O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou hoje que vai incluir nas investigações sobre as novas denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a acusação de que o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), também estaria envolvido em suposto esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB. Segundo a mais recente denúncia, Renan e Jucá teriam beneficiado o banco BMG para a concessão de crédito consignado. Em troca, a instituição financeira teria pago propina aos integrantes do esquema. Tuma destacou que se ficar comprovada participação de Jucá, o líder do governo terá de dar explicações. "Se tiver mais alguém, tem que dançar. A valsa não toca só para um. Quem é acusado tem responsabilidade idêntica. Você não isola um porque o outro aparece", afirmou. Tuma disse ainda que esperar ter amanhã acesso ao depoimento que o advogado Bruno de Miranda Lins prestou à Polícia Civil do Distrito Federal há um ano. À época, o advogado acusou seu ex-sogro, o lobista Luiz Garcia Coelho, de operar para diversos políticos do PMDB com recursos desviados de ministérios. Coelho é pai de Flávia Garcia Coelho, funcionária do gabinete de Renan é ex-mulher de Bruno de Miranda Lins. Sobre o assunto, Jucá disse apenas que as denúncias contra ele "não têm fundamento".