Tabata oficializa candidatura à Prefeitura ao lado de Alckmin, e vice segue em aberto


Convenção do PSB reúne lideranças nacionais da legenda em torno de deputada federal; sem coligação, Tabata deve disputar comando da capital em ‘chapa puro-sangue’

Por Zeca Ferreira
Atualização:

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado, 27, a candidatura da deputada federal Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. Conforme antecipado pelo Estadão, a escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada e será definida pela Executiva do partido. A expectativa é de que o nome escolhido seja do próprio PSB, embora uma aliança de última hora com o PSDB também não esteja descartada.

A convenção do PSB, realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, contou com a presença de lideranças nacionais do partido. Entre os presentes estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, que é namorado de Tabata.

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Com a presença de caciques do partido, a convenção que consagrou a candidatura de Tabata foi marcada pela exaltação de sua trajetória de vida e por críticas ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). “Em vez de um prefeito covarde, que se apequena e se omite, São Paulo terá uma prefeita que lidera”, disse Tabata em seu discurso, destacando que, caso seja eleita, trabalhará para integrar as forças de segurança.

Com caciques nacionais, convenção do PSB formaliza a deputada federal Tabata Amaral como candidata à Prefeitura de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Em relação à definição do vice, a candidata do PSB afirmou que o nome será escolhido até o dia 5 de agosto. “Ainda temos tempo para tomar essa decisão. Hoje é o dia de apresentar a minha candidatura e os nossos candidatos a vereadores. Não estamos preocupados com esse assunto agora”, declarou Tabata à jornalistas após o evento. Questionada sobre o apoio do PSDB e a convenção tucana, que foi marcada por tumulto, ela preferiu não se manifestar.

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Durante o evento, Tabata disse que se vê no segundo turno das eleições e afirmou que pretende governar a capital paulista por oito anos. Ela criticou aqueles que usam a Prefeitura como trampolim político para pleitear outros cargos no futuro. “Este não é o lugar que prepararam para mim quando eu nasci. Não é o lugar da filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus”, disse, acrescentando que pretende se dedicar integralmente ao mandato.

SÃO PAULO 27/07/2024 NACIONAL CONVENÇÃO PSB- O PSB realiza a sua convenção partidária para lançar a candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo neste sábado, 27 de julho, a partir das 9 horas, no ginásio da escola de samba Rosas de Ouro. A expectativa é reunir cerca de 1.500 pessoas. Estarão presentes lideranças do PSB, como Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Carlos Siqueira, presidente nacional do partido; Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e a professora Lúcia França; Renato Casagrande, governador do Espírito Santo; João Campos, prefeito de Recife; e Pedro Campos, deputado federal. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva/Estadão
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Em seu discurso, Márcio França não poupou críticas a Ricardo Nunes, afirmando que, entre os candidatos ao comando da capital, ele deve ser o mais criticado por já ocupar a cadeira de prefeito. “Todos merecem respeito, mas há uma candidatura que deve ser mais criticada, que é a do prefeito. Ele já é prefeito. Tudo que ele diz que vai fazer, já deveria ter sido feito. Tudo bem que tem até um meme, que o chama de Ricardo Nuno, porque ele não tem expressão”, disse França.

O ministro também falou sobre uma eventual aliança com o PSDB, não descartando um arranjo de última hora. “Como temos essa facilidade nos relacionamentos, não temos nenhum tipo de vedação a um lado ou outro. O que precisamos fazer é a nossa parte: realizar a convenção e aguardar até o dia 6, que é o último dia. Até a última hora, sempre pode haver alguma mudança, e gostaríamos, é claro, de trazer cada vez mais gente”, disse França.

O ex-tucano Geraldo Alckmin disse que não só respeita o PSDB, como também o apresentador José Luiz Datena, escolhido como candidato tucano nas eleições deste ano. “A candidatura da Tabata tem seu caminho. Ela já está colocada, muito bem recebida, está preparada, tem espírito público, amor à cidade, amor ao povo, e nós temos certeza que ela vai transmitir a boa mensagem de que a cidade pode melhorar.”

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Como é praxe em convenções partidárias, a reunião que homologou a candidatura de Tabata Amaral ocorreu em um espaço reservado, enquanto a militância do partido aguardava o discurso das autoridades. O encontro também aprovou a chapa de vereadores do PSB, que vai lançar 56 candidatos à Câmara Municipal.

