Veja passo a passo de como seria o golpe de Estado orquestrado por Bolsonaro e aliados, segundo a PF


Decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a Operação da Polícia Federal descreve como os aliados do ex-presidente se organizavam em diferentes frentes de atuação para dar corpo ao golpe de Estado

Por Karina Ferreira
Atualização:

Um grupo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigados pela Polícia Federal (PF) por orquestrarem uma tentativa de golpe de Estado, é citado na decisão que autorizou a Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira, 8. Os nomes dos bolsonaristas são distribuídos conforme diferentes tipos de atuação. Em comum, todos trabalhavam para que o golpe e abolição do Estado Democrático de Direito fossem colocados em prática. Segundo a PF, “alguns investigados atuaram em mais de uma tarefa, colaborando em diversos núcleos de forma simultânea e coordenada”.

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) trabalhavam em diversas frentes para orquestrar golpe de Estado, aponta investigação da Polícia Federal. Foto: Gabriela Biló/Estadão

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, traz os detalhes de como o esquema estava organizado, cobrindo pelo menos seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

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“As condutas investigadas que visavam subverter o regime democrático foram realizadas ao longo de várias semanas e se acentuaram após as eleições de 2022. Para consecução da finalidade pretendida, os investigados utilizaram de ações coordenadas que exigiam prévio alinhamento de narrativas”, afirma a PF no relatório.

Uma das frentes, chamada pela investigação de “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” foi a responsável por preparar o terreno e plantar as primeiras sementes do que virariam mais tarde narrativas para justificar o golpe. Esse núcleo tinha a missão de produzir, divulgar e amplificar notícias falsas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral, antes mesmo das eleições 2022 ocorrerem. O objetivo, aponta a PF, era “estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado”.

Outra frente de atuação era responsável por incitar os militares a aderirem ao golpe. Para isso, o grupo elegia como alvo militares que resistiam as investidas golpistas e amplificavam ataques pessoais direcionados a eles. Paralelamente, o tentente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência, atuava com outros aliados planejando e executando medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis militares. Isso incluiu a “mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília”.

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Outro núcleo foi responsável pela inteligência, reunindo informações e dados que auxiliassem Bolsonaro na “tomada de decisão” para a consumação do golpe. Entre as ações do grupo, estava o monitoramento de autoridades, incluindo Moraes, que, segundo a investigação, seria preso após Bolsonaro assinar o decreto de golpe de Estado, marcando o encadeamento de toda a ação.

Outra frente trabalhava, ainda, pela articulação entre os outros grupos, endossando as ações golpistas e incitando o apoio dos demais núcleos, e outra pelo aparato jurídico que daria “respaldo legal” ao golpe. Um documento, citado pela PF, teria sido elaborado detalhando medidas de exceção, com a prisão de autoridades e a realização de novas eleições, baseado em supostas fraudes nas eleições.

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Um grupo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigados pela Polícia Federal (PF) por orquestrarem uma tentativa de golpe de Estado, é citado na decisão que autorizou a Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira, 8. Os nomes dos bolsonaristas são distribuídos conforme diferentes tipos de atuação. Em comum, todos trabalhavam para que o golpe e abolição do Estado Democrático de Direito fossem colocados em prática. Segundo a PF, “alguns investigados atuaram em mais de uma tarefa, colaborando em diversos núcleos de forma simultânea e coordenada”.

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) trabalhavam em diversas frentes para orquestrar golpe de Estado, aponta investigação da Polícia Federal. Foto: Gabriela Biló/Estadão

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, traz os detalhes de como o esquema estava organizado, cobrindo pelo menos seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

“As condutas investigadas que visavam subverter o regime democrático foram realizadas ao longo de várias semanas e se acentuaram após as eleições de 2022. Para consecução da finalidade pretendida, os investigados utilizaram de ações coordenadas que exigiam prévio alinhamento de narrativas”, afirma a PF no relatório.

