As relações entre Executivo e o Congresso

Opinião|Padre Kelmon ofusca ausência de Lula em debate difícil para Bolsonaro


Presidente ganha ajuda de aliado e tem bom desempenho diante da quantidade de críticas ao seu governo; ausente, petista arriscou muito menos se estivesse exposto à dobradinha

Por Silvio Cascione

Antes do início, a marca do debate deste sábado era a ausência de Lula. No final, a principal novidade foi a presença caricata de Padre Kelmon, e os memes gerados pelas várias cotoveladas e direitos de resposta entre os candidatos. A campanha de Lula já está aproveitando nas redes a pergunta-charada de Soraya (“o que é, o que é”) tripudiando de Bolsonaro. Lula não ganhou estando fora, deixando o púlpito vazio, mas arriscou muito menos do que se estivesse diretamente envolvido nas discussões, e exposto à dobradinha entre Bolsonaro e Kelmon.

Simone e Ciro, mais uma vez, aproveitaram a oportunidade para chamar a atenção. Suas candidaturas podem ganhar mais um sopro nos últimos dias antes do primeiro turno, o que pode dificultar as análises sobre as chances cada vez maiores, mas ainda improváveis, de Lula ganhar em primeiro turno. Mas o efeito eleitoral do debate tende a ser limitado, considerando que a maior parte do eleitorado já está decidida, e que a maior parte das discussões esteve afastada dos temas decisivos dessa eleição – emprego, inflação, e desigualdade social.

Jair Bolsonaro durante debate; candidato à reeleição, presidente foi alvo do debate Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Bolsonaro, aliás, teve um bom desempenho em um debate difícil para ele. Foi disciplinado, dada a quantidade de críticas ao governo. Quando atacado, respondeu com cautela, dentro do ensaiado, e foi o candidato que mais tentou trazer à luz o tema mais importante destas eleições – a economia. O problema é que isso é pouco para virar o jogo. Bolsonaro insiste que a economia vai bem, mas as pesquisas mostram que o eleitor discorda. É difícil convencer o eleitor se a situação dentro de casa é de dificuldade. Bolsonaro então diz que paga o Auxílio Brasil, mas isso o eleitor já sabe. Juntando todas as peças do discurso econômico de Bolsonaro, a verdade é que ele não trouxe novidades, e por isso não deve causar impacto – especialmente em um palco com tanta gente competindo por atenção. A explícita tabelinha com Padre Kelmon também não ajudou. Talvez tivesse sido útil se Lula estivesse lá para ser constrangido, mas causava estranhamento como recurso para defender o governo.

No fim das contas, o embate de sábado pode ter sido útil para Lula ensaiar sua participação no debate final, quinta-feira, na Globo – ou mesmo reconsiderar sua participação. Na reta final do primeiro turno, Lula segue como favorito à vitória, e a briga de Bolsonaro é para ter uma segunda chance, sem distrações na campanha, em outubro.

Antes do início, a marca do debate deste sábado era a ausência de Lula. No final, a principal novidade foi a presença caricata de Padre Kelmon, e os memes gerados pelas várias cotoveladas e direitos de resposta entre os candidatos. A campanha de Lula já está aproveitando nas redes a pergunta-charada de Soraya (“o que é, o que é”) tripudiando de Bolsonaro. Lula não ganhou estando fora, deixando o púlpito vazio, mas arriscou muito menos do que se estivesse diretamente envolvido nas discussões, e exposto à dobradinha entre Bolsonaro e Kelmon.

Simone e Ciro, mais uma vez, aproveitaram a oportunidade para chamar a atenção. Suas candidaturas podem ganhar mais um sopro nos últimos dias antes do primeiro turno, o que pode dificultar as análises sobre as chances cada vez maiores, mas ainda improváveis, de Lula ganhar em primeiro turno. Mas o efeito eleitoral do debate tende a ser limitado, considerando que a maior parte do eleitorado já está decidida, e que a maior parte das discussões esteve afastada dos temas decisivos dessa eleição – emprego, inflação, e desigualdade social.

Jair Bolsonaro durante debate; candidato à reeleição, presidente foi alvo do debate Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Bolsonaro, aliás, teve um bom desempenho em um debate difícil para ele. Foi disciplinado, dada a quantidade de críticas ao governo. Quando atacado, respondeu com cautela, dentro do ensaiado, e foi o candidato que mais tentou trazer à luz o tema mais importante destas eleições – a economia. O problema é que isso é pouco para virar o jogo. Bolsonaro insiste que a economia vai bem, mas as pesquisas mostram que o eleitor discorda. É difícil convencer o eleitor se a situação dentro de casa é de dificuldade. Bolsonaro então diz que paga o Auxílio Brasil, mas isso o eleitor já sabe. Juntando todas as peças do discurso econômico de Bolsonaro, a verdade é que ele não trouxe novidades, e por isso não deve causar impacto – especialmente em um palco com tanta gente competindo por atenção. A explícita tabelinha com Padre Kelmon também não ajudou. Talvez tivesse sido útil se Lula estivesse lá para ser constrangido, mas causava estranhamento como recurso para defender o governo.

No fim das contas, o embate de sábado pode ter sido útil para Lula ensaiar sua participação no debate final, quinta-feira, na Globo – ou mesmo reconsiderar sua participação. Na reta final do primeiro turno, Lula segue como favorito à vitória, e a briga de Bolsonaro é para ter uma segunda chance, sem distrações na campanha, em outubro.

