Tarcísio adia promessa de acabar com vacina obrigatória no serviço público em meio a avanço da covid


Promessa perde força com tendência de alta da covid-19 e com a escolha de nomes pró-vacina para a Secretaria de Saúde

Por Pedro Venceslau e Gustavo Queiroz
Atualização:

Uma das promessas mais controversas de campanha do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para os servidores públicos, deve ser adiada e não é prioridade na agenda da área de saúde do governo de transição.

A proposta, que foi feita para agradar aos eleitores bolsonaristas e ao entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou-se um potencial foco de desgaste para o próximo governo diante do aumento de novos casos e internações registrados em novembro. No período, Tarcísio defendeu a liberdade das pessoas de tomar decisão de receber ou não o imunizante.

continua após a publicidade

Segundo integrantes da equipe de transição, o foco das discussões no momento, além de avaliar a atual estrutura do Estado, é encontrar formas de ampliar a telemedicina e assegurar o sistema vacinal completo da covid-19 e de outras doenças, em especial para as pessoas com comorbidades.

Prefeitura de São Paulo distribui máscaras em terminais de ônibus após nova alta de casos de covid-19. Foto: Felipe Rau/Estadão

A equipe também discute como diminuir a fila de cirurgias eletivas, reaproveitar leitos inativos e ampliar o número de especialidades atendidas na rede estadual. A desobrigação da vacina, no entanto, ainda não foi completamente descartada pela equipe.

continua após a publicidade

Pela primeira vez desde de julho deste ano o Estado voltou a registrar mais de 300 internações por dia de casos suspeitos e confirmados de covid-19 – média mais alta dos últimos 4 meses. Como mostrou o Estadão, uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos.

Os números acenderam o sinal de alerta e tanto o governo quanto a prefeitura da capital voltaram a exigir o uso de máscaras no transporte público. Várias cidades do interior também seguiram esse caminho. Segundo boletim mais recente do Infogripe, divulgado na última terça-feira, São Paulo é uma das 20 unidades do País que apresenta tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

continua após a publicidade

Pressão

Dentro do atual cenário, há uma pressão da comunidade médica contra o fim da obrigatoriedade vacinal. Em entrevista coletiva realizada em meados de novembro, Tarcísio indicou a ampliação da distribuição do imunizante no Estado e elogiou a adesão de São Paulo à vacina.

“A epidemia se transformou, vamos ter que se preparar para isso. Brigar pela oferta de vacinas, (...), incentivar a população a se vacinar, buscar fazer com que as pessoas que não completaram o sistema vacinal possam fazer isso”, afirmou o governador eleito, prometendo ouvir áreas técnicas para tomar decisões na área.

continua após a publicidade

As primeiras escolhas de Tarcísio para a composição da pasta também indicaram este caminho. O médico e futuro secretário de Saúde, Eleuses Paiva, foi defensor da ampliação do acesso à vacina anticovid ao longo da pandemia para controlar a disseminação do vírus, além de ser crítico à falta de diálogo do governo federal com Estados e municípios durante os surtos da doença.

Anúncio

O anúncio do médico infectologista Esper Kallás à presidência do Instituto Butantan também afastou a pauta antivacina no Estado. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da universidade, o médico foi ferrenho defensor da vacinação e do uso de máscaras.

continua após a publicidade

”É fundamental manter a obrigatoriedade do uso da vacina no serviço público. A vacina é um bem pessoal, social e uma obrigação do Estado. Além de ajudar a si, previne a doença na população”, disse ao Estadão o médico infectologista David Uip. Ex-coordenador do Centro de Continência do Coronavírus durante a primeira fase da pandemia de covid-19, Uip atualmente é o secretario de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. Ele ressalta ainda que há um aumento preocupante de casos de covid entre profissionais de Saúde.

