As relações entre Executivo e o Congresso

Opinião|Sucessão na Câmara dos Deputados fica mais aberta, mas Lira ainda dá as cartas


Rusga com o governo atrapalhou presidente da Câmara, mas postura cooperativa dos últimos dias indica boas chances de composição com Planalto para sucessão em 2025

Por Silvio Cascione

A sucessão na Câmara dos Deputados está mais aberta do que parecia em 2023, mas ainda sob controle do presidente Arthur Lira.

A situação ficou um pouco mais nebulosa, em parte, por causa de alguns sinais de fraqueza de Lira. O principal deles veio após o discurso de abertura do ano legislativo, com cobrança explícita pelo cumprimento de acordos, e ameaças veladas de rompimento.

Arthur Lira ainda tem o controle sobre sua sucessão, mas disputa ficou mais aberta após demonstração de fraqueza Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
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A fala de Lira caiu mal entre deputados que apreciam uma boa relação com o governo de ocasião. Ainda mais quando ficou claro que Lula não cederia à pressão pela substituição do ministro Alexandre Padilha, e que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, não convocaria rapidamente uma sessão para derrubada de vetos presidenciais – como os que afetaram o cronograma de pagamento de emendas parlamentares.

Foi um desgaste desnecessário para Lira, que viu muitos deputados começarem a especular sobre outros nomes para sua sucessão. Candidatos que já circulam desde o ano passado, mas que sempre foram vistos com chances remotas, começaram a aparecer com mais frequência nas conversas. Elmar Nascimento ainda é tratado como favorito, pelo provável apoio de Lira, mas Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões ganharam algum espaço para tentar se cacifar.

Para o governo, a situação atual é bem-vinda. Lula se manteve firme com Lira porque sua popularidade segue estável, e a economia ainda está firme. As negociações podem até ser duras, mas parlamentares não querem saber de crise, rompimento, em circunstâncias assim. Lira terá dificuldades em manter a corda esticada, o que é bom para a agenda legislativa do governo e para as perspectivas de aprovação de várias medidas da pauta ambiental e tributária, entre outras.

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Elmar Nascimento ainda é o favorito na futura eleição para o comando da Câmara, embora adversários tenham ganhado atenção Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Mas seria muito prematuro afirmar que Lira perdeu o controle de sua sucessão. O governo pode estar em boa posição, mas continua sem votos suficientes para bancar um candidato próprio à sucessão. Portanto, dificilmente Lula confrontará Lira abertamente, sob pena de empurrar o atual e o próximo presidente da Câmara para a oposição. Dessa forma, para Lira voltar a ter grande controle sobre sua sucessão, basta baixar o tom e aproximar-se do governo – e é exatamente isso que tem feito desde o Carnaval.

Nos próximos meses, esse jogo continuará a gerar ruído na Câmara, com partidos tentando se posicionar, e o governo tentando garantias de Lira e seu candidato de que eles continuarão ajudando o governo. Com incentivos mútuos para a cooperação, a agenda legislativa deve continuar relativamente previsível nesse período.

A sucessão na Câmara dos Deputados está mais aberta do que parecia em 2023, mas ainda sob controle do presidente Arthur Lira.

A situação ficou um pouco mais nebulosa, em parte, por causa de alguns sinais de fraqueza de Lira. O principal deles veio após o discurso de abertura do ano legislativo, com cobrança explícita pelo cumprimento de acordos, e ameaças veladas de rompimento.

Arthur Lira ainda tem o controle sobre sua sucessão, mas disputa ficou mais aberta após demonstração de fraqueza Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

A fala de Lira caiu mal entre deputados que apreciam uma boa relação com o governo de ocasião. Ainda mais quando ficou claro que Lula não cederia à pressão pela substituição do ministro Alexandre Padilha, e que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, não convocaria rapidamente uma sessão para derrubada de vetos presidenciais – como os que afetaram o cronograma de pagamento de emendas parlamentares.

Foi um desgaste desnecessário para Lira, que viu muitos deputados começarem a especular sobre outros nomes para sua sucessão. Candidatos que já circulam desde o ano passado, mas que sempre foram vistos com chances remotas, começaram a aparecer com mais frequência nas conversas. Elmar Nascimento ainda é tratado como favorito, pelo provável apoio de Lira, mas Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões ganharam algum espaço para tentar se cacifar.

Para o governo, a situação atual é bem-vinda. Lula se manteve firme com Lira porque sua popularidade segue estável, e a economia ainda está firme. As negociações podem até ser duras, mas parlamentares não querem saber de crise, rompimento, em circunstâncias assim. Lira terá dificuldades em manter a corda esticada, o que é bom para a agenda legislativa do governo e para as perspectivas de aprovação de várias medidas da pauta ambiental e tributária, entre outras.