Vice em aberto

A convenção do PSB ocorreu simultaneamente à do PSDB na manhã deste sábado, 27, que na véspera homologou o apresentador José Luiz Datena como candidato à Prefeitura. A confirmação do jornalista na disputa frustra os planos de Tabata, que esperava contar com o apoio dos tucanos. Com o PSDB ao seu lado, ela não só teria mais tempo de propaganda em rádio e TV, como também a expertise de uma sigla que já governou a maior cidade do País.

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Embora a candidatura de Datena tenha sido homologada, ainda não é certo que o apresentador estará nas urnas nas eleições de outubro. O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, está tentando barrar a candidatura de Datena por meio de uma ação judicial. Além disso, o próprio jornalista tem um histórico de desistências. Ele já foi pré-candidato em quatro eleições anteriores, mas sempre acaba desistindo.

Caso a candidatura de Datena se confirme até o dia 15 de agosto, último dia para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tabata terá que escolher um nome do próprio partido como vice. Entre os cotados estão Lu Alckmin, esposa de Geraldo Alckmin, e Lúcia França, esposa de Márcio França. Alckmin e França são os principais fiadores da candidatura da deputada.

Se, por algum motivo, a candidatura de Datena não for confirmada, ainda existe a possibilidade de uma composição com o PSDB, com o presidente municipal da legenda, José Aníbal, ou o presidente da federação PSDB-Cidadania, Mário Covas Neto, assumindo a vice do PSB. Esse cenário, porém, é considerado pouco provável pelo entorno de Tabata, que já vêem uma chapa puro-sangue como a realidade mais plausível.

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Terceira via

Embora rejeite o rótulo de “terceira via”, Tabata busca se posicionar como alternativa aos nomes do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiados, respectivamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua estratégia é frequentemente comparada à da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, a pessebista afirmou ser a única candidata à Prefeitura capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual. “Sou a única que pode governar com Lula e com Tarcísio”, destacou. A deputada utiliza seu bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente Lula como um trunfo eleitoral.

Apesar de evitar críticas ao governo federal, Tabata tem sido dura com Boulos, candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. No primeiro trimestre, ela criticou o candidato do PSOL por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre uma pesquisa eleitoral. Além disso, afirmou que tanto Nunes quanto Boulos a procuraram para propor algum tipo de acordo para a disputa pelo comando da capital.

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Tabata aparece com 7% das intenções de voto, empatada tecnicamente em terceiro lugar com Datena, que tem 11%, e Pablo Marçal (PRTB), que tem 10%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nunes e Boulos lideram, com 24% e 23%, respectivamente.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado, 27, a candidatura da deputada federal Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. Conforme antecipado pelo Estadão, a escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada e será definida pela Executiva do partido. A expectativa é de que o nome escolhido seja do próprio PSB, embora uma aliança de última hora com o PSDB também não esteja descartada.

A convenção do PSB, realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, contou com a presença de lideranças nacionais do partido. Entre os presentes estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, que é namorado de Tabata.

Com a presença de caciques do partido, a convenção que consagrou a candidatura de Tabata foi marcada pela exaltação de sua trajetória de vida e por críticas ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). “Em vez de um prefeito covarde, que se apequena e se omite, São Paulo terá uma prefeita que lidera”, disse Tabata em seu discurso, destacando que, caso seja eleita, trabalhará para integrar as forças de segurança.

Com caciques nacionais, convenção do PSB formaliza a deputada federal Tabata Amaral como candidata à Prefeitura de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Em relação à definição do vice, a candidata do PSB afirmou que o nome será escolhido até o dia 5 de agosto. “Ainda temos tempo para tomar essa decisão. Hoje é o dia de apresentar a minha candidatura e os nossos candidatos a vereadores. Não estamos preocupados com esse assunto agora”, declarou Tabata à jornalistas após o evento. Questionada sobre o apoio do PSDB e a convenção tucana, que foi marcada por tumulto, ela preferiu não se manifestar.

Durante o evento, Tabata disse que se vê no segundo turno das eleições e afirmou que pretende governar a capital paulista por oito anos. Ela criticou aqueles que usam a Prefeitura como trampolim político para pleitear outros cargos no futuro. “Este não é o lugar que prepararam para mim quando eu nasci. Não é o lugar da filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus”, disse, acrescentando que pretende se dedicar integralmente ao mandato.

