STF mantém multa a Arthur do Val por chamar bolsonaristas de ‘gado’ em vídeo na Avenida Paulista


‘Mamãefalei’ foi condenado ao pagamento de multa de R$ 60 mil por ‘danos morais’ a advogados chamados de ‘gado’ durante protesto em 1º de maio de 2021. Procurado, ex-deputado não se manifestou

Por Juliano Galisi

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em um processo contra o ex-deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãefalei”.

Em decisão monocrática, a relatora Cármen Lúcia considerou que o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) “extrapolou” os limites da liberdade de expressão e negou o recurso apresentado pela defesa. Com a sentença, Do Val terá que pagar um total de R$ 60 mil a dois advogados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que se sentiram “ridicularizados” ao serem chamados de “gado” pelo ex-deputado estadual, que publicou a abordagem em seu canal do YouTube.

Arthur do Val, ex-deputado estadual de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão
continua após a publicidade

O vídeo retratava a presença do “Mamãefalei”, então deputado estadual, em uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, ocorrida em 1º de maio de 2021. Do Val abordou dois advogados e os questionou sobre supostos esquemas de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP).

À Justiça de São Paulo, os advogados alegaram que foram “ridicularizados” pela edição do vídeo, qualificando a abordagem do então deputado estadual como “verdadeira armação para criar vídeo de conteúdo vexatório”. Na primeira instância, a reclamação foi julgada como procedente pelo Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do TJ-SP.

Houve recurso à segunda instância e ao STF. Ao Supremo, a defesa de Do Val alegou que o processo envolvia “notória inversão de valores”. Segundo o advogado Arthur Alves Scarance, o ex-parlamentar “adotou uma posição estritamente lícita, já que o vídeo sub judice aborda a sua opinião pessoal, em antagonismo a opinião de terceiro”. “Não houve alteração na fala, no pensamento ou nas ideias”, afirmou a defesa.

continua após a publicidade

Cármen Lúcia, entretanto, decidiu pela manutenção da multa. “Ficou evidenciado nos autos o propósito do agravante (Arthur do Val) em propagar informação editada em ofensa aos direitos da personalidade de quem teve sua imagem retratada, extrapolando-se, comprovadamente, os limites do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz o despacho da ministra.

Segundo a relatora, o consentimento do advogado para a gravação da conversa não poderia embasar a “disseminação de preconceitos” por parte de Arthur do Val.

continua após a publicidade

O Estadão procurou Do Val e Scarance para comentários sobre a decisão, mas não obteve retorno. O espaço está à disposição.

Relembre a trajetória do ‘Mamãefalei’

Em 2020, Do Val foi candidato a prefeito de São Paulo pelo Patriota, legenda que se fundiu ao PTB para a criação do PRD. Obteve o 5º lugar naquele pleito, com 522.210 votos.

continua após a publicidade

Meses depois, em abril de 2022, renunciou ao mandato de deputado estadual em meio a um processo de cassação por “quebra de decoro parlamentar”, em função do vazamento de áudios nos quais se referia às mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em um processo contra o ex-deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãefalei”.

Em decisão monocrática, a relatora Cármen Lúcia considerou que o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) “extrapolou” os limites da liberdade de expressão e negou o recurso apresentado pela defesa. Com a sentença, Do Val terá que pagar um total de R$ 60 mil a dois advogados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que se sentiram “ridicularizados” ao serem chamados de “gado” pelo ex-deputado estadual, que publicou a abordagem em seu canal do YouTube.

Arthur do Val, ex-deputado estadual de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

O vídeo retratava a presença do “Mamãefalei”, então deputado estadual, em uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, ocorrida em 1º de maio de 2021. Do Val abordou dois advogados e os questionou sobre supostos esquemas de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP).

À Justiça de São Paulo, os advogados alegaram que foram “ridicularizados” pela edição do vídeo, qualificando a abordagem do então deputado estadual como “verdadeira armação para criar vídeo de conteúdo vexatório”. Na primeira instância, a reclamação foi julgada como procedente pelo Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do TJ-SP.

Houve recurso à segunda instância e ao STF. Ao Supremo, a defesa de Do Val alegou que o processo envolvia “notória inversão de valores”. Segundo o advogado Arthur Alves Scarance, o ex-parlamentar “adotou uma posição estritamente lícita, já que o vídeo sub judice aborda a sua opinião pessoal, em antagonismo a opinião de terceiro”. “Não houve alteração na fala, no pensamento ou nas ideias”, afirmou a defesa.

Cármen Lúcia, entretanto, decidiu pela manutenção da multa. “Ficou evidenciado nos autos o propósito do agravante (Arthur do Val) em propagar informação editada em ofensa aos direitos da personalidade de quem teve sua imagem retratada, extrapolando-se, comprovadamente, os limites do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz o despacho da ministra.

Segundo a relatora, o consentimento do advogado para a gravação da conversa não poderia embasar a “disseminação de preconceitos” por parte de Arthur do Val.

O Estadão procurou Do Val e Scarance para comentários sobre a decisão, mas não obteve retorno. O espaço está à disposição.

Relembre a trajetória do ‘Mamãefalei’

Em 2020, Do Val foi candidato a prefeito de São Paulo pelo Patriota, legenda que se fundiu ao PTB para a criação do PRD. Obteve o 5º lugar naquele pleito, com 522.210 votos.

