Os bastidores do Planalto e do Congresso

O dia em que Alckmin dormiu no posto de gasolina da Dutra e levou um susto daqueles; leia a coluna


Vice-presidente dispensa segurança em viagens particulares e diz que vai para ‘Lins’; nos bastidores, aliados veem suas andanças por SP como sinal de que ele pode concorrer ao Bandeirantes, em 2026

Por Vera Rosa
Atualização:

Enquanto a disputa para a Prefeitura de São Paulo continua embolada, Geraldo escapa para “Lins” sempre que pode, nos fins de semana, e dá um “baile” nos seguranças. Engana-se, porém, quem pensa que o destino de sua visita seja a cidade localizada a 430 quilômetros da capital paulista, na região centro-oeste do Estado.

“Lins”, para o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, significa “Local incerto e não sabido”. Foi driblando os seguranças que no fim do ano passado, por exemplo, Alckmin acabou dormindo num posto de gasolina que vende pamonha, em plena Via Dutra.

O vice estava voltando de Pindamonhangaba para o seu apartamento em São Paulo quando decidiu estacionar o carro, que ele próprio dirigia, para dar uma cochilada. Perto de 18h30, parou embaixo de uma árvore do posto, reclinou o banco e dormiu.

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Alckmin participou de poucos atos de campanha ao lado de Tabata. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

De repente, acordou assustado com uma mão batendo forte na janela de seu HB20, ano 2018. “Aí, doutor! Que moleza, hein?”, afirmou o homem. Mas era assalto? “Não. Era um caminhoneiro que queria tirar retrato comigo”, disse o vice à Coluna.

O susto não impediu que Alckmin, médico anestesista, continuasse apelando para “Lins” uma vez por mês. “Eu dispenso os seguranças e não aviso para onde vou. Saio às 5 horas para fugir do trânsito. Se perguntam depois, digo que fui para “Lins””, contou, pronunciando bem as sílabas.

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O destino preferido é sempre Pinda – cidade natal que já administrou como prefeito –, onde ele também aproveita para visitar as duas irmãs. “Lá, a minha academia é a enxada”, resume.

Na capital paulista, Alckmin apoia Tabata Amaral (PSB) para a Prefeitura, mas não participou de muitos atos de campanha ao lado dela. O confronto deste mês, no seu diagnóstico, não terá impacto sobre 2026, ano em que o presidente Lula deve concorrer a novo mandato.

“Eleição municipal é território. Não adianta querer misturar outras coisas”, observou o vice, que estava como presidente em exercício até a manhã desta quarta-feira, 2. Como das outras vezes, ele não se sentou na cadeira ocupada por Lula, no Palácio do Planalto. Superstição? Ele diz que não. “É que presidente só tem um”, responde.

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Desta vez, porém, Alckmin teve uma preocupação a mais. Motivo: o avião que trazia Lula do México, onde ele participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum, apresentou problemas técnicos na volta. Com isso, voou cinco horas em círculos para queimar combustível. Lula precisou trocar de aeronave.

Decisão dependerá do cenário político

Nos bastidores, amigos de Alckmin veem suas andanças pelo interior de São Paulo como um sinal de que ele poderá disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, em 2026, ou até mesmo o Senado, e não ser mais vice na chapa de Lula.

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Tudo dependerá do cenário político até lá, que passa pelos movimentos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e também por negociações com partidos interessados em fazer dobradinha com o PT.

“Essa hipótese não existe”, desconversa Alckmin, que comandou quatro vezes o Bandeirantes. “Cada coisa tem seu tempo.”

Quando visita as cidades paulistas a trabalho, Alckmin carrega uma ecobag cheia de pastas coloridas etiquetadas, com informações sobre cada município, além daquelas com dados do governo e do ministério que comanda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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Lula e Alckmin fizeram uma aliança de conveniência, que pode não se repetir em 2026.  Foto: Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

Desde que deixou o PSDB e fez aliança com Lula, porém, o vice perdeu boa parte do eleitorado conservador do interior de São Paulo. À época, em 2022, o petista precisava do ex-governador como avalista em setores que o rejeitavam, como o agronegócio, para simbolizar a candidatura de frente ampla, muito além das fronteiras de esquerda. O ex-tucano, por sua vez, necessitava de um parceiro forte para sua reabilitação política após a debacle do PSDB. Foi um casamento de conveniência.

Nesta temporada, Alckmin fez campanha em poucas cidades, embora tenha gravado vídeos para vários candidatos. Além de pedir votos para Tabata em São Paulo, esteve em São Bernardo do Campo, São Carlos, Franca, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Pindamonhangaba e Recife. Em Pinda, apoia Vela, candidato do PT. O vice da chapa é João Ribeiro (PSB), seu conhecido de longa data.

