Salles diz que Tarcísio não representa direita e questiona lealdade do governador a Bolsonaro; veja


Deputado federal criticou governador paulista por apoiar proposta de reforma tributária do governo Lula

Por Bruno Luiz
Atualização:

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) fez ataques diretos a Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião em que o governador de São Paulo foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e hostilizado por aliados após apoiar a proposta de reforma tributária do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Salles disse que o governador não representa a direita brasileira e faz uma gestão em São Paulo que não segue os princípios deste espectro político. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador, conforme vídeo do discurso obtido pela reportagem.

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“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou o deputado, arrancando aplausos de participantes da reunião.

Salles ironizou a passagem de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e disse que a atuação dele não serviu para “combater a esquerda”. “Dos seus ministros, um dos que mais apanhou no seu governo fui eu, porque estava em um dos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda. É muito mais fácil fazer estrada, ponte, ferrovia do que combater a esquerda.”

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, participou de reunião do PL, ao lado de Valdemar e Bolsonaro Foto: Natanael Alves/PL
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O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente, seu padrinho político e principal cabo eleitoral da vitoriosa candidatura ao governo de São Paulo em 2022. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Em mais um indicativo da insatisfação de bolsonaristas com a posição de Tarcísio a favor da reforma, o deputado disse que o governador não foi autorizado a atuar como interlocutor do PL nas negociações para votação do texto. Afirmou ainda que ele entende pouco de reforma tributária. “Ao contrário do que foi dito aqui, o Luiz Phillipe de Orleans e Bragança entende muito mais de reforma tributária que o Tarcísio. Se tem alguém para nos representar nessa discussão com o relator, é o Luiz Phillipe. Ele vai nos dar sinal se estamos de acordo com cada um dos critérios.”

Trinca na relação

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As críticas de Salles, um dos representantes mais proeminentes da direita brasileira, mostram o estremecimento nas relações entre o bolsonarismo e Tarcísio. O ex-presidente e seu grupo político mais próximo estão irritados. O chefe do governo paulista deu entrevista ontem ao lado do ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad. Também gravou um vídeo com políticos do Republicanos em apoio à reforma, enquanto Bolsonaro é contrário.

PL fez reunião com deputados federais, estaduais, senadores e governadores e discutiu reforma tributária Foto: Divulgação

Na reunião do PL, Tarcísio afirmou que a direita não pode perder a narrativa da reforma e deve se posicionar favoravelmente. Deputados bolsonaristas pressionaram Tarcísio aos gritos. Bolsonaro interrompeu o governador e deixou claro que discordava de Tarcísio, mas também tentou apaziguar, ainda que à sua maneira: disse que o afiliado era um neófito na política.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) fez ataques diretos a Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião em que o governador de São Paulo foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e hostilizado por aliados após apoiar a proposta de reforma tributária do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Salles disse que o governador não representa a direita brasileira e faz uma gestão em São Paulo que não segue os princípios deste espectro político. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador, conforme vídeo do discurso obtido pela reportagem.

“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou o deputado, arrancando aplausos de participantes da reunião.

Salles ironizou a passagem de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e disse que a atuação dele não serviu para “combater a esquerda”. “Dos seus ministros, um dos que mais apanhou no seu governo fui eu, porque estava em um dos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda. É muito mais fácil fazer estrada, ponte, ferrovia do que combater a esquerda.”

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, participou de reunião do PL, ao lado de Valdemar e Bolsonaro Foto: Natanael Alves/PL

O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente, seu padrinho político e principal cabo eleitoral da vitoriosa candidatura ao governo de São Paulo em 2022. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Em mais um indicativo da insatisfação de bolsonaristas com a posição de Tarcísio a favor da reforma, o deputado disse que o governador não foi autorizado a atuar como interlocutor do PL nas negociações para votação do texto. Afirmou ainda que ele entende pouco de reforma tributária. “Ao contrário do que foi dito aqui, o Luiz Phillipe de Orleans e Bragança entende muito mais de reforma tributária que o Tarcísio. Se tem alguém para nos representar nessa discussão com o relator, é o Luiz Phillipe. Ele vai nos dar sinal se estamos de acordo com cada um dos critérios.”

Trinca na relação

As críticas de Salles, um dos representantes mais proeminentes da direita brasileira, mostram o estremecimento nas relações entre o bolsonarismo e Tarcísio. O ex-presidente e seu grupo político mais próximo estão irritados. O chefe do governo paulista deu entrevista ontem ao lado do ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad. Também gravou um vídeo com políticos do Republicanos em apoio à reforma, enquanto Bolsonaro é contrário.

