Via Twitter, Olavo de Carvalho xinga e estimula demissões


'Guru' bolsonarista foi responsável pela indicação de dois ministros - entre eles o titular da pasta da Educação

Por Paulo Beraldo, Renata Cafardo, Isabela Palhares e com colaboração de Mariana Haubert

A demissão do número dois da Educação, Luiz Antonio Tozi, e o agravamento da crise interna no ministério foram precedidos por uma série de postagens, no Twitter, do escritor Olavo de Carvalho, "guru" bolsonarista e responsável pela indicação de dois ministros - entre eles o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez. As críticas, entre elas ao próprio Tozi, seriam uma retaliação "ao expurgo" promovido contra ex-alunos de Olavo dentro do Ministério da Educação.

Duas fontes ligadas ao MEC disseram que a demissão de Tozi seria parte de um "acordo" entre Bolsonaro e Olavo, segundo o qual o "guru" pararia de publicar mensagens contra o ministério em troca da exoneração. Segundo essas fontes, os dois teriam conversado por telefone na segunda-feira, 11.

A disputa interna no MEC envolve pelo menos três grupos: os chamados "olavistas", ligados a Olavo, os militares ou que foram indicados por eles, e os de perfil mais técnico, em geral oriundos do Centro Paula Souza (autarquia do Estado de São Paulo que administra as faculdades e escolas técnicas). Há ainda um grupo formado por ex-alunos do ministro, de perfil conservador.

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Depois da sucessão de críticas a Vélez, os técnicos o convenceram de afastar os "olavistas". Em suas redes sociais, Olavo publicou nos últimos dias dezenas de mensagens com recados ao governo, a Vélez e a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira, elogiou a demissão do coronel Ricardo Roquetti, diretor de programa da Secretaria Executiva e considerado