Telegram distorce PL das Fake News; veja o que diz a plataforma russa e o que está no projeto de lei


Mensagem divulgada pelo aplicativo de mensagens fala em censura pelo governo, mas texto do projeto não inclui monitoramento pelo Executivo do conteúdo das redes

Por Julia Affonso

BRASÍLIA - A mensagem que o Telegram disparou para todos os seus usuários no Brasil na tarde desta terça-feira, 9, distorce pontos do projeto de lei das Fake News. A proposta que tramita na Câmara é alvo de ataques de outras big techs.

O texto da rede social de origem russa vaticina, logo no início, que a “democracia está sob ataque” no País. E vai listando o que seriam os pontos do projeto que supostamente ameaçariam a liberdade dos brasileiros. A seguir os principais pontos da “pregação” do Telegram e o que está, de fato, no texto do projeto:

Mensagem PL das fake news Reprodução Telegram Foto: Reprodução/Telegram Brasil
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Governo com poder de censura

O que diz o Telegram - O texto diz de forma categórica que o projeto dá ao governo federal o poder de limitar o que pode ou não ser dito na internet. Alega que a proposta força os aplicativos de mensagens a removerem fatos ou opiniões que ele (governo) considerar “inaceitável”.

O que está no PL das Fake News - O texto não dá ao governo o poder de censura. Estabelece, na verdade, um modelo para que as redes sejam responsabilizadas por disseminação de informações falsas que atentem contra o regime democrático ou estimulem crimes. Define também que as plataformas devem ter um serviço de “moderação” para coibir os abusos e cabe a elas adotar a política sem interferência do governo.

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Aplicativos com poderes judiciais

O que diz o Telegram - O aplicativo reclama que o PL torna as plataformas digitais “responsáveis por decidir qual conteúdo é “ilegal” em vez dos tribunais”. E ainda sustenta que as big techs deverão remover conteúdos que veiculem assuntos “que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder”.

O que está no PL das Fake News - O projeto de lei impõe às plataformas a responsabilidade por zelar para evitar “situações de risco”. Para isso, determina que criem procedimentos de moderação, inibição de disseminação de informação por perfis falsos/robôs não identificados. Atualmente, as plataformas já possuem regras de condutas e algumas postagens já são bloqueadas se não respeitam suas políticas de uso. O texto do PL institucionaliza esse modelo, tornando-o obrigatório e prevê punição para a plataforma que permitir a difusão de conteúdo que atende ao Estado democrático.

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“Vigilância permanente”

O que diz o Telegram - O projeto de lei “exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro”.

O que está no PL das Fake News - O artigo 7º do PL diz que os provedores devem atuar “diligentemente” para prevenir e mitigar práticas ilícitas. E cita quais seriam essas práticas: atos de terrorismo, crimes contra crianças, contra mulheres, racismo. As plataformas já suspendem conteúdos denunciados ou que violam sua política e não costumam dizer que isso é fruto de um “sistema de vigilância permanente”.

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Não precisa de Lei

O que diz o Telegram - A plataforma sustenta que o Brasil já tem leis para tratar de atividades criminosas e não precisaria de uma nova legislação. Sustenta ainda que o projeto permite que “uma única entidade administrativa regule o discurso sem supervisão judicial independente e prévia”.

O que está no PL das Fake News - O projeto institui um marco legal para as big techs. O setor não é regulado atualmente ao contrário do que acontece, por exemplo, com empresas de comunicação que veiculam conteúdos e tem sua atividade regulada. A primeira versão do texto proposto pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) previa criação de uma entidade fiscalizadora. Esse dispositivo foi retirado do projeto na versão mais recente.

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Google e Meta estão nessa também

O que diz o Telegram - No seu comunicado, a plataforma diz que o projeto de lei é “perigoso”. “É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito”.

