Na véspera do fim do período das convenções partidárias, o ex-presidente e candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu formar o maior bloco partidário na disputa presidencial. O atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL) tem a segunda maior composição.
O número de partidos na coligação é importante porque se traduz em maior tempo de propaganda e fundo eleitoral à disposição do candidato e também assegura capilaridade da busca por votos nos Estados.
A candidatura petista terá o apoio do PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, Agir, PROS, PCdoB e PV. Juntas, as legendas elegeram 140 deputados federais, 13 senadores e oito governadores em 2018. Bolsonaro conseguiu atrair o segundo maior grupo de siglas. Além do próprio partido ao qual está filiado, o Progressistas e Republicanos também vão apoiar a tentativa de reeleição de Bolsonaro. Em 2018, os partidos elegeram 101 deputados federais, sete senadores e um governador.
A bancada na Câmara é o principal critério para a divisão do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, o que significa que Lula terá mais exposição midiática que seus concorrentes. Além dos blocos, os candidatos ao Planalto também poderão aparecer nas inserções de 30 segundos dos partidos que são transmitidas ao longo da programação. A quantidade de inserções também varia conforme o tamanho da coligação. Os números são uma projeção com base nos critérios adotados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A divulgação da divisão do tempo será feita oficialmente pela Justiça Eleitoral no dia 12 de agosto.