SÃO PAULO 27/07/2024 NACIONAL CONVENÇÃO PSB- O PSB realiza a sua convenção partidária para lançar a candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo neste sábado, 27 de julho, a partir das 9 horas, no ginásio da escola de samba Rosas de Ouro. A expectativa é reunir cerca de 1.500 pessoas. Estarão presentes lideranças do PSB, como Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Carlos Siqueira, presidente nacional do partido; Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e a professora Lúcia França; Renato Casagrande, governador do Espírito Santo; João Campos, prefeito de Recife; e Pedro Campos, deputado federal. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva/Estadão

Em seu discurso, Márcio França não poupou críticas a Ricardo Nunes, afirmando que, entre os candidatos ao comando da capital, ele deve ser o mais criticado por já ocupar a cadeira de prefeito. “Todos merecem respeito, mas há uma candidatura que deve ser mais criticada, que é a do prefeito. Ele já é prefeito. Tudo que ele diz que vai fazer, já deveria ter sido feito. Tudo bem que tem até um meme, que o chama de Ricardo Nuno, porque ele não tem expressão”, disse França.

O ministro também falou sobre uma eventual aliança com o PSDB, não descartando um arranjo de última hora. “Como temos essa facilidade nos relacionamentos, não temos nenhum tipo de vedação a um lado ou outro. O que precisamos fazer é a nossa parte: realizar a convenção e aguardar até o dia 6, que é o último dia. Até a última hora, sempre pode haver alguma mudança, e gostaríamos, é claro, de trazer cada vez mais gente”, disse França.

O ex-tucano Geraldo Alckmin disse que não só respeita o PSDB, como também o apresentador José Luiz Datena, escolhido como candidato tucano nas eleições deste ano. “A candidatura da Tabata tem seu caminho. Ela já está colocada, muito bem recebida, está preparada, tem espírito público, amor à cidade, amor ao povo, e nós temos certeza que ela vai transmitir a boa mensagem de que a cidade pode melhorar.”

Como é praxe em convenções partidárias, a reunião que homologou a candidatura de Tabata Amaral ocorreu em um espaço reservado, enquanto a militância do partido aguardava o discurso das autoridades. O encontro também aprovou a chapa de vereadores do PSB, que vai lançar 56 candidatos à Câmara Municipal.

Vice em aberto

A convenção do PSB ocorreu simultaneamente à do PSDB na manhã deste sábado, 27, que na véspera homologou o apresentador José Luiz Datena como candidato à Prefeitura. A confirmação do jornalista na disputa frustra os planos de Tabata, que esperava contar com o apoio dos tucanos. Com o PSDB ao seu lado, ela não só teria mais tempo de propaganda em rádio e TV, como também a expertise de uma sigla que já governou a maior cidade do País.

Embora a candidatura de Datena tenha sido homologada, ainda não é certo que o apresentador estará nas urnas nas eleições de outubro. O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, está tentando barrar a candidatura de Datena por meio de uma ação judicial. Além disso, o próprio jornalista tem um histórico de desistências. Ele já foi pré-candidato em quatro eleições anteriores, mas sempre acaba desistindo.

Caso a candidatura de Datena se confirme até o dia 15 de agosto, último dia para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tabata terá que escolher um nome do próprio partido como vice. Entre os cotados estão Lu Alckmin, esposa de Geraldo Alckmin, e Lúcia França, esposa de Márcio França. Alckmin e França são os principais fiadores da candidatura da deputada.

Se, por algum motivo, a candidatura de Datena não for confirmada, ainda existe a possibilidade de uma composição com o PSDB, com o presidente municipal da legenda, José Aníbal, ou o presidente da federação PSDB-Cidadania, Mário Covas Neto, assumindo a vice do PSB. Esse cenário, porém, é considerado pouco provável pelo entorno de Tabata, que já vêem uma chapa puro-sangue como a realidade mais plausível.

Terceira via

Embora rejeite o rótulo de “terceira via”, Tabata busca se posicionar como alternativa aos nomes do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiados, respectivamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua estratégia é frequentemente comparada à da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, a pessebista afirmou ser a única candidata à Prefeitura capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual. “Sou a única que pode governar com Lula e com Tarcísio”, destacou. A deputada utiliza seu bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente Lula como um trunfo eleitoral.

Apesar de evitar críticas ao governo federal, Tabata tem sido dura com Boulos, candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. No primeiro trimestre, ela criticou o candidato do PSOL por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre uma pesquisa eleitoral. Além disso, afirmou que tanto Nunes quanto Boulos a procuraram para propor algum tipo de acordo para a disputa pelo comando da capital.

