Segundo turno de Cuiabá tem duelo entre petista conservador e deputado bolsonarista


Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) se enfrentam neste domingo. Candidato do PL lidera, mas petista tem crescido nas pesquisas com discurso moderado e apoio de empresários do agro

Por André Shalders

Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam neste domingo (27) o segundo turno das eleições em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Apadrinhados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, Abílio e Lúdio supreenderam ao deixar para trás, no primeiro turno, o nome apoiado pelo governador Mauro Mendes, Eduardo Botelho (União Brasil), que estava à frente nas pesquisas. Os levantamentos mais recentes mostram Brunini à frente, mas Lúdio vem diminuindo a diferença.

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam segundo turno em Cuiabá (MT) com apoio de Bolsonaro e Lula Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e JLSiqueira/ALMT
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De acordo com pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, Abílio Brunini tem pouco mais de 52% das intenções de voto. Já Lúdio Cabral está com cerca de 45%. No começo do mês, o petista aparecia com menos de 40% dos votos. Já Abílio somava cerca de 53%, um pouco menos do que tem agora.

Deputado federal em primeiro mandato, Abílio explora o apoio de Jair Bolsonaro, que já esteve inclusive em atos de campanha com ele em Cuiabá. Ele também recebeu recentemente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para um comício na capital mato-grossense. “Onde tem PT tem desgraça, fome, tem mentiras e assassinatos de reputação”, disse Michelle no evento, realizado no último dia 18 em um hotel fazenda da cidade. Aos 40 anos, Brunini é arquiteto de formação. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura, então pelo Podemos.

Enquanto isso, Lúdio tenta amenizar opiniões de esquerda e sua relação com o PT. Lula, por exemplo, não esteve em Cuiabá ainda, e não há previsão de que vá. Filiado ao PT desde 1999, Lúdio publicou dias atrás um vídeo se dizendo contra o aborto, a “ideologia de gênero” e a legalização das drogas. Deputado estadual desde 2018, ele recebeu recentemente o apoio de nomes de peso do agronegócio, como o produtor rural Elusmar Maggi Scheffer. Primo do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, Elusmar tem patrimônio estimado em R$ 4,9 bilhões. “Pessoal, para quem vota aqui em Cuiabá, segundo turno (...) é Lúdio, é 13 na cabeça. Eu quero o voto de vocês todos”, disse Elusmar.

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Além disso, Lúdio conta com outro apoiador importante no contexto de Mato Grosso: o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro (PSD). A filha dele, a jornalista Rafaela Fávaro, também filiada ao PSD, é a vice de Lúdio. “A @rafaelavfavaro traçou sua trajetória e, junto com o @ludiocabral, está apresentando propostas consistentes, que encaram os problemas e buscam soluções”, escreveu Fávaro numa postagem de apoio à filha no Instagram. Hoje com 53 anos de idade, Lúdio é natural de Rio Verde (GO), e médico pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Na verdade foi uma surpresa a ida do Abílio e do Lúdio ao segundo turno nas eleições de Cuiabá, porque havia uma tendência (nas pesquisas) de o Eduardo Botelho (União Brasil) ser mais votado. Isso acabou não acontecendo e o Abílio teve uma margem de votos acima do esperado”, diz o cientista político Raimundo Franca, que é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

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A não ida de Botelho ao segundo turno, diz Franca, acende um sinal de alerta para o governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que apoiou Botelho na disputa. “Havia um certo convencimento por parte deles (Mendes e Botelho) de que a ida ao segundo turno seria uma coisa natural. E o eleitor cuiabano disse ‘não’”, diz Franca, que é doutor em ciência política e integra o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal.

Já o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), sofre com a alta rejeição a seu governo, de cerca de 80%. O candidato apoiado por ele, Domingos Kennedy (MDB), teve apenas 4,3% e terminu o primeiro turno em último lugar.

