Apoio do PL a ex-MBL em Guarulhos gera nova reação bolsonarista contra Valdemar Costa Neto


Nas redes, presidente nacional do partido é acusado de tentar ‘destruir’ Jair Bolsonaro e de promover ‘politicagem suja’

Por Samuel Lima
Atualização:

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de uma nova onda de críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao declarar apoio à pré-candidatura de Lucas Sanches, ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), para a prefeitura de Guarulhos (SP) nas eleições de 2024. Nas redes sociais, o dirigente é acusado por influenciadores de tentar “destruir Bolsonaro” e de promover “politicagem suja e mercenária”. Nenhum nome de peso dentro do partido endossou publicamente os ataques até o momento. O vereador alega que a reação se baseou em vídeo montado.

Um dos críticos à decisão do PL foi o o ex-secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Sem citar o nome de Valdemar ou de Sanches, ele afirmou que atuará contra a sua candidatura. “Tem um gênio de Guarulhos que xingava e desprezava o presidente e agora quer o apoio dele para a eleição”, escreveu ele. “Ninguém faz a mínima lição de casa? Ninguém pesquisa nada? Não rola. Vou manobrar contra”. Wajngarten é cotado para representar o partido na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição.

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O principal material em circulação nas redes bolsonaristas mostra vídeo de Lucas Sanches com a camiseta do MBL de Guarulhos dizendo a frase “primeiramente, fora Bolsonaro”. O conteúdo segue com a declaração recente de apoio de Valdemar Costa Neto e a inscrição “mais um surfista”. Influenciadores com milhares de seguidores ajudaram a impulsionar a crítica. A assessoria de comunicação do político afirmou ao Estadão que o material foi “editado de forma maldosa” para prejudicá-lo.

Sanches publicou trecho maior do vídeo em suas redes sociais, onde é possível entender que ele critica manifestações políticas de professores em sala de aula. No trecho, como exemplo, afirma que não seria adequado um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma sessão dizendo a frase em questão.

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A declaração de apoio de Valdemar Costa Neto a Sanches ocorreu após evento partidário realizado em Mauá (SP), ainda na sexta-feira, 27. “Vamos com Lucas. Está fechado”, afirmou a jornalistas. Em seguida, garantiu que Bolsonaro entrará na campanha. “O Bolsonaro vai trabalhar para o 22”, disse.

Ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Carla Carniel/Reuters

Sanches é vereador em Guarulhos e atua sob a alcunha de “fiscal do povo”, comum a políticos outsiders do interior. Eleito pelo Progressistas, ele já anunciou que trocará a sigla pelo PL e vem dando entrevistas dizendo contar com o apoio de Bolsonaro. Faz parte de uma leva de políticos que surgiram no MBL e se aproximaram do bolsonarismo de olho nas eleições municipais. Outro a protagonizar o movimento foi Fernando Holiday, vereador da capital que se filiou ao PL em julho, com a benção de Bolsonaro.

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A manobra é criticada por membros remanescentes do movimento, como Renan Santos, coordenador nacional do MBL. “O bolsonarismo está tomado de ex-MBLs impostores, que grudam no Valdemar enquanto ele extrai a seiva eleitoral do mito. É gente que não vale nada, não acredita uma vírgula no que fala, mas sabe que é fácil levar eleitor do mito na conversa mole”, afirmou em post no X, antigo Twitter, publicado neste sábado, 28, junto ao vídeo de Sanches.

Como mostrou o Estadão, a disputa pela prefeitura de Guarulhos está embolada com o atual prefeito, Guti (PSD), de saída do cargo após dois mandatos. O atual líder do governo Tarcísio de Freitas na Assembleia Legislativa do Estado, Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como “Xerife do Consumidor”, tenta se cacifar como bolsonarista para enfrentar nomes do PT e até mesmo o indicado do prefeito, caso o partido não consiga convencer o PSD a abrir mão do sucessor.

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Disputa interna

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto já se envolveram em uma série de polêmicas desde que o ex-presidente decidiu ingressar no PL, em novembro de 2021. Mesmo antes da filiação, o controle do diretório estadual de São Paulo foi um ponto de atrito, com o ex-presidente exigindo o cargo ao seu filho “03″, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Os dois chegaram a trocar ofensas e palavrões pelo WhatsApp, segundo divulgou o site O Antagonista na época.

Parte da militância bolsonarista entende que Valdemar Costa Neto é um político tradicional do Centrão que se aliou a Bolsonaro como forma de aumentar a relevância do PL, sem defender por princípio as pautas do ex-presidente. A negociação de Valdemar com representantes de movimentos que atacaram Bolsonaro no passado reforça essa visão.

