Os bastidores do Planalto e do Congresso

Com Bolsonaro inelegível, desafio de Lula atende pelo nome de Arthur Lira


Presidente da Câmara culpa governo por investigações da PF e Centrão quer derrubar articulador político do Planalto

Por Vera Rosa
Atualização:

Diante do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, a avaliação do núcleo duro do governo é a de que o problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora, tem outro nome. Em busca de votos da direita após a cassação dos direitos políticos do ex-presidente, dada como certa, a articulação política do Palácio do Planalto será posta à prova. E o desafio de Lula, nesse cenário, se chama Arthur Lira (PP-AL).

Líder do Centrão, o presidente da Câmara anda contrariado por não ter mais o controle da distribuição de emendas parlamentares. No diagnóstico do grupo de Lira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o responsável por travar a liberação de R$ 9,9 bilhões que, com o fim do orçamento secreto, foram herdados por ministérios.

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O Centrão passou a trabalhar para derrubar Padilha e se aproximou do chefe da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. Nesse serpentário, nada poderia ser mais simbólico do que as fotos postadas nesta segunda-feira, 26, nas redes sociais, mostrando Padilha, Costa e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), sorridentes e com as mãos entrelaçadas. Numa das imagens produzidas sob medida para desfazer a crise, o ministro das Relações Institucionais dá até um beijo em Guimarães.

Quem acompanha os movimentos no Planalto sabe muito bem como é o relacionamento dos três petistas: em público reina a paz. Nos bastidores, um culpa o outro por derrotas no Congresso. Além disso, não é segredo no PT que Guimarães sempre quis ocupar o ministério de Padilha.

”Vocês vão ter de acertar isso”, avisou Lula, na reunião ministerial do dia 15, numa referência à cobrança de partidos aliados sobre o curto-circuito na articulação política do governo. “Se vocês não resolverem, eu vou ter de resolver.”

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Para Padilha, a negociação com o Centrão deve ser conduzida no varejo, e não no atacado. A estratégia tem o objetivo de esvaziar o poder de Lira e evitar que ele se fortaleça para eleger o seu sucessor ao comando da Câmara, em 2025.

Apontado como culpado por barrar a liberação de emendas e cargos, Rui Costa conseguiu virar o jogo a seu favor, há duas semanas, após se reunir com Lira e também com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), seu adversário político na Bahia.

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“Está tudo bem entre nós. Adversário não é inimigo”, disse Elmar, atualmente o deputado mais cotado para ser o candidato de Lira na eleição que escolherá o próximo presidente da Câmara.

O “malvado favorito” da história, para o Centrão, é Padilha, que indicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A cadeira é cobiçada pelo PP, mas Lula não dispensará Nísia. Por enquanto, sai Daniela Carneiro (Turismo) e entra Celso Sabino, deputado do União Brasil e homem da confiança de Lira.

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Lula tem dificuldade para demitir auxiliares. Está nos seus planos, porém, fazer mudanças na equipe, no segundo semestre. A ideia é entregar a partidos do Centrão o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com orçamento de R$ 84,34 bilhões, e a Funasa, que será recriada em breve.

Apesar desses acenos, Lira não confia no Planalto. Além disso, culpa o governo por vazamentos de denúncias e investigações da Polícia Federal, que chegam cada vez mais perto dele. A pedra no sapato de Lula, hoje, atende pelo nome de Arthur.

Diante do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, a avaliação do núcleo duro do governo é a de que o problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora, tem outro nome. Em busca de votos da direita após a cassação dos direitos políticos do ex-presidente, dada como certa, a articulação política do Palácio do Planalto será posta à prova. E o desafio de Lula, nesse cenário, se chama Arthur Lira (PP-AL).

Líder do Centrão, o presidente da Câmara anda contrariado por não ter mais o controle da distribuição de emendas parlamentares. No diagnóstico do grupo de Lira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o responsável por travar a liberação de R$ 9,9 bilhões que, com o fim do orçamento secreto, foram herdados por ministérios.

O Centrão passou a trabalhar para derrubar Padilha e se aproximou do chefe da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. Nesse serpentário, nada poderia ser mais simbólico do que as fotos postadas nesta segunda-feira, 26, nas redes sociais, mostrando Padilha, Costa e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), sorridentes e com as mãos entrelaçadas. Numa das imagens produzidas sob medida para desfazer a crise, o ministro das Relações Institucionais dá até um beijo em Guimarães.

Quem acompanha os movimentos no Planalto sabe muito bem como é o relacionamento dos três petistas: em público reina a paz. Nos bastidores, um culpa o outro por derrotas no Congresso. Além disso, não é segredo no PT que Guimarães sempre quis ocupar o ministério de Padilha.