Meta desautoriza - Após a divulgação do comunicado do Telegram, a Meta, que controla do Facebook divulgou uma nota desautorizando a inclusão de seu nome na mensagem e contestando o conteúdo da manifestação do aplicativo russo. “A Meta refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”, diz a manifestação.

BRASÍLIA - A mensagem que o Telegram disparou para todos os seus usuários no Brasil na tarde desta terça-feira, 9, distorce pontos do projeto de lei das Fake News. A proposta que tramita na Câmara é alvo de ataques de outras big techs.

O texto da rede social de origem russa vaticina, logo no início, que a “democracia está sob ataque” no País. E vai listando o que seriam os pontos do projeto que supostamente ameaçariam a liberdade dos brasileiros. A seguir os principais pontos da “pregação” do Telegram e o que está, de fato, no texto do projeto:

Mensagem PL das fake news Reprodução Telegram Foto: Reprodução/Telegram Brasil

Governo com poder de censura

O que diz o Telegram - O texto diz de forma categórica que o projeto dá ao governo federal o poder de limitar o que pode ou não ser dito na internet. Alega que a proposta força os aplicativos de mensagens a removerem fatos ou opiniões que ele (governo) considerar “inaceitável”.

O que está no PL das Fake News - O texto não dá ao governo o poder de censura. Estabelece, na verdade, um modelo para que as redes sejam responsabilizadas por disseminação de informações falsas que atentem contra o regime democrático ou estimulem crimes. Define também que as plataformas devem ter um serviço de “moderação” para coibir os abusos e cabe a elas adotar a política sem interferência do governo.

Aplicativos com poderes judiciais

O que diz o Telegram - O aplicativo reclama que o PL torna as plataformas digitais “responsáveis por decidir qual conteúdo é “ilegal” em vez dos tribunais”. E ainda sustenta que as big techs deverão remover conteúdos que veiculem assuntos “que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder”.

O que está no PL das Fake News - O projeto de lei impõe às plataformas a responsabilidade por zelar para evitar “situações de risco”. Para isso, determina que criem procedimentos de moderação, inibição de disseminação de informação por perfis falsos/robôs não identificados. Atualmente, as plataformas já possuem regras de condutas e algumas postagens já são bloqueadas se não respeitam suas políticas de uso. O texto do PL institucionaliza esse modelo, tornando-o obrigatório e prevê punição para a plataforma que permitir a difusão de conteúdo que atende ao Estado democrático.

“Vigilância permanente”

O que diz o Telegram - O projeto de lei “exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro”.

O que está no PL das Fake News - O artigo 7º do PL diz que os provedores devem atuar “diligentemente” para prevenir e mitigar práticas ilícitas. E cita quais seriam essas práticas: atos de terrorismo, crimes contra crianças, contra mulheres, racismo. As plataformas já suspendem conteúdos denunciados ou que violam sua política e não costumam dizer que isso é fruto de um “sistema de vigilância permanente”.

Não precisa de Lei

O que diz o Telegram - A plataforma sustenta que o Brasil já tem leis para tratar de atividades criminosas e não precisaria de uma nova legislação. Sustenta ainda que o projeto permite que “uma única entidade administrativa regule o discurso sem supervisão judicial independente e prévia”.

O que está no PL das Fake News - O projeto institui um marco legal para as big techs. O setor não é regulado atualmente ao contrário do que acontece, por exemplo, com empresas de comunicação que veiculam conteúdos e tem sua atividade regulada. A primeira versão do texto proposto pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) previa criação de uma entidade fiscalizadora. Esse dispositivo foi retirado do projeto na versão mais recente.

Google e Meta estão nessa também

O que diz o Telegram - No seu comunicado, a plataforma diz que o projeto de lei é “perigoso”. “É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito”.

Meta desautoriza - Após a divulgação do comunicado do Telegram, a Meta, que controla do Facebook divulgou uma nota desautorizando a inclusão de seu nome na mensagem e contestando o conteúdo da manifestação do aplicativo russo. “A Meta refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”, diz a manifestação.