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No começo de outubro, Valdemar foi duramente criticado por ter tido um encontro com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e depois dizer que apoiaria a sua indicação ao STF. Ele também foi alvo de apoiadores do ex-presidente este ano por conta dos votos dados pela bancada do PL na Câmara para a reforma tributária. A articulação em torno do apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também causa atritos dentro do partido — Bolsonaro demostrou diversas vezes que prefere a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de uma nova onda de críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao declarar apoio à pré-candidatura de Lucas Sanches, ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), para a prefeitura de Guarulhos (SP) nas eleições de 2024. Nas redes sociais, o dirigente é acusado por influenciadores de tentar “destruir Bolsonaro” e de promover “politicagem suja e mercenária”. Nenhum nome de peso dentro do partido endossou publicamente os ataques até o momento. O vereador alega que a reação se baseou em vídeo montado.

Um dos críticos à decisão do PL foi o o ex-secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Sem citar o nome de Valdemar ou de Sanches, ele afirmou que atuará contra a sua candidatura. “Tem um gênio de Guarulhos que xingava e desprezava o presidente e agora quer o apoio dele para a eleição”, escreveu ele. “Ninguém faz a mínima lição de casa? Ninguém pesquisa nada? Não rola. Vou manobrar contra”. Wajngarten é cotado para representar o partido na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição.

O principal material em circulação nas redes bolsonaristas mostra vídeo de Lucas Sanches com a camiseta do MBL de Guarulhos dizendo a frase “primeiramente, fora Bolsonaro”. O conteúdo segue com a declaração recente de apoio de Valdemar Costa Neto e a inscrição “mais um surfista”. Influenciadores com milhares de seguidores ajudaram a impulsionar a crítica. A assessoria de comunicação do político afirmou ao Estadão que o material foi “editado de forma maldosa” para prejudicá-lo.

Sanches publicou trecho maior do vídeo em suas redes sociais, onde é possível entender que ele critica manifestações políticas de professores em sala de aula. No trecho, como exemplo, afirma que não seria adequado um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma sessão dizendo a frase em questão.

A declaração de apoio de Valdemar Costa Neto a Sanches ocorreu após evento partidário realizado em Mauá (SP), ainda na sexta-feira, 27. “Vamos com Lucas. Está fechado”, afirmou a jornalistas. Em seguida, garantiu que Bolsonaro entrará na campanha. “O Bolsonaro vai trabalhar para o 22”, disse.

Ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Carla Carniel/Reuters

Sanches é vereador em Guarulhos e atua sob a alcunha de “fiscal do povo”, comum a políticos outsiders do interior. Eleito pelo Progressistas, ele já anunciou que trocará a sigla pelo PL e vem dando entrevistas dizendo contar com o apoio de Bolsonaro. Faz parte de uma leva de políticos que surgiram no MBL e se aproximaram do bolsonarismo de olho nas eleições municipais. Outro a protagonizar o movimento foi Fernando Holiday, vereador da capital que se filiou ao PL em julho, com a benção de Bolsonaro.

A manobra é criticada por membros remanescentes do movimento, como Renan Santos, coordenador nacional do MBL. “O bolsonarismo está tomado de ex-MBLs impostores, que grudam no Valdemar enquanto ele extrai a seiva eleitoral do mito. É gente que não vale nada, não acredita uma vírgula no que fala, mas sabe que é fácil levar eleitor do mito na conversa mole”, afirmou em post no X, antigo Twitter, publicado neste sábado, 28, junto ao vídeo de Sanches.

Como mostrou o Estadão, a disputa pela prefeitura de Guarulhos está embolada com o atual prefeito, Guti (PSD), de saída do cargo após dois mandatos. O atual líder do governo Tarcísio de Freitas na Assembleia Legislativa do Estado, Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como “Xerife do Consumidor”, tenta se cacifar como bolsonarista para enfrentar nomes do PT e até mesmo o indicado do prefeito, caso o partido não consiga convencer o PSD a abrir mão do sucessor.

Disputa interna

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto já se envolveram em uma série de polêmicas desde que o ex-presidente decidiu ingressar no PL, em novembro de 2021. Mesmo antes da filiação, o controle do diretório estadual de São Paulo foi um ponto de atrito, com o ex-presidente exigindo o cargo ao seu filho “03″, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Os dois chegaram a trocar ofensas e palavrões pelo WhatsApp, segundo divulgou o site O Antagonista na época.

Parte da militância bolsonarista entende que Valdemar Costa Neto é um político tradicional do Centrão que se aliou a Bolsonaro como forma de aumentar a relevância do PL, sem defender por princípio as pautas do ex-presidente. A negociação de Valdemar com representantes de movimentos que atacaram Bolsonaro no passado reforça essa visão.

