A disputa eleitoral nas redes sociais

Apoiadores de Lula invadem grupos bolsonaristas no Telegram para boicotar atos antidemocráticos


Levantamento detectou mais de 11 mil mensagens com o termo ‘infiltrado’ em grupos de apoiadores do presidente

Por Levy Teles
Atualização:

Por Levy Teles e Samuel Lima

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se infiltram em grupos do Telegram para desarticular e desestabilizar mobilizações bolsonaristas nos protestos antidemocráticos que se espalham pelo Brasil.

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Caminhoneiros e outros manifestantes realizam bloqueio na BR 101, na altura de Itaboraí, município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Uma lista que circula em grupos bolsonaristas no Telegram, aplicativo de mensagens russo, indica 133 diferentes números de telefone que seriam de petistas infiltrados. Levantamento do Democracia Digital, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido do Estadão, detectou 11.033 mensagens que fazem menção à palavra infiltrado, em uma amostra de 144 grupos de WhatsApp e 87 canais no Telegram. 

Além de provocações -- como o uso de menções à vitória de Lula no segundo turno, termos chulos, conteúdos pornográficos ou pegadinhas -- petistas informam endereços falsos de onde estariam ocorrendo os protestos, divulgam notícias falsas para causar receio e se articulam para excluir grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

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"Este renomeia o grupo para Lula Livre e remove todo mundo", acusa a lista encaminhada em dezenas de grupos do Telegram, referindo-se a um dos supostos infiltrados. "Este consegue ficar 24 horas enviando stickers (figurinhas) do Luladrão e impossibilita o grupo de conversar", descreve outro. "Quando descoberto muda de número! Ele tem suporte de alguma organização", reclama um terceiro.

Paulo Fonseca, pesquisador da UFBA, que fez o levantamento ao lado dos pesquisadores Letícia Cesarino e Leonardo Nascimento, aponta que a acusação de infiltrado serve como uma forma de manter a unidade no discurso. Como mostrou o Estadão, usuários que criticaram o apelo de Bolsonaro a desobstruir estradas foram acusados de serem infiltrados em grupos bolsonaristas no Telegram.

"Qualquer ação que seja classificada como divergente é lida como ação de infiltrado. O próprio Roberto Jefferson (apoiador de Bolsonaro) foi colocado como um infiltrado, aliado do PT para prejudicar Bolsonaro", afirmou.

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Como outro efeito, apoiadores do presidente evitam usar termos mais evidentes sobre os protestos e pedem para que novos usuários se identifiquem com nome e foto e até investigam a procedência de novas informações.

Em um dos grupos, a ordem era apresentar nome e foto nítida do rosto em seu perfil, com 10 minutos de tolerância. "Há muitos infiltrados. É preciso ficar de olho para não deixar bater na imprensa como bateram ontem, ok?", alerta um usuário no chat de voz.

Os grupos também acusam os infiltrados de induzirem manifestantes ao erro. Ao longo dos protestos, bolsonaristas celebraram em ato público a falsa notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teria sido preso. Eles também foram gravados comemorando uma suposta "confirmação" de fraude eleitoral que não existe.

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"Isso é fake news. Vamos raciocinar antes de postar. Viramos chacota ontem pelos esquerdistas contando mentiras nessas manifestações. Se alguém pegar o microfone e contar essas fake news eu vou lascar a porrada porque já sei que é esquerdista infiltrado", disse uma usuária.

Drible no Judiciário

Além da "caça às bruxas" e do clima de desconfiança geral, grupos bolsonaristas mascaram o nome dos grupos para tentar driblar o monitoramento do TSE. A reportagem detectou dezenas de grupos suspensos por determinação da Corte, segundo informa o próprio Telegram nas tentativas de acesso. 

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Usuários mudam o nome dos grupos para "Copa do Mundo", ou "Grupo de família'', enquanto canais antivacina renomearam-se para "vacinas salvam vidas" e criam táticas para contornar as restrições. Entre elas estão o uso de aplicativos de mensagens paralelos como o Signal e a criação de grupos reservas prontos para o uso em caso de nova remoção. 

Até mesmo a palavra "inflitrado" passou a ser proibida em um grupo de Telegram, depois que usuários especularam que o termo estaria sendo vigiado pelo Judiciário.

