Todos os chilenos que particparam do seqüestro do empresário Abílio Diniz estão livres. Ulises Gallardo Acevedo, Pedro Fernández Lembach, Héctor Collante, Sérgio Olivares e María Emilia Marchi receberam o benefício da liberdade condicional por haver cumprido e maior parte da pena e apresentar bom comportamento quando estavam no Centro de Detenção Preventiva da Santiago. María Emilia Marchi, de 53 anos, é formada em engenharia civil. Viúva com dois filhos, ela iniciou-se na militância política atuando na Democracia Cristã. Em 1967, María ingressou no Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR). Durante o regime militar, deixou o país. Viveu algum tempo na Espanha e no Uruguai, até chegar ao Brasil em 1989, ano que que participou do seqüestro de Diniz. Ulises Gallardo Acevedo é sociólogo e tem 46 anos. Ele ingressou no MIR em 1968, quando era estudante universitário. Casado e com três filhos, Acevedo foi espulso do Chile em 1982, quando se mudou para a Bélgica, país que lhe deu asilo político. Com 36 anos, casado e uma filha, o mecânico e taxista Rámon Collante Tapia também foi militante do MIR, onde ingressou em 1985. Sua tarefa no grupo subversivo era conseguir os automóveis usados nas operações clandestinas. Também casado e com um filho, o professor Pedro Fernández Lembach, hoje com 48 anos, participou dos movimentos estudantis dos anos 60 e 70, passando a atuar na clandestinidades em 1973, Suas atividades subversivas já haviam lhe rendido uma prisão, entre 1980 e 1986. Em seguida, Lembach exilou-se na Inglaterra, onde ficou até 1989. Sérgio Olivares Urtubia, de 47 anos, é separado e tem um filho. Ele ingressou no Partido Socialista em 1968, e passou quatro anos (entre 1974 e 1978) detido por motivos políticos. Ele também participou das guerilhas na Nicaraguá e em El Salvador e acabou conseguindo asilo no Canadá.