Procurada, a assessoria de imprensa de Tarcísio informou que a atuação do novo governo sobre a vacinação se dará a partir da conscientização e da garantia da disponibilização das doses de reforço. “Ao Estado, cabe preservar a liberdade de escolha do cidadão e atuar ativamente na conscientização, tanto dos servidores públicos como de toda a sociedade. O Estado atuará fortemente na ampliação da cobertura vacinal através de uma comunicação efetiva sobre a importância e a segurança das vacinas, e seguirá garantindo as doses necessárias para todos”, escreveu.

Uma das promessas mais controversas de campanha do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para os servidores públicos, deve ser adiada e não é prioridade na agenda da área de saúde do governo de transição.

A proposta, que foi feita para agradar aos eleitores bolsonaristas e ao entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou-se um potencial foco de desgaste para o próximo governo diante do aumento de novos casos e internações registrados em novembro. No período, Tarcísio defendeu a liberdade das pessoas de tomar decisão de receber ou não o imunizante.

Segundo integrantes da equipe de transição, o foco das discussões no momento, além de avaliar a atual estrutura do Estado, é encontrar formas de ampliar a telemedicina e assegurar o sistema vacinal completo da covid-19 e de outras doenças, em especial para as pessoas com comorbidades.

Prefeitura de São Paulo distribui máscaras em terminais de ônibus após nova alta de casos de covid-19. Foto: Felipe Rau/Estadão

A equipe também discute como diminuir a fila de cirurgias eletivas, reaproveitar leitos inativos e ampliar o número de especialidades atendidas na rede estadual. A desobrigação da vacina, no entanto, ainda não foi completamente descartada pela equipe.

Pela primeira vez desde de julho deste ano o Estado voltou a registrar mais de 300 internações por dia de casos suspeitos e confirmados de covid-19 – média mais alta dos últimos 4 meses. Como mostrou o Estadão, uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos.

Os números acenderam o sinal de alerta e tanto o governo quanto a prefeitura da capital voltaram a exigir o uso de máscaras no transporte público. Várias cidades do interior também seguiram esse caminho. Segundo boletim mais recente do Infogripe, divulgado na última terça-feira, São Paulo é uma das 20 unidades do País que apresenta tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Pressão

Dentro do atual cenário, há uma pressão da comunidade médica contra o fim da obrigatoriedade vacinal. Em entrevista coletiva realizada em meados de novembro, Tarcísio indicou a ampliação da distribuição do imunizante no Estado e elogiou a adesão de São Paulo à vacina.

“A epidemia se transformou, vamos ter que se preparar para isso. Brigar pela oferta de vacinas, (...), incentivar a população a se vacinar, buscar fazer com que as pessoas que não completaram o sistema vacinal possam fazer isso”, afirmou o governador eleito, prometendo ouvir áreas técnicas para tomar decisões na área.

As primeiras escolhas de Tarcísio para a composição da pasta também indicaram este caminho. O médico e futuro secretário de Saúde, Eleuses Paiva, foi defensor da ampliação do acesso à vacina anticovid ao longo da pandemia para controlar a disseminação do vírus, além de ser crítico à falta de diálogo do governo federal com Estados e municípios durante os surtos da doença.

Anúncio

O anúncio do médico infectologista Esper Kallás à presidência do Instituto Butantan também afastou a pauta antivacina no Estado. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da universidade, o médico foi ferrenho defensor da vacinação e do uso de máscaras.

”É fundamental manter a obrigatoriedade do uso da vacina no serviço público. A vacina é um bem pessoal, social e uma obrigação do Estado. Além de ajudar a si, previne a doença na população”, disse ao Estadão o médico infectologista David Uip. Ex-coordenador do Centro de Continência do Coronavírus durante a primeira fase da pandemia de covid-19, Uip atualmente é o secretario de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. Ele ressalta ainda que há um aumento preocupante de casos de covid entre profissionais de Saúde.

Procurada, a assessoria de imprensa de Tarcísio informou que a atuação do novo governo sobre a vacinação se dará a partir da conscientização e da garantia da disponibilização das doses de reforço. “Ao Estado, cabe preservar a liberdade de escolha do cidadão e atuar ativamente na conscientização, tanto dos servidores públicos como de toda a sociedade. O Estado atuará fortemente na ampliação da cobertura vacinal através de uma comunicação efetiva sobre a importância e a segurança das vacinas, e seguirá garantindo as doses necessárias para todos”, escreveu.

