As relações entre Executivo e o Congresso

Opinião|Já dá para prever quem ganha as eleições?


A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar

Por Silvio Cascione
Atualização:

Os próximos cinco meses certamente nos reservam surpresas e muito drama.

Neste mesmo dia, há quatro anos, o Brasil assistia aflito a uma histórica greve dos caminhoneiros. Alckmin era o candidato dos mercados; o PT buscava um substituto para Lula; e Bolsonaro, já um fenômeno eleitoral, ainda era desconhecido por parte da população. Entre 23 de maio de 2018 e as eleições, teve de tudo – até uma facada quase fatal.

Ainda assim, havia muitas razões para apostar em Bolsonaro meses antes de sua vitória. Da mesma forma, com atenção às tendências da opinião pública e à experiência histórica, é possível arriscar previsões sobre o próximo presidente.

continua após a publicidade

Começando pelo que há de igual entre 2018 e 2022: boa parte do eleitorado ainda desconfia das instituições: Congresso, tribunais, e também a mídia tradicional. Várias pesquisas, como o Barômetro das Américas, mostram que ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas.

Ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Nesse contexto, é difícil pensar hoje em outras possibilidades além de Lula e Bolsonaro. Cada um a seu modo, eles têm conseguido capturar o desejo por políticos que dizem enfrentar o sistema. Os dois, juntos, já têm mais da metade das intenções espontâneas de voto. Não surpreende, portanto, que a terceira via – hoje Simone Tebet e Ciro Gomes – tenha tantas dificuldades.

continua após a publicidade

Mas também é importante pensar nas diferenças entre 2018 e 2022. O desejo por mudança em 2018 misturava temas econômicos com corrupção, combate ao crime e outros assuntos. Em 2022, com um país mais desigual e mais pobre após a pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com trabalho, comida, e pagar suas dívidas. Bolsonaro paga um preço pela situação atual.

Hoje, a preocupação com a economia dá o favoritismo a Lula. Mas será uma eleição dramática. Não será surpresa se, em alguns momentos, pesquisas mostrarem Bolsonaro à frente. A campanha será agressiva, com acusações e fake news. A polarização nacional deve incendiar importantes disputas regionais, com grandes chances de São Paulo ver o fim do domínio do PSDB.

A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar. Também será importante ver se a campanha – na mídia e nos memes – será capaz de trazer outros temas para a agenda. É difícil que isso aconteça. Mas quantas surpresas 2022 ainda nos trará?

Os próximos cinco meses certamente nos reservam surpresas e muito drama.

Neste mesmo dia, há quatro anos, o Brasil assistia aflito a uma histórica greve dos caminhoneiros. Alckmin era o candidato dos mercados; o PT buscava um substituto para Lula; e Bolsonaro, já um fenômeno eleitoral, ainda era desconhecido por parte da população. Entre 23 de maio de 2018 e as eleições, teve de tudo – até uma facada quase fatal.

Ainda assim, havia muitas razões para apostar em Bolsonaro meses antes de sua vitória. Da mesma forma, com atenção às tendências da opinião pública e à experiência histórica, é possível arriscar previsões sobre o próximo presidente.

Começando pelo que há de igual entre 2018 e 2022: boa parte do eleitorado ainda desconfia das instituições: Congresso, tribunais, e também a mídia tradicional. Várias pesquisas, como o Barômetro das Américas, mostram que ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas.

Ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Nesse contexto, é difícil pensar hoje em outras possibilidades além de Lula e Bolsonaro. Cada um a seu modo, eles têm conseguido capturar o desejo por políticos que dizem enfrentar o sistema. Os dois, juntos, já têm mais da metade das intenções espontâneas de voto. Não surpreende, portanto, que a terceira via – hoje Simone Tebet e Ciro Gomes – tenha tantas dificuldades.

