O ministro Carlos Velloso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Polícia Federal inquérito que investiga a participação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) na venda irregular de Títulos da Dívida Agrária (TDAs). Carlos Velloso deu prazo de 60 dias para que a PF conclua as investigações. O ministro tomou a decisão após receber parecer do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, segundo o qual é necessário prosseguir nas apurações. Em seu parecer, Brindeiro aborda o fato de que não existem mais as informações fiscais de Jader relativas a 1988 e 1989. Na quarta-feira, o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, disse ao STF que os dados fiscais do senador foram incinerados. Segundo ele, a providência foi tomada com base na lei que prevê a destruição dos documentos após cinco anos. "Entende o Ministério Público Federal que este fato isolado (incineração) não prejudicará o desfecho das investigações, pois os dados fiscais, apesar de relevantes para o inquérito, não são absolutamente imprescindíveis às apurações", afirmou Brindeiro. O procurador disse que é necessário que a PF realize o cruzamento dos dados bancários dos supostos envolvidos na venda irregular de TDAs. Além de Jader, estão apontados no inquérito sua ex-mulher, a deputada federal Elcione Barbalho (PMDB-PA), o pai do parlamentar, Laércio Wilson Barbalho, o empresário Vicente de Paula Pedrosa da Silva, o ex-assessor Antônio César Pinho Brasil e a empresa Free Lancer Assessoria, Consultoria, Lobby, Negócios e Serviços Ltda.
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