Tarcísio nega que vai sair do Republicanos para se filiar ao PL de Bolsonaro


‘Nenhum movimento de mudança’, diz Tarcísio, abafando pressão para mudar de sigla; na semana passada, governador disse que não sairia do atual partido “por ora”

Por Juliano Galisi

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, descartou nesta quarta-feira, 13, que vai sair do Republicanos, sua sigla atual, para migrar para o Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou Tarcísio, após reunião com a bancada do partido na Câmara.

Tarcísio de Freitas durante Conferência do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Porto Alegre (RS) Foto: Ricardo RImoli/Governo do Estado de São Paulo

A pressão para Tarcísio mudar para o partido do seu padrinho político foi admitida pelo deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, ao Broadcast Político/Estadão no último dia 6. Segundo o dirigente partidário, contudo, “não há motivos para ele (Tarcísio) sair”.

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O governador já havia afirmado não ter intenção de sair do Republicanos em duas ocasiões na semana passada. No dia 8, Tarcísio disse que não pretendia deixar o atual partido “por ora”, ao menos até as eleições municipais deste ano.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time”, afirmou em entrevista a jornalistas na Sala São Paulo. “Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, reforçou o governador.

O governador também foi questionado sobre o tema no dia 5, durante visita à fábrica da Toyota, em Sorocaba, no interior paulista. Na ocasião, afirmou que não havia “movimento nenhum a ser feito”, apesar da investida de Bolsonaro, seu aliado, tocar no “fundo do seu coração”.

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Motivos para a mudança

Em 25 de fevereiro, durante o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, Tarcísio foi uma das autoridades com direito a fala e fez um discurso repleto de afagos ao ex-mandatário, reforçando ainda mais a proximidade que impulsionou sua candidatura ao governo estadual. Para além de orador no trio elétrico, Tarcísio foi o anfitrião de Bolsonaro durante a estada do ex-presidente em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.

Governador Tarcísio de Freitas em trio elétrico do ato pró-Jair Bolsonaro na Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Porém, como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, com o governo de Lula. O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara. A Casa escolherá o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) em menos de um ano.

Tarcísio também está insatisfeito com um rearranjo político em Santos. O prefeito Rogério Santos, aliado do governador, deve abrir mão da reeleição em favor do deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ligado ao ministro do Empreendedorismo e da Microempresa, Márcio França, e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos do PSB.

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Entre 2015 e 2018, Alckmin governou o Estado com França como vice. Para Tarcísio, segundo auxiliares, o arranjo favorece o PSB numa disputa ao governo estadual em 2026.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, descartou nesta quarta-feira, 13, que vai sair do Republicanos, sua sigla atual, para migrar para o Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou Tarcísio, após reunião com a bancada do partido na Câmara.

Tarcísio de Freitas durante Conferência do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Porto Alegre (RS) Foto: Ricardo RImoli/Governo do Estado de São Paulo

A pressão para Tarcísio mudar para o partido do seu padrinho político foi admitida pelo deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, ao Broadcast Político/Estadão no último dia 6. Segundo o dirigente partidário, contudo, “não há motivos para ele (Tarcísio) sair”.

O governador já havia afirmado não ter intenção de sair do Republicanos em duas ocasiões na semana passada. No dia 8, Tarcísio disse que não pretendia deixar o atual partido “por ora”, ao menos até as eleições municipais deste ano.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time”, afirmou em entrevista a jornalistas na Sala São Paulo. “Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, reforçou o governador.

O governador também foi questionado sobre o tema no dia 5, durante visita à fábrica da Toyota, em Sorocaba, no interior paulista. Na ocasião, afirmou que não havia “movimento nenhum a ser feito”, apesar da investida de Bolsonaro, seu aliado, tocar no “fundo do seu coração”.

Motivos para a mudança

Em 25 de fevereiro, durante o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, Tarcísio foi uma das autoridades com direito a fala e fez um discurso repleto de afagos ao ex-mandatário, reforçando ainda mais a proximidade que impulsionou sua candidatura ao governo estadual. Para além de orador no trio elétrico, Tarcísio foi o anfitrião de Bolsonaro durante a estada do ex-presidente em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.

Governador Tarcísio de Freitas em trio elétrico do ato pró-Jair Bolsonaro na Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Porém, como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, com o governo de Lula. O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara. A Casa escolherá o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) em menos de um ano.

Tarcísio também está insatisfeito com um rearranjo político em Santos. O prefeito Rogério Santos, aliado do governador, deve abrir mão da reeleição em favor do deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ligado ao ministro do Empreendedorismo e da Microempresa, Márcio França, e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos do PSB.

Entre 2015 e 2018, Alckmin governou o Estado com França como vice. Para Tarcísio, segundo auxiliares, o arranjo favorece o PSB numa disputa ao governo estadual em 2026.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, descartou nesta quarta-feira, 13, que vai sair do Republicanos, sua sigla atual, para migrar para o Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou Tarcísio, após reunião com a bancada do partido na Câmara.

Tarcísio de Freitas durante Conferência do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Porto Alegre (RS) Foto: Ricardo RImoli/Governo do Estado de São Paulo

A pressão para Tarcísio mudar para o partido do seu padrinho político foi admitida pelo deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, ao Broadcast Político/Estadão no último dia 6. Segundo o dirigente partidário, contudo, “não há motivos para ele (Tarcísio) sair”.

O governador já havia afirmado não ter intenção de sair do Republicanos em duas ocasiões na semana passada. No dia 8, Tarcísio disse que não pretendia deixar o atual partido “por ora”, ao menos até as eleições municipais deste ano.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time”, afirmou em entrevista a jornalistas na Sala São Paulo. “Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, reforçou o governador.

O governador também foi questionado sobre o tema no dia 5, durante visita à fábrica da Toyota, em Sorocaba, no interior paulista. Na ocasião, afirmou que não havia “movimento nenhum a ser feito”, apesar da investida de Bolsonaro, seu aliado, tocar no “fundo do seu coração”.

Motivos para a mudança

Em 25 de fevereiro, durante o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, Tarcísio foi uma das autoridades com direito a fala e fez um discurso repleto de afagos ao ex-mandatário, reforçando ainda mais a proximidade que impulsionou sua candidatura ao governo estadual. Para além de orador no trio elétrico, Tarcísio foi o anfitrião de Bolsonaro durante a estada do ex-presidente em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.

Governador Tarcísio de Freitas em trio elétrico do ato pró-Jair Bolsonaro na Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Porém, como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, com o governo de Lula. O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara. A Casa escolherá o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) em menos de um ano.

Tarcísio também está insatisfeito com um rearranjo político em Santos. O prefeito Rogério Santos, aliado do governador, deve abrir mão da reeleição em favor do deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ligado ao ministro do Empreendedorismo e da Microempresa, Márcio França, e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos do PSB.

Entre 2015 e 2018, Alckmin governou o Estado com França como vice. Para Tarcísio, segundo auxiliares, o arranjo favorece o PSB numa disputa ao governo estadual em 2026.

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