O governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), disse nesta quinta-feira que os ex-senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) não podem ser os ?bodes expiatórios da corrupção nacional?. Falando a empresários na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), ele esclareceu não estar fazendo a defesa dos dois políticos, que renunciaram para escapar da cassação de seus mandatos e da conseqüente perda de direitos políticos por oito anos. ?É preciso pegar os outros, senão vão achar que a punição de ACM e Arruda acabou com a corrupção no Brasil?, disse o governador. Garotinho afirmou que a extinção das Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene), sem a apuração dos desvios de verba ocorridos nos órgãos, não resolveu o problema. No caso da Sudam, que envolve o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), o rombo foi de R$ 2 bilhões. ?Será que a quebra de decoro parlamentar de ACM e Arruda é mais grave do que o desvio de verbas cometidos por outros políticos? É preciso que muita coisa seja apurada. Isso não é caça às bruxas?. Garotinho aproveitou a ocasião para criticar também o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito dos Santos, que deve trocar o PSDB pelo PMDB, partido que apóia seu governo na Assembléia Legislativa. ?Se ele quisesse entrar no PSB, a primeira coisa que eu pediria seria sua ficha criminal?, disse Garotinho. Zito respondeu classificando Garotinho de infantil e arrogante. ?Onde ele pensa que vai com toda essa arrogância? ACM achava que era Deus e caiu?.