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Alckmin despista, no entanto, quando o assunto volta para suas pretensões, em 2026. Enigmático, recita versos de Martins Fontes antes de encerrar a conversa: “Tenho a paixão da gleba circunscrita/ Quero morrer ouvindo a voz bendita/dos pausados cantares paulistanos”. Dizem que, para bom entendedor, meia palavra basta...

Enquanto a disputa para a Prefeitura de São Paulo continua embolada, Geraldo escapa para “Lins” sempre que pode, nos fins de semana, e dá um “baile” nos seguranças. Engana-se, porém, quem pensa que o destino de sua visita seja a cidade localizada a 430 quilômetros da capital paulista, na região centro-oeste do Estado.

“Lins”, para o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, significa “Local incerto e não sabido”. Foi driblando os seguranças que no fim do ano passado, por exemplo, Alckmin acabou dormindo num posto de gasolina que vende pamonha, em plena Via Dutra.

O vice estava voltando de Pindamonhangaba para o seu apartamento em São Paulo quando decidiu estacionar o carro, que ele próprio dirigia, para dar uma cochilada. Perto de 18h30, parou embaixo de uma árvore do posto, reclinou o banco e dormiu.

Alckmin participou de poucos atos de campanha ao lado de Tabata. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

De repente, acordou assustado com uma mão batendo forte na janela de seu HB20, ano 2018. “Aí, doutor! Que moleza, hein?”, afirmou o homem. Mas era assalto? “Não. Era um caminhoneiro que queria tirar retrato comigo”, disse o vice à Coluna.

O susto não impediu que Alckmin, médico anestesista, continuasse apelando para “Lins” uma vez por mês. “Eu dispenso os seguranças e não aviso para onde vou. Saio às 5 horas para fugir do trânsito. Se perguntam depois, digo que fui para “Lins””, contou, pronunciando bem as sílabas.

O destino preferido é sempre Pinda – cidade natal que já administrou como prefeito –, onde ele também aproveita para visitar as duas irmãs. “Lá, a minha academia é a enxada”, resume.

Na capital paulista, Alckmin apoia Tabata Amaral (PSB) para a Prefeitura, mas não participou de muitos atos de campanha ao lado dela. O confronto deste mês, no seu diagnóstico, não terá impacto sobre 2026, ano em que o presidente Lula deve concorrer a novo mandato.

“Eleição municipal é território. Não adianta querer misturar outras coisas”, observou o vice, que estava como presidente em exercício até a manhã desta quarta-feira, 2. Como das outras vezes, ele não se sentou na cadeira ocupada por Lula, no Palácio do Planalto. Superstição? Ele diz que não. “É que presidente só tem um”, responde.

Desta vez, porém, Alckmin teve uma preocupação a mais. Motivo: o avião que trazia Lula do México, onde ele participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum, apresentou problemas técnicos na volta. Com isso, voou cinco horas em círculos para queimar combustível. Lula precisou trocar de aeronave.

Decisão dependerá do cenário político

Nos bastidores, amigos de Alckmin veem suas andanças pelo interior de São Paulo como um sinal de que ele poderá disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, em 2026, ou até mesmo o Senado, e não ser mais vice na chapa de Lula.

Tudo dependerá do cenário político até lá, que passa pelos movimentos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e também por negociações com partidos interessados em fazer dobradinha com o PT.

“Essa hipótese não existe”, desconversa Alckmin, que comandou quatro vezes o Bandeirantes. “Cada coisa tem seu tempo.”

Quando visita as cidades paulistas a trabalho, Alckmin carrega uma ecobag cheia de pastas coloridas etiquetadas, com informações sobre cada município, além daquelas com dados do governo e do ministério que comanda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Lula e Alckmin fizeram uma aliança de conveniência, que pode não se repetir em 2026.  Foto: Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

Desde que deixou o PSDB e fez aliança com Lula, porém, o vice perdeu boa parte do eleitorado conservador do interior de São Paulo. À época, em 2022, o petista precisava do ex-governador como avalista em setores que o rejeitavam, como o agronegócio, para simbolizar a candidatura de frente ampla, muito além das fronteiras de esquerda. O ex-tucano, por sua vez, necessitava de um parceiro forte para sua reabilitação política após a debacle do PSDB. Foi um casamento de conveniência.

Nesta temporada, Alckmin fez campanha em poucas cidades, embora tenha gravado vídeos para vários candidatos. Além de pedir votos para Tabata em São Paulo, esteve em São Bernardo do Campo, São Carlos, Franca, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Pindamonhangaba e Recife. Em Pinda, apoia Vela, candidato do PT. O vice da chapa é João Ribeiro (PSB), seu conhecido de longa data.