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Tabata aparece com 7% das intenções de voto, empatada tecnicamente em terceiro lugar com Datena, que tem 11%, e Pablo Marçal (PRTB), que tem 10%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nunes e Boulos lideram, com 24% e 23%, respectivamente.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado, 27, a candidatura da deputada federal Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. Conforme antecipado pelo Estadão, a escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada e será definida pela Executiva do partido. A expectativa é de que o nome escolhido seja do próprio PSB, embora uma aliança de última hora com o PSDB também não esteja descartada.

A convenção do PSB, realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, contou com a presença de lideranças nacionais do partido. Entre os presentes estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, que é namorado de Tabata.

Com a presença de caciques do partido, a convenção que consagrou a candidatura de Tabata foi marcada pela exaltação de sua trajetória de vida e por críticas ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). “Em vez de um prefeito covarde, que se apequena e se omite, São Paulo terá uma prefeita que lidera”, disse Tabata em seu discurso, destacando que, caso seja eleita, trabalhará para integrar as forças de segurança.

Com caciques nacionais, convenção do PSB formaliza a deputada federal Tabata Amaral como candidata à Prefeitura de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Em relação à definição do vice, a candidata do PSB afirmou que o nome será escolhido até o dia 5 de agosto. “Ainda temos tempo para tomar essa decisão. Hoje é o dia de apresentar a minha candidatura e os nossos candidatos a vereadores. Não estamos preocupados com esse assunto agora”, declarou Tabata à jornalistas após o evento. Questionada sobre o apoio do PSDB e a convenção tucana, que foi marcada por tumulto, ela preferiu não se manifestar.

Durante o evento, Tabata disse que se vê no segundo turno das eleições e afirmou que pretende governar a capital paulista por oito anos. Ela criticou aqueles que usam a Prefeitura como trampolim político para pleitear outros cargos no futuro. “Este não é o lugar que prepararam para mim quando eu nasci. Não é o lugar da filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus”, disse, acrescentando que pretende se dedicar integralmente ao mandato.

SÃO PAULO 27/07/2024 NACIONAL CONVENÇÃO PSB- O PSB realiza a sua convenção partidária para lançar a candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo neste sábado, 27 de julho, a partir das 9 horas, no ginásio da escola de samba Rosas de Ouro. A expectativa é reunir cerca de 1.500 pessoas. Estarão presentes lideranças do PSB, como Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Carlos Siqueira, presidente nacional do partido; Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e a professora Lúcia França; Renato Casagrande, governador do Espírito Santo; João Campos, prefeito de Recife; e Pedro Campos, deputado federal. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva/Estadão

Em seu discurso, Márcio França não poupou críticas a Ricardo Nunes, afirmando que, entre os candidatos ao comando da capital, ele deve ser o mais criticado por já ocupar a cadeira de prefeito. “Todos merecem respeito, mas há uma candidatura que deve ser mais criticada, que é a do prefeito. Ele já é prefeito. Tudo que ele diz que vai fazer, já deveria ter sido feito. Tudo bem que tem até um meme, que o chama de Ricardo Nuno, porque ele não tem expressão”, disse França.

O ministro também falou sobre uma eventual aliança com o PSDB, não descartando um arranjo de última hora. “Como temos essa facilidade nos relacionamentos, não temos nenhum tipo de vedação a um lado ou outro. O que precisamos fazer é a nossa parte: realizar a convenção e aguardar até o dia 6, que é o último dia. Até a última hora, sempre pode haver alguma mudança, e gostaríamos, é claro, de trazer cada vez mais gente”, disse França.

O ex-tucano Geraldo Alckmin disse que não só respeita o PSDB, como também o apresentador José Luiz Datena, escolhido como candidato tucano nas eleições deste ano. “A candidatura da Tabata tem seu caminho. Ela já está colocada, muito bem recebida, está preparada, tem espírito público, amor à cidade, amor ao povo, e nós temos certeza que ela vai transmitir a boa mensagem de que a cidade pode melhorar.”

Como é praxe em convenções partidárias, a reunião que homologou a candidatura de Tabata Amaral ocorreu em um espaço reservado, enquanto a militância do partido aguardava o discurso das autoridades. O encontro também aprovou a chapa de vereadores do PSB, que vai lançar 56 candidatos à Câmara Municipal.

Vice em aberto

A convenção do PSB ocorreu simultaneamente à do PSDB na manhã deste sábado, 27, que na véspera homologou o apresentador José Luiz Datena como candidato à Prefeitura. A confirmação do jornalista na disputa frustra os planos de Tabata, que esperava contar com o apoio dos tucanos. Com o PSDB ao seu lado, ela não só teria mais tempo de propaganda em rádio e TV, como também a expertise de uma sigla que já governou a maior cidade do País.