Uma das promessas mais controversas de campanha do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para os servidores públicos, deve ser adiada e não é prioridade na agenda da área de saúde do governo de transição.

A proposta, que foi feita para agradar aos eleitores bolsonaristas e ao entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou-se um potencial foco de desgaste para o próximo governo diante do aumento de novos casos e internações registrados em novembro. No período, Tarcísio defendeu a liberdade das pessoas de tomar decisão de receber ou não o imunizante.

Segundo integrantes da equipe de transição, o foco das discussões no momento, além de avaliar a atual estrutura do Estado, é encontrar formas de ampliar a telemedicina e assegurar o sistema vacinal completo da covid-19 e de outras doenças, em especial para as pessoas com comorbidades.

Prefeitura de São Paulo distribui máscaras em terminais de ônibus após nova alta de casos de covid-19. Foto: Felipe Rau/Estadão

A equipe também discute como diminuir a fila de cirurgias eletivas, reaproveitar leitos inativos e ampliar o número de especialidades atendidas na rede estadual. A desobrigação da vacina, no entanto, ainda não foi completamente descartada pela equipe.

Pela primeira vez desde de julho deste ano o Estado voltou a registrar mais de 300 internações por dia de casos suspeitos e confirmados de covid-19 – média mais alta dos últimos 4 meses. Como mostrou o Estadão, uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos.

Os números acenderam o sinal de alerta e tanto o governo quanto a prefeitura da capital voltaram a exigir o uso de máscaras no transporte público. Várias cidades do interior também seguiram esse caminho. Segundo boletim mais recente do Infogripe, divulgado na última terça-feira, São Paulo é uma das 20 unidades do País que apresenta tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Pressão

Dentro do atual cenário, há uma pressão da comunidade médica contra o fim da obrigatoriedade vacinal. Em entrevista coletiva realizada em meados de novembro, Tarcísio indicou a ampliação da distribuição do imunizante no Estado e elogiou a adesão de São Paulo à vacina.

“A epidemia se transformou, vamos ter que se preparar para isso. Brigar pela oferta de vacinas, (...), incentivar a população a se vacinar, buscar fazer com que as pessoas que não completaram o sistema vacinal possam fazer isso”, afirmou o governador eleito, prometendo ouvir áreas técnicas para tomar decisões na área.

As primeiras escolhas de Tarcísio para a composição da pasta também indicaram este caminho. O médico e futuro secretário de Saúde, Eleuses Paiva, foi defensor da ampliação do acesso à vacina anticovid ao longo da pandemia para controlar a disseminação do vírus, além de ser crítico à falta de diálogo do governo federal com Estados e municípios durante os surtos da doença.

Anúncio

O anúncio do médico infectologista Esper Kallás à presidência do Instituto Butantan também afastou a pauta antivacina no Estado. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da universidade, o médico foi ferrenho defensor da vacinação e do uso de máscaras.

”É fundamental manter a obrigatoriedade do uso da vacina no serviço público. A vacina é um bem pessoal, social e uma obrigação do Estado. Além de ajudar a si, previne a doença na população”, disse ao Estadão o médico infectologista David Uip. Ex-coordenador do Centro de Continência do Coronavírus durante a primeira fase da pandemia de covid-19, Uip atualmente é o secretario de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. Ele ressalta ainda que há um aumento preocupante de casos de covid entre profissionais de Saúde.

Procurada, a assessoria de imprensa de Tarcísio informou que a atuação do novo governo sobre a vacinação se dará a partir da conscientização e da garantia da disponibilização das doses de reforço. “Ao Estado, cabe preservar a liberdade de escolha do cidadão e atuar ativamente na conscientização, tanto dos servidores públicos como de toda a sociedade. O Estado atuará fortemente na ampliação da cobertura vacinal através de uma comunicação efetiva sobre a importância e a segurança das vacinas, e seguirá garantindo as doses necessárias para todos”, escreveu.