Apesar das medidas, existem grupos com dezenas de milhares de usuários ainda em atividade. O Nova Direita Oficial, com mais de 22 mil membros, realiza conversas de voz durante quase todo o dia. Nele, os membros se organizam pelo País comprando insumos para manter os manifestantes na frente dos quartéis. 

Por Levy Teles e Samuel Lima

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se infiltram em grupos do Telegram para desarticular e desestabilizar mobilizações bolsonaristas nos protestos antidemocráticos que se espalham pelo Brasil.

Caminhoneiros e outros manifestantes realizam bloqueio na BR 101, na altura de Itaboraí, município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Uma lista que circula em grupos bolsonaristas no Telegram, aplicativo de mensagens russo, indica 133 diferentes números de telefone que seriam de petistas infiltrados. Levantamento do Democracia Digital, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido do Estadão, detectou 11.033 mensagens que fazem menção à palavra infiltrado, em uma amostra de 144 grupos de WhatsApp e 87 canais no Telegram. 

Além de provocações -- como o uso de menções à vitória de Lula no segundo turno, termos chulos, conteúdos pornográficos ou pegadinhas -- petistas informam endereços falsos de onde estariam ocorrendo os protestos, divulgam notícias falsas para causar receio e se articulam para excluir grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

"Este renomeia o grupo para Lula Livre e remove todo mundo", acusa a lista encaminhada em dezenas de grupos do Telegram, referindo-se a um dos supostos infiltrados. "Este consegue ficar 24 horas enviando stickers (figurinhas) do Luladrão e impossibilita o grupo de conversar", descreve outro. "Quando descoberto muda de número! Ele tem suporte de alguma organização", reclama um terceiro.

Paulo Fonseca, pesquisador da UFBA, que fez o levantamento ao lado dos pesquisadores Letícia Cesarino e Leonardo Nascimento, aponta que a acusação de infiltrado serve como uma forma de manter a unidade no discurso. Como mostrou o Estadão, usuários que criticaram o apelo de Bolsonaro a desobstruir estradas foram acusados de serem infiltrados em grupos bolsonaristas no Telegram.

"Qualquer ação que seja classificada como divergente é lida como ação de infiltrado. O próprio Roberto Jefferson (apoiador de Bolsonaro) foi colocado como um infiltrado, aliado do PT para prejudicar Bolsonaro", afirmou.

Como outro efeito, apoiadores do presidente evitam usar termos mais evidentes sobre os protestos e pedem para que novos usuários se identifiquem com nome e foto e até investigam a procedência de novas informações.

Em um dos grupos, a ordem era apresentar nome e foto nítida do rosto em seu perfil, com 10 minutos de tolerância. "Há muitos infiltrados. É preciso ficar de olho para não deixar bater na imprensa como bateram ontem, ok?", alerta um usuário no chat de voz.

Os grupos também acusam os infiltrados de induzirem manifestantes ao erro. Ao longo dos protestos, bolsonaristas celebraram em ato público a falsa notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teria sido preso. Eles também foram gravados comemorando uma suposta "confirmação" de fraude eleitoral que não existe.

"Isso é fake news. Vamos raciocinar antes de postar. Viramos chacota ontem pelos esquerdistas contando mentiras nessas manifestações. Se alguém pegar o microfone e contar essas fake news eu vou lascar a porrada porque já sei que é esquerdista infiltrado", disse uma usuária.

Drible no Judiciário

Além da "caça às bruxas" e do clima de desconfiança geral, grupos bolsonaristas mascaram o nome dos grupos para tentar driblar o monitoramento do TSE. A reportagem detectou dezenas de grupos suspensos por determinação da Corte, segundo informa o próprio Telegram nas tentativas de acesso. 

Usuários mudam o nome dos grupos para "Copa do Mundo", ou "Grupo de família'', enquanto canais antivacina renomearam-se para "vacinas salvam vidas" e criam táticas para contornar as restrições. Entre elas estão o uso de aplicativos de mensagens paralelos como o Signal e a criação de grupos reservas prontos para o uso em caso de nova remoção. 

Até mesmo a palavra "inflitrado" passou a ser proibida em um grupo de Telegram, depois que usuários especularam que o termo estaria sendo vigiado pelo Judiciário.

