Senadora Gleisi Hoffmann é eleita presidente do PT


Candidata da corrente Construindo um Novo Brasil teve 367 votos, 61% do total

Por Ricardo Galhardo e Vera Rosa

BRASÍLIA - Depois de forte articulação de última hora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita presidente do PT, no sábado, 3, no 6.º Congresso Nacional do partido. Ré na Lava Jato, Gleisi concorreu pela corrente Construindo um novo Brasil (CNB) e teve 367 votos, 61% do total, contra 226 votos (38%) do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi apoiado pelo Muda PT, grupo que reúne quatro correntes de esquerda.

Eleição de Gleisi é atribuída a uma forte articulação de Lula. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Questionada se a sua condição de ré na Lava Jato atrapalharia o partido, Gleisi respondeu: “Mais do que já fizeram? Como vai atrapalhar mais? Não vejo como tentar desconstruir mais a imagem do partido como já foi feito.” A senadora foi acusada pela Procuradoria-Geral da República de receber R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobrás para sua campanha, em 2010, e sempre negou a denúncia.

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LEIA MAIS: Rocha Loures preso pela Polícia Federal

Líder do PT no Senado e ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, Gleisi afirmou, ainda, que o partido não iria se “açoitar” para fazer autocrítica de erros cometidos, pois isso daria munição aos adversários. “Não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem”, disse ela.

Um candidato independente, José de Oliveira, também concorreu à presidência do PT, mas não recebeu nenhum voto. Gleisi substituirá Rui Falcão e terá mandato de dois anos, o que significa que comandará o partido na eleição de 2018.

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Correntes. Na véspera da disputa no PT, as correntes Optei e Movimento PT, que tiveram cerca de 25% dos delegados no 6.º Congresso, ameaçaram apoiar Lindbergh. Lula entrou no circuito, telefonou pessoalmente para o ex-deputado Geraldo Magela, líder do Movimento PT, e para o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP), do Optei, para pedir apoio a Gleisi. Apesar da vitória da senadora, a corrente CNB não será mais majoritária no partido. 

O PT também aprovou no sábado a proposta para convocação de "diretas já" e agora vai defender a antecipação das eleições não só para presidente como para a Câmara dos Deputados e o Senado. Além disso, o projeto de resolução que passou pelo crivo do 6.º Congresso do PT propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para realizar a reforma do Judiciário, regulamentar a mídia, promover mudanças tributárias e adotar “medidas de emergência” que revoguem iniciativas “antipopulares” do governo Temer.

Sem fazer um acerto de contas com quem cometeu irregularidades nem o inventário de seus erros, o 6.º Congresso do PT minimizou as denúncias de corrupção e culpou a política econômica adotada no segundo mandato de Dilma Rousseff pela turbulência que levou ao impeachment.

BRASÍLIA - Depois de forte articulação de última hora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita presidente do PT, no sábado, 3, no 6.º Congresso Nacional do partido. Ré na Lava Jato, Gleisi concorreu pela corrente Construindo um novo Brasil (CNB) e teve 367 votos, 61% do total, contra 226 votos (38%) do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi apoiado pelo Muda PT, grupo que reúne quatro correntes de esquerda.

Eleição de Gleisi é atribuída a uma forte articulação de Lula. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Questionada se a sua condição de ré na Lava Jato atrapalharia o partido, Gleisi respondeu: “Mais do que já fizeram? Como vai atrapalhar mais? Não vejo como tentar desconstruir mais a imagem do partido como já foi feito.” A senadora foi acusada pela Procuradoria-Geral da República de receber R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobrás para sua campanha, em 2010, e sempre negou a denúncia.

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Líder do PT no Senado e ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, Gleisi afirmou, ainda, que o partido não iria se “açoitar” para fazer autocrítica de erros cometidos, pois isso daria munição aos adversários. “Não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem”, disse ela.