Uma das promessas mais controversas de campanha do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para os servidores públicos, deve ser adiada e não é prioridade na agenda da área de saúde do governo de transição.

A proposta, que foi feita para agradar aos eleitores bolsonaristas e ao entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou-se um potencial foco de desgaste para o próximo governo diante do aumento de novos casos e internações registrados em novembro. No período, Tarcísio defendeu a liberdade das pessoas de tomar decisão de receber ou não o imunizante.

Segundo integrantes da equipe de transição, o foco das discussões no momento, além de avaliar a atual estrutura do Estado, é encontrar formas de ampliar a telemedicina e assegurar o sistema vacinal completo da covid-19 e de outras doenças, em especial para as pessoas com comorbidades.

Prefeitura de São Paulo distribui máscaras em terminais de ônibus após nova alta de casos de covid-19. Foto: Felipe Rau/Estadão

A equipe também discute como diminuir a fila de cirurgias eletivas, reaproveitar leitos inativos e ampliar o número de especialidades atendidas na rede estadual. A desobrigação da vacina, no entanto, ainda não foi completamente descartada pela equipe.

Pela primeira vez desde de julho deste ano o Estado voltou a registrar mais de 300 internações por dia de casos suspeitos e confirmados de covid-19 – média mais alta dos últimos 4 meses. Como mostrou o Estadão, uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos.

Os números acenderam o sinal de alerta e tanto o governo quanto a prefeitura da capital voltaram a exigir o uso de máscaras no transporte público. Várias cidades do interior também seguiram esse caminho. Segundo boletim mais recente do Infogripe, divulgado na última terça-feira, São Paulo é uma das 20 unidades do País que apresenta tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Pressão

Dentro do atual cenário, há uma pressão da comunidade médica contra o fim da obrigatoriedade vacinal. Em entrevista coletiva realizada em meados de novembro, Tarcísio indicou a ampliação da distribuição do imunizante no Estado e elogiou a adesão de São Paulo à vacina.

“A epidemia se transformou, vamos ter que se preparar para isso. Brigar pela oferta de vacinas, (...), incentivar a população a se vacinar, buscar fazer com que as pessoas que não completaram o sistema vacinal possam fazer isso”, afirmou o governador eleito, prometendo ouvir áreas técnicas para tomar decisões na área.

As primeiras escolhas de Tarcísio para a composição da pasta também indicaram este caminho. O médico e futuro secretário de Saúde, Eleuses Paiva, foi defensor da ampliação do acesso à vacina anticovid ao longo da pandemia para controlar a disseminação do vírus, além de ser crítico à falta de diálogo do governo federal com Estados e municípios durante os surtos da doença.

Anúncio

O anúncio do médico infectologista Esper Kallás à presidência do Instituto Butantan também afastou a pauta antivacina no Estado. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da universidade, o médico foi ferrenho defensor da vacinação e do uso de máscaras.

”É fundamental manter a obrigatoriedade do uso da vacina no serviço público. A vacina é um bem pessoal, social e uma obrigação do Estado. Além de ajudar a si, previne a doença na população”, disse ao Estadão o médico infectologista David Uip. Ex-coordenador do Centro de Continência do Coronavírus durante a primeira fase da pandemia de covid-19, Uip atualmente é o secretario de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. Ele ressalta ainda que há um aumento preocupante de casos de covid entre profissionais de Saúde.

Procurada, a assessoria de imprensa de Tarcísio informou que a atuação do novo governo sobre a vacinação se dará a partir da conscientização e da garantia da disponibilização das doses de reforço. “Ao Estado, cabe preservar a liberdade de escolha do cidadão e atuar ativamente na conscientização, tanto dos servidores públicos como de toda a sociedade. O Estado atuará fortemente na ampliação da cobertura vacinal através de uma comunicação efetiva sobre a importância e a segurança das vacinas, e seguirá garantindo as doses necessárias para todos”, escreveu.