Segundo Raimundo Franca, pesaram no bom desempenho de Abílio o apoio explícito de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Por outro lado, Lúdio passou por um processo de “despetização” para apelar ao eleitorado mais conservador, deixando de lado as pautas mais polêmicas da esquerda. Lúdio “utilizou como estratégia o seu prestígio pessoal junto ao eleitorado Cuiabá, uma vez que ele sempre foi muito bem votado em Cuiabá nas eleições que disputou”, diz Franca.

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Quarta maior cidade da Região Centro-Oeste do Brasil, Cuiabá soma cerca de 682 mil habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Graças ao agronegócio, a cidade vem enriquecendo nos últimos anos, e hoje o rendimento médio dos trabalhadores formais da capital matogrossense é de 3,7 salários mínimos (pouco mais de R$ 5 mil), o 35º maior do Brasil. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta desafios, como uma taxa de escolarização de suas crianças abaixo da mediana do país; quase 20% das residências sem esgotamento sanitário; e só 34% das vias urbanizadas.

Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam neste domingo (27) o segundo turno das eleições em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Apadrinhados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, Abílio e Lúdio supreenderam ao deixar para trás, no primeiro turno, o nome apoiado pelo governador Mauro Mendes, Eduardo Botelho (União Brasil), que estava à frente nas pesquisas. Os levantamentos mais recentes mostram Brunini à frente, mas Lúdio vem diminuindo a diferença.

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam segundo turno em Cuiabá (MT) com apoio de Bolsonaro e Lula Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e JLSiqueira/ALMT

De acordo com pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, Abílio Brunini tem pouco mais de 52% das intenções de voto. Já Lúdio Cabral está com cerca de 45%. No começo do mês, o petista aparecia com menos de 40% dos votos. Já Abílio somava cerca de 53%, um pouco menos do que tem agora.

Deputado federal em primeiro mandato, Abílio explora o apoio de Jair Bolsonaro, que já esteve inclusive em atos de campanha com ele em Cuiabá. Ele também recebeu recentemente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para um comício na capital mato-grossense. “Onde tem PT tem desgraça, fome, tem mentiras e assassinatos de reputação”, disse Michelle no evento, realizado no último dia 18 em um hotel fazenda da cidade. Aos 40 anos, Brunini é arquiteto de formação. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura, então pelo Podemos.

Enquanto isso, Lúdio tenta amenizar opiniões de esquerda e sua relação com o PT. Lula, por exemplo, não esteve em Cuiabá ainda, e não há previsão de que vá. Filiado ao PT desde 1999, Lúdio publicou dias atrás um vídeo se dizendo contra o aborto, a “ideologia de gênero” e a legalização das drogas. Deputado estadual desde 2018, ele recebeu recentemente o apoio de nomes de peso do agronegócio, como o produtor rural Elusmar Maggi Scheffer. Primo do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, Elusmar tem patrimônio estimado em R$ 4,9 bilhões. “Pessoal, para quem vota aqui em Cuiabá, segundo turno (...) é Lúdio, é 13 na cabeça. Eu quero o voto de vocês todos”, disse Elusmar.

Além disso, Lúdio conta com outro apoiador importante no contexto de Mato Grosso: o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro (PSD). A filha dele, a jornalista Rafaela Fávaro, também filiada ao PSD, é a vice de Lúdio. “A @rafaelavfavaro traçou sua trajetória e, junto com o @ludiocabral, está apresentando propostas consistentes, que encaram os problemas e buscam soluções”, escreveu Fávaro numa postagem de apoio à filha no Instagram. Hoje com 53 anos de idade, Lúdio é natural de Rio Verde (GO), e médico pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Na verdade foi uma surpresa a ida do Abílio e do Lúdio ao segundo turno nas eleições de Cuiabá, porque havia uma tendência (nas pesquisas) de o Eduardo Botelho (União Brasil) ser mais votado. Isso acabou não acontecendo e o Abílio teve uma margem de votos acima do esperado”, diz o cientista político Raimundo Franca, que é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A não ida de Botelho ao segundo turno, diz Franca, acende um sinal de alerta para o governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que apoiou Botelho na disputa. “Havia um certo convencimento por parte deles (Mendes e Botelho) de que a ida ao segundo turno seria uma coisa natural. E o eleitor cuiabano disse ‘não’”, diz Franca, que é doutor em ciência política e integra o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal.

