Temer achou que Joesley 'parecia contar vantagem'


Em nota, Secretaria de Comunicação Social afirmou que presidente 'não poderia crer que um juiz e um membro do MP estivessem sendo cooptados'

Por Carla Araujo
Em pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília,Temer disse que não teme delação e não renunciará Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou um posicionamento do governo a respeito da divulgação das gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o executivo da JBS, Joesley Batista. “O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem”, diz o texto da assessoria do Planalto.

A Secom informa ainda que “o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”.

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Gravações. Joesley Batista, do Grupo JBS, revelou a Temer que estava "comprando" um procurador da República por R$ 50 mil mensais. Em troca, o procurador infiltrado teria passado informações sigilosas sobre investigação da qual Joesley é alvo.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso nesta quinta-feira, 18, sob suspeita de vazar investigações para a JBS. Villela era membro da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País.

Durante a conversa, o empresário disse a Temer. “Eu tô meio enrolado aqui, né? No processo assim. Isso, isso. Investigado, eu não tenho ainda denúncia”, seguiu Joesley em referência ao fato de que ainda não há acusação formal contra ele.

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Joesley prosseguiu. “Aqui eu dei conta de um lado do juiz, dá uma segurada, do outro lado do juiz substituto, que é um cara que…”

“Tá segurando os dois?”, perguntou Temer.

“Segurando os dois”, respondeu o empresário.

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“Ótimo, ótimo”, respondeu o presidente.

Joesley confidencia. “Eu consegui o tal do (…) dentro da força-tarefa que tá, também tá me dando informação e eu lá que eu tô para dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim. Se eu der conta, tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva, com não sei o que…”

O empresário continua. “O que tá me…”

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“Ajudando”, completa Temer.

“O que tá me ajudando tá bom, beleza. Agora o principal que (…) tá me investigando. Eu consegui colar um no grupo. Agora eu tô tentando trocar…”, relata Joesley.

“O que está…”, diz Temer.

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“Então está meio assim. Ele saiu de férias até essa semana saiu um burburinho”, conta o empresário.

Joesley diz. “Eu tô me defendendo aí.”

(…)

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“Tô fazendo R$ 50 mil por mês”, relata Joesley.

“Pro garoto”, diz Temer.

“Pro rapaz (…) me dar informação”, afirma o empresário.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília,Temer disse que não teme delação e não renunciará Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou um posicionamento do governo a respeito da divulgação das gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o executivo da JBS, Joesley Batista. “O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem”, diz o texto da assessoria do Planalto.

A Secom informa ainda que “o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”.

Gravações. Joesley Batista, do Grupo JBS, revelou a Temer que estava "comprando" um procurador da República por R$ 50 mil mensais. Em troca, o procurador infiltrado teria passado informações sigilosas sobre investigação da qual Joesley é alvo.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso nesta quinta-feira, 18, sob suspeita de vazar investigações para a JBS. Villela era membro da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País.

Durante a conversa, o empresário disse a Temer. “Eu tô meio enrolado aqui, né? No processo assim. Isso, isso. Investigado, eu não tenho ainda denúncia”, seguiu Joesley em referência ao fato de que ainda não há acusação formal contra ele.

Joesley prosseguiu. “Aqui eu dei conta de um lado do juiz, dá uma segurada, do outro lado do juiz substituto, que é um cara que…”

“Tá segurando os dois?”, perguntou Temer.

“Segurando os dois”, respondeu o empresário.

“Ótimo, ótimo”, respondeu o presidente.

Joesley confidencia. “Eu consegui o tal do (…) dentro da força-tarefa que tá, também tá me dando informação e eu lá que eu tô para dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim. Se eu der conta, tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva, com não sei o que…”

O empresário continua. “O que tá me…”

“Ajudando”, completa Temer.

“O que tá me ajudando tá bom, beleza. Agora o principal que (…) tá me investigando. Eu consegui colar um no grupo. Agora eu tô tentando trocar…”, relata Joesley.

“O que está…”, diz Temer.

“Então está meio assim. Ele saiu de férias até essa semana saiu um burburinho”, conta o empresário.

Joesley diz. “Eu tô me defendendo aí.”

(…)

“Tô fazendo R$ 50 mil por mês”, relata Joesley.

