Após a direção-executiva nacional do MDB optar pela neutralidade no 2° turno da eleição presidencial, o ex-presidente Michel Temer (MDB) planeja anunciar na próxima sexta-feira, 7, o apoio ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em São Paulo e uma posição contrária ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial.
Mais cedo, um auxiliar do ex-presidente havia dito ao Estadão que Temer e o presidente Jair Bolsonaro estariam negociando uma lista de compromissos institucionais e propositivos para que o emedebista anunciasse apoio oficial ao chefe do Executivo no segundo turno.
A disposição inicial de Temer, que está em Londres, era declarar o apoio explícito a Bolsonaro, mas o ex-presidente foi pressionado por correligionários apoiadores de Lula ao longo do dia e pode adotar uma narrativa mais cautelosa. Ou seja: se colocar contra Lula, mas sem pedir votos ao atual presidente.
Depois de ensaiar uma aproximação com Lula no 1° turno, o ex-presidente teria explodido as pontes ao chamar o governo Temer de “golpista” no último debate entre os presidenciáveis.
No caso de Tarcísio, a posição de Temer é um gesto de apoio ao projeto político do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que projeta disputar a reeleição em 2024 contra uma chapa encabeçada por Guilherme Boulos (Psol) com apoio do PT.
O MDB paulista declarou apoio formal a Tarcísio.