Paraisópolis: Polícia pede imagens da mídia de tiroteio que interrompeu campanha de Tarcísio


Corporação também requisitou registro das câmeras corporais dos policiais que estavam no local e dos comércios da região; imagens foram enviadas à Jovem Pan antes de serem apagadas

Por Davi Medeiros

A Polícia Civil de São Paulo requisitou acesso às imagens registradas pela imprensa durante o tiroteio que interrompeu agenda do candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 17 de outubro, em Paraisópolis. Em nota, a corporação informou que segue o padrão de apuração que é adotado quando há morte em decorrência de oposição à intervenção policial, como sugere a principal linha de investigação do caso. Felipe da Silva Lima, de 27 anos, que já tinha passagem pela polícia, morreu durante a troca de tiros.

Por constituírem “importante meio de prova”, a Polícia Civil requisitou imagens não apenas da imprensa, mas também das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência e dos comércios da região. A solicitação não é direcionada a uma emissora específica, mas a todas que cobriam o ocorrido.

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A nota também esclarece que policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) “já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um integrante da equipe de Tarcísio teria solicitado a um cinegrafista da Jovem Pan que apagasse imagens do tiroteio. Em diálogo gravado, um suposto assessor do candidato argumenta que o vídeo poderia expor as pessoas que estavam no local.

As imagens, contudo, já haviam sido enviadas à Jovem Pan, que afirma tê-las transmitido integralmente. A campanha de Tarcísio nega que tenha tentado interferência na apuração do caso.

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Visita de Tarcísio de Freitas em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, foi interrompida por tiroteio na comunidade; candidato ao governo estava dentro do prédio de um polo universitário quando disparos ocorreram do lado de fora.  Foto: TV Globo

Repercussão em campanhas

O caso tem sido explorado nas campanhas eleitorais do PT e do PL. No mesmo dia em que ocorreu o tiroteio, a propaganda eleitoral do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) começou com um “aviso” mencionando o episódio. O narrador da inserção afirmava que Tarcísio, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, embora essa tese não tenha comprovação pelas forças de segurança de São Paulo.

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O adversário de Tarcísio na disputa pelo governo do Estado, Fernando Haddad (PT), também aborda o tiroteio. Em entrevista ao Estadão e à Rádio Eldorado na quarta-feira, 26, o petista fez questão de destacar o suposto pedido de exclusão dos vídeos e afirmou que essa atitude é “típica de quem não confia na apuração de crimes” e na segurança pública.

Leia a nota da Polícia Civil divulgada nesta quarta-feira, 26:

A Polícia Civil, cumprindo sua missão constitucional de apurar crimes, e considerando a repercussão do fato, o interesse e indagações constantes de vários veículos de comunicação, deixa claro que: o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga as circunstâncias da morte de Felipe da Silva Lima e da tentativa de homicídio praticada contra policiais militares, ocorridos nas proximidades de um polo universitário da comunidade do Paraisópolis, que estava sendo inaugurado naquela data e onde se encontrava o candidato ao governo do Estado Tarcísio de Freitas.

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Os policiais do DHPP já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo. Como deve ocorrer nas apurações policiais em que há morte decorrente de oposição a intervenção policial, e por ser importante meio de prova, foram requisitadas as imagens das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência, dos comércios da região e, também, as imagens de profissionais de órgãos de imprensa que estavam cobrindo o evento. As investigações procedem dentro do prazo legal e com o acompanhamento do ministério público estadual, como estabelecido por ler e, quando concluídas, serão encaminhadas à apreciação do juízo competente.

Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo requisitou acesso às imagens registradas pela imprensa durante o tiroteio que interrompeu agenda do candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 17 de outubro, em Paraisópolis. Em nota, a corporação informou que segue o padrão de apuração que é adotado quando há morte em decorrência de oposição à intervenção policial, como sugere a principal linha de investigação do caso. Felipe da Silva Lima, de 27 anos, que já tinha passagem pela polícia, morreu durante a troca de tiros.

Por constituírem “importante meio de prova”, a Polícia Civil requisitou imagens não apenas da imprensa, mas também das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência e dos comércios da região. A solicitação não é direcionada a uma emissora específica, mas a todas que cobriam o ocorrido.

A nota também esclarece que policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) “já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um integrante da equipe de Tarcísio teria solicitado a um cinegrafista da Jovem Pan que apagasse imagens do tiroteio. Em diálogo gravado, um suposto assessor do candidato argumenta que o vídeo poderia expor as pessoas que estavam no local.

As imagens, contudo, já haviam sido enviadas à Jovem Pan, que afirma tê-las transmitido integralmente. A campanha de Tarcísio nega que tenha tentado interferência na apuração do caso.

Visita de Tarcísio de Freitas em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, foi interrompida por tiroteio na comunidade; candidato ao governo estava dentro do prédio de um polo universitário quando disparos ocorreram do lado de fora.  Foto: TV Globo

Repercussão em campanhas

O caso tem sido explorado nas campanhas eleitorais do PT e do PL. No mesmo dia em que ocorreu o tiroteio, a propaganda eleitoral do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) começou com um “aviso” mencionando o episódio. O narrador da inserção afirmava que Tarcísio, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, embora essa tese não tenha comprovação pelas forças de segurança de São Paulo.

