As relações entre Executivo e o Congresso

Opinião|Dificuldades para a reeleição de Biden nos EUA servem de alerta para Lula


Taxa de aprovação de Biden, abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota; Lula tem situação melhor, mas é vulnerável a uma piora econômica

Por Silvio Cascione

Em um ambiente tão polarizado, com opiniões cristalizadas, uma das principais características do cenário político é a estabilidade. Por trás de todo o barulho dos mercados e do noticiário, há uma grande rigidez nos índices de aprovação do governo. Isso vale tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, onde todos se preparam para a revanche entre Joe Biden e Donald Trump.

Nos Estados Unidos, essa estabilidade favorece Trump, que continua a ser o favorito nas eleições de novembro. Biden parece concordar, pois pediu a antecipação dos debates da campanha com objetivo de criar algum fato novo. O primeiro debate está marcado para junho, antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos nas convenções partidárias.

O favoritismo de Trump e a estabilidade das pesquisas são impressionantes considerando a dinâmica econômica dos Estados Unidos. Ainda que a economia e o mercado de trabalho estejam aquecidos, com taxa de desemprego abaixo de 4%, os eleitores se mostram insatisfeitos e nutrem um desejo por mudança. A taxa de aprovação de Biden, insistentemente abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota.

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Lula tem na situação de Biden um exemplo dos riscos na disputa pela reeleição Foto: Ricardo Stuckert/PR

Olhando para o Brasil, esse cenário acende um sinal de alerta para Lula. Nas condições de hoje, com taxa de aprovação na média em aproximadamente 50%, Lula seria o favorito à reeleição – mas esses números não conferem uma grande margem de segurança.

Da mesma forma como nos Estados Unidos, o desempenho melhor do que o esperado da economia teve impacto reduzido sobre a opinião dos eleitores. No caso brasileiro, o efeito da alta da renda e da queda do desemprego e da inflação parece ter sido o de sustentar, por um período mais longo, o apoio dos eleitores sem ideologia definida que confiaram em Lula em 2022. Eleitores de renda média que, em muitos casos, votaram em Jair Bolsonaro em 2018 e optaram pelo petista na eleição seguinte por causa das dificuldades vividas na pandemia. Por enquanto, muitos desses eleitores ainda se sentem contemplados pelo governo. O bom momento econômico, porém, não permitiu que Lula aumentasse a sua base de apoio.

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O risco, para Lula, é o de que a situação econômica piore e a taxa de aprovação caia para perto de 40%, aumentando o risco para sua reeleição. Apesar da rigidez dos índices de popularidade, este é um cenário plausível, que corroeria a pequena vantagem que Lula ainda detém – e o colocaria em situação análoga à de Biden. A postura de Lula diante desse possível cenário será extremamente relevante para a gestão da coalizão e a condução da política econômica no restante do mandato. Por ora, com condições ainda favoráveis, Lula se mostra ansioso, mas não em pânico, e ainda confia principalmente no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um ambiente mais deteriorado, com a economia jogando contra as chances de vitória em 2026, os riscos para a política monetária, fiscal e de crédito aumentariam significativamente.

Em um ambiente tão polarizado, com opiniões cristalizadas, uma das principais características do cenário político é a estabilidade. Por trás de todo o barulho dos mercados e do noticiário, há uma grande rigidez nos índices de aprovação do governo. Isso vale tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, onde todos se preparam para a revanche entre Joe Biden e Donald Trump.

Nos Estados Unidos, essa estabilidade favorece Trump, que continua a ser o favorito nas eleições de novembro. Biden parece concordar, pois pediu a antecipação dos debates da campanha com objetivo de criar algum fato novo. O primeiro debate está marcado para junho, antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos nas convenções partidárias.

O favoritismo de Trump e a estabilidade das pesquisas são impressionantes considerando a dinâmica econômica dos Estados Unidos. Ainda que a economia e o mercado de trabalho estejam aquecidos, com taxa de desemprego abaixo de 4%, os eleitores se mostram insatisfeitos e nutrem um desejo por mudança. A taxa de aprovação de Biden, insistentemente abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota.

Lula tem na situação de Biden um exemplo dos riscos na disputa pela reeleição Foto: Ricardo Stuckert/PR

Olhando para o Brasil, esse cenário acende um sinal de alerta para Lula. Nas condições de hoje, com taxa de aprovação na média em aproximadamente 50%, Lula seria o favorito à reeleição – mas esses números não conferem uma grande margem de segurança.

Da mesma forma como nos Estados Unidos, o desempenho melhor do que o esperado da economia teve impacto reduzido sobre a opinião dos eleitores. No caso brasileiro, o efeito da alta da renda e da queda do desemprego e da inflação parece ter sido o de sustentar, por um período mais longo, o apoio dos eleitores sem ideologia definida que confiaram em Lula em 2022. Eleitores de renda média que, em muitos casos, votaram em Jair Bolsonaro em 2018 e optaram pelo petista na eleição seguinte por causa das dificuldades vividas na pandemia. Por enquanto, muitos desses eleitores ainda se sentem contemplados pelo governo. O bom momento econômico, porém, não permitiu que Lula aumentasse a sua base de apoio.