BRASÍLIA - A mensagem que o Telegram disparou para todos os seus usuários no Brasil na tarde desta terça-feira, 9, distorce pontos do projeto de lei das Fake News. A proposta que tramita na Câmara é alvo de ataques de outras big techs.

O texto da rede social de origem russa vaticina, logo no início, que a “democracia está sob ataque” no País. E vai listando o que seriam os pontos do projeto que supostamente ameaçariam a liberdade dos brasileiros. A seguir os principais pontos da “pregação” do Telegram e o que está, de fato, no texto do projeto:

Mensagem PL das fake news Reprodução Telegram Foto: Reprodução/Telegram Brasil

Governo com poder de censura

O que diz o Telegram - O texto diz de forma categórica que o projeto dá ao governo federal o poder de limitar o que pode ou não ser dito na internet. Alega que a proposta força os aplicativos de mensagens a removerem fatos ou opiniões que ele (governo) considerar “inaceitável”.

O que está no PL das Fake News - O texto não dá ao governo o poder de censura. Estabelece, na verdade, um modelo para que as redes sejam responsabilizadas por disseminação de informações falsas que atentem contra o regime democrático ou estimulem crimes. Define também que as plataformas devem ter um serviço de “moderação” para coibir os abusos e cabe a elas adotar a política sem interferência do governo.

Aplicativos com poderes judiciais

O que diz o Telegram - O aplicativo reclama que o PL torna as plataformas digitais “responsáveis por decidir qual conteúdo é “ilegal” em vez dos tribunais”. E ainda sustenta que as big techs deverão remover conteúdos que veiculem assuntos “que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder”.

O que está no PL das Fake News - O projeto de lei impõe às plataformas a responsabilidade por zelar para evitar “situações de risco”. Para isso, determina que criem procedimentos de moderação, inibição de disseminação de informação por perfis falsos/robôs não identificados. Atualmente, as plataformas já possuem regras de condutas e algumas postagens já são bloqueadas se não respeitam suas políticas de uso. O texto do PL institucionaliza esse modelo, tornando-o obrigatório e prevê punição para a plataforma que permitir a difusão de conteúdo que atende ao Estado democrático.

“Vigilância permanente”

O que diz o Telegram - O projeto de lei “exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro”.

O que está no PL das Fake News - O artigo 7º do PL diz que os provedores devem atuar “diligentemente” para prevenir e mitigar práticas ilícitas. E cita quais seriam essas práticas: atos de terrorismo, crimes contra crianças, contra mulheres, racismo. As plataformas já suspendem conteúdos denunciados ou que violam sua política e não costumam dizer que isso é fruto de um “sistema de vigilância permanente”.

Não precisa de Lei

O que diz o Telegram - A plataforma sustenta que o Brasil já tem leis para tratar de atividades criminosas e não precisaria de uma nova legislação. Sustenta ainda que o projeto permite que “uma única entidade administrativa regule o discurso sem supervisão judicial independente e prévia”.

O que está no PL das Fake News - O projeto institui um marco legal para as big techs. O setor não é regulado atualmente ao contrário do que acontece, por exemplo, com empresas de comunicação que veiculam conteúdos e tem sua atividade regulada. A primeira versão do texto proposto pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) previa criação de uma entidade fiscalizadora. Esse dispositivo foi retirado do projeto na versão mais recente.

Google e Meta estão nessa também

O que diz o Telegram - No seu comunicado, a plataforma diz que o projeto de lei é “perigoso”. “É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito”.

Meta desautoriza - Após a divulgação do comunicado do Telegram, a Meta, que controla do Facebook divulgou uma nota desautorizando a inclusão de seu nome na mensagem e contestando o conteúdo da manifestação do aplicativo russo. “A Meta refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”, diz a manifestação.