“Pro garoto”, diz Temer.

“Pro rapaz (…) me dar informação”, afirma o empresário.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília,Temer disse que não teme delação e não renunciará Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou um posicionamento do governo a respeito da divulgação das gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o executivo da JBS, Joesley Batista. “O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem”, diz o texto da assessoria do Planalto.

A Secom informa ainda que “o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”.

Gravações. Joesley Batista, do Grupo JBS, revelou a Temer que estava "comprando" um procurador da República por R$ 50 mil mensais. Em troca, o procurador infiltrado teria passado informações sigilosas sobre investigação da qual Joesley é alvo.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso nesta quinta-feira, 18, sob suspeita de vazar investigações para a JBS. Villela era membro da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País.

Durante a conversa, o empresário disse a Temer. “Eu tô meio enrolado aqui, né? No processo assim. Isso, isso. Investigado, eu não tenho ainda denúncia”, seguiu Joesley em referência ao fato de que ainda não há acusação formal contra ele.

Joesley prosseguiu. “Aqui eu dei conta de um lado do juiz, dá uma segurada, do outro lado do juiz substituto, que é um cara que…”

“Tá segurando os dois?”, perguntou Temer.

“Segurando os dois”, respondeu o empresário.

“Ótimo, ótimo”, respondeu o presidente.

Joesley confidencia. “Eu consegui o tal do (…) dentro da força-tarefa que tá, também tá me dando informação e eu lá que eu tô para dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim. Se eu der conta, tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva, com não sei o que…”

O empresário continua. “O que tá me…”

“Ajudando”, completa Temer.

“O que tá me ajudando tá bom, beleza. Agora o principal que (…) tá me investigando. Eu consegui colar um no grupo. Agora eu tô tentando trocar…”, relata Joesley.

“O que está…”, diz Temer.

“Então está meio assim. Ele saiu de férias até essa semana saiu um burburinho”, conta o empresário.

Joesley diz. “Eu tô me defendendo aí.”

(…)

“Tô fazendo R$ 50 mil por mês”, relata Joesley.

“Pro garoto”, diz Temer.

“Pro rapaz (…) me dar informação”, afirma o empresário.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília,Temer disse que não teme delação e não renunciará Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou um posicionamento do governo a respeito da divulgação das gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o executivo da JBS, Joesley Batista. “O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem”, diz o texto da assessoria do Planalto.

A Secom informa ainda que “o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”.

Gravações. Joesley Batista, do Grupo JBS, revelou a Temer que estava "comprando" um procurador da República por R$ 50 mil mensais. Em troca, o procurador infiltrado teria passado informações sigilosas sobre investigação da qual Joesley é alvo.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso nesta quinta-feira, 18, sob suspeita de vazar investigações para a JBS. Villela era membro da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País.

Durante a conversa, o empresário disse a Temer. “Eu tô meio enrolado aqui, né? No processo assim. Isso, isso. Investigado, eu não tenho ainda denúncia”, seguiu Joesley em referência ao fato de que ainda não há acusação formal contra ele.

Joesley prosseguiu. “Aqui eu dei conta de um lado do juiz, dá uma segurada, do outro lado do juiz substituto, que é um cara que…”

“Tá segurando os dois?”, perguntou Temer.

“Segurando os dois”, respondeu o empresário.

“Ótimo, ótimo”, respondeu o presidente.

Joesley confidencia. “Eu consegui o tal do (…) dentro da força-tarefa que tá, também tá me dando informação e eu lá que eu tô para dar conta de trocar o procurador que está atrás de mim. Se eu der conta, tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva, com não sei o que…”

O empresário continua. “O que tá me…”

“Ajudando”, completa Temer.

“O que tá me ajudando tá bom, beleza. Agora o principal que (…) tá me investigando. Eu consegui colar um no grupo. Agora eu tô tentando trocar…”, relata Joesley.

“O que está…”, diz Temer.

“Então está meio assim. Ele saiu de férias até essa semana saiu um burburinho”, conta o empresário.

Joesley diz. “Eu tô me defendendo aí.”

(…)

“Tô fazendo R$ 50 mil por mês”, relata Joesley.

“Pro garoto”, diz Temer.

“Pro rapaz (…) me dar informação”, afirma o empresário.

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