Já o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), sofre com a alta rejeição a seu governo, de cerca de 80%. O candidato apoiado por ele, Domingos Kennedy (MDB), teve apenas 4,3% e terminu o primeiro turno em último lugar.

Segundo Raimundo Franca, pesaram no bom desempenho de Abílio o apoio explícito de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Por outro lado, Lúdio passou por um processo de “despetização” para apelar ao eleitorado mais conservador, deixando de lado as pautas mais polêmicas da esquerda. Lúdio “utilizou como estratégia o seu prestígio pessoal junto ao eleitorado Cuiabá, uma vez que ele sempre foi muito bem votado em Cuiabá nas eleições que disputou”, diz Franca.

Quarta maior cidade da Região Centro-Oeste do Brasil, Cuiabá soma cerca de 682 mil habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Graças ao agronegócio, a cidade vem enriquecendo nos últimos anos, e hoje o rendimento médio dos trabalhadores formais da capital matogrossense é de 3,7 salários mínimos (pouco mais de R$ 5 mil), o 35º maior do Brasil. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta desafios, como uma taxa de escolarização de suas crianças abaixo da mediana do país; quase 20% das residências sem esgotamento sanitário; e só 34% das vias urbanizadas.

Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam neste domingo (27) o segundo turno das eleições em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Apadrinhados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, Abílio e Lúdio supreenderam ao deixar para trás, no primeiro turno, o nome apoiado pelo governador Mauro Mendes, Eduardo Botelho (União Brasil), que estava à frente nas pesquisas. Os levantamentos mais recentes mostram Brunini à frente, mas Lúdio vem diminuindo a diferença.

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam segundo turno em Cuiabá (MT) com apoio de Bolsonaro e Lula Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e JLSiqueira/ALMT

De acordo com pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, Abílio Brunini tem pouco mais de 52% das intenções de voto. Já Lúdio Cabral está com cerca de 45%. No começo do mês, o petista aparecia com menos de 40% dos votos. Já Abílio somava cerca de 53%, um pouco menos do que tem agora.

Deputado federal em primeiro mandato, Abílio explora o apoio de Jair Bolsonaro, que já esteve inclusive em atos de campanha com ele em Cuiabá. Ele também recebeu recentemente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para um comício na capital mato-grossense. “Onde tem PT tem desgraça, fome, tem mentiras e assassinatos de reputação”, disse Michelle no evento, realizado no último dia 18 em um hotel fazenda da cidade. Aos 40 anos, Brunini é arquiteto de formação. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura, então pelo Podemos.

Enquanto isso, Lúdio tenta amenizar opiniões de esquerda e sua relação com o PT. Lula, por exemplo, não esteve em Cuiabá ainda, e não há previsão de que vá. Filiado ao PT desde 1999, Lúdio publicou dias atrás um vídeo se dizendo contra o aborto, a “ideologia de gênero” e a legalização das drogas. Deputado estadual desde 2018, ele recebeu recentemente o apoio de nomes de peso do agronegócio, como o produtor rural Elusmar Maggi Scheffer. Primo do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, Elusmar tem patrimônio estimado em R$ 4,9 bilhões. “Pessoal, para quem vota aqui em Cuiabá, segundo turno (...) é Lúdio, é 13 na cabeça. Eu quero o voto de vocês todos”, disse Elusmar.