O risco, para Lula, é o de que a situação econômica piore e a taxa de aprovação caia para perto de 40%, aumentando o risco para sua reeleição. Apesar da rigidez dos índices de popularidade, este é um cenário plausível, que corroeria a pequena vantagem que Lula ainda detém – e o colocaria em situação análoga à de Biden. A postura de Lula diante desse possível cenário será extremamente relevante para a gestão da coalizão e a condução da política econômica no restante do mandato. Por ora, com condições ainda favoráveis, Lula se mostra ansioso, mas não em pânico, e ainda confia principalmente no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um ambiente mais deteriorado, com a economia jogando contra as chances de vitória em 2026, os riscos para a política monetária, fiscal e de crédito aumentariam significativamente.

Em um ambiente tão polarizado, com opiniões cristalizadas, uma das principais características do cenário político é a estabilidade. Por trás de todo o barulho dos mercados e do noticiário, há uma grande rigidez nos índices de aprovação do governo. Isso vale tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, onde todos se preparam para a revanche entre Joe Biden e Donald Trump.

Nos Estados Unidos, essa estabilidade favorece Trump, que continua a ser o favorito nas eleições de novembro. Biden parece concordar, pois pediu a antecipação dos debates da campanha com objetivo de criar algum fato novo. O primeiro debate está marcado para junho, antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos nas convenções partidárias.

O favoritismo de Trump e a estabilidade das pesquisas são impressionantes considerando a dinâmica econômica dos Estados Unidos. Ainda que a economia e o mercado de trabalho estejam aquecidos, com taxa de desemprego abaixo de 4%, os eleitores se mostram insatisfeitos e nutrem um desejo por mudança. A taxa de aprovação de Biden, insistentemente abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota.

Lula tem na situação de Biden um exemplo dos riscos na disputa pela reeleição Foto: Ricardo Stuckert/PR

Olhando para o Brasil, esse cenário acende um sinal de alerta para Lula. Nas condições de hoje, com taxa de aprovação na média em aproximadamente 50%, Lula seria o favorito à reeleição – mas esses números não conferem uma grande margem de segurança.

Da mesma forma como nos Estados Unidos, o desempenho melhor do que o esperado da economia teve impacto reduzido sobre a opinião dos eleitores. No caso brasileiro, o efeito da alta da renda e da queda do desemprego e da inflação parece ter sido o de sustentar, por um período mais longo, o apoio dos eleitores sem ideologia definida que confiaram em Lula em 2022. Eleitores de renda média que, em muitos casos, votaram em Jair Bolsonaro em 2018 e optaram pelo petista na eleição seguinte por causa das dificuldades vividas na pandemia. Por enquanto, muitos desses eleitores ainda se sentem contemplados pelo governo. O bom momento econômico, porém, não permitiu que Lula aumentasse a sua base de apoio.

O risco, para Lula, é o de que a situação econômica piore e a taxa de aprovação caia para perto de 40%, aumentando o risco para sua reeleição. Apesar da rigidez dos índices de popularidade, este é um cenário plausível, que corroeria a pequena vantagem que Lula ainda detém – e o colocaria em situação análoga à de Biden. A postura de Lula diante desse possível cenário será extremamente relevante para a gestão da coalizão e a condução da política econômica no restante do mandato. Por ora, com condições ainda favoráveis, Lula se mostra ansioso, mas não em pânico, e ainda confia principalmente no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um ambiente mais deteriorado, com a economia jogando contra as chances de vitória em 2026, os riscos para a política monetária, fiscal e de crédito aumentariam significativamente.

Em um ambiente tão polarizado, com opiniões cristalizadas, uma das principais características do cenário político é a estabilidade. Por trás de todo o barulho dos mercados e do noticiário, há uma grande rigidez nos índices de aprovação do governo. Isso vale tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, onde todos se preparam para a revanche entre Joe Biden e Donald Trump.

Nos Estados Unidos, essa estabilidade favorece Trump, que continua a ser o favorito nas eleições de novembro. Biden parece concordar, pois pediu a antecipação dos debates da campanha com objetivo de criar algum fato novo. O primeiro debate está marcado para junho, antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos nas convenções partidárias.

O favoritismo de Trump e a estabilidade das pesquisas são impressionantes considerando a dinâmica econômica dos Estados Unidos. Ainda que a economia e o mercado de trabalho estejam aquecidos, com taxa de desemprego abaixo de 4%, os eleitores se mostram insatisfeitos e nutrem um desejo por mudança. A taxa de aprovação de Biden, insistentemente abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota.

