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Opinião|Atentado no STF e PEC da Escala 6x1 impulsionam esquerda nas redes e reduzem pressão por menor gasto


Ao manter temas como os direitos trabalhistas e o combate ao extremismo em evidência, a esquerda conseguiu engajar mais amplamente, neutralizando parte das críticas ao governo

Por Sergio Denicoli
Atualização:

Mal saíram as primeiras notícias sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e a esquerda já dominava as redes, conseguindo pautar as conversas, ao colocar no centro das discussões, de forma negativa, a tentativa de anistiar os envolvidos no 8 de janeiro.

O episódio deu aos esquerdistas o impulso para voltar a associar o bolsonarismo a atos terroristas, sem que a direita conseguisse rebater os argumentos na mesma proporção. Assim, a ideia de atentado rapidamente se espalhou, apesar de direitistas defenderem a teoria de que o autor das explosões teria cometido suicídio.

O corpo do Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na noite de ontem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi periciado por Policiais Federais e retirado por agentes do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira 14 de novembro Foto: WILTON JUNIOR/Estadão
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A esquerda, aliás, já vinha dominando as conversações nos meios digitais, com a ideia da PEC que pretende acabar com a escala de trabalho 6x1, proposta pela deputada Erika Hilton, do PSOL. Esse assunto tem sido o mais comentado nos últimos dias, em posts que falam de política, pressionando o Congresso e levando o debate às pessoas comuns, o que torna praticamente inevitável que o tema seja discutido oficialmente pelos parlamentares.

Enquanto esses assuntos ganham destaque, a questão do corte de gastos do governo vai perdendo espaço nas publicações nas redes. A AP Exata analisou 420 mil publicações feitas no X, que mencionavam a PEC e o corte de gastos, entre os dias 7 e 14 de novembro. Observou-se que a questão da escala foi 2,7 vezes mais falada do que a necessidade do governo rever suas despesas.

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Ao manter temas como os direitos trabalhistas e o combate ao extremismo em evidência, a esquerda conseguiu engajar mais amplamente, neutralizando parte das críticas ao governo e ocupando um espaço que surge diante da fragmentação da direita, com a briga entre apoiadores de Bolsonaro e os denominados “intergalácticos”, que se reuniram em torno de Pablo Marçal.

Embora esse enfoque de comunicação possa reduzir temporariamente a pressão pública sobre as reformas fiscais, ele não elimina as expectativas do mercado financeiro e dos investidores, que aguardam ações concretas para o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a prolongada ausência de um debate mais robusto sobre a austeridade fiscal pode aumentar a percepção de risco entre investidores, comprometendo a confiança e dificultando o financiamento das políticas públicas.

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De qualquer forma, em termos políticos, a capacidade da esquerda de mobilizar temas de grande apelo social, e manter uma narrativa coesa em momentos de crise, fortalece sua presença na esfera pública digital.

Ao mesmo tempo, a dificuldade que a direita enfrenta, neste momento, para unificar seu discurso e reagir com a mesma intensidade limita seu alcance e influência, deixando um espaço que a esquerda tem sabido ocupar com precisão, algo que não vinha conseguindo fazer, mas que tem se estabelecido de forma acentuada.

Mal saíram as primeiras notícias sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e a esquerda já dominava as redes, conseguindo pautar as conversas, ao colocar no centro das discussões, de forma negativa, a tentativa de anistiar os envolvidos no 8 de janeiro.

O episódio deu aos esquerdistas o impulso para voltar a associar o bolsonarismo a atos terroristas, sem que a direita conseguisse rebater os argumentos na mesma proporção. Assim, a ideia de atentado rapidamente se espalhou, apesar de direitistas defenderem a teoria de que o autor das explosões teria cometido suicídio.