Elmar Nascimento ainda é o favorito na futura eleição para o comando da Câmara, embora adversários tenham ganhado atenção Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Mas seria muito prematuro afirmar que Lira perdeu o controle de sua sucessão. O governo pode estar em boa posição, mas continua sem votos suficientes para bancar um candidato próprio à sucessão. Portanto, dificilmente Lula confrontará Lira abertamente, sob pena de empurrar o atual e o próximo presidente da Câmara para a oposição. Dessa forma, para Lira voltar a ter grande controle sobre sua sucessão, basta baixar o tom e aproximar-se do governo – e é exatamente isso que tem feito desde o Carnaval.

Nos próximos meses, esse jogo continuará a gerar ruído na Câmara, com partidos tentando se posicionar, e o governo tentando garantias de Lira e seu candidato de que eles continuarão ajudando o governo. Com incentivos mútuos para a cooperação, a agenda legislativa deve continuar relativamente previsível nesse período.

A sucessão na Câmara dos Deputados está mais aberta do que parecia em 2023, mas ainda sob controle do presidente Arthur Lira.

A situação ficou um pouco mais nebulosa, em parte, por causa de alguns sinais de fraqueza de Lira. O principal deles veio após o discurso de abertura do ano legislativo, com cobrança explícita pelo cumprimento de acordos, e ameaças veladas de rompimento.

Arthur Lira ainda tem o controle sobre sua sucessão, mas disputa ficou mais aberta após demonstração de fraqueza Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

A fala de Lira caiu mal entre deputados que apreciam uma boa relação com o governo de ocasião. Ainda mais quando ficou claro que Lula não cederia à pressão pela substituição do ministro Alexandre Padilha, e que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, não convocaria rapidamente uma sessão para derrubada de vetos presidenciais – como os que afetaram o cronograma de pagamento de emendas parlamentares.

Foi um desgaste desnecessário para Lira, que viu muitos deputados começarem a especular sobre outros nomes para sua sucessão. Candidatos que já circulam desde o ano passado, mas que sempre foram vistos com chances remotas, começaram a aparecer com mais frequência nas conversas. Elmar Nascimento ainda é tratado como favorito, pelo provável apoio de Lira, mas Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões ganharam algum espaço para tentar se cacifar.

Para o governo, a situação atual é bem-vinda. Lula se manteve firme com Lira porque sua popularidade segue estável, e a economia ainda está firme. As negociações podem até ser duras, mas parlamentares não querem saber de crise, rompimento, em circunstâncias assim. Lira terá dificuldades em manter a corda esticada, o que é bom para a agenda legislativa do governo e para as perspectivas de aprovação de várias medidas da pauta ambiental e tributária, entre outras.

Elmar Nascimento ainda é o favorito na futura eleição para o comando da Câmara, embora adversários tenham ganhado atenção Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Mas seria muito prematuro afirmar que Lira perdeu o controle de sua sucessão. O governo pode estar em boa posição, mas continua sem votos suficientes para bancar um candidato próprio à sucessão. Portanto, dificilmente Lula confrontará Lira abertamente, sob pena de empurrar o atual e o próximo presidente da Câmara para a oposição. Dessa forma, para Lira voltar a ter grande controle sobre sua sucessão, basta baixar o tom e aproximar-se do governo – e é exatamente isso que tem feito desde o Carnaval.

Nos próximos meses, esse jogo continuará a gerar ruído na Câmara, com partidos tentando se posicionar, e o governo tentando garantias de Lira e seu candidato de que eles continuarão ajudando o governo. Com incentivos mútuos para a cooperação, a agenda legislativa deve continuar relativamente previsível nesse período.

A sucessão na Câmara dos Deputados está mais aberta do que parecia em 2023, mas ainda sob controle do presidente Arthur Lira.

A situação ficou um pouco mais nebulosa, em parte, por causa de alguns sinais de fraqueza de Lira. O principal deles veio após o discurso de abertura do ano legislativo, com cobrança explícita pelo cumprimento de acordos, e ameaças veladas de rompimento.

Arthur Lira ainda tem o controle sobre sua sucessão, mas disputa ficou mais aberta após demonstração de fraqueza Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

A fala de Lira caiu mal entre deputados que apreciam uma boa relação com o governo de ocasião. Ainda mais quando ficou claro que Lula não cederia à pressão pela substituição do ministro Alexandre Padilha, e que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, não convocaria rapidamente uma sessão para derrubada de vetos presidenciais – como os que afetaram o cronograma de pagamento de emendas parlamentares.