Lula tem na situação de Biden um exemplo dos riscos na disputa pela reeleição Foto: Ricardo Stuckert/PR

Olhando para o Brasil, esse cenário acende um sinal de alerta para Lula. Nas condições de hoje, com taxa de aprovação na média em aproximadamente 50%, Lula seria o favorito à reeleição – mas esses números não conferem uma grande margem de segurança.

Da mesma forma como nos Estados Unidos, o desempenho melhor do que o esperado da economia teve impacto reduzido sobre a opinião dos eleitores. No caso brasileiro, o efeito da alta da renda e da queda do desemprego e da inflação parece ter sido o de sustentar, por um período mais longo, o apoio dos eleitores sem ideologia definida que confiaram em Lula em 2022. Eleitores de renda média que, em muitos casos, votaram em Jair Bolsonaro em 2018 e optaram pelo petista na eleição seguinte por causa das dificuldades vividas na pandemia. Por enquanto, muitos desses eleitores ainda se sentem contemplados pelo governo. O bom momento econômico, porém, não permitiu que Lula aumentasse a sua base de apoio.

O risco, para Lula, é o de que a situação econômica piore e a taxa de aprovação caia para perto de 40%, aumentando o risco para sua reeleição. Apesar da rigidez dos índices de popularidade, este é um cenário plausível, que corroeria a pequena vantagem que Lula ainda detém – e o colocaria em situação análoga à de Biden. A postura de Lula diante desse possível cenário será extremamente relevante para a gestão da coalizão e a condução da política econômica no restante do mandato. Por ora, com condições ainda favoráveis, Lula se mostra ansioso, mas não em pânico, e ainda confia principalmente no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um ambiente mais deteriorado, com a economia jogando contra as chances de vitória em 2026, os riscos para a política monetária, fiscal e de crédito aumentariam significativamente.

Em um ambiente tão polarizado, com opiniões cristalizadas, uma das principais características do cenário político é a estabilidade. Por trás de todo o barulho dos mercados e do noticiário, há uma grande rigidez nos índices de aprovação do governo. Isso vale tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, onde todos se preparam para a revanche entre Joe Biden e Donald Trump.

Nos Estados Unidos, essa estabilidade favorece Trump, que continua a ser o favorito nas eleições de novembro. Biden parece concordar, pois pediu a antecipação dos debates da campanha com objetivo de criar algum fato novo. O primeiro debate está marcado para junho, antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos nas convenções partidárias.

O favoritismo de Trump e a estabilidade das pesquisas são impressionantes considerando a dinâmica econômica dos Estados Unidos. Ainda que a economia e o mercado de trabalho estejam aquecidos, com taxa de desemprego abaixo de 4%, os eleitores se mostram insatisfeitos e nutrem um desejo por mudança. A taxa de aprovação de Biden, insistentemente abaixo de 40%, é ruim para um candidato à reeleição, e indica chances maiores de derrota.

Lula tem na situação de Biden um exemplo dos riscos na disputa pela reeleição Foto: Ricardo Stuckert/PR

Olhando para o Brasil, esse cenário acende um sinal de alerta para Lula. Nas condições de hoje, com taxa de aprovação na média em aproximadamente 50%, Lula seria o favorito à reeleição – mas esses números não conferem uma grande margem de segurança.

Da mesma forma como nos Estados Unidos, o desempenho melhor do que o esperado da economia teve impacto reduzido sobre a opinião dos eleitores. No caso brasileiro, o efeito da alta da renda e da queda do desemprego e da inflação parece ter sido o de sustentar, por um período mais longo, o apoio dos eleitores sem ideologia definida que confiaram em Lula em 2022. Eleitores de renda média que, em muitos casos, votaram em Jair Bolsonaro em 2018 e optaram pelo petista na eleição seguinte por causa das dificuldades vividas na pandemia. Por enquanto, muitos desses eleitores ainda se sentem contemplados pelo governo. O bom momento econômico, porém, não permitiu que Lula aumentasse a sua base de apoio.

O risco, para Lula, é o de que a situação econômica piore e a taxa de aprovação caia para perto de 40%, aumentando o risco para sua reeleição. Apesar da rigidez dos índices de popularidade, este é um cenário plausível, que corroeria a pequena vantagem que Lula ainda detém – e o colocaria em situação análoga à de Biden. A postura de Lula diante desse possível cenário será extremamente relevante para a gestão da coalizão e a condução da política econômica no restante do mandato. Por ora, com condições ainda favoráveis, Lula se mostra ansioso, mas não em pânico, e ainda confia principalmente no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um ambiente mais deteriorado, com a economia jogando contra as chances de vitória em 2026, os riscos para a política monetária, fiscal e de crédito aumentariam significativamente.

Opinião por Silvio Cascione

Mestre em ciência política pela UNB e diretor da consultoria Eurasia Group

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