Além disso, Lúdio conta com outro apoiador importante no contexto de Mato Grosso: o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro (PSD). A filha dele, a jornalista Rafaela Fávaro, também filiada ao PSD, é a vice de Lúdio. “A @rafaelavfavaro traçou sua trajetória e, junto com o @ludiocabral, está apresentando propostas consistentes, que encaram os problemas e buscam soluções”, escreveu Fávaro numa postagem de apoio à filha no Instagram. Hoje com 53 anos de idade, Lúdio é natural de Rio Verde (GO), e médico pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Na verdade foi uma surpresa a ida do Abílio e do Lúdio ao segundo turno nas eleições de Cuiabá, porque havia uma tendência (nas pesquisas) de o Eduardo Botelho (União Brasil) ser mais votado. Isso acabou não acontecendo e o Abílio teve uma margem de votos acima do esperado”, diz o cientista político Raimundo Franca, que é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A não ida de Botelho ao segundo turno, diz Franca, acende um sinal de alerta para o governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que apoiou Botelho na disputa. “Havia um certo convencimento por parte deles (Mendes e Botelho) de que a ida ao segundo turno seria uma coisa natural. E o eleitor cuiabano disse ‘não’”, diz Franca, que é doutor em ciência política e integra o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal.

Já o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), sofre com a alta rejeição a seu governo, de cerca de 80%. O candidato apoiado por ele, Domingos Kennedy (MDB), teve apenas 4,3% e terminu o primeiro turno em último lugar.

Segundo Raimundo Franca, pesaram no bom desempenho de Abílio o apoio explícito de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Por outro lado, Lúdio passou por um processo de “despetização” para apelar ao eleitorado mais conservador, deixando de lado as pautas mais polêmicas da esquerda. Lúdio “utilizou como estratégia o seu prestígio pessoal junto ao eleitorado Cuiabá, uma vez que ele sempre foi muito bem votado em Cuiabá nas eleições que disputou”, diz Franca.

Quarta maior cidade da Região Centro-Oeste do Brasil, Cuiabá soma cerca de 682 mil habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Graças ao agronegócio, a cidade vem enriquecendo nos últimos anos, e hoje o rendimento médio dos trabalhadores formais da capital matogrossense é de 3,7 salários mínimos (pouco mais de R$ 5 mil), o 35º maior do Brasil. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta desafios, como uma taxa de escolarização de suas crianças abaixo da mediana do país; quase 20% das residências sem esgotamento sanitário; e só 34% das vias urbanizadas.

Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam neste domingo (27) o segundo turno das eleições em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Apadrinhados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, Abílio e Lúdio supreenderam ao deixar para trás, no primeiro turno, o nome apoiado pelo governador Mauro Mendes, Eduardo Botelho (União Brasil), que estava à frente nas pesquisas. Os levantamentos mais recentes mostram Brunini à frente, mas Lúdio vem diminuindo a diferença.

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam segundo turno em Cuiabá (MT) com apoio de Bolsonaro e Lula Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e JLSiqueira/ALMT

De acordo com pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, Abílio Brunini tem pouco mais de 52% das intenções de voto. Já Lúdio Cabral está com cerca de 45%. No começo do mês, o petista aparecia com menos de 40% dos votos. Já Abílio somava cerca de 53%, um pouco menos do que tem agora.

Deputado federal em primeiro mandato, Abílio explora o apoio de Jair Bolsonaro, que já esteve inclusive em atos de campanha com ele em Cuiabá. Ele também recebeu recentemente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para um comício na capital mato-grossense. “Onde tem PT tem desgraça, fome, tem mentiras e assassinatos de reputação”, disse Michelle no evento, realizado no último dia 18 em um hotel fazenda da cidade. Aos 40 anos, Brunini é arquiteto de formação. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura, então pelo Podemos.

