´Se não aprovar é falta de organização do governo’, alerta Lira sobre MP dos Ministérios de Lula


Presidente da Câmara diz que há insatisfação generalizada entre deputados com o que chamou de falta de articulação política do governo petista

Por Iander Porcella e Giordanna Neves
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira, 31, que há uma insatisfação generalizada na Casa com a articulação política do governo. O deputado alagoano também disse que uma eventual derrota na Medida Provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios será culpa do Palácio do Planalto, e não dos parlamentares.

O governo corre contra o tempo para evitar o retorno à estrutura ministerial do governo Bolsonaro. Se a MP for rejeitada no plenário ou caducar - a validade termina na quinta-feira, 1º - 17 ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderiam seus cargos.

Presidente da Câmara, Arthur Lira, alerta para riscos na votação da MP dos Ministérios  Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados
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“O presidente Lula me ligou de manhã. Nós conversamos. Eu expliquei para ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara, não é do Congresso, o problema está no governo, na falta ou ausência de articulação”, disse Lira, ao chegar à Câmara. O deputado negou, contudo, que fosse se encontrar pessoalmente com o petista hoje.

Lira negou que tenha pedido a Lula o Ministério da Saúde e as pastas ocupadas pelo União Brasil. “O que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e talvez dos senadores, que ainda não se posicionaram, com a falta de articulação política do governo, e não de um ou outro ministro”, declarou o presidente da Câmara.

Se não houver votos para aprovação da MP dos Ministérios, o texto nem deve ser votado no plenário, de acordo com Lira. “Não é por culpa do Congresso. Se hoje o resultado não for de aprovação ou de votação da medida provisória, não deverá a Câmara ser responsável pela falta de organização política do governo”, disse.

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“Não é justo, se não houver votos, que o relatório seja derrubado. Se não houver votos, eu penso que a matéria nem será votada”, emendou o deputado. Lira afirmou que tem se esforçado para aprovar matérias de interesse do País, como o arcabouço fiscal, mas que não tem mais como desempenhar esse papel.

Para o presidente da Câmara, a estrutura ministerial de Lula não é um caso de “vida ou morte” para o País. “Eu venho alertando o governo dessa inanição, dessa falta de articulação, dessa falta de pragmatismo na resolutividade dos problemas do dia a dia, na falta de consideração, na falta de atendimento, na falta de atenção”, criticou. “O governo não se organizou até agora. O governo tem 130 votos no plenário desta Casa, constantes.”

Lira se reunirá ainda hoje com líderes partidários para captar o sentimento das bancadas. “Eu só não posso, nem vou ser responsável por um resultado positivo ou negativo. Se for negativo, a culpa é do governo”, disse, sobre eventual derrota.

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Sem uma base aliada consistente, o Palácio do Planalto enfrenta uma espécie de “rebelião” de deputados do Centrão que ameaçam derrubar ou deixar caducar a MP dos Ministérios. A principal reclamação dos deputados é sobre o processo de liberação de emendas, considerado lento. Há insatisfação com os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil.

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira, 31, que há uma insatisfação generalizada na Casa com a articulação política do governo. O deputado alagoano também disse que uma eventual derrota na Medida Provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios será culpa do Palácio do Planalto, e não dos parlamentares.

O governo corre contra o tempo para evitar o retorno à estrutura ministerial do governo Bolsonaro. Se a MP for rejeitada no plenário ou caducar - a validade termina na quinta-feira, 1º - 17 ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderiam seus cargos.

Presidente da Câmara, Arthur Lira, alerta para riscos na votação da MP dos Ministérios  Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

“O presidente Lula me ligou de manhã. Nós conversamos. Eu expliquei para ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara, não é do Congresso, o problema está no governo, na falta ou ausência de articulação”, disse Lira, ao chegar à Câmara. O deputado negou, contudo, que fosse se encontrar pessoalmente com o petista hoje.

Lira negou que tenha pedido a Lula o Ministério da Saúde e as pastas ocupadas pelo União Brasil. “O que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e talvez dos senadores, que ainda não se posicionaram, com a falta de articulação política do governo, e não de um ou outro ministro”, declarou o presidente da Câmara.