”Vocês vão ter de acertar isso”, avisou Lula, na reunião ministerial do dia 15, numa referência à cobrança de partidos aliados sobre o curto-circuito na articulação política do governo. “Se vocês não resolverem, eu vou ter de resolver.”

Para Padilha, a negociação com o Centrão deve ser conduzida no varejo, e não no atacado. A estratégia tem o objetivo de esvaziar o poder de Lira e evitar que ele se fortaleça para eleger o seu sucessor ao comando da Câmara, em 2025.

Apontado como culpado por barrar a liberação de emendas e cargos, Rui Costa conseguiu virar o jogo a seu favor, há duas semanas, após se reunir com Lira e também com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), seu adversário político na Bahia.

“Está tudo bem entre nós. Adversário não é inimigo”, disse Elmar, atualmente o deputado mais cotado para ser o candidato de Lira na eleição que escolherá o próximo presidente da Câmara.

O “malvado favorito” da história, para o Centrão, é Padilha, que indicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A cadeira é cobiçada pelo PP, mas Lula não dispensará Nísia. Por enquanto, sai Daniela Carneiro (Turismo) e entra Celso Sabino, deputado do União Brasil e homem da confiança de Lira.

Lula tem dificuldade para demitir auxiliares. Está nos seus planos, porém, fazer mudanças na equipe, no segundo semestre. A ideia é entregar a partidos do Centrão o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com orçamento de R$ 84,34 bilhões, e a Funasa, que será recriada em breve.

Apesar desses acenos, Lira não confia no Planalto. Além disso, culpa o governo por vazamentos de denúncias e investigações da Polícia Federal, que chegam cada vez mais perto dele. A pedra no sapato de Lula, hoje, atende pelo nome de Arthur.

Diante do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, a avaliação do núcleo duro do governo é a de que o problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora, tem outro nome. Em busca de votos da direita após a cassação dos direitos políticos do ex-presidente, dada como certa, a articulação política do Palácio do Planalto será posta à prova. E o desafio de Lula, nesse cenário, se chama Arthur Lira (PP-AL).

Líder do Centrão, o presidente da Câmara anda contrariado por não ter mais o controle da distribuição de emendas parlamentares. No diagnóstico do grupo de Lira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o responsável por travar a liberação de R$ 9,9 bilhões que, com o fim do orçamento secreto, foram herdados por ministérios.

O Centrão passou a trabalhar para derrubar Padilha e se aproximou do chefe da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. Nesse serpentário, nada poderia ser mais simbólico do que as fotos postadas nesta segunda-feira, 26, nas redes sociais, mostrando Padilha, Costa e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), sorridentes e com as mãos entrelaçadas. Numa das imagens produzidas sob medida para desfazer a crise, o ministro das Relações Institucionais dá até um beijo em Guimarães.

Quem acompanha os movimentos no Planalto sabe muito bem como é o relacionamento dos três petistas: em público reina a paz. Nos bastidores, um culpa o outro por derrotas no Congresso. Além disso, não é segredo no PT que Guimarães sempre quis ocupar o ministério de Padilha.

”Vocês vão ter de acertar isso”, avisou Lula, na reunião ministerial do dia 15, numa referência à cobrança de partidos aliados sobre o curto-circuito na articulação política do governo. “Se vocês não resolverem, eu vou ter de resolver.”

Para Padilha, a negociação com o Centrão deve ser conduzida no varejo, e não no atacado. A estratégia tem o objetivo de esvaziar o poder de Lira e evitar que ele se fortaleça para eleger o seu sucessor ao comando da Câmara, em 2025.

Apontado como culpado por barrar a liberação de emendas e cargos, Rui Costa conseguiu virar o jogo a seu favor, há duas semanas, após se reunir com Lira e também com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), seu adversário político na Bahia.

“Está tudo bem entre nós. Adversário não é inimigo”, disse Elmar, atualmente o deputado mais cotado para ser o candidato de Lira na eleição que escolherá o próximo presidente da Câmara.

O “malvado favorito” da história, para o Centrão, é Padilha, que indicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A cadeira é cobiçada pelo PP, mas Lula não dispensará Nísia. Por enquanto, sai Daniela Carneiro (Turismo) e entra Celso Sabino, deputado do União Brasil e homem da confiança de Lira.

Lula tem dificuldade para demitir auxiliares. Está nos seus planos, porém, fazer mudanças na equipe, no segundo semestre. A ideia é entregar a partidos do Centrão o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com orçamento de R$ 84,34 bilhões, e a Funasa, que será recriada em breve.

Apesar desses acenos, Lira não confia no Planalto. Além disso, culpa o governo por vazamentos de denúncias e investigações da Polícia Federal, que chegam cada vez mais perto dele. A pedra no sapato de Lula, hoje, atende pelo nome de Arthur.

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