No começo de outubro, Valdemar foi duramente criticado por ter tido um encontro com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e depois dizer que apoiaria a sua indicação ao STF. Ele também foi alvo de apoiadores do ex-presidente este ano por conta dos votos dados pela bancada do PL na Câmara para a reforma tributária. A articulação em torno do apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também causa atritos dentro do partido — Bolsonaro demostrou diversas vezes que prefere a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de uma nova onda de críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao declarar apoio à pré-candidatura de Lucas Sanches, ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), para a prefeitura de Guarulhos (SP) nas eleições de 2024. Nas redes sociais, o dirigente é acusado por influenciadores de tentar “destruir Bolsonaro” e de promover “politicagem suja e mercenária”. Nenhum nome de peso dentro do partido endossou publicamente os ataques até o momento. O vereador alega que a reação se baseou em vídeo montado.

Um dos críticos à decisão do PL foi o o ex-secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Sem citar o nome de Valdemar ou de Sanches, ele afirmou que atuará contra a sua candidatura. “Tem um gênio de Guarulhos que xingava e desprezava o presidente e agora quer o apoio dele para a eleição”, escreveu ele. “Ninguém faz a mínima lição de casa? Ninguém pesquisa nada? Não rola. Vou manobrar contra”. Wajngarten é cotado para representar o partido na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição.

O principal material em circulação nas redes bolsonaristas mostra vídeo de Lucas Sanches com a camiseta do MBL de Guarulhos dizendo a frase “primeiramente, fora Bolsonaro”. O conteúdo segue com a declaração recente de apoio de Valdemar Costa Neto e a inscrição “mais um surfista”. Influenciadores com milhares de seguidores ajudaram a impulsionar a crítica. A assessoria de comunicação do político afirmou ao Estadão que o material foi “editado de forma maldosa” para prejudicá-lo.

Sanches publicou trecho maior do vídeo em suas redes sociais, onde é possível entender que ele critica manifestações políticas de professores em sala de aula. No trecho, como exemplo, afirma que não seria adequado um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma sessão dizendo a frase em questão.

A declaração de apoio de Valdemar Costa Neto a Sanches ocorreu após evento partidário realizado em Mauá (SP), ainda na sexta-feira, 27. “Vamos com Lucas. Está fechado”, afirmou a jornalistas. Em seguida, garantiu que Bolsonaro entrará na campanha. “O Bolsonaro vai trabalhar para o 22”, disse.

Ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Carla Carniel/Reuters

Sanches é vereador em Guarulhos e atua sob a alcunha de “fiscal do povo”, comum a políticos outsiders do interior. Eleito pelo Progressistas, ele já anunciou que trocará a sigla pelo PL e vem dando entrevistas dizendo contar com o apoio de Bolsonaro. Faz parte de uma leva de políticos que surgiram no MBL e se aproximaram do bolsonarismo de olho nas eleições municipais. Outro a protagonizar o movimento foi Fernando Holiday, vereador da capital que se filiou ao PL em julho, com a benção de Bolsonaro.

A manobra é criticada por membros remanescentes do movimento, como Renan Santos, coordenador nacional do MBL. “O bolsonarismo está tomado de ex-MBLs impostores, que grudam no Valdemar enquanto ele extrai a seiva eleitoral do mito. É gente que não vale nada, não acredita uma vírgula no que fala, mas sabe que é fácil levar eleitor do mito na conversa mole”, afirmou em post no X, antigo Twitter, publicado neste sábado, 28, junto ao vídeo de Sanches.

Como mostrou o Estadão, a disputa pela prefeitura de Guarulhos está embolada com o atual prefeito, Guti (PSD), de saída do cargo após dois mandatos. O atual líder do governo Tarcísio de Freitas na Assembleia Legislativa do Estado, Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como “Xerife do Consumidor”, tenta se cacifar como bolsonarista para enfrentar nomes do PT e até mesmo o indicado do prefeito, caso o partido não consiga convencer o PSD a abrir mão do sucessor.

Disputa interna

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto já se envolveram em uma série de polêmicas desde que o ex-presidente decidiu ingressar no PL, em novembro de 2021. Mesmo antes da filiação, o controle do diretório estadual de São Paulo foi um ponto de atrito, com o ex-presidente exigindo o cargo ao seu filho “03″, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Os dois chegaram a trocar ofensas e palavrões pelo WhatsApp, segundo divulgou o site O Antagonista na época.

Parte da militância bolsonarista entende que Valdemar Costa Neto é um político tradicional do Centrão que se aliou a Bolsonaro como forma de aumentar a relevância do PL, sem defender por princípio as pautas do ex-presidente. A negociação de Valdemar com representantes de movimentos que atacaram Bolsonaro no passado reforça essa visão.

No começo de outubro, Valdemar foi duramente criticado por ter tido um encontro com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e depois dizer que apoiaria a sua indicação ao STF. Ele também foi alvo de apoiadores do ex-presidente este ano por conta dos votos dados pela bancada do PL na Câmara para a reforma tributária. A articulação em torno do apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também causa atritos dentro do partido — Bolsonaro demostrou diversas vezes que prefere a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).

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