O adversário de Tarcísio na disputa pelo governo do Estado, Fernando Haddad (PT), também aborda o tiroteio. Em entrevista ao Estadão e à Rádio Eldorado na quarta-feira, 26, o petista fez questão de destacar o suposto pedido de exclusão dos vídeos e afirmou que essa atitude é “típica de quem não confia na apuração de crimes” e na segurança pública.

Leia a nota da Polícia Civil divulgada nesta quarta-feira, 26:

A Polícia Civil, cumprindo sua missão constitucional de apurar crimes, e considerando a repercussão do fato, o interesse e indagações constantes de vários veículos de comunicação, deixa claro que: o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga as circunstâncias da morte de Felipe da Silva Lima e da tentativa de homicídio praticada contra policiais militares, ocorridos nas proximidades de um polo universitário da comunidade do Paraisópolis, que estava sendo inaugurado naquela data e onde se encontrava o candidato ao governo do Estado Tarcísio de Freitas.

Os policiais do DHPP já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo. Como deve ocorrer nas apurações policiais em que há morte decorrente de oposição a intervenção policial, e por ser importante meio de prova, foram requisitadas as imagens das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência, dos comércios da região e, também, as imagens de profissionais de órgãos de imprensa que estavam cobrindo o evento. As investigações procedem dentro do prazo legal e com o acompanhamento do ministério público estadual, como estabelecido por ler e, quando concluídas, serão encaminhadas à apreciação do juízo competente.

Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo requisitou acesso às imagens registradas pela imprensa durante o tiroteio que interrompeu agenda do candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no dia 17 de outubro, em Paraisópolis. Em nota, a corporação informou que segue o padrão de apuração que é adotado quando há morte em decorrência de oposição à intervenção policial, como sugere a principal linha de investigação do caso. Felipe da Silva Lima, de 27 anos, que já tinha passagem pela polícia, morreu durante a troca de tiros.

Por constituírem “importante meio de prova”, a Polícia Civil requisitou imagens não apenas da imprensa, mas também das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência e dos comércios da região. A solicitação não é direcionada a uma emissora específica, mas a todas que cobriam o ocorrido.

A nota também esclarece que policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) “já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um integrante da equipe de Tarcísio teria solicitado a um cinegrafista da Jovem Pan que apagasse imagens do tiroteio. Em diálogo gravado, um suposto assessor do candidato argumenta que o vídeo poderia expor as pessoas que estavam no local.

As imagens, contudo, já haviam sido enviadas à Jovem Pan, que afirma tê-las transmitido integralmente. A campanha de Tarcísio nega que tenha tentado interferência na apuração do caso.

Visita de Tarcísio de Freitas em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, foi interrompida por tiroteio na comunidade; candidato ao governo estava dentro do prédio de um polo universitário quando disparos ocorreram do lado de fora.  Foto: TV Globo

Repercussão em campanhas

O caso tem sido explorado nas campanhas eleitorais do PT e do PL. No mesmo dia em que ocorreu o tiroteio, a propaganda eleitoral do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) começou com um “aviso” mencionando o episódio. O narrador da inserção afirmava que Tarcísio, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, embora essa tese não tenha comprovação pelas forças de segurança de São Paulo.

O adversário de Tarcísio na disputa pelo governo do Estado, Fernando Haddad (PT), também aborda o tiroteio. Em entrevista ao Estadão e à Rádio Eldorado na quarta-feira, 26, o petista fez questão de destacar o suposto pedido de exclusão dos vídeos e afirmou que essa atitude é “típica de quem não confia na apuração de crimes” e na segurança pública.

Leia a nota da Polícia Civil divulgada nesta quarta-feira, 26:

A Polícia Civil, cumprindo sua missão constitucional de apurar crimes, e considerando a repercussão do fato, o interesse e indagações constantes de vários veículos de comunicação, deixa claro que: o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga as circunstâncias da morte de Felipe da Silva Lima e da tentativa de homicídio praticada contra policiais militares, ocorridos nas proximidades de um polo universitário da comunidade do Paraisópolis, que estava sendo inaugurado naquela data e onde se encontrava o candidato ao governo do Estado Tarcísio de Freitas.

Os policiais do DHPP já ouviram diversas pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os fatos e também solicitaram exames periciais para o local, veículo e armas de fogo. Como deve ocorrer nas apurações policiais em que há morte decorrente de oposição a intervenção policial, e por ser importante meio de prova, foram requisitadas as imagens das câmeras corporais de policiais que estavam na ocorrência, dos comércios da região e, também, as imagens de profissionais de órgãos de imprensa que estavam cobrindo o evento. As investigações procedem dentro do prazo legal e com o acompanhamento do ministério público estadual, como estabelecido por ler e, quando concluídas, serão encaminhadas à apreciação do juízo competente.

Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo

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