Enquanto isso, Lúdio tenta amenizar opiniões de esquerda e sua relação com o PT. Lula, por exemplo, não esteve em Cuiabá ainda, e não há previsão de que vá. Filiado ao PT desde 1999, Lúdio publicou dias atrás um vídeo se dizendo contra o aborto, a “ideologia de gênero” e a legalização das drogas. Deputado estadual desde 2018, ele recebeu recentemente o apoio de nomes de peso do agronegócio, como o produtor rural Elusmar Maggi Scheffer. Primo do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, Elusmar tem patrimônio estimado em R$ 4,9 bilhões. “Pessoal, para quem vota aqui em Cuiabá, segundo turno (...) é Lúdio, é 13 na cabeça. Eu quero o voto de vocês todos”, disse Elusmar.

Além disso, Lúdio conta com outro apoiador importante no contexto de Mato Grosso: o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro (PSD). A filha dele, a jornalista Rafaela Fávaro, também filiada ao PSD, é a vice de Lúdio. “A @rafaelavfavaro traçou sua trajetória e, junto com o @ludiocabral, está apresentando propostas consistentes, que encaram os problemas e buscam soluções”, escreveu Fávaro numa postagem de apoio à filha no Instagram. Hoje com 53 anos de idade, Lúdio é natural de Rio Verde (GO), e médico pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Na verdade foi uma surpresa a ida do Abílio e do Lúdio ao segundo turno nas eleições de Cuiabá, porque havia uma tendência (nas pesquisas) de o Eduardo Botelho (União Brasil) ser mais votado. Isso acabou não acontecendo e o Abílio teve uma margem de votos acima do esperado”, diz o cientista político Raimundo Franca, que é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A não ida de Botelho ao segundo turno, diz Franca, acende um sinal de alerta para o governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que apoiou Botelho na disputa. “Havia um certo convencimento por parte deles (Mendes e Botelho) de que a ida ao segundo turno seria uma coisa natural. E o eleitor cuiabano disse ‘não’”, diz Franca, que é doutor em ciência política e integra o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal.

Já o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), sofre com a alta rejeição a seu governo, de cerca de 80%. O candidato apoiado por ele, Domingos Kennedy (MDB), teve apenas 4,3% e terminu o primeiro turno em último lugar.

Segundo Raimundo Franca, pesaram no bom desempenho de Abílio o apoio explícito de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Por outro lado, Lúdio passou por um processo de “despetização” para apelar ao eleitorado mais conservador, deixando de lado as pautas mais polêmicas da esquerda. Lúdio “utilizou como estratégia o seu prestígio pessoal junto ao eleitorado Cuiabá, uma vez que ele sempre foi muito bem votado em Cuiabá nas eleições que disputou”, diz Franca.

Quarta maior cidade da Região Centro-Oeste do Brasil, Cuiabá soma cerca de 682 mil habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Graças ao agronegócio, a cidade vem enriquecendo nos últimos anos, e hoje o rendimento médio dos trabalhadores formais da capital matogrossense é de 3,7 salários mínimos (pouco mais de R$ 5 mil), o 35º maior do Brasil. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta desafios, como uma taxa de escolarização de suas crianças abaixo da mediana do país; quase 20% das residências sem esgotamento sanitário; e só 34% das vias urbanizadas.

Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam neste domingo (27) o segundo turno das eleições em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Apadrinhados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), respectivamente, Abílio e Lúdio supreenderam ao deixar para trás, no primeiro turno, o nome apoiado pelo governador Mauro Mendes, Eduardo Botelho (União Brasil), que estava à frente nas pesquisas. Os levantamentos mais recentes mostram Brunini à frente, mas Lúdio vem diminuindo a diferença.

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) disputam segundo turno em Cuiabá (MT) com apoio de Bolsonaro e Lula Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e JLSiqueira/ALMT

De acordo com pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias, Abílio Brunini tem pouco mais de 52% das intenções de voto. Já Lúdio Cabral está com cerca de 45%. No começo do mês, o petista aparecia com menos de 40% dos votos. Já Abílio somava cerca de 53%, um pouco menos do que tem agora.