O corpo do Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na noite de ontem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi periciado por Policiais Federais e retirado por agentes do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira 14 de novembro Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

A esquerda, aliás, já vinha dominando as conversações nos meios digitais, com a ideia da PEC que pretende acabar com a escala de trabalho 6x1, proposta pela deputada Erika Hilton, do PSOL. Esse assunto tem sido o mais comentado nos últimos dias, em posts que falam de política, pressionando o Congresso e levando o debate às pessoas comuns, o que torna praticamente inevitável que o tema seja discutido oficialmente pelos parlamentares.

Enquanto esses assuntos ganham destaque, a questão do corte de gastos do governo vai perdendo espaço nas publicações nas redes. A AP Exata analisou 420 mil publicações feitas no X, que mencionavam a PEC e o corte de gastos, entre os dias 7 e 14 de novembro. Observou-se que a questão da escala foi 2,7 vezes mais falada do que a necessidade do governo rever suas despesas.

Ao manter temas como os direitos trabalhistas e o combate ao extremismo em evidência, a esquerda conseguiu engajar mais amplamente, neutralizando parte das críticas ao governo e ocupando um espaço que surge diante da fragmentação da direita, com a briga entre apoiadores de Bolsonaro e os denominados “intergalácticos”, que se reuniram em torno de Pablo Marçal.

Embora esse enfoque de comunicação possa reduzir temporariamente a pressão pública sobre as reformas fiscais, ele não elimina as expectativas do mercado financeiro e dos investidores, que aguardam ações concretas para o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a prolongada ausência de um debate mais robusto sobre a austeridade fiscal pode aumentar a percepção de risco entre investidores, comprometendo a confiança e dificultando o financiamento das políticas públicas.

De qualquer forma, em termos políticos, a capacidade da esquerda de mobilizar temas de grande apelo social, e manter uma narrativa coesa em momentos de crise, fortalece sua presença na esfera pública digital.

Ao mesmo tempo, a dificuldade que a direita enfrenta, neste momento, para unificar seu discurso e reagir com a mesma intensidade limita seu alcance e influência, deixando um espaço que a esquerda tem sabido ocupar com precisão, algo que não vinha conseguindo fazer, mas que tem se estabelecido de forma acentuada.

Mal saíram as primeiras notícias sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e a esquerda já dominava as redes, conseguindo pautar as conversas, ao colocar no centro das discussões, de forma negativa, a tentativa de anistiar os envolvidos no 8 de janeiro.

O episódio deu aos esquerdistas o impulso para voltar a associar o bolsonarismo a atos terroristas, sem que a direita conseguisse rebater os argumentos na mesma proporção. Assim, a ideia de atentado rapidamente se espalhou, apesar de direitistas defenderem a teoria de que o autor das explosões teria cometido suicídio.

O corpo do Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na noite de ontem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi periciado por Policiais Federais e retirado por agentes do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira 14 de novembro Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

A esquerda, aliás, já vinha dominando as conversações nos meios digitais, com a ideia da PEC que pretende acabar com a escala de trabalho 6x1, proposta pela deputada Erika Hilton, do PSOL. Esse assunto tem sido o mais comentado nos últimos dias, em posts que falam de política, pressionando o Congresso e levando o debate às pessoas comuns, o que torna praticamente inevitável que o tema seja discutido oficialmente pelos parlamentares.

Enquanto esses assuntos ganham destaque, a questão do corte de gastos do governo vai perdendo espaço nas publicações nas redes. A AP Exata analisou 420 mil publicações feitas no X, que mencionavam a PEC e o corte de gastos, entre os dias 7 e 14 de novembro. Observou-se que a questão da escala foi 2,7 vezes mais falada do que a necessidade do governo rever suas despesas.

Ao manter temas como os direitos trabalhistas e o combate ao extremismo em evidência, a esquerda conseguiu engajar mais amplamente, neutralizando parte das críticas ao governo e ocupando um espaço que surge diante da fragmentação da direita, com a briga entre apoiadores de Bolsonaro e os denominados “intergalácticos”, que se reuniram em torno de Pablo Marçal.