Alckmin despista, no entanto, quando o assunto volta para suas pretensões, em 2026. Enigmático, recita versos de Martins Fontes antes de encerrar a conversa: “Tenho a paixão da gleba circunscrita/ Quero morrer ouvindo a voz bendita/dos pausados cantares paulistanos”. Dizem que, para bom entendedor, meia palavra basta...

Enquanto a disputa para a Prefeitura de São Paulo continua embolada, Geraldo escapa para “Lins” sempre que pode, nos fins de semana, e dá um “baile” nos seguranças. Engana-se, porém, quem pensa que o destino de sua visita seja a cidade localizada a 430 quilômetros da capital paulista, na região centro-oeste do Estado.

“Lins”, para o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, significa “Local incerto e não sabido”. Foi driblando os seguranças que no fim do ano passado, por exemplo, Alckmin acabou dormindo num posto de gasolina que vende pamonha, em plena Via Dutra.

O vice estava voltando de Pindamonhangaba para o seu apartamento em São Paulo quando decidiu estacionar o carro, que ele próprio dirigia, para dar uma cochilada. Perto de 18h30, parou embaixo de uma árvore do posto, reclinou o banco e dormiu.

Alckmin participou de poucos atos de campanha ao lado de Tabata. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

De repente, acordou assustado com uma mão batendo forte na janela de seu HB20, ano 2018. “Aí, doutor! Que moleza, hein?”, afirmou o homem. Mas era assalto? “Não. Era um caminhoneiro que queria tirar retrato comigo”, disse o vice à Coluna.

O susto não impediu que Alckmin, médico anestesista, continuasse apelando para “Lins” uma vez por mês. “Eu dispenso os seguranças e não aviso para onde vou. Saio às 5 horas para fugir do trânsito. Se perguntam depois, digo que fui para “Lins””, contou, pronunciando bem as sílabas.

O destino preferido é sempre Pinda – cidade natal que já administrou como prefeito –, onde ele também aproveita para visitar as duas irmãs. “Lá, a minha academia é a enxada”, resume.

Na capital paulista, Alckmin apoia Tabata Amaral (PSB) para a Prefeitura, mas não participou de muitos atos de campanha ao lado dela. O confronto deste mês, no seu diagnóstico, não terá impacto sobre 2026, ano em que o presidente Lula deve concorrer a novo mandato.

“Eleição municipal é território. Não adianta querer misturar outras coisas”, observou o vice, que estava como presidente em exercício até a manhã desta quarta-feira, 2. Como das outras vezes, ele não se sentou na cadeira ocupada por Lula, no Palácio do Planalto. Superstição? Ele diz que não. “É que presidente só tem um”, responde.

Desta vez, porém, Alckmin teve uma preocupação a mais. Motivo: o avião que trazia Lula do México, onde ele participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum, apresentou problemas técnicos na volta. Com isso, voou cinco horas em círculos para queimar combustível. Lula precisou trocar de aeronave.

Decisão dependerá do cenário político

Nos bastidores, amigos de Alckmin veem suas andanças pelo interior de São Paulo como um sinal de que ele poderá disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, em 2026, ou até mesmo o Senado, e não ser mais vice na chapa de Lula.

Tudo dependerá do cenário político até lá, que passa pelos movimentos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e também por negociações com partidos interessados em fazer dobradinha com o PT.

“Essa hipótese não existe”, desconversa Alckmin, que comandou quatro vezes o Bandeirantes. “Cada coisa tem seu tempo.”

Quando visita as cidades paulistas a trabalho, Alckmin carrega uma ecobag cheia de pastas coloridas etiquetadas, com informações sobre cada município, além daquelas com dados do governo e do ministério que comanda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Lula e Alckmin fizeram uma aliança de conveniência, que pode não se repetir em 2026.  Foto: Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

Desde que deixou o PSDB e fez aliança com Lula, porém, o vice perdeu boa parte do eleitorado conservador do interior de São Paulo. À época, em 2022, o petista precisava do ex-governador como avalista em setores que o rejeitavam, como o agronegócio, para simbolizar a candidatura de frente ampla, muito além das fronteiras de esquerda. O ex-tucano, por sua vez, necessitava de um parceiro forte para sua reabilitação política após a debacle do PSDB. Foi um casamento de conveniência.

Nesta temporada, Alckmin fez campanha em poucas cidades, embora tenha gravado vídeos para vários candidatos. Além de pedir votos para Tabata em São Paulo, esteve em São Bernardo do Campo, São Carlos, Franca, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Pindamonhangaba e Recife. Em Pinda, apoia Vela, candidato do PT. O vice da chapa é João Ribeiro (PSB), seu conhecido de longa data.

Alckmin despista, no entanto, quando o assunto volta para suas pretensões, em 2026. Enigmático, recita versos de Martins Fontes antes de encerrar a conversa: “Tenho a paixão da gleba circunscrita/ Quero morrer ouvindo a voz bendita/dos pausados cantares paulistanos”. Dizem que, para bom entendedor, meia palavra basta...