Uma das frentes, chamada pela investigação de “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” foi a responsável por preparar o terreno e plantar as primeiras sementes do que virariam mais tarde narrativas para justificar o golpe. Esse núcleo tinha a missão de produzir, divulgar e amplificar notícias falsas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral, antes mesmo das eleições 2022 ocorrerem. O objetivo, aponta a PF, era “estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado”.

Outra frente de atuação era responsável por incitar os militares a aderirem ao golpe. Para isso, o grupo elegia como alvo militares que resistiam as investidas golpistas e amplificavam ataques pessoais direcionados a eles. Paralelamente, o tentente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência, atuava com outros aliados planejando e executando medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis militares. Isso incluiu a “mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília”.

Outro núcleo foi responsável pela inteligência, reunindo informações e dados que auxiliassem Bolsonaro na “tomada de decisão” para a consumação do golpe. Entre as ações do grupo, estava o monitoramento de autoridades, incluindo Moraes, que, segundo a investigação, seria preso após Bolsonaro assinar o decreto de golpe de Estado, marcando o encadeamento de toda a ação.

Outra frente trabalhava, ainda, pela articulação entre os outros grupos, endossando as ações golpistas e incitando o apoio dos demais núcleos, e outra pelo aparato jurídico que daria “respaldo legal” ao golpe. Um documento, citado pela PF, teria sido elaborado detalhando medidas de exceção, com a prisão de autoridades e a realização de novas eleições, baseado em supostas fraudes nas eleições.

Um grupo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigados pela Polícia Federal (PF) por orquestrarem uma tentativa de golpe de Estado, é citado na decisão que autorizou a Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira, 8. Os nomes dos bolsonaristas são distribuídos conforme diferentes tipos de atuação. Em comum, todos trabalhavam para que o golpe e abolição do Estado Democrático de Direito fossem colocados em prática. Segundo a PF, “alguns investigados atuaram em mais de uma tarefa, colaborando em diversos núcleos de forma simultânea e coordenada”.

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) trabalhavam em diversas frentes para orquestrar golpe de Estado, aponta investigação da Polícia Federal. Foto: Gabriela Biló/Estadão

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, traz os detalhes de como o esquema estava organizado, cobrindo pelo menos seis diferentes tipos de atuação. As tarefas das frentes tinham três objetivos: desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, para manter a permanência de seu grupo no poder.

“As condutas investigadas que visavam subverter o regime democrático foram realizadas ao longo de várias semanas e se acentuaram após as eleições de 2022. Para consecução da finalidade pretendida, os investigados utilizaram de ações coordenadas que exigiam prévio alinhamento de narrativas”, afirma a PF no relatório.

Uma das frentes, chamada pela investigação de “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” foi a responsável por preparar o terreno e plantar as primeiras sementes do que virariam mais tarde narrativas para justificar o golpe. Esse núcleo tinha a missão de produzir, divulgar e amplificar notícias falsas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral, antes mesmo das eleições 2022 ocorrerem. O objetivo, aponta a PF, era “estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado”.

Outra frente de atuação era responsável por incitar os militares a aderirem ao golpe. Para isso, o grupo elegia como alvo militares que resistiam as investidas golpistas e amplificavam ataques pessoais direcionados a eles. Paralelamente, o tentente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência, atuava com outros aliados planejando e executando medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis militares. Isso incluiu a “mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília”.

Outro núcleo foi responsável pela inteligência, reunindo informações e dados que auxiliassem Bolsonaro na “tomada de decisão” para a consumação do golpe. Entre as ações do grupo, estava o monitoramento de autoridades, incluindo Moraes, que, segundo a investigação, seria preso após Bolsonaro assinar o decreto de golpe de Estado, marcando o encadeamento de toda a ação.

Outra frente trabalhava, ainda, pela articulação entre os outros grupos, endossando as ações golpistas e incitando o apoio dos demais núcleos, e outra pelo aparato jurídico que daria “respaldo legal” ao golpe. Um documento, citado pela PF, teria sido elaborado detalhando medidas de exceção, com a prisão de autoridades e a realização de novas eleições, baseado em supostas fraudes nas eleições.

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