Apesar das medidas, existem grupos com dezenas de milhares de usuários ainda em atividade. O Nova Direita Oficial, com mais de 22 mil membros, realiza conversas de voz durante quase todo o dia. Nele, os membros se organizam pelo País comprando insumos para manter os manifestantes na frente dos quartéis. 

Por Levy Teles e Samuel Lima

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se infiltram em grupos do Telegram para desarticular e desestabilizar mobilizações bolsonaristas nos protestos antidemocráticos que se espalham pelo Brasil.

Caminhoneiros e outros manifestantes realizam bloqueio na BR 101, na altura de Itaboraí, município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Uma lista que circula em grupos bolsonaristas no Telegram, aplicativo de mensagens russo, indica 133 diferentes números de telefone que seriam de petistas infiltrados. Levantamento do Democracia Digital, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido do Estadão, detectou 11.033 mensagens que fazem menção à palavra infiltrado, em uma amostra de 144 grupos de WhatsApp e 87 canais no Telegram. 

Além de provocações -- como o uso de menções à vitória de Lula no segundo turno, termos chulos, conteúdos pornográficos ou pegadinhas -- petistas informam endereços falsos de onde estariam ocorrendo os protestos, divulgam notícias falsas para causar receio e se articulam para excluir grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

"Este renomeia o grupo para Lula Livre e remove todo mundo", acusa a lista encaminhada em dezenas de grupos do Telegram, referindo-se a um dos supostos infiltrados. "Este consegue ficar 24 horas enviando stickers (figurinhas) do Luladrão e impossibilita o grupo de conversar", descreve outro. "Quando descoberto muda de número! Ele tem suporte de alguma organização", reclama um terceiro.

Paulo Fonseca, pesquisador da UFBA, que fez o levantamento ao lado dos pesquisadores Letícia Cesarino e Leonardo Nascimento, aponta que a acusação de infiltrado serve como uma forma de manter a unidade no discurso. Como mostrou o Estadão, usuários que criticaram o apelo de Bolsonaro a desobstruir estradas foram acusados de serem infiltrados em grupos bolsonaristas no Telegram.

"Qualquer ação que seja classificada como divergente é lida como ação de infiltrado. O próprio Roberto Jefferson (apoiador de Bolsonaro) foi colocado como um infiltrado, aliado do PT para prejudicar Bolsonaro", afirmou.

Como outro efeito, apoiadores do presidente evitam usar termos mais evidentes sobre os protestos e pedem para que novos usuários se identifiquem com nome e foto e até investigam a procedência de novas informações.

Em um dos grupos, a ordem era apresentar nome e foto nítida do rosto em seu perfil, com 10 minutos de tolerância. "Há muitos infiltrados. É preciso ficar de olho para não deixar bater na imprensa como bateram ontem, ok?", alerta um usuário no chat de voz.

Os grupos também acusam os infiltrados de induzirem manifestantes ao erro. Ao longo dos protestos, bolsonaristas celebraram em ato público a falsa notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teria sido preso. Eles também foram gravados comemorando uma suposta "confirmação" de fraude eleitoral que não existe.

"Isso é fake news. Vamos raciocinar antes de postar. Viramos chacota ontem pelos esquerdistas contando mentiras nessas manifestações. Se alguém pegar o microfone e contar essas fake news eu vou lascar a porrada porque já sei que é esquerdista infiltrado", disse uma usuária.

Drible no Judiciário

Além da "caça às bruxas" e do clima de desconfiança geral, grupos bolsonaristas mascaram o nome dos grupos para tentar driblar o monitoramento do TSE. A reportagem detectou dezenas de grupos suspensos por determinação da Corte, segundo informa o próprio Telegram nas tentativas de acesso. 

Usuários mudam o nome dos grupos para "Copa do Mundo", ou "Grupo de família'', enquanto canais antivacina renomearam-se para "vacinas salvam vidas" e criam táticas para contornar as restrições. Entre elas estão o uso de aplicativos de mensagens paralelos como o Signal e a criação de grupos reservas prontos para o uso em caso de nova remoção. 

Até mesmo a palavra "inflitrado" passou a ser proibida em um grupo de Telegram, depois que usuários especularam que o termo estaria sendo vigiado pelo Judiciário.

Apesar das medidas, existem grupos com dezenas de milhares de usuários ainda em atividade. O Nova Direita Oficial, com mais de 22 mil membros, realiza conversas de voz durante quase todo o dia. Nele, os membros se organizam pelo País comprando insumos para manter os manifestantes na frente dos quartéis. 