Foi um desgaste desnecessário para Lira, que viu muitos deputados começarem a especular sobre outros nomes para sua sucessão. Candidatos que já circulam desde o ano passado, mas que sempre foram vistos com chances remotas, começaram a aparecer com mais frequência nas conversas. Elmar Nascimento ainda é tratado como favorito, pelo provável apoio de Lira, mas Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões ganharam algum espaço para tentar se cacifar.

Para o governo, a situação atual é bem-vinda. Lula se manteve firme com Lira porque sua popularidade segue estável, e a economia ainda está firme. As negociações podem até ser duras, mas parlamentares não querem saber de crise, rompimento, em circunstâncias assim. Lira terá dificuldades em manter a corda esticada, o que é bom para a agenda legislativa do governo e para as perspectivas de aprovação de várias medidas da pauta ambiental e tributária, entre outras.

Elmar Nascimento ainda é o favorito na futura eleição para o comando da Câmara, embora adversários tenham ganhado atenção Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Mas seria muito prematuro afirmar que Lira perdeu o controle de sua sucessão. O governo pode estar em boa posição, mas continua sem votos suficientes para bancar um candidato próprio à sucessão. Portanto, dificilmente Lula confrontará Lira abertamente, sob pena de empurrar o atual e o próximo presidente da Câmara para a oposição. Dessa forma, para Lira voltar a ter grande controle sobre sua sucessão, basta baixar o tom e aproximar-se do governo – e é exatamente isso que tem feito desde o Carnaval.

Nos próximos meses, esse jogo continuará a gerar ruído na Câmara, com partidos tentando se posicionar, e o governo tentando garantias de Lira e seu candidato de que eles continuarão ajudando o governo. Com incentivos mútuos para a cooperação, a agenda legislativa deve continuar relativamente previsível nesse período.

A sucessão na Câmara dos Deputados está mais aberta do que parecia em 2023, mas ainda sob controle do presidente Arthur Lira.

A situação ficou um pouco mais nebulosa, em parte, por causa de alguns sinais de fraqueza de Lira. O principal deles veio após o discurso de abertura do ano legislativo, com cobrança explícita pelo cumprimento de acordos, e ameaças veladas de rompimento.

Arthur Lira ainda tem o controle sobre sua sucessão, mas disputa ficou mais aberta após demonstração de fraqueza Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

A fala de Lira caiu mal entre deputados que apreciam uma boa relação com o governo de ocasião. Ainda mais quando ficou claro que Lula não cederia à pressão pela substituição do ministro Alexandre Padilha, e que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, não convocaria rapidamente uma sessão para derrubada de vetos presidenciais – como os que afetaram o cronograma de pagamento de emendas parlamentares.

Foi um desgaste desnecessário para Lira, que viu muitos deputados começarem a especular sobre outros nomes para sua sucessão. Candidatos que já circulam desde o ano passado, mas que sempre foram vistos com chances remotas, começaram a aparecer com mais frequência nas conversas. Elmar Nascimento ainda é tratado como favorito, pelo provável apoio de Lira, mas Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões ganharam algum espaço para tentar se cacifar.

Para o governo, a situação atual é bem-vinda. Lula se manteve firme com Lira porque sua popularidade segue estável, e a economia ainda está firme. As negociações podem até ser duras, mas parlamentares não querem saber de crise, rompimento, em circunstâncias assim. Lira terá dificuldades em manter a corda esticada, o que é bom para a agenda legislativa do governo e para as perspectivas de aprovação de várias medidas da pauta ambiental e tributária, entre outras.

Elmar Nascimento ainda é o favorito na futura eleição para o comando da Câmara, embora adversários tenham ganhado atenção Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Mas seria muito prematuro afirmar que Lira perdeu o controle de sua sucessão. O governo pode estar em boa posição, mas continua sem votos suficientes para bancar um candidato próprio à sucessão. Portanto, dificilmente Lula confrontará Lira abertamente, sob pena de empurrar o atual e o próximo presidente da Câmara para a oposição. Dessa forma, para Lira voltar a ter grande controle sobre sua sucessão, basta baixar o tom e aproximar-se do governo – e é exatamente isso que tem feito desde o Carnaval.

Nos próximos meses, esse jogo continuará a gerar ruído na Câmara, com partidos tentando se posicionar, e o governo tentando garantias de Lira e seu candidato de que eles continuarão ajudando o governo. Com incentivos mútuos para a cooperação, a agenda legislativa deve continuar relativamente previsível nesse período.

Opinião por Silvio Cascione

Mestre em ciência política pela UNB e diretor da consultoria Eurasia Group

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