Enquanto a disputa para a Prefeitura de São Paulo continua embolada, Geraldo escapa para “Lins” sempre que pode, nos fins de semana, e dá um “baile” nos seguranças. Engana-se, porém, quem pensa que o destino de sua visita seja a cidade localizada a 430 quilômetros da capital paulista, na região centro-oeste do Estado.

“Lins”, para o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, significa “Local incerto e não sabido”. Foi driblando os seguranças que no fim do ano passado, por exemplo, Alckmin acabou dormindo num posto de gasolina que vende pamonha, em plena Via Dutra.

O vice estava voltando de Pindamonhangaba para o seu apartamento em São Paulo quando decidiu estacionar o carro, que ele próprio dirigia, para dar uma cochilada. Perto de 18h30, parou embaixo de uma árvore do posto, reclinou o banco e dormiu.

Alckmin participou de poucos atos de campanha ao lado de Tabata. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

De repente, acordou assustado com uma mão batendo forte na janela de seu HB20, ano 2018. “Aí, doutor! Que moleza, hein?”, afirmou o homem. Mas era assalto? “Não. Era um caminhoneiro que queria tirar retrato comigo”, disse o vice à Coluna.

O susto não impediu que Alckmin, médico anestesista, continuasse apelando para “Lins” uma vez por mês. “Eu dispenso os seguranças e não aviso para onde vou. Saio às 5 horas para fugir do trânsito. Se perguntam depois, digo que fui para “Lins””, contou, pronunciando bem as sílabas.

O destino preferido é sempre Pinda – cidade natal que já administrou como prefeito –, onde ele também aproveita para visitar as duas irmãs. “Lá, a minha academia é a enxada”, resume.

Na capital paulista, Alckmin apoia Tabata Amaral (PSB) para a Prefeitura, mas não participou de muitos atos de campanha ao lado dela. O confronto deste mês, no seu diagnóstico, não terá impacto sobre 2026, ano em que o presidente Lula deve concorrer a novo mandato.

“Eleição municipal é território. Não adianta querer misturar outras coisas”, observou o vice, que estava como presidente em exercício até a manhã desta quarta-feira, 2. Como das outras vezes, ele não se sentou na cadeira ocupada por Lula, no Palácio do Planalto. Superstição? Ele diz que não. “É que presidente só tem um”, responde.

Desta vez, porém, Alckmin teve uma preocupação a mais. Motivo: o avião que trazia Lula do México, onde ele participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum, apresentou problemas técnicos na volta. Com isso, voou cinco horas em círculos para queimar combustível. Lula precisou trocar de aeronave.

Decisão dependerá do cenário político

Nos bastidores, amigos de Alckmin veem suas andanças pelo interior de São Paulo como um sinal de que ele poderá disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, em 2026, ou até mesmo o Senado, e não ser mais vice na chapa de Lula.

Tudo dependerá do cenário político até lá, que passa pelos movimentos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e também por negociações com partidos interessados em fazer dobradinha com o PT.

“Essa hipótese não existe”, desconversa Alckmin, que comandou quatro vezes o Bandeirantes. “Cada coisa tem seu tempo.”

Quando visita as cidades paulistas a trabalho, Alckmin carrega uma ecobag cheia de pastas coloridas etiquetadas, com informações sobre cada município, além daquelas com dados do governo e do ministério que comanda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Lula e Alckmin fizeram uma aliança de conveniência, que pode não se repetir em 2026.  Foto: Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

Desde que deixou o PSDB e fez aliança com Lula, porém, o vice perdeu boa parte do eleitorado conservador do interior de São Paulo. À época, em 2022, o petista precisava do ex-governador como avalista em setores que o rejeitavam, como o agronegócio, para simbolizar a candidatura de frente ampla, muito além das fronteiras de esquerda. O ex-tucano, por sua vez, necessitava de um parceiro forte para sua reabilitação política após a debacle do PSDB. Foi um casamento de conveniência.

Nesta temporada, Alckmin fez campanha em poucas cidades, embora tenha gravado vídeos para vários candidatos. Além de pedir votos para Tabata em São Paulo, esteve em São Bernardo do Campo, São Carlos, Franca, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Pindamonhangaba e Recife. Em Pinda, apoia Vela, candidato do PT. O vice da chapa é João Ribeiro (PSB), seu conhecido de longa data.

Alckmin despista, no entanto, quando o assunto volta para suas pretensões, em 2026. Enigmático, recita versos de Martins Fontes antes de encerrar a conversa: “Tenho a paixão da gleba circunscrita/ Quero morrer ouvindo a voz bendita/dos pausados cantares paulistanos”. Dizem que, para bom entendedor, meia palavra basta...

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