Veja o que os dados dizem sobre a fome no Brasil


Segundo inquérito, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País, 14 milhões a mais do que no ano passado

Por Rubens Anater
Atualização:

Em entrevista nesta sexta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “fome para valer (no País) não existe da forma como é falado”. Pesquisas, no entanto, apontam o acirramento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e o crescimento da insegurança alimentar. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no País.

Para o presidente Bolsonaro quem fala que o brasileiro tem fome são “pessoas que vendem mentiras”. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado no início de junho, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País. Isso equivale a 15,5% da população. Ou seja, a cada 100 brasileiros, 15 passam fome.

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Em comparação com o estudo anterior, a quantidade de brasileiros que não tem o que comer aumentou 14 milhões em um ano. O estudo foi feito pela Rede Penssan e pela Oxfam e aponta como responsáveis pela situação o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia. Segundo o estudo, esse número é o pior desde o início da década de 1990.

A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Ou seja, mais da metade da população não consegue se alimentar com o padrão esperado para um desenvolvimento saudável.

Outro problema apontado pelo estudo é a insegurança hídrica - a falta de acesso regular à água para beber e cozinhar. Ela atinge 12% da população brasileira.

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Na entrevista de sexta-feira, Bolsonaro afirmou que, “se for em qualquer padaria aqui, não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”. O Inquérito, no entanto, aponta que 15,9 milhões de brasileiros (8,2% da população) relataram “sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento” por terem sido obrigadas a usar de meios “social e humanamente inaceitáveis para obtenção de alimentos”.

Recorde de pobreza

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) aponta que em 2021 mais 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza. Foi um um aumento de 42,11%, que levou o contingente de pessoas vivendo na pobreza a cerca de 23 milhões no País. É o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

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A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 mostrou, ainda, que mesmo com Auxílio Emergencial, os dois anos de pandemia tiraram R$ 30,6 bilhões das famílias brasileiras.

Reações

A declaração de Bolsonaro de sexta-feira causou reações. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o padre Júlio Lancelotti se manifestaram, afirmando que o número de brasileiros pedindo comida nas ruas aumentou.

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Em entrevista nesta sexta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “fome para valer (no País) não existe da forma como é falado”. Pesquisas, no entanto, apontam o acirramento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e o crescimento da insegurança alimentar. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no País.

Para o presidente Bolsonaro quem fala que o brasileiro tem fome são “pessoas que vendem mentiras”. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado no início de junho, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País. Isso equivale a 15,5% da população. Ou seja, a cada 100 brasileiros, 15 passam fome.

Em comparação com o estudo anterior, a quantidade de brasileiros que não tem o que comer aumentou 14 milhões em um ano. O estudo foi feito pela Rede Penssan e pela Oxfam e aponta como responsáveis pela situação o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia. Segundo o estudo, esse número é o pior desde o início da década de 1990.

A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Ou seja, mais da metade da população não consegue se alimentar com o padrão esperado para um desenvolvimento saudável.

Outro problema apontado pelo estudo é a insegurança hídrica - a falta de acesso regular à água para beber e cozinhar. Ela atinge 12% da população brasileira.

Na entrevista de sexta-feira, Bolsonaro afirmou que, “se for em qualquer padaria aqui, não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”. O Inquérito, no entanto, aponta que 15,9 milhões de brasileiros (8,2% da população) relataram “sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento” por terem sido obrigadas a usar de meios “social e humanamente inaceitáveis para obtenção de alimentos”.

Recorde de pobreza

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) aponta que em 2021 mais 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza. Foi um um aumento de 42,11%, que levou o contingente de pessoas vivendo na pobreza a cerca de 23 milhões no País. É o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 mostrou, ainda, que mesmo com Auxílio Emergencial, os dois anos de pandemia tiraram R$ 30,6 bilhões das famílias brasileiras.

Reações

A declaração de Bolsonaro de sexta-feira causou reações. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o padre Júlio Lancelotti se manifestaram, afirmando que o número de brasileiros pedindo comida nas ruas aumentou.

Em entrevista nesta sexta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “fome para valer (no País) não existe da forma como é falado”. Pesquisas, no entanto, apontam o acirramento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e o crescimento da insegurança alimentar. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no País.

Para o presidente Bolsonaro quem fala que o brasileiro tem fome são “pessoas que vendem mentiras”. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado no início de junho, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País. Isso equivale a 15,5% da população. Ou seja, a cada 100 brasileiros, 15 passam fome.

Em comparação com o estudo anterior, a quantidade de brasileiros que não tem o que comer aumentou 14 milhões em um ano. O estudo foi feito pela Rede Penssan e pela Oxfam e aponta como responsáveis pela situação o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia. Segundo o estudo, esse número é o pior desde o início da década de 1990.

A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Ou seja, mais da metade da população não consegue se alimentar com o padrão esperado para um desenvolvimento saudável.

