Vereador que homenageou Michelle Bolsonaro compartilha post que chama deputada por nome de homem


Rinaldi Digilio repostou conteúdo sobre a deputada federal Erika Hilton depois que ela tentou barrar homenagem para a ex-primeira-dama no Teatro Municipal; vereador apagou post após ser questionado pelo ‘Estadão’

Por Samuel Lima
Atualização:

O vereador de São Paulo Rinaldi Digilio (União Brasil) compartilhou um post nas redes sociais que troca o nome da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) por outro, de homem. A publicação ocorreu após a parlamentar tentar barrar homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Teatro Municipal na segunda-feira, 25.

A parlamentar foi responsável por apresentar a ação no Tribunal de Justiça (TJ-SP), que levou ao veto do uso do espaço para o evento, e por solicitar a prisão em flagrante do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em caso de descumprimento da liminar. A cerimônia, no entanto, foi mantida no teatro depois que o vereador prometeu pagar R$ 100 mil pelo aluguel por meio de um empréstimo.

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do vereador paulistano Rinaldi Digilio (União Brasil) Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo
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Nesta terça-feira, 26, Digilio republicou vídeo de uma conta anônima que chamava a deputada, que é uma mulher trans, de “Érico Ilton”, com dois emojis de risada. O material debochava do pedido de prisão, alegando que a Polícia Militar estava presente com a sua banda no evento. Procurado pelo Estadão, o vereador apagou o post e disse que “não reparou o nome escrito errado”.

Vereador compartilha post contra deputada federal Erika Hilton e depois apaga Foto: @rinaldidigilio via X

A deputada também foi procurada e ainda não se manifestou sobre o assunto.

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Os vereadores paulistanos aprovaram a entrega do título de cidadã paulistana para a ex-primeira-dama em novembro do ano passado. A justificativa para a concessão da honraria é de que Michelle “é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras”. O Teatro Municipal foi reservado pela Câmara para a realização da sessão solene, o que motivou o questionamento no TJ-SP.

Na sexta-feira, 22, o juiz Marco Antônio Martin Vargas suspendeu a autorização para a realização do evento no local, argumentando que a prefeitura não apresentou justificativas razoáveis para não sediá-lo no plenário da Câmara e que ele poderia representar “grave desvio de finalidade do bem público, do dever de impessoalidade e da promoção pessoal de autoridade”. O TJ-SP estipulou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

‘Vaquinha’ para pagar aluguel do Teatro Municipal

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A Câmara Municipal recorreu alegando que foram realizados mais de 40 eventos do tipo em endereços externos desde 2021, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente do TJ-SP, Fernando Garcia, que disse não ter competência para suspender a medida. O evento acabou sendo realizado de qualquer maneira com o vereador se oferecendo para pagar o aluguel e uma eventual multa do próprio bolso.

Ele, no entanto, tenta reverter o prejuízo divulgando uma “vaquinha” via Pix criada pelo seu próprio assessor de comunicação na plataforma X (antigo Twitter). A estratégia se assemelha a uma vaquinha recebida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para arcar com multas por descumprimento de medidas sanitárias durante a pandemia de covid-19. O político recebeu R$ 17,1 milhões de apoiadores e ainda teve as penalidades anistiadas em São Paulo.

Em 2020, Digilio declarou patrimônio de R$ 2,4 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O vereador é pastor da Igreja do Evangelho Quadranagular e diz lutar contra “proposituras que visam destruir os valores cristãos e da família tradicional” em sua biografia divulgada no site da Câmara de São Paulo.

O vereador de São Paulo Rinaldi Digilio (União Brasil) compartilhou um post nas redes sociais que troca o nome da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) por outro, de homem. A publicação ocorreu após a parlamentar tentar barrar homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Teatro Municipal na segunda-feira, 25.

A parlamentar foi responsável por apresentar a ação no Tribunal de Justiça (TJ-SP), que levou ao veto do uso do espaço para o evento, e por solicitar a prisão em flagrante do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em caso de descumprimento da liminar. A cerimônia, no entanto, foi mantida no teatro depois que o vereador prometeu pagar R$ 100 mil pelo aluguel por meio de um empréstimo.

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do vereador paulistano Rinaldi Digilio (União Brasil) Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

Nesta terça-feira, 26, Digilio republicou vídeo de uma conta anônima que chamava a deputada, que é uma mulher trans, de “Érico Ilton”, com dois emojis de risada. O material debochava do pedido de prisão, alegando que a Polícia Militar estava presente com a sua banda no evento. Procurado pelo Estadão, o vereador apagou o post e disse que “não reparou o nome escrito errado”.

Vereador compartilha post contra deputada federal Erika Hilton e depois apaga Foto: @rinaldidigilio via X

A deputada também foi procurada e ainda não se manifestou sobre o assunto.

