Os bastidores do Planalto e do Congresso

O mutirão que Lula quer desavermelhar


Há um duelo de rejeições no mercado da política e a 3.ª via continua no acostamento

Por Vera Rosa

Um curto-circuito gaúcho entre o PT e o PSB levou Luiz Inácio Lula da Silva a escolher o Rio Grande do Sul para a primeira viagem com Geraldo Alckmin, vice em sua chapa. Desta quarta-feira até a quinta-feira, Lula tentará resolver o impasse na aliança entre os dois partidos, que têm pré-candidatos ao governo no Estado onde o presidente Jair Bolsonaro ainda demonstra força política.

O roteiro também previa um dia em Santa Catarina, mas outra disputa regional entre concorrentes do PT e do PSB fez a dupla adiar a visita. Sob o slogan “Todos Juntos pelo Brasil”, a campanha passa a ideia de movimento para além das fronteiras da esquerda. Nem sempre, porém, é possível conter divergências domésticas.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o 'comunismo'.  Foto: Washington Alves/Reuters
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O mutirão que Lula quer desavermelhar ainda enfrenta resistências no centro e na centro-direita, sem contar os senões do próprio PT. Na semana passada, o ex-presidente foi aconselhado a levar um economista mais ortodoxo para a equipe, numa tentativa de acalmar a Faria Lima. “Não é preciso essa ansiedade. Nós vamos ter um plano de investimentos”, reagiu Gleisi Hoffmann, que comanda o PT.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o “comunismo”. O ataque, no entanto, não aparecerá na propaganda de rádio e TV do PL, que estreia amanhã, a quatro meses do 1.º turno das eleições.

O comercial mostrará um outro Brasil. Ali Bolsonaro aparecerá ouvindo o povo, bem ao estilo “gente como a gente”, e irá a uma igreja. Até aí, tudo caminha como em outras campanhas, certo? Não. Ao contrário de eleições anteriores, há um clima muito maior de hostilidade e receio de que as ameaças golpistas de Bolsonaro se concretizem. No país onde um homem é assassinado por agentes da Polícia Rodoviária Federal que transformaram o porta-malas de um carro em câmara de gás e o presidente diz que a mídia defende “a bandidagem”, tudo está de ponta-cabeça.

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No momento em que o mercado da política vive um duelo de rejeições, Bolsonaro admite não ir a debates no 1.º turno para não levar “pancada”. Sugere, porém, que, quando for, as perguntas sejam antecipadas. Prestes a virar nanico, o PSDB não terá candidato próprio ao Planalto, pela primeira vez desde 1989, e a 3.ª via, com Simone Tebet (MDB) a bordo, continua no acostamento.

Lula conversou no mês passado com Fernando Henrique, por telefone, e o convidou para entrar no mutirão. O PSD de Gilberto Kassab deve pegar carona ali em breve. E Ciro Gomes, do PDT? “A vida se encarregará de resolver isso”, disse, em tom enigmático, o deputado José Guimarães, um dos conselheiros de Lula. Quem viver verá.

Um curto-circuito gaúcho entre o PT e o PSB levou Luiz Inácio Lula da Silva a escolher o Rio Grande do Sul para a primeira viagem com Geraldo Alckmin, vice em sua chapa. Desta quarta-feira até a quinta-feira, Lula tentará resolver o impasse na aliança entre os dois partidos, que têm pré-candidatos ao governo no Estado onde o presidente Jair Bolsonaro ainda demonstra força política.

O roteiro também previa um dia em Santa Catarina, mas outra disputa regional entre concorrentes do PT e do PSB fez a dupla adiar a visita. Sob o slogan “Todos Juntos pelo Brasil”, a campanha passa a ideia de movimento para além das fronteiras da esquerda. Nem sempre, porém, é possível conter divergências domésticas.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o 'comunismo'.  Foto: Washington Alves/Reuters

O mutirão que Lula quer desavermelhar ainda enfrenta resistências no centro e na centro-direita, sem contar os senões do próprio PT. Na semana passada, o ex-presidente foi aconselhado a levar um economista mais ortodoxo para a equipe, numa tentativa de acalmar a Faria Lima. “Não é preciso essa ansiedade. Nós vamos ter um plano de investimentos”, reagiu Gleisi Hoffmann, que comanda o PT.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o “comunismo”. O ataque, no entanto, não aparecerá na propaganda de rádio e TV do PL, que estreia amanhã, a quatro meses do 1.º turno das eleições.