Um candidato independente, José de Oliveira, também concorreu à presidência do PT, mas não recebeu nenhum voto. Gleisi substituirá Rui Falcão e terá mandato de dois anos, o que significa que comandará o partido na eleição de 2018.

Correntes. Na véspera da disputa no PT, as correntes Optei e Movimento PT, que tiveram cerca de 25% dos delegados no 6.º Congresso, ameaçaram apoiar Lindbergh. Lula entrou no circuito, telefonou pessoalmente para o ex-deputado Geraldo Magela, líder do Movimento PT, e para o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP), do Optei, para pedir apoio a Gleisi. Apesar da vitória da senadora, a corrente CNB não será mais majoritária no partido. 

O PT também aprovou no sábado a proposta para convocação de "diretas já" e agora vai defender a antecipação das eleições não só para presidente como para a Câmara dos Deputados e o Senado. Além disso, o projeto de resolução que passou pelo crivo do 6.º Congresso do PT propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para realizar a reforma do Judiciário, regulamentar a mídia, promover mudanças tributárias e adotar “medidas de emergência” que revoguem iniciativas “antipopulares” do governo Temer.

Sem fazer um acerto de contas com quem cometeu irregularidades nem o inventário de seus erros, o 6.º Congresso do PT minimizou as denúncias de corrupção e culpou a política econômica adotada no segundo mandato de Dilma Rousseff pela turbulência que levou ao impeachment.

BRASÍLIA - Depois de forte articulação de última hora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita presidente do PT, no sábado, 3, no 6.º Congresso Nacional do partido. Ré na Lava Jato, Gleisi concorreu pela corrente Construindo um novo Brasil (CNB) e teve 367 votos, 61% do total, contra 226 votos (38%) do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que foi apoiado pelo Muda PT, grupo que reúne quatro correntes de esquerda.

Eleição de Gleisi é atribuída a uma forte articulação de Lula. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Questionada se a sua condição de ré na Lava Jato atrapalharia o partido, Gleisi respondeu: “Mais do que já fizeram? Como vai atrapalhar mais? Não vejo como tentar desconstruir mais a imagem do partido como já foi feito.” A senadora foi acusada pela Procuradoria-Geral da República de receber R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobrás para sua campanha, em 2010, e sempre negou a denúncia.

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Líder do PT no Senado e ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, Gleisi afirmou, ainda, que o partido não iria se “açoitar” para fazer autocrítica de erros cometidos, pois isso daria munição aos adversários. “Não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem”, disse ela.

Um candidato independente, José de Oliveira, também concorreu à presidência do PT, mas não recebeu nenhum voto. Gleisi substituirá Rui Falcão e terá mandato de dois anos, o que significa que comandará o partido na eleição de 2018.

Correntes. Na véspera da disputa no PT, as correntes Optei e Movimento PT, que tiveram cerca de 25% dos delegados no 6.º Congresso, ameaçaram apoiar Lindbergh. Lula entrou no circuito, telefonou pessoalmente para o ex-deputado Geraldo Magela, líder do Movimento PT, e para o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP), do Optei, para pedir apoio a Gleisi. Apesar da vitória da senadora, a corrente CNB não será mais majoritária no partido. 

O PT também aprovou no sábado a proposta para convocação de "diretas já" e agora vai defender a antecipação das eleições não só para presidente como para a Câmara dos Deputados e o Senado. Além disso, o projeto de resolução que passou pelo crivo do 6.º Congresso do PT propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para realizar a reforma do Judiciário, regulamentar a mídia, promover mudanças tributárias e adotar “medidas de emergência” que revoguem iniciativas “antipopulares” do governo Temer.

Sem fazer um acerto de contas com quem cometeu irregularidades nem o inventário de seus erros, o 6.º Congresso do PT minimizou as denúncias de corrupção e culpou a política econômica adotada no segundo mandato de Dilma Rousseff pela turbulência que levou ao impeachment.

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