Os vereadores paulistanos aprovaram a entrega do título de cidadã paulistana para a ex-primeira-dama em novembro do ano passado. A justificativa para a concessão da honraria é de que Michelle “é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras”. O Teatro Municipal foi reservado pela Câmara para a realização da sessão solene, o que motivou o questionamento no TJ-SP.

Na sexta-feira, 22, o juiz Marco Antônio Martin Vargas suspendeu a autorização para a realização do evento no local, argumentando que a prefeitura não apresentou justificativas razoáveis para não sediá-lo no plenário da Câmara e que ele poderia representar “grave desvio de finalidade do bem público, do dever de impessoalidade e da promoção pessoal de autoridade”. O TJ-SP estipulou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

‘Vaquinha’ para pagar aluguel do Teatro Municipal

A Câmara Municipal recorreu alegando que foram realizados mais de 40 eventos do tipo em endereços externos desde 2021, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente do TJ-SP, Fernando Garcia, que disse não ter competência para suspender a medida. O evento acabou sendo realizado de qualquer maneira com o vereador se oferecendo para pagar o aluguel e uma eventual multa do próprio bolso.

Ele, no entanto, tenta reverter o prejuízo divulgando uma “vaquinha” via Pix criada pelo seu próprio assessor de comunicação na plataforma X (antigo Twitter). A estratégia se assemelha a uma vaquinha recebida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para arcar com multas por descumprimento de medidas sanitárias durante a pandemia de covid-19. O político recebeu R$ 17,1 milhões de apoiadores e ainda teve as penalidades anistiadas em São Paulo.

Em 2020, Digilio declarou patrimônio de R$ 2,4 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O vereador é pastor da Igreja do Evangelho Quadranagular e diz lutar contra “proposituras que visam destruir os valores cristãos e da família tradicional” em sua biografia divulgada no site da Câmara de São Paulo.

O vereador de São Paulo Rinaldi Digilio (União Brasil) compartilhou um post nas redes sociais que troca o nome da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) por outro, de homem. A publicação ocorreu após a parlamentar tentar barrar homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Teatro Municipal na segunda-feira, 25.

A parlamentar foi responsável por apresentar a ação no Tribunal de Justiça (TJ-SP), que levou ao veto do uso do espaço para o evento, e por solicitar a prisão em flagrante do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em caso de descumprimento da liminar. A cerimônia, no entanto, foi mantida no teatro depois que o vereador prometeu pagar R$ 100 mil pelo aluguel por meio de um empréstimo.

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do vereador paulistano Rinaldi Digilio (União Brasil) Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

Nesta terça-feira, 26, Digilio republicou vídeo de uma conta anônima que chamava a deputada, que é uma mulher trans, de “Érico Ilton”, com dois emojis de risada. O material debochava do pedido de prisão, alegando que a Polícia Militar estava presente com a sua banda no evento. Procurado pelo Estadão, o vereador apagou o post e disse que “não reparou o nome escrito errado”.

Vereador compartilha post contra deputada federal Erika Hilton e depois apaga Foto: @rinaldidigilio via X

A deputada também foi procurada e ainda não se manifestou sobre o assunto.

Os vereadores paulistanos aprovaram a entrega do título de cidadã paulistana para a ex-primeira-dama em novembro do ano passado. A justificativa para a concessão da honraria é de que Michelle “é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras”. O Teatro Municipal foi reservado pela Câmara para a realização da sessão solene, o que motivou o questionamento no TJ-SP.

Na sexta-feira, 22, o juiz Marco Antônio Martin Vargas suspendeu a autorização para a realização do evento no local, argumentando que a prefeitura não apresentou justificativas razoáveis para não sediá-lo no plenário da Câmara e que ele poderia representar “grave desvio de finalidade do bem público, do dever de impessoalidade e da promoção pessoal de autoridade”. O TJ-SP estipulou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

‘Vaquinha’ para pagar aluguel do Teatro Municipal

A Câmara Municipal recorreu alegando que foram realizados mais de 40 eventos do tipo em endereços externos desde 2021, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente do TJ-SP, Fernando Garcia, que disse não ter competência para suspender a medida. O evento acabou sendo realizado de qualquer maneira com o vereador se oferecendo para pagar o aluguel e uma eventual multa do próprio bolso.

Ele, no entanto, tenta reverter o prejuízo divulgando uma “vaquinha” via Pix criada pelo seu próprio assessor de comunicação na plataforma X (antigo Twitter). A estratégia se assemelha a uma vaquinha recebida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para arcar com multas por descumprimento de medidas sanitárias durante a pandemia de covid-19. O político recebeu R$ 17,1 milhões de apoiadores e ainda teve as penalidades anistiadas em São Paulo.

Em 2020, Digilio declarou patrimônio de R$ 2,4 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O vereador é pastor da Igreja do Evangelho Quadranagular e diz lutar contra “proposituras que visam destruir os valores cristãos e da família tradicional” em sua biografia divulgada no site da Câmara de São Paulo.

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