Se não houver votos para aprovação da MP dos Ministérios, o texto nem deve ser votado no plenário, de acordo com Lira. “Não é por culpa do Congresso. Se hoje o resultado não for de aprovação ou de votação da medida provisória, não deverá a Câmara ser responsável pela falta de organização política do governo”, disse.

“Não é justo, se não houver votos, que o relatório seja derrubado. Se não houver votos, eu penso que a matéria nem será votada”, emendou o deputado. Lira afirmou que tem se esforçado para aprovar matérias de interesse do País, como o arcabouço fiscal, mas que não tem mais como desempenhar esse papel.

Para o presidente da Câmara, a estrutura ministerial de Lula não é um caso de “vida ou morte” para o País. “Eu venho alertando o governo dessa inanição, dessa falta de articulação, dessa falta de pragmatismo na resolutividade dos problemas do dia a dia, na falta de consideração, na falta de atendimento, na falta de atenção”, criticou. “O governo não se organizou até agora. O governo tem 130 votos no plenário desta Casa, constantes.”

Lira se reunirá ainda hoje com líderes partidários para captar o sentimento das bancadas. “Eu só não posso, nem vou ser responsável por um resultado positivo ou negativo. Se for negativo, a culpa é do governo”, disse, sobre eventual derrota.

Sem uma base aliada consistente, o Palácio do Planalto enfrenta uma espécie de “rebelião” de deputados do Centrão que ameaçam derrubar ou deixar caducar a MP dos Ministérios. A principal reclamação dos deputados é sobre o processo de liberação de emendas, considerado lento. Há insatisfação com os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil.

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira, 31, que há uma insatisfação generalizada na Casa com a articulação política do governo. O deputado alagoano também disse que uma eventual derrota na Medida Provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios será culpa do Palácio do Planalto, e não dos parlamentares.

O governo corre contra o tempo para evitar o retorno à estrutura ministerial do governo Bolsonaro. Se a MP for rejeitada no plenário ou caducar - a validade termina na quinta-feira, 1º - 17 ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderiam seus cargos.

Presidente da Câmara, Arthur Lira, alerta para riscos na votação da MP dos Ministérios  Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

“O presidente Lula me ligou de manhã. Nós conversamos. Eu expliquei para ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara, não é do Congresso, o problema está no governo, na falta ou ausência de articulação”, disse Lira, ao chegar à Câmara. O deputado negou, contudo, que fosse se encontrar pessoalmente com o petista hoje.

Lira negou que tenha pedido a Lula o Ministério da Saúde e as pastas ocupadas pelo União Brasil. “O que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e talvez dos senadores, que ainda não se posicionaram, com a falta de articulação política do governo, e não de um ou outro ministro”, declarou o presidente da Câmara.

Se não houver votos para aprovação da MP dos Ministérios, o texto nem deve ser votado no plenário, de acordo com Lira. “Não é por culpa do Congresso. Se hoje o resultado não for de aprovação ou de votação da medida provisória, não deverá a Câmara ser responsável pela falta de organização política do governo”, disse.

“Não é justo, se não houver votos, que o relatório seja derrubado. Se não houver votos, eu penso que a matéria nem será votada”, emendou o deputado. Lira afirmou que tem se esforçado para aprovar matérias de interesse do País, como o arcabouço fiscal, mas que não tem mais como desempenhar esse papel.

Para o presidente da Câmara, a estrutura ministerial de Lula não é um caso de “vida ou morte” para o País. “Eu venho alertando o governo dessa inanição, dessa falta de articulação, dessa falta de pragmatismo na resolutividade dos problemas do dia a dia, na falta de consideração, na falta de atendimento, na falta de atenção”, criticou. “O governo não se organizou até agora. O governo tem 130 votos no plenário desta Casa, constantes.”

Lira se reunirá ainda hoje com líderes partidários para captar o sentimento das bancadas. “Eu só não posso, nem vou ser responsável por um resultado positivo ou negativo. Se for negativo, a culpa é do governo”, disse, sobre eventual derrota.

Sem uma base aliada consistente, o Palácio do Planalto enfrenta uma espécie de “rebelião” de deputados do Centrão que ameaçam derrubar ou deixar caducar a MP dos Ministérios. A principal reclamação dos deputados é sobre o processo de liberação de emendas, considerado lento. Há insatisfação com os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil.

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