Mas também é importante pensar nas diferenças entre 2018 e 2022. O desejo por mudança em 2018 misturava temas econômicos com corrupção, combate ao crime e outros assuntos. Em 2022, com um país mais desigual e mais pobre após a pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com trabalho, comida, e pagar suas dívidas. Bolsonaro paga um preço pela situação atual.

Hoje, a preocupação com a economia dá o favoritismo a Lula. Mas será uma eleição dramática. Não será surpresa se, em alguns momentos, pesquisas mostrarem Bolsonaro à frente. A campanha será agressiva, com acusações e fake news. A polarização nacional deve incendiar importantes disputas regionais, com grandes chances de São Paulo ver o fim do domínio do PSDB.

A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar. Também será importante ver se a campanha – na mídia e nos memes – será capaz de trazer outros temas para a agenda. É difícil que isso aconteça. Mas quantas surpresas 2022 ainda nos trará?

Os próximos cinco meses certamente nos reservam surpresas e muito drama.

Neste mesmo dia, há quatro anos, o Brasil assistia aflito a uma histórica greve dos caminhoneiros. Alckmin era o candidato dos mercados; o PT buscava um substituto para Lula; e Bolsonaro, já um fenômeno eleitoral, ainda era desconhecido por parte da população. Entre 23 de maio de 2018 e as eleições, teve de tudo – até uma facada quase fatal.

Ainda assim, havia muitas razões para apostar em Bolsonaro meses antes de sua vitória. Da mesma forma, com atenção às tendências da opinião pública e à experiência histórica, é possível arriscar previsões sobre o próximo presidente.

Começando pelo que há de igual entre 2018 e 2022: boa parte do eleitorado ainda desconfia das instituições: Congresso, tribunais, e também a mídia tradicional. Várias pesquisas, como o Barômetro das Américas, mostram que ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas.

Ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Nesse contexto, é difícil pensar hoje em outras possibilidades além de Lula e Bolsonaro. Cada um a seu modo, eles têm conseguido capturar o desejo por políticos que dizem enfrentar o sistema. Os dois, juntos, já têm mais da metade das intenções espontâneas de voto. Não surpreende, portanto, que a terceira via – hoje Simone Tebet e Ciro Gomes – tenha tantas dificuldades.

Mas também é importante pensar nas diferenças entre 2018 e 2022. O desejo por mudança em 2018 misturava temas econômicos com corrupção, combate ao crime e outros assuntos. Em 2022, com um país mais desigual e mais pobre após a pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com trabalho, comida, e pagar suas dívidas. Bolsonaro paga um preço pela situação atual.

Hoje, a preocupação com a economia dá o favoritismo a Lula. Mas será uma eleição dramática. Não será surpresa se, em alguns momentos, pesquisas mostrarem Bolsonaro à frente. A campanha será agressiva, com acusações e fake news. A polarização nacional deve incendiar importantes disputas regionais, com grandes chances de São Paulo ver o fim do domínio do PSDB.

A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar. Também será importante ver se a campanha – na mídia e nos memes – será capaz de trazer outros temas para a agenda. É difícil que isso aconteça. Mas quantas surpresas 2022 ainda nos trará?

Os próximos cinco meses certamente nos reservam surpresas e muito drama.

Neste mesmo dia, há quatro anos, o Brasil assistia aflito a uma histórica greve dos caminhoneiros. Alckmin era o candidato dos mercados; o PT buscava um substituto para Lula; e Bolsonaro, já um fenômeno eleitoral, ainda era desconhecido por parte da população. Entre 23 de maio de 2018 e as eleições, teve de tudo – até uma facada quase fatal.

Ainda assim, havia muitas razões para apostar em Bolsonaro meses antes de sua vitória. Da mesma forma, com atenção às tendências da opinião pública e à experiência histórica, é possível arriscar previsões sobre o próximo presidente.

Começando pelo que há de igual entre 2018 e 2022: boa parte do eleitorado ainda desconfia das instituições: Congresso, tribunais, e também a mídia tradicional. Várias pesquisas, como o Barômetro das Américas, mostram que ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas.

Ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Nesse contexto, é difícil pensar hoje em outras possibilidades além de Lula e Bolsonaro. Cada um a seu modo, eles têm conseguido capturar o desejo por políticos que dizem enfrentar o sistema. Os dois, juntos, já têm mais da metade das intenções espontâneas de voto. Não surpreende, portanto, que a terceira via – hoje Simone Tebet e Ciro Gomes – tenha tantas dificuldades.

Mas também é importante pensar nas diferenças entre 2018 e 2022. O desejo por mudança em 2018 misturava temas econômicos com corrupção, combate ao crime e outros assuntos. Em 2022, com um país mais desigual e mais pobre após a pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com trabalho, comida, e pagar suas dívidas. Bolsonaro paga um preço pela situação atual.

Hoje, a preocupação com a economia dá o favoritismo a Lula. Mas será uma eleição dramática. Não será surpresa se, em alguns momentos, pesquisas mostrarem Bolsonaro à frente. A campanha será agressiva, com acusações e fake news. A polarização nacional deve incendiar importantes disputas regionais, com grandes chances de São Paulo ver o fim do domínio do PSDB.

A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar. Também será importante ver se a campanha – na mídia e nos memes – será capaz de trazer outros temas para a agenda. É difícil que isso aconteça. Mas quantas surpresas 2022 ainda nos trará?

Os próximos cinco meses certamente nos reservam surpresas e muito drama.

Neste mesmo dia, há quatro anos, o Brasil assistia aflito a uma histórica greve dos caminhoneiros. Alckmin era o candidato dos mercados; o PT buscava um substituto para Lula; e Bolsonaro, já um fenômeno eleitoral, ainda era desconhecido por parte da população. Entre 23 de maio de 2018 e as eleições, teve de tudo – até uma facada quase fatal.

Ainda assim, havia muitas razões para apostar em Bolsonaro meses antes de sua vitória. Da mesma forma, com atenção às tendências da opinião pública e à experiência histórica, é possível arriscar previsões sobre o próximo presidente.

Começando pelo que há de igual entre 2018 e 2022: boa parte do eleitorado ainda desconfia das instituições: Congresso, tribunais, e também a mídia tradicional. Várias pesquisas, como o Barômetro das Américas, mostram que ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas.

Ainda há um desejo forte por líderes que pareçam ter pulso firme e falem direto com o povo, e não na língua dos burocratas. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Nesse contexto, é difícil pensar hoje em outras possibilidades além de Lula e Bolsonaro. Cada um a seu modo, eles têm conseguido capturar o desejo por políticos que dizem enfrentar o sistema. Os dois, juntos, já têm mais da metade das intenções espontâneas de voto. Não surpreende, portanto, que a terceira via – hoje Simone Tebet e Ciro Gomes – tenha tantas dificuldades.

Mas também é importante pensar nas diferenças entre 2018 e 2022. O desejo por mudança em 2018 misturava temas econômicos com corrupção, combate ao crime e outros assuntos. Em 2022, com um país mais desigual e mais pobre após a pandemia, as pessoas estão mais preocupadas com trabalho, comida, e pagar suas dívidas. Bolsonaro paga um preço pela situação atual.

Hoje, a preocupação com a economia dá o favoritismo a Lula. Mas será uma eleição dramática. Não será surpresa se, em alguns momentos, pesquisas mostrarem Bolsonaro à frente. A campanha será agressiva, com acusações e fake news. A polarização nacional deve incendiar importantes disputas regionais, com grandes chances de São Paulo ver o fim do domínio do PSDB.

A economia deve ser a chave da disputa. Será muito importante observar se a inflação dará trégua e se os empregos fechados na pandemia continuarão a voltar. Também será importante ver se a campanha – na mídia e nos memes – será capaz de trazer outros temas para a agenda. É difícil que isso aconteça. Mas quantas surpresas 2022 ainda nos trará?

Opinião por Silvio Cascione

Mestre em ciência política pela UNB e diretor da consultoria Eurasia Group

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.