.

Tarcísio, por sua vez, reconheceu que há divergências sobre Mello Araújo, mas descartou qualquer chance das siglas deixarem de apoiar Nunes por não concordarem com a escolha do vice. “Vamos ver se a gente consegue apaziguar, chegar em um consenso e dar o próximo passo. A gente precisa superar o mais rápido possível a definição do vice. Define o vice, tira isso da frente e vamos partir para a elaboração do plano de governo”, afirmou o chefe do Executivo paulista nesta quarta.

O ex-governador Rodrigo Garcia, que coordena a elaboração do plano de governo, também deve estar presente no jantar no Palácio. A tendência é que participe mais ativamente da campanha por meio de quatro eventos públicos organizados pelo MDB na cidade.

Quem é o coronel Mello

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mello Araújo é um bolsonarista convicto que costuma reproduzir o discurso do ex-presidente nas redes sociais, como ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. A indicação encontrava resistência entre caciques partidários de legendas mais ao centro por conta dessa postura, mas ganhou força com a “dobradinha” recente entre Bolsonaro e Tarcísio, os dois principais aliados do prefeito nas urnas.

O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor do Ceagesp, encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro; ele deve ser vice de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Foto: Alan Santos/PR (15/12/2020)

A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma “chapa pura” emedebista.

Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha “argumentos fortes”. Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de “amarrar” Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.

Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. “Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças”, declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.

O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.

Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), organiza jantar no dia de seu aniversário para definir vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB).  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ala do Progressistas também se mostrou contrariada com a preferência dada ao indicado de Bolsonaro e ameaçou desembarque, mas a posição foi desautorizada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do partido. Segundo ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, o PP apoiará Nunes em qualquer hipótese. “Se ela vier a acontecer (a indicação do coronel da PM), vai contar com nosso apoio e entusiasmo”, afirmou na segunda-feira, 17.

Aliados de Nunes relatam que Tarcísio assumiu a articulação para ajudar Bolsonaro, seu padrinho político e de quem foi ministro da Infraestrutura, a estabelecer um consenso em torno do nome do coronel Mello. O governador está de aniversário hoje, completa 49 anos, e tenta resolver a questão antes de viajar a Nova York (EUA) no final da semana para tratar da privatização da Sabesp.

Os principais líderes da coligação confirmaram presença no encontro. São esperados ao menos sete dos 11 presidentes nacionais dos partidos: Baleia Rossi (MDB), Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Ciro Nogueira (PP), Renata Abreu (Podemos) e Paulinho da Força (Solidariedade). O Avante ainda não sabe quem irá, enquanto o presidente do PRD, Ovasco Resende, se recupera de cirurgia e enviará representante. Os demais dirigentes, de Mobiliza e Agir, não foram localizados.

Bolsonaro não estará presente, segundo a assessoria do PL. O ex-presidente está proibido de manter contato com Valdemar Costa Neto porque ambos são investigados na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e vigora desde fevereiro deste ano.

Existe ainda a expectativa de o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, comparecer ao jantar. Segundo a sua assessoria, o político está na cidade de São Paulo. Seria um aceno para a campanha de Nunes depois de o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, uma das principais lideranças do partido no Estado, demonstrar insatisfação com a maneira como o processo estava sendo conduzido. Ele é contra a indicação do militar como número dois da chapa e diz que, caso o posto seja oferecido a Mello, discutirá a adesão do partido “em outro momento”.

Nunes defende ‘consenso’

Apesar das movimentações nos bastidores, Nunes persiste no argumento de que a decisão será colegiada, sem imposição de nenhuma parte. “A expectativa é que a gente, se não chegar num consenso e na definição hoje de um nome, avance com relação a essa discussão”, declarou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 19.

“Conversar, dialogar, escutar as opiniões é de fundamental importância. A gente jamais faria aquilo que foi feito por outro pré-candidato, de fazer uma imposição de um nome e uma única pessoa definindo quem é o vice”, acrescenta. Ele se refere na fala ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que teve Marta Suplicy apresentada como vice pelo PT.

Tarcísio, por sua vez, reconheceu que há divergências sobre Mello Araújo, mas descartou qualquer chance das siglas deixarem de apoiar Nunes por não concordarem com a escolha do vice. “Vamos ver se a gente consegue apaziguar, chegar em um consenso e dar o próximo passo. A gente precisa superar o mais rápido possível a definição do vice. Define o vice, tira isso da frente e vamos partir para a elaboração do plano de governo”, afirmou o chefe do Executivo paulista nesta quarta.

O ex-governador Rodrigo Garcia, que coordena a elaboração do plano de governo, também deve estar presente no jantar no Palácio. A tendência é que participe mais ativamente da campanha por meio de quatro eventos públicos organizados pelo MDB na cidade.

Quem é o coronel Mello

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Mello Araújo é um bolsonarista convicto que costuma reproduzir o discurso do ex-presidente nas redes sociais, como ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes. A indicação encontrava resistência entre caciques partidários de legendas mais ao centro por conta dessa postura, mas ganhou força com a “dobradinha” recente entre Bolsonaro e Tarcísio, os dois principais aliados do prefeito nas urnas.

O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor do Ceagesp, encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro; ele deve ser vice de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Foto: Alan Santos/PR (15/12/2020)

A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma “chapa pura” emedebista.

Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha “argumentos fortes”. Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de “amarrar” Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.

Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. “Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças”, declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.

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