Embora esse enfoque de comunicação possa reduzir temporariamente a pressão pública sobre as reformas fiscais, ele não elimina as expectativas do mercado financeiro e dos investidores, que aguardam ações concretas para o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a prolongada ausência de um debate mais robusto sobre a austeridade fiscal pode aumentar a percepção de risco entre investidores, comprometendo a confiança e dificultando o financiamento das políticas públicas.

De qualquer forma, em termos políticos, a capacidade da esquerda de mobilizar temas de grande apelo social, e manter uma narrativa coesa em momentos de crise, fortalece sua presença na esfera pública digital.

Ao mesmo tempo, a dificuldade que a direita enfrenta, neste momento, para unificar seu discurso e reagir com a mesma intensidade limita seu alcance e influência, deixando um espaço que a esquerda tem sabido ocupar com precisão, algo que não vinha conseguindo fazer, mas que tem se estabelecido de forma acentuada.

Mal saíram as primeiras notícias sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e a esquerda já dominava as redes, conseguindo pautar as conversas, ao colocar no centro das discussões, de forma negativa, a tentativa de anistiar os envolvidos no 8 de janeiro.

O episódio deu aos esquerdistas o impulso para voltar a associar o bolsonarismo a atos terroristas, sem que a direita conseguisse rebater os argumentos na mesma proporção. Assim, a ideia de atentado rapidamente se espalhou, apesar de direitistas defenderem a teoria de que o autor das explosões teria cometido suicídio.

O corpo do Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na noite de ontem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, foi periciado por Policiais Federais e retirado por agentes do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira 14 de novembro Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

A esquerda, aliás, já vinha dominando as conversações nos meios digitais, com a ideia da PEC que pretende acabar com a escala de trabalho 6x1, proposta pela deputada Erika Hilton, do PSOL. Esse assunto tem sido o mais comentado nos últimos dias, em posts que falam de política, pressionando o Congresso e levando o debate às pessoas comuns, o que torna praticamente inevitável que o tema seja discutido oficialmente pelos parlamentares.

Enquanto esses assuntos ganham destaque, a questão do corte de gastos do governo vai perdendo espaço nas publicações nas redes. A AP Exata analisou 420 mil publicações feitas no X, que mencionavam a PEC e o corte de gastos, entre os dias 7 e 14 de novembro. Observou-se que a questão da escala foi 2,7 vezes mais falada do que a necessidade do governo rever suas despesas.

Ao manter temas como os direitos trabalhistas e o combate ao extremismo em evidência, a esquerda conseguiu engajar mais amplamente, neutralizando parte das críticas ao governo e ocupando um espaço que surge diante da fragmentação da direita, com a briga entre apoiadores de Bolsonaro e os denominados “intergalácticos”, que se reuniram em torno de Pablo Marçal.

Embora esse enfoque de comunicação possa reduzir temporariamente a pressão pública sobre as reformas fiscais, ele não elimina as expectativas do mercado financeiro e dos investidores, que aguardam ações concretas para o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a prolongada ausência de um debate mais robusto sobre a austeridade fiscal pode aumentar a percepção de risco entre investidores, comprometendo a confiança e dificultando o financiamento das políticas públicas.

De qualquer forma, em termos políticos, a capacidade da esquerda de mobilizar temas de grande apelo social, e manter uma narrativa coesa em momentos de crise, fortalece sua presença na esfera pública digital.

Ao mesmo tempo, a dificuldade que a direita enfrenta, neste momento, para unificar seu discurso e reagir com a mesma intensidade limita seu alcance e influência, deixando um espaço que a esquerda tem sabido ocupar com precisão, algo que não vinha conseguindo fazer, mas que tem se estabelecido de forma acentuada.

Opinião por Sergio Denicoli

Autor do livro TV digital: sistemas, conceitos e tecnologias, Sergio Denicoli é pós-doutor pela Universidade do Minho e pela Universidade Federal Fluminense. Foi repórter da Rádio CBN Vitória, da TV Gazeta (Globo-ES), e colunista do jornal A Gazeta. Atualmente, é CEO da AP Exata e cientista de dados.

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