Outro problema apontado pelo estudo é a insegurança hídrica - a falta de acesso regular à água para beber e cozinhar. Ela atinge 12% da população brasileira.

Na entrevista de sexta-feira, Bolsonaro afirmou que, “se for em qualquer padaria aqui, não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”. O Inquérito, no entanto, aponta que 15,9 milhões de brasileiros (8,2% da população) relataram “sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento” por terem sido obrigadas a usar de meios “social e humanamente inaceitáveis para obtenção de alimentos”.

Recorde de pobreza

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) aponta que em 2021 mais 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza. Foi um um aumento de 42,11%, que levou o contingente de pessoas vivendo na pobreza a cerca de 23 milhões no País. É o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 mostrou, ainda, que mesmo com Auxílio Emergencial, os dois anos de pandemia tiraram R$ 30,6 bilhões das famílias brasileiras.

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A declaração de Bolsonaro de sexta-feira causou reações. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o padre Júlio Lancelotti se manifestaram, afirmando que o número de brasileiros pedindo comida nas ruas aumentou.

Em entrevista nesta sexta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “fome para valer (no País) não existe da forma como é falado”. Pesquisas, no entanto, apontam o acirramento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e o crescimento da insegurança alimentar. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no País.

Para o presidente Bolsonaro quem fala que o brasileiro tem fome são “pessoas que vendem mentiras”. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado no início de junho, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País. Isso equivale a 15,5% da população. Ou seja, a cada 100 brasileiros, 15 passam fome.

Em comparação com o estudo anterior, a quantidade de brasileiros que não tem o que comer aumentou 14 milhões em um ano. O estudo foi feito pela Rede Penssan e pela Oxfam e aponta como responsáveis pela situação o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia. Segundo o estudo, esse número é o pior desde o início da década de 1990.

A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Ou seja, mais da metade da população não consegue se alimentar com o padrão esperado para um desenvolvimento saudável.

Outro problema apontado pelo estudo é a insegurança hídrica - a falta de acesso regular à água para beber e cozinhar. Ela atinge 12% da população brasileira.

Na entrevista de sexta-feira, Bolsonaro afirmou que, “se for em qualquer padaria aqui, não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”. O Inquérito, no entanto, aponta que 15,9 milhões de brasileiros (8,2% da população) relataram “sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento” por terem sido obrigadas a usar de meios “social e humanamente inaceitáveis para obtenção de alimentos”.

Recorde de pobreza

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) aponta que em 2021 mais 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza. Foi um um aumento de 42,11%, que levou o contingente de pessoas vivendo na pobreza a cerca de 23 milhões no País. É o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 mostrou, ainda, que mesmo com Auxílio Emergencial, os dois anos de pandemia tiraram R$ 30,6 bilhões das famílias brasileiras.

Reações

A declaração de Bolsonaro de sexta-feira causou reações. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o padre Júlio Lancelotti se manifestaram, afirmando que o número de brasileiros pedindo comida nas ruas aumentou.

Em entrevista nesta sexta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “fome para valer (no País) não existe da forma como é falado”. Pesquisas, no entanto, apontam o acirramento das desigualdades sociais, o aumento da pobreza e o crescimento da insegurança alimentar. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no País.

Para o presidente Bolsonaro quem fala que o brasileiro tem fome são “pessoas que vendem mentiras”. Foto: Adriano Machado/Reuters

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19, lançado no início de junho, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no País. Isso equivale a 15,5% da população. Ou seja, a cada 100 brasileiros, 15 passam fome.

Em comparação com o estudo anterior, a quantidade de brasileiros que não tem o que comer aumentou 14 milhões em um ano. O estudo foi feito pela Rede Penssan e pela Oxfam e aponta como responsáveis pela situação o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia. Segundo o estudo, esse número é o pior desde o início da década de 1990.

A pesquisa também mostra que 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Ou seja, mais da metade da população não consegue se alimentar com o padrão esperado para um desenvolvimento saudável.

Outro problema apontado pelo estudo é a insegurança hídrica - a falta de acesso regular à água para beber e cozinhar. Ela atinge 12% da população brasileira.

Na entrevista de sexta-feira, Bolsonaro afirmou que, “se for em qualquer padaria aqui, não tem ninguém ali pedindo para você comprar um pão para ele, isso não existe”. O Inquérito, no entanto, aponta que 15,9 milhões de brasileiros (8,2% da população) relataram “sensação de vergonha, tristeza ou constrangimento” por terem sido obrigadas a usar de meios “social e humanamente inaceitáveis para obtenção de alimentos”.

Recorde de pobreza

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) aponta que em 2021 mais 7,2 milhões de brasileiros passaram a viver na pobreza. Foi um um aumento de 42,11%, que levou o contingente de pessoas vivendo na pobreza a cerca de 23 milhões no País. É o maior patamar da série histórica iniciada em 2016.

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 mostrou, ainda, que mesmo com Auxílio Emergencial, os dois anos de pandemia tiraram R$ 30,6 bilhões das famílias brasileiras.

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