Por Levy Teles e Samuel Lima

Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se infiltram em grupos do Telegram para desarticular e desestabilizar mobilizações bolsonaristas nos protestos antidemocráticos que se espalham pelo Brasil.

Caminhoneiros e outros manifestantes realizam bloqueio na BR 101, na altura de Itaboraí, município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Uma lista que circula em grupos bolsonaristas no Telegram, aplicativo de mensagens russo, indica 133 diferentes números de telefone que seriam de petistas infiltrados. Levantamento do Democracia Digital, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido do Estadão, detectou 11.033 mensagens que fazem menção à palavra infiltrado, em uma amostra de 144 grupos de WhatsApp e 87 canais no Telegram. 

Além de provocações -- como o uso de menções à vitória de Lula no segundo turno, termos chulos, conteúdos pornográficos ou pegadinhas -- petistas informam endereços falsos de onde estariam ocorrendo os protestos, divulgam notícias falsas para causar receio e se articulam para excluir grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

"Este renomeia o grupo para Lula Livre e remove todo mundo", acusa a lista encaminhada em dezenas de grupos do Telegram, referindo-se a um dos supostos infiltrados. "Este consegue ficar 24 horas enviando stickers (figurinhas) do Luladrão e impossibilita o grupo de conversar", descreve outro. "Quando descoberto muda de número! Ele tem suporte de alguma organização", reclama um terceiro.

Paulo Fonseca, pesquisador da UFBA, que fez o levantamento ao lado dos pesquisadores Letícia Cesarino e Leonardo Nascimento, aponta que a acusação de infiltrado serve como uma forma de manter a unidade no discurso. Como mostrou o Estadão, usuários que criticaram o apelo de Bolsonaro a desobstruir estradas foram acusados de serem infiltrados em grupos bolsonaristas no Telegram.

"Qualquer ação que seja classificada como divergente é lida como ação de infiltrado. O próprio Roberto Jefferson (apoiador de Bolsonaro) foi colocado como um infiltrado, aliado do PT para prejudicar Bolsonaro", afirmou.

Como outro efeito, apoiadores do presidente evitam usar termos mais evidentes sobre os protestos e pedem para que novos usuários se identifiquem com nome e foto e até investigam a procedência de novas informações.

Em um dos grupos, a ordem era apresentar nome e foto nítida do rosto em seu perfil, com 10 minutos de tolerância. "Há muitos infiltrados. É preciso ficar de olho para não deixar bater na imprensa como bateram ontem, ok?", alerta um usuário no chat de voz.

Os grupos também acusam os infiltrados de induzirem manifestantes ao erro. Ao longo dos protestos, bolsonaristas celebraram em ato público a falsa notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, teria sido preso. Eles também foram gravados comemorando uma suposta "confirmação" de fraude eleitoral que não existe.

"Isso é fake news. Vamos raciocinar antes de postar. Viramos chacota ontem pelos esquerdistas contando mentiras nessas manifestações. Se alguém pegar o microfone e contar essas fake news eu vou lascar a porrada porque já sei que é esquerdista infiltrado", disse uma usuária.

Drible no Judiciário

Além da "caça às bruxas" e do clima de desconfiança geral, grupos bolsonaristas mascaram o nome dos grupos para tentar driblar o monitoramento do TSE. A reportagem detectou dezenas de grupos suspensos por determinação da Corte, segundo informa o próprio Telegram nas tentativas de acesso. 

Usuários mudam o nome dos grupos para "Copa do Mundo", ou "Grupo de família'', enquanto canais antivacina renomearam-se para "vacinas salvam vidas" e criam táticas para contornar as restrições. Entre elas estão o uso de aplicativos de mensagens paralelos como o Signal e a criação de grupos reservas prontos para o uso em caso de nova remoção. 

Até mesmo a palavra "inflitrado" passou a ser proibida em um grupo de Telegram, depois que usuários especularam que o termo estaria sendo vigiado pelo Judiciário.

Apesar das medidas, existem grupos com dezenas de milhares de usuários ainda em atividade. O Nova Direita Oficial, com mais de 22 mil membros, realiza conversas de voz durante quase todo o dia. Nele, os membros se organizam pelo País comprando insumos para manter os manifestantes na frente dos quartéis. 

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