Uma das promessas mais controversas de campanha do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), o fim da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para os servidores públicos, deve ser adiada e não é prioridade na agenda da área de saúde do governo de transição.

A proposta, que foi feita para agradar aos eleitores bolsonaristas e ao entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou-se um potencial foco de desgaste para o próximo governo diante do aumento de novos casos e internações registrados em novembro. No período, Tarcísio defendeu a liberdade das pessoas de tomar decisão de receber ou não o imunizante.

Segundo integrantes da equipe de transição, o foco das discussões no momento, além de avaliar a atual estrutura do Estado, é encontrar formas de ampliar a telemedicina e assegurar o sistema vacinal completo da covid-19 e de outras doenças, em especial para as pessoas com comorbidades.

Prefeitura de São Paulo distribui máscaras em terminais de ônibus após nova alta de casos de covid-19. Foto: Felipe Rau/Estadão

A equipe também discute como diminuir a fila de cirurgias eletivas, reaproveitar leitos inativos e ampliar o número de especialidades atendidas na rede estadual. A desobrigação da vacina, no entanto, ainda não foi completamente descartada pela equipe.

Pela primeira vez desde de julho deste ano o Estado voltou a registrar mais de 300 internações por dia de casos suspeitos e confirmados de covid-19 – média mais alta dos últimos 4 meses. Como mostrou o Estadão, uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos.

Os números acenderam o sinal de alerta e tanto o governo quanto a prefeitura da capital voltaram a exigir o uso de máscaras no transporte público. Várias cidades do interior também seguiram esse caminho. Segundo boletim mais recente do Infogripe, divulgado na última terça-feira, São Paulo é uma das 20 unidades do País que apresenta tendência de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Pressão

Dentro do atual cenário, há uma pressão da comunidade médica contra o fim da obrigatoriedade vacinal. Em entrevista coletiva realizada em meados de novembro, Tarcísio indicou a ampliação da distribuição do imunizante no Estado e elogiou a adesão de São Paulo à vacina.

“A epidemia se transformou, vamos ter que se preparar para isso. Brigar pela oferta de vacinas, (...), incentivar a população a se vacinar, buscar fazer com que as pessoas que não completaram o sistema vacinal possam fazer isso”, afirmou o governador eleito, prometendo ouvir áreas técnicas para tomar decisões na área.

As primeiras escolhas de Tarcísio para a composição da pasta também indicaram este caminho. O médico e futuro secretário de Saúde, Eleuses Paiva, foi defensor da ampliação do acesso à vacina anticovid ao longo da pandemia para controlar a disseminação do vírus, além de ser crítico à falta de diálogo do governo federal com Estados e municípios durante os surtos da doença.

Anúncio

O anúncio do médico infectologista Esper Kallás à presidência do Instituto Butantan também afastou a pauta antivacina no Estado. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da universidade, o médico foi ferrenho defensor da vacinação e do uso de máscaras.

”É fundamental manter a obrigatoriedade do uso da vacina no serviço público. A vacina é um bem pessoal, social e uma obrigação do Estado. Além de ajudar a si, previne a doença na população”, disse ao Estadão o médico infectologista David Uip. Ex-coordenador do Centro de Continência do Coronavírus durante a primeira fase da pandemia de covid-19, Uip atualmente é o secretario de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. Ele ressalta ainda que há um aumento preocupante de casos de covid entre profissionais de Saúde.

Procurada, a assessoria de imprensa de Tarcísio informou que a atuação do novo governo sobre a vacinação se dará a partir da conscientização e da garantia da disponibilização das doses de reforço. “Ao Estado, cabe preservar a liberdade de escolha do cidadão e atuar ativamente na conscientização, tanto dos servidores públicos como de toda a sociedade. O Estado atuará fortemente na ampliação da cobertura vacinal através de uma comunicação efetiva sobre a importância e a segurança das vacinas, e seguirá garantindo as doses necessárias para todos”, escreveu.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.