PL fez reunião com deputados federais, estaduais, senadores e governadores e discutiu reforma tributária Foto: Divulgação

Na reunião do PL, Tarcísio afirmou que a direita não pode perder a narrativa da reforma e deve se posicionar favoravelmente. Deputados bolsonaristas pressionaram Tarcísio aos gritos. Bolsonaro interrompeu o governador e deixou claro que discordava de Tarcísio, mas também tentou apaziguar, ainda que à sua maneira: disse que o afiliado era um neófito na política.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) fez ataques diretos a Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião em que o governador de São Paulo foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e hostilizado por aliados após apoiar a proposta de reforma tributária do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Salles disse que o governador não representa a direita brasileira e faz uma gestão em São Paulo que não segue os princípios deste espectro político. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador, conforme vídeo do discurso obtido pela reportagem.

“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou o deputado, arrancando aplausos de participantes da reunião.

Salles ironizou a passagem de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e disse que a atuação dele não serviu para “combater a esquerda”. “Dos seus ministros, um dos que mais apanhou no seu governo fui eu, porque estava em um dos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda. É muito mais fácil fazer estrada, ponte, ferrovia do que combater a esquerda.”

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, participou de reunião do PL, ao lado de Valdemar e Bolsonaro Foto: Natanael Alves/PL

O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente, seu padrinho político e principal cabo eleitoral da vitoriosa candidatura ao governo de São Paulo em 2022. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Em mais um indicativo da insatisfação de bolsonaristas com a posição de Tarcísio a favor da reforma, o deputado disse que o governador não foi autorizado a atuar como interlocutor do PL nas negociações para votação do texto. Afirmou ainda que ele entende pouco de reforma tributária. “Ao contrário do que foi dito aqui, o Luiz Phillipe de Orleans e Bragança entende muito mais de reforma tributária que o Tarcísio. Se tem alguém para nos representar nessa discussão com o relator, é o Luiz Phillipe. Ele vai nos dar sinal se estamos de acordo com cada um dos critérios.”

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As críticas de Salles, um dos representantes mais proeminentes da direita brasileira, mostram o estremecimento nas relações entre o bolsonarismo e Tarcísio. O ex-presidente e seu grupo político mais próximo estão irritados. O chefe do governo paulista deu entrevista ontem ao lado do ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad. Também gravou um vídeo com políticos do Republicanos em apoio à reforma, enquanto Bolsonaro é contrário.

PL fez reunião com deputados federais, estaduais, senadores e governadores e discutiu reforma tributária Foto: Divulgação

Na reunião do PL, Tarcísio afirmou que a direita não pode perder a narrativa da reforma e deve se posicionar favoravelmente. Deputados bolsonaristas pressionaram Tarcísio aos gritos. Bolsonaro interrompeu o governador e deixou claro que discordava de Tarcísio, mas também tentou apaziguar, ainda que à sua maneira: disse que o afiliado era um neófito na política.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) fez ataques diretos a Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião em que o governador de São Paulo foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e hostilizado por aliados após apoiar a proposta de reforma tributária do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Salles disse que o governador não representa a direita brasileira e faz uma gestão em São Paulo que não segue os princípios deste espectro político. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador, conforme vídeo do discurso obtido pela reportagem.

“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou o deputado, arrancando aplausos de participantes da reunião.

Salles ironizou a passagem de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e disse que a atuação dele não serviu para “combater a esquerda”. “Dos seus ministros, um dos que mais apanhou no seu governo fui eu, porque estava em um dos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda. É muito mais fácil fazer estrada, ponte, ferrovia do que combater a esquerda.”

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, participou de reunião do PL, ao lado de Valdemar e Bolsonaro Foto: Natanael Alves/PL

O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente, seu padrinho político e principal cabo eleitoral da vitoriosa candidatura ao governo de São Paulo em 2022. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Em mais um indicativo da insatisfação de bolsonaristas com a posição de Tarcísio a favor da reforma, o deputado disse que o governador não foi autorizado a atuar como interlocutor do PL nas negociações para votação do texto. Afirmou ainda que ele entende pouco de reforma tributária. “Ao contrário do que foi dito aqui, o Luiz Phillipe de Orleans e Bragança entende muito mais de reforma tributária que o Tarcísio. Se tem alguém para nos representar nessa discussão com o relator, é o Luiz Phillipe. Ele vai nos dar sinal se estamos de acordo com cada um dos critérios.”

Trinca na relação

As críticas de Salles, um dos representantes mais proeminentes da direita brasileira, mostram o estremecimento nas relações entre o bolsonarismo e Tarcísio. O ex-presidente e seu grupo político mais próximo estão irritados. O chefe do governo paulista deu entrevista ontem ao lado do ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad. Também gravou um vídeo com políticos do Republicanos em apoio à reforma, enquanto Bolsonaro é contrário.

PL fez reunião com deputados federais, estaduais, senadores e governadores e discutiu reforma tributária Foto: Divulgação

Na reunião do PL, Tarcísio afirmou que a direita não pode perder a narrativa da reforma e deve se posicionar favoravelmente. Deputados bolsonaristas pressionaram Tarcísio aos gritos. Bolsonaro interrompeu o governador e deixou claro que discordava de Tarcísio, mas também tentou apaziguar, ainda que à sua maneira: disse que o afiliado era um neófito na política.

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