BRASÍLIA - A mensagem que o Telegram disparou para todos os seus usuários no Brasil na tarde desta terça-feira, 9, distorce pontos do projeto de lei das Fake News. A proposta que tramita na Câmara é alvo de ataques de outras big techs.

O texto da rede social de origem russa vaticina, logo no início, que a “democracia está sob ataque” no País. E vai listando o que seriam os pontos do projeto que supostamente ameaçariam a liberdade dos brasileiros. A seguir os principais pontos da “pregação” do Telegram e o que está, de fato, no texto do projeto:

Mensagem PL das fake news Reprodução Telegram Foto: Reprodução/Telegram Brasil

Governo com poder de censura

O que diz o Telegram - O texto diz de forma categórica que o projeto dá ao governo federal o poder de limitar o que pode ou não ser dito na internet. Alega que a proposta força os aplicativos de mensagens a removerem fatos ou opiniões que ele (governo) considerar “inaceitável”.

O que está no PL das Fake News - O texto não dá ao governo o poder de censura. Estabelece, na verdade, um modelo para que as redes sejam responsabilizadas por disseminação de informações falsas que atentem contra o regime democrático ou estimulem crimes. Define também que as plataformas devem ter um serviço de “moderação” para coibir os abusos e cabe a elas adotar a política sem interferência do governo.

Aplicativos com poderes judiciais

O que diz o Telegram - O aplicativo reclama que o PL torna as plataformas digitais “responsáveis por decidir qual conteúdo é “ilegal” em vez dos tribunais”. E ainda sustenta que as big techs deverão remover conteúdos que veiculem assuntos “que não estão alinhados à visão de qualquer governo atualmente no poder”.

O que está no PL das Fake News - O projeto de lei impõe às plataformas a responsabilidade por zelar para evitar “situações de risco”. Para isso, determina que criem procedimentos de moderação, inibição de disseminação de informação por perfis falsos/robôs não identificados. Atualmente, as plataformas já possuem regras de condutas e algumas postagens já são bloqueadas se não respeitam suas políticas de uso. O texto do PL institucionaliza esse modelo, tornando-o obrigatório e prevê punição para a plataforma que permitir a difusão de conteúdo que atende ao Estado democrático.

“Vigilância permanente”

O que diz o Telegram - O projeto de lei “exige que as plataformas monitorem as comunicações e informem as autoridades policiais em caso de suspeita de que um crime tenha ocorrido ou possa ocorrer no futuro”.

O que está no PL das Fake News - O artigo 7º do PL diz que os provedores devem atuar “diligentemente” para prevenir e mitigar práticas ilícitas. E cita quais seriam essas práticas: atos de terrorismo, crimes contra crianças, contra mulheres, racismo. As plataformas já suspendem conteúdos denunciados ou que violam sua política e não costumam dizer que isso é fruto de um “sistema de vigilância permanente”.

Não precisa de Lei

O que diz o Telegram - A plataforma sustenta que o Brasil já tem leis para tratar de atividades criminosas e não precisaria de uma nova legislação. Sustenta ainda que o projeto permite que “uma única entidade administrativa regule o discurso sem supervisão judicial independente e prévia”.

O que está no PL das Fake News - O projeto institui um marco legal para as big techs. O setor não é regulado atualmente ao contrário do que acontece, por exemplo, com empresas de comunicação que veiculam conteúdos e tem sua atividade regulada. A primeira versão do texto proposto pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) previa criação de uma entidade fiscalizadora. Esse dispositivo foi retirado do projeto na versão mais recente.

Google e Meta estão nessa também

O que diz o Telegram - No seu comunicado, a plataforma diz que o projeto de lei é “perigoso”. “É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito”.

Meta desautoriza - Após a divulgação do comunicado do Telegram, a Meta, que controla do Facebook divulgou uma nota desautorizando a inclusão de seu nome na mensagem e contestando o conteúdo da manifestação do aplicativo russo. “A Meta refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”, diz a manifestação.

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