Meses depois, em abril de 2022, renunciou ao mandato de deputado estadual em meio a um processo de cassação por “quebra de decoro parlamentar”, em função do vazamento de áudios nos quais se referia às mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em um processo contra o ex-deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãefalei”.

Em decisão monocrática, a relatora Cármen Lúcia considerou que o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) “extrapolou” os limites da liberdade de expressão e negou o recurso apresentado pela defesa. Com a sentença, Do Val terá que pagar um total de R$ 60 mil a dois advogados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que se sentiram “ridicularizados” ao serem chamados de “gado” pelo ex-deputado estadual, que publicou a abordagem em seu canal do YouTube.

Arthur do Val, ex-deputado estadual de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

O vídeo retratava a presença do “Mamãefalei”, então deputado estadual, em uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, ocorrida em 1º de maio de 2021. Do Val abordou dois advogados e os questionou sobre supostos esquemas de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP).

À Justiça de São Paulo, os advogados alegaram que foram “ridicularizados” pela edição do vídeo, qualificando a abordagem do então deputado estadual como “verdadeira armação para criar vídeo de conteúdo vexatório”. Na primeira instância, a reclamação foi julgada como procedente pelo Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do TJ-SP.

Houve recurso à segunda instância e ao STF. Ao Supremo, a defesa de Do Val alegou que o processo envolvia “notória inversão de valores”. Segundo o advogado Arthur Alves Scarance, o ex-parlamentar “adotou uma posição estritamente lícita, já que o vídeo sub judice aborda a sua opinião pessoal, em antagonismo a opinião de terceiro”. “Não houve alteração na fala, no pensamento ou nas ideias”, afirmou a defesa.

Cármen Lúcia, entretanto, decidiu pela manutenção da multa. “Ficou evidenciado nos autos o propósito do agravante (Arthur do Val) em propagar informação editada em ofensa aos direitos da personalidade de quem teve sua imagem retratada, extrapolando-se, comprovadamente, os limites do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz o despacho da ministra.

Segundo a relatora, o consentimento do advogado para a gravação da conversa não poderia embasar a “disseminação de preconceitos” por parte de Arthur do Val.

O Estadão procurou Do Val e Scarance para comentários sobre a decisão, mas não obteve retorno. O espaço está à disposição.

Relembre a trajetória do ‘Mamãefalei’

Em 2020, Do Val foi candidato a prefeito de São Paulo pelo Patriota, legenda que se fundiu ao PTB para a criação do PRD. Obteve o 5º lugar naquele pleito, com 522.210 votos.

Meses depois, em abril de 2022, renunciou ao mandato de deputado estadual em meio a um processo de cassação por “quebra de decoro parlamentar”, em função do vazamento de áudios nos quais se referia às mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em um processo contra o ex-deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãefalei”.

Em decisão monocrática, a relatora Cármen Lúcia considerou que o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) “extrapolou” os limites da liberdade de expressão e negou o recurso apresentado pela defesa. Com a sentença, Do Val terá que pagar um total de R$ 60 mil a dois advogados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que se sentiram “ridicularizados” ao serem chamados de “gado” pelo ex-deputado estadual, que publicou a abordagem em seu canal do YouTube.

Arthur do Val, ex-deputado estadual de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

O vídeo retratava a presença do “Mamãefalei”, então deputado estadual, em uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, ocorrida em 1º de maio de 2021. Do Val abordou dois advogados e os questionou sobre supostos esquemas de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP).

À Justiça de São Paulo, os advogados alegaram que foram “ridicularizados” pela edição do vídeo, qualificando a abordagem do então deputado estadual como “verdadeira armação para criar vídeo de conteúdo vexatório”. Na primeira instância, a reclamação foi julgada como procedente pelo Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do TJ-SP.

Houve recurso à segunda instância e ao STF. Ao Supremo, a defesa de Do Val alegou que o processo envolvia “notória inversão de valores”. Segundo o advogado Arthur Alves Scarance, o ex-parlamentar “adotou uma posição estritamente lícita, já que o vídeo sub judice aborda a sua opinião pessoal, em antagonismo a opinião de terceiro”. “Não houve alteração na fala, no pensamento ou nas ideias”, afirmou a defesa.

Cármen Lúcia, entretanto, decidiu pela manutenção da multa. “Ficou evidenciado nos autos o propósito do agravante (Arthur do Val) em propagar informação editada em ofensa aos direitos da personalidade de quem teve sua imagem retratada, extrapolando-se, comprovadamente, os limites do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz o despacho da ministra.

Segundo a relatora, o consentimento do advogado para a gravação da conversa não poderia embasar a “disseminação de preconceitos” por parte de Arthur do Val.

O Estadão procurou Do Val e Scarance para comentários sobre a decisão, mas não obteve retorno. O espaço está à disposição.

Relembre a trajetória do ‘Mamãefalei’

Em 2020, Do Val foi candidato a prefeito de São Paulo pelo Patriota, legenda que se fundiu ao PTB para a criação do PRD. Obteve o 5º lugar naquele pleito, com 522.210 votos.

Meses depois, em abril de 2022, renunciou ao mandato de deputado estadual em meio a um processo de cassação por “quebra de decoro parlamentar”, em função do vazamento de áudios nos quais se referia às mulheres ucranianas como “fáceis, porque são pobres”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.