Embora a candidatura de Datena tenha sido homologada, ainda não é certo que o apresentador estará nas urnas nas eleições de outubro. O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, está tentando barrar a candidatura de Datena por meio de uma ação judicial. Além disso, o próprio jornalista tem um histórico de desistências. Ele já foi pré-candidato em quatro eleições anteriores, mas sempre acaba desistindo.

Caso a candidatura de Datena se confirme até o dia 15 de agosto, último dia para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tabata terá que escolher um nome do próprio partido como vice. Entre os cotados estão Lu Alckmin, esposa de Geraldo Alckmin, e Lúcia França, esposa de Márcio França. Alckmin e França são os principais fiadores da candidatura da deputada.

Se, por algum motivo, a candidatura de Datena não for confirmada, ainda existe a possibilidade de uma composição com o PSDB, com o presidente municipal da legenda, José Aníbal, ou o presidente da federação PSDB-Cidadania, Mário Covas Neto, assumindo a vice do PSB. Esse cenário, porém, é considerado pouco provável pelo entorno de Tabata, que já vêem uma chapa puro-sangue como a realidade mais plausível.

Terceira via

Embora rejeite o rótulo de “terceira via”, Tabata busca se posicionar como alternativa aos nomes do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiados, respectivamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua estratégia é frequentemente comparada à da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, a pessebista afirmou ser a única candidata à Prefeitura capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual. “Sou a única que pode governar com Lula e com Tarcísio”, destacou. A deputada utiliza seu bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente Lula como um trunfo eleitoral.

Apesar de evitar críticas ao governo federal, Tabata tem sido dura com Boulos, candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. No primeiro trimestre, ela criticou o candidato do PSOL por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre uma pesquisa eleitoral. Além disso, afirmou que tanto Nunes quanto Boulos a procuraram para propor algum tipo de acordo para a disputa pelo comando da capital.

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Tabata aparece com 7% das intenções de voto, empatada tecnicamente em terceiro lugar com Datena, que tem 11%, e Pablo Marçal (PRTB), que tem 10%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nunes e Boulos lideram, com 24% e 23%, respectivamente.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado, 27, a candidatura da deputada federal Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. Conforme antecipado pelo Estadão, a escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada e será definida pela Executiva do partido. A expectativa é de que o nome escolhido seja do próprio PSB, embora uma aliança de última hora com o PSDB também não esteja descartada.

A convenção do PSB, realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, contou com a presença de lideranças nacionais do partido. Entre os presentes estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, que é namorado de Tabata.

Com a presença de caciques do partido, a convenção que consagrou a candidatura de Tabata foi marcada pela exaltação de sua trajetória de vida e por críticas ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). “Em vez de um prefeito covarde, que se apequena e se omite, São Paulo terá uma prefeita que lidera”, disse Tabata em seu discurso, destacando que, caso seja eleita, trabalhará para integrar as forças de segurança.

Com caciques nacionais, convenção do PSB formaliza a deputada federal Tabata Amaral como candidata à Prefeitura de São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Em relação à definição do vice, a candidata do PSB afirmou que o nome será escolhido até o dia 5 de agosto. “Ainda temos tempo para tomar essa decisão. Hoje é o dia de apresentar a minha candidatura e os nossos candidatos a vereadores. Não estamos preocupados com esse assunto agora”, declarou Tabata à jornalistas após o evento. Questionada sobre o apoio do PSDB e a convenção tucana, que foi marcada por tumulto, ela preferiu não se manifestar.

Durante o evento, Tabata disse que se vê no segundo turno das eleições e afirmou que pretende governar a capital paulista por oito anos. Ela criticou aqueles que usam a Prefeitura como trampolim político para pleitear outros cargos no futuro. “Este não é o lugar que prepararam para mim quando eu nasci. Não é o lugar da filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus”, disse, acrescentando que pretende se dedicar integralmente ao mandato.

