BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, 21, ter de agradecer por estar vivo diante das revelações da Polícia Federal (PF) de que havia um plano para matá-lo. Na última terça-feira, 19, a PF deflagrou operação, prendendo integrantes do Exército suspeitos de montar um plano para assassinar, em 2022, o petista, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
“Tenho que agradecer porque estou vivo. A tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo, estamos aqui”, disse em evento no Palácio do Planalto. Durante o discurso na solenidade de criação do “Programa de Otimização de Contratos de Concessão Rodoviária”, Lula afirmou que a única coisa que quer quando terminar o mandato é desmoralizar “com números aqueles que governaram antes”.
“Não quero envenenar ninguém. Eu não quero nem perseguir ninguém”, disse. ”Eu quero medir com números quem fez mais escolas neste País, quem cuidou mais dos pobres, quem fez mais estrada, quem fez mais pontes, quem pagou mais salário mínimo. É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, seguiu o presidente.
Ainda em referência às revelações da PF, Lula disse que é preciso construir um Brasil “sem perseguição, sem estímulo do ódio, sem estímulo às desavenças”. O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi alvo da operação da PF, mas relatório da corporação aponta que ele tinha conhecimento da trama para matar Lula.