O comercial mostrará um outro Brasil. Ali Bolsonaro aparecerá ouvindo o povo, bem ao estilo “gente como a gente”, e irá a uma igreja. Até aí, tudo caminha como em outras campanhas, certo? Não. Ao contrário de eleições anteriores, há um clima muito maior de hostilidade e receio de que as ameaças golpistas de Bolsonaro se concretizem. No país onde um homem é assassinado por agentes da Polícia Rodoviária Federal que transformaram o porta-malas de um carro em câmara de gás e o presidente diz que a mídia defende “a bandidagem”, tudo está de ponta-cabeça.

No momento em que o mercado da política vive um duelo de rejeições, Bolsonaro admite não ir a debates no 1.º turno para não levar “pancada”. Sugere, porém, que, quando for, as perguntas sejam antecipadas. Prestes a virar nanico, o PSDB não terá candidato próprio ao Planalto, pela primeira vez desde 1989, e a 3.ª via, com Simone Tebet (MDB) a bordo, continua no acostamento.

Lula conversou no mês passado com Fernando Henrique, por telefone, e o convidou para entrar no mutirão. O PSD de Gilberto Kassab deve pegar carona ali em breve. E Ciro Gomes, do PDT? “A vida se encarregará de resolver isso”, disse, em tom enigmático, o deputado José Guimarães, um dos conselheiros de Lula. Quem viver verá.

Um curto-circuito gaúcho entre o PT e o PSB levou Luiz Inácio Lula da Silva a escolher o Rio Grande do Sul para a primeira viagem com Geraldo Alckmin, vice em sua chapa. Desta quarta-feira até a quinta-feira, Lula tentará resolver o impasse na aliança entre os dois partidos, que têm pré-candidatos ao governo no Estado onde o presidente Jair Bolsonaro ainda demonstra força política.

O roteiro também previa um dia em Santa Catarina, mas outra disputa regional entre concorrentes do PT e do PSB fez a dupla adiar a visita. Sob o slogan “Todos Juntos pelo Brasil”, a campanha passa a ideia de movimento para além das fronteiras da esquerda. Nem sempre, porém, é possível conter divergências domésticas.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o 'comunismo'.  Foto: Washington Alves/Reuters

O mutirão que Lula quer desavermelhar ainda enfrenta resistências no centro e na centro-direita, sem contar os senões do próprio PT. Na semana passada, o ex-presidente foi aconselhado a levar um economista mais ortodoxo para a equipe, numa tentativa de acalmar a Faria Lima. “Não é preciso essa ansiedade. Nós vamos ter um plano de investimentos”, reagiu Gleisi Hoffmann, que comanda o PT.

Enquanto Lula fustiga a política econômica do Posto Ipiranga e promete salário mínimo acima da inflação, Bolsonaro afirma que o adversário esconde o PT e o “comunismo”. O ataque, no entanto, não aparecerá na propaganda de rádio e TV do PL, que estreia amanhã, a quatro meses do 1.º turno das eleições.

O comercial mostrará um outro Brasil. Ali Bolsonaro aparecerá ouvindo o povo, bem ao estilo “gente como a gente”, e irá a uma igreja. Até aí, tudo caminha como em outras campanhas, certo? Não. Ao contrário de eleições anteriores, há um clima muito maior de hostilidade e receio de que as ameaças golpistas de Bolsonaro se concretizem. No país onde um homem é assassinado por agentes da Polícia Rodoviária Federal que transformaram o porta-malas de um carro em câmara de gás e o presidente diz que a mídia defende “a bandidagem”, tudo está de ponta-cabeça.

No momento em que o mercado da política vive um duelo de rejeições, Bolsonaro admite não ir a debates no 1.º turno para não levar “pancada”. Sugere, porém, que, quando for, as perguntas sejam antecipadas. Prestes a virar nanico, o PSDB não terá candidato próprio ao Planalto, pela primeira vez desde 1989, e a 3.ª via, com Simone Tebet (MDB) a bordo, continua no acostamento.

Lula conversou no mês passado com Fernando Henrique, por telefone, e o convidou para entrar no mutirão. O PSD de Gilberto Kassab deve pegar carona ali em breve. E Ciro Gomes, do PDT? “A vida se encarregará de resolver isso”, disse, em tom enigmático, o deputado José Guimarães, um dos conselheiros de Lula. Quem viver verá.

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