Antes do início, a marca do debate deste sábado era a ausência de Lula. No final, a principal novidade foi a presença caricata de Padre Kelmon, e os memes gerados pelas várias cotoveladas e direitos de resposta entre os candidatos. A campanha de Lula já está aproveitando nas redes a pergunta-charada de Soraya (“o que é, o que é”) tripudiando de Bolsonaro. Lula não ganhou estando fora, deixando o púlpito vazio, mas arriscou muito menos do que se estivesse diretamente envolvido nas discussões, e exposto à dobradinha entre Bolsonaro e Kelmon.

Simone e Ciro, mais uma vez, aproveitaram a oportunidade para chamar a atenção. Suas candidaturas podem ganhar mais um sopro nos últimos dias antes do primeiro turno, o que pode dificultar as análises sobre as chances cada vez maiores, mas ainda improváveis, de Lula ganhar em primeiro turno. Mas o efeito eleitoral do debate tende a ser limitado, considerando que a maior parte do eleitorado já está decidida, e que a maior parte das discussões esteve afastada dos temas decisivos dessa eleição – emprego, inflação, e desigualdade social.

Jair Bolsonaro durante debate; candidato à reeleição, presidente foi alvo do debate Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Bolsonaro, aliás, teve um bom desempenho em um debate difícil para ele. Foi disciplinado, dada a quantidade de críticas ao governo. Quando atacado, respondeu com cautela, dentro do ensaiado, e foi o candidato que mais tentou trazer à luz o tema mais importante destas eleições – a economia. O problema é que isso é pouco para virar o jogo. Bolsonaro insiste que a economia vai bem, mas as pesquisas mostram que o eleitor discorda. É difícil convencer o eleitor se a situação dentro de casa é de dificuldade. Bolsonaro então diz que paga o Auxílio Brasil, mas isso o eleitor já sabe. Juntando todas as peças do discurso econômico de Bolsonaro, a verdade é que ele não trouxe novidades, e por isso não deve causar impacto – especialmente em um palco com tanta gente competindo por atenção. A explícita tabelinha com Padre Kelmon também não ajudou. Talvez tivesse sido útil se Lula estivesse lá para ser constrangido, mas causava estranhamento como recurso para defender o governo.

No fim das contas, o embate de sábado pode ter sido útil para Lula ensaiar sua participação no debate final, quinta-feira, na Globo – ou mesmo reconsiderar sua participação. Na reta final do primeiro turno, Lula segue como favorito à vitória, e a briga de Bolsonaro é para ter uma segunda chance, sem distrações na campanha, em outubro.

Antes do início, a marca do debate deste sábado era a ausência de Lula. No final, a principal novidade foi a presença caricata de Padre Kelmon, e os memes gerados pelas várias cotoveladas e direitos de resposta entre os candidatos. A campanha de Lula já está aproveitando nas redes a pergunta-charada de Soraya (“o que é, o que é”) tripudiando de Bolsonaro. Lula não ganhou estando fora, deixando o púlpito vazio, mas arriscou muito menos do que se estivesse diretamente envolvido nas discussões, e exposto à dobradinha entre Bolsonaro e Kelmon.

Simone e Ciro, mais uma vez, aproveitaram a oportunidade para chamar a atenção. Suas candidaturas podem ganhar mais um sopro nos últimos dias antes do primeiro turno, o que pode dificultar as análises sobre as chances cada vez maiores, mas ainda improváveis, de Lula ganhar em primeiro turno. Mas o efeito eleitoral do debate tende a ser limitado, considerando que a maior parte do eleitorado já está decidida, e que a maior parte das discussões esteve afastada dos temas decisivos dessa eleição – emprego, inflação, e desigualdade social.

Jair Bolsonaro durante debate; candidato à reeleição, presidente foi alvo do debate Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Bolsonaro, aliás, teve um bom desempenho em um debate difícil para ele. Foi disciplinado, dada a quantidade de críticas ao governo. Quando atacado, respondeu com cautela, dentro do ensaiado, e foi o candidato que mais tentou trazer à luz o tema mais importante destas eleições – a economia. O problema é que isso é pouco para virar o jogo. Bolsonaro insiste que a economia vai bem, mas as pesquisas mostram que o eleitor discorda. É difícil convencer o eleitor se a situação dentro de casa é de dificuldade. Bolsonaro então diz que paga o Auxílio Brasil, mas isso o eleitor já sabe. Juntando todas as peças do discurso econômico de Bolsonaro, a verdade é que ele não trouxe novidades, e por isso não deve causar impacto – especialmente em um palco com tanta gente competindo por atenção. A explícita tabelinha com Padre Kelmon também não ajudou. Talvez tivesse sido útil se Lula estivesse lá para ser constrangido, mas causava estranhamento como recurso para defender o governo.

No fim das contas, o embate de sábado pode ter sido útil para Lula ensaiar sua participação no debate final, quinta-feira, na Globo – ou mesmo reconsiderar sua participação. Na reta final do primeiro turno, Lula segue como favorito à vitória, e a briga de Bolsonaro é para ter uma segunda chance, sem distrações na campanha, em outubro.

Opinião por Silvio Cascione

Mestre em ciência política pela UNB e diretor da consultoria Eurasia Group

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