Deputado federal em primeiro mandato, Abílio explora o apoio de Jair Bolsonaro, que já esteve inclusive em atos de campanha com ele em Cuiabá. Ele também recebeu recentemente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para um comício na capital mato-grossense. “Onde tem PT tem desgraça, fome, tem mentiras e assassinatos de reputação”, disse Michelle no evento, realizado no último dia 18 em um hotel fazenda da cidade. Aos 40 anos, Brunini é arquiteto de formação. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura, então pelo Podemos.

Enquanto isso, Lúdio tenta amenizar opiniões de esquerda e sua relação com o PT. Lula, por exemplo, não esteve em Cuiabá ainda, e não há previsão de que vá. Filiado ao PT desde 1999, Lúdio publicou dias atrás um vídeo se dizendo contra o aborto, a “ideologia de gênero” e a legalização das drogas. Deputado estadual desde 2018, ele recebeu recentemente o apoio de nomes de peso do agronegócio, como o produtor rural Elusmar Maggi Scheffer. Primo do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, Elusmar tem patrimônio estimado em R$ 4,9 bilhões. “Pessoal, para quem vota aqui em Cuiabá, segundo turno (...) é Lúdio, é 13 na cabeça. Eu quero o voto de vocês todos”, disse Elusmar.

Além disso, Lúdio conta com outro apoiador importante no contexto de Mato Grosso: o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro (PSD). A filha dele, a jornalista Rafaela Fávaro, também filiada ao PSD, é a vice de Lúdio. “A @rafaelavfavaro traçou sua trajetória e, junto com o @ludiocabral, está apresentando propostas consistentes, que encaram os problemas e buscam soluções”, escreveu Fávaro numa postagem de apoio à filha no Instagram. Hoje com 53 anos de idade, Lúdio é natural de Rio Verde (GO), e médico pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Na verdade foi uma surpresa a ida do Abílio e do Lúdio ao segundo turno nas eleições de Cuiabá, porque havia uma tendência (nas pesquisas) de o Eduardo Botelho (União Brasil) ser mais votado. Isso acabou não acontecendo e o Abílio teve uma margem de votos acima do esperado”, diz o cientista político Raimundo Franca, que é professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A não ida de Botelho ao segundo turno, diz Franca, acende um sinal de alerta para o governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que apoiou Botelho na disputa. “Havia um certo convencimento por parte deles (Mendes e Botelho) de que a ida ao segundo turno seria uma coisa natural. E o eleitor cuiabano disse ‘não’”, diz Franca, que é doutor em ciência política e integra o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal.

Já o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), sofre com a alta rejeição a seu governo, de cerca de 80%. O candidato apoiado por ele, Domingos Kennedy (MDB), teve apenas 4,3% e terminu o primeiro turno em último lugar.

Segundo Raimundo Franca, pesaram no bom desempenho de Abílio o apoio explícito de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. Por outro lado, Lúdio passou por um processo de “despetização” para apelar ao eleitorado mais conservador, deixando de lado as pautas mais polêmicas da esquerda. Lúdio “utilizou como estratégia o seu prestígio pessoal junto ao eleitorado Cuiabá, uma vez que ele sempre foi muito bem votado em Cuiabá nas eleições que disputou”, diz Franca.

Quarta maior cidade da Região Centro-Oeste do Brasil, Cuiabá soma cerca de 682 mil habitantes, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Graças ao agronegócio, a cidade vem enriquecendo nos últimos anos, e hoje o rendimento médio dos trabalhadores formais da capital matogrossense é de 3,7 salários mínimos (pouco mais de R$ 5 mil), o 35º maior do Brasil. Mesmo assim, a cidade ainda enfrenta desafios, como uma taxa de escolarização de suas crianças abaixo da mediana do país; quase 20% das residências sem esgotamento sanitário; e só 34% das vias urbanizadas.

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