2025 começa logo mais. O novo ano vem carregado de instabilidade política e econômica. Logo no início, o Congresso, sob nova direção, terá que lidar com o impasse sobre as emendas parlamentares. O Supremo Tribunal Federal estragou o Natal de muitos deputados e senadores ao suspender, nesta segunda, o pagamento de R$ 4,2 bilhões nos últimos dias de 2024.
O conflito sobre as emendas não diz respeito apenas ao dia-a-dia das votações; será também uma guerra sobre o controle do Orçamento e a formação de alianças neste e nos próximos governos. Operações da Polícia Federal sobre desvio de emendas só tornam o tema mais explosivo.
Enquanto isso, Lula sinalizou que pretende aproveitar o momento para trocar alguns de seus ministros e representantes no Congresso. Mas a prioridade dele não será a governabilidade imediata, e sim o papel que cada um desses políticos e partidos terá na eleição de 2026. O risco de atrasos e derrotas nas votações no Congresso será maior, aumentando a imprevisibilidade da agenda econômica.
Em paralelo, Lula e seus desafiantes começarão a dar contornos mais nítidos aos discursos de campanha. Entre os governistas, o desafio será manter a popularidade de Lula. Hoje, ele seria favorito à reeleição, mas a inflação está subindo e deve aumentar as chances da oposição. A saúde do presidente também será um ponto importante a se monitorar. Lula mostra ter vontade e condições de concorrer em 2026, mas uma recaída voltará a alimentar especulações sobre uma possível troca. Hoje, Fernando Haddad e Camilo Santana, em menor escala, são os nomes mais comentados no PT como os primeiros da linha sucessória.
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Na oposição, tudo gira, ainda, em torno de Jair Bolsonaro. Ele será condenado e preso? 2025 será um ano de muita ação na Justiça sobre a tentativa de impedir a posse de Lula. Muitos políticos e partidos tradicionais podem tentar se distanciar do ex-presidente, deixando a oposição mais dividida; essa disputa de poder na centro-direita tende a se tornar mais feroz à medida que Lula se enfraqueça. A força eleitoral de Bolsonaro, porém, não se dissipará facilmente; a chance de um de seus filhos se tornar presidente da República em 2027 é concreta.
Tudo isso sem mencionar que, em menos de um mês, Donald Trump voltará à Casa Branca – com seu pacote imprevisível de medidas econômicas, e trazendo ao seu lado o ativista político mais rico da história da humanidade: Elon Musk.
Vale um respiro antes de mergulhar em um ano com tantas histórias importantes para acompanhar. Há coisa demais em jogo. Boa virada de ano, e um 2025 de muitas realizações e boas notícias.