O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou pela primeira vez sobre a derrota do pai, o presidente Jair Bolsonaro, na disputa pelo Palácio do Planalto para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
“Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do Brasil”, disse Flávio, que agradeceu “a maior votação da vida” para o presidente Bolsonaro, em sua postagem no Twitter. Cerca de uma hora depois, Flávio voltou ao Twitter para mais uma mensagem: “Pai, estou contigo pro que der e vier!”
Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o resultado da eleição. Ministros próximos do presidente estão reunidos com ele no Palácio do Planalto e avaliam um discurso a ser lido sobre o resultado das eleições, segundo relato de auxiliares do chefe do Executivo.
Mais cedo, a primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou, em publicação no Instagram, que ela e o presidente seguem “firmes e unidos”, após ambos deixarem de se seguir na rede social, fato que ganhou destaque na internet.
“Conforme o Jair já explicou em várias ‘lives’, quem administra essa rede não é ele”, afirmou a primeira-dama. “Eu e meu esposo seguimos firmes, unidos, crescendo em Deus e crescendo no melhor para o Brasil. Estaremos sempre juntos, nos amando ‘na alegria e na tristeza’. Que Deus abençoe a nossa amada Nação”, completou.
Um pouco antes, Michelle havia publicado um verso bíblico em sua conta na mesma rede social. “Louvai ao Senhor todas as nações, louvai-o todos os povos”, dizia um trecho da publicação, na primeira declaração de um membro da família Bolsonaro.
Bolsonaro saiu cedo do Palácio da Alvorada e se dirigiu ao Planalto. Geralmente cheia de seguidores, a portaria da residência oficial estava vazia na manha desta segunda-feira. Bolsonaro recebeu Flávio por volta das 7h40. O parlamentar chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, dirigindo seu carro. O coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, também chegou cedo à residência oficial.
Segundo aliados, o presidente ainda se recusa a falar sobre sua atuação política durante a gestão do petista Lula. Com 58,2 milhões de voto, Bolsonaro poderia assumir a oposição do novo presidente, mas, por enquanto, não quer tratar do tema.