SÃO PAULO 27/07/2024 NACIONAL CONVENÇÃO PSB- O PSB realiza a sua convenção partidária para lançar a candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo neste sábado, 27 de julho, a partir das 9 horas, no ginásio da escola de samba Rosas de Ouro. A expectativa é reunir cerca de 1.500 pessoas. Estarão presentes lideranças do PSB, como Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Carlos Siqueira, presidente nacional do partido; Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e a professora Lúcia França; Renato Casagrande, governador do Espírito Santo; João Campos, prefeito de Recife; e Pedro Campos, deputado federal. FOTO ALEX SILVA/ESTADÃO Foto: Alex Silva/Estadão

Em seu discurso, Márcio França não poupou críticas a Ricardo Nunes, afirmando que, entre os candidatos ao comando da capital, ele deve ser o mais criticado por já ocupar a cadeira de prefeito. “Todos merecem respeito, mas há uma candidatura que deve ser mais criticada, que é a do prefeito. Ele já é prefeito. Tudo que ele diz que vai fazer, já deveria ter sido feito. Tudo bem que tem até um meme, que o chama de Ricardo Nuno, porque ele não tem expressão”, disse França.

O ministro também falou sobre uma eventual aliança com o PSDB, não descartando um arranjo de última hora. “Como temos essa facilidade nos relacionamentos, não temos nenhum tipo de vedação a um lado ou outro. O que precisamos fazer é a nossa parte: realizar a convenção e aguardar até o dia 6, que é o último dia. Até a última hora, sempre pode haver alguma mudança, e gostaríamos, é claro, de trazer cada vez mais gente”, disse França.

O ex-tucano Geraldo Alckmin disse que não só respeita o PSDB, como também o apresentador José Luiz Datena, escolhido como candidato tucano nas eleições deste ano. “A candidatura da Tabata tem seu caminho. Ela já está colocada, muito bem recebida, está preparada, tem espírito público, amor à cidade, amor ao povo, e nós temos certeza que ela vai transmitir a boa mensagem de que a cidade pode melhorar.”

Como é praxe em convenções partidárias, a reunião que homologou a candidatura de Tabata Amaral ocorreu em um espaço reservado, enquanto a militância do partido aguardava o discurso das autoridades. O encontro também aprovou a chapa de vereadores do PSB, que vai lançar 56 candidatos à Câmara Municipal.

Vice em aberto

A convenção do PSB ocorreu simultaneamente à do PSDB na manhã deste sábado, 27, que na véspera homologou o apresentador José Luiz Datena como candidato à Prefeitura. A confirmação do jornalista na disputa frustra os planos de Tabata, que esperava contar com o apoio dos tucanos. Com o PSDB ao seu lado, ela não só teria mais tempo de propaganda em rádio e TV, como também a expertise de uma sigla que já governou a maior cidade do País.

Embora a candidatura de Datena tenha sido homologada, ainda não é certo que o apresentador estará nas urnas nas eleições de outubro. O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, está tentando barrar a candidatura de Datena por meio de uma ação judicial. Além disso, o próprio jornalista tem um histórico de desistências. Ele já foi pré-candidato em quatro eleições anteriores, mas sempre acaba desistindo.

Caso a candidatura de Datena se confirme até o dia 15 de agosto, último dia para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tabata terá que escolher um nome do próprio partido como vice. Entre os cotados estão Lu Alckmin, esposa de Geraldo Alckmin, e Lúcia França, esposa de Márcio França. Alckmin e França são os principais fiadores da candidatura da deputada.

Se, por algum motivo, a candidatura de Datena não for confirmada, ainda existe a possibilidade de uma composição com o PSDB, com o presidente municipal da legenda, José Aníbal, ou o presidente da federação PSDB-Cidadania, Mário Covas Neto, assumindo a vice do PSB. Esse cenário, porém, é considerado pouco provável pelo entorno de Tabata, que já vêem uma chapa puro-sangue como a realidade mais plausível.

Terceira via

Embora rejeite o rótulo de “terceira via”, Tabata busca se posicionar como alternativa aos nomes do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiados, respectivamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua estratégia é frequentemente comparada à da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, a pessebista afirmou ser a única candidata à Prefeitura capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual. “Sou a única que pode governar com Lula e com Tarcísio”, destacou. A deputada utiliza seu bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente Lula como um trunfo eleitoral.

Apesar de evitar críticas ao governo federal, Tabata tem sido dura com Boulos, candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. No primeiro trimestre, ela criticou o candidato do PSOL por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre uma pesquisa eleitoral. Além disso, afirmou que tanto Nunes quanto Boulos a procuraram para propor algum tipo de acordo para a disputa pelo comando da capital.

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Tabata aparece com 7% das intenções de voto, empatada tecnicamente em terceiro lugar com Datena, que tem 11%, e Pablo Marçal (PRTB), que tem 10%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nunes e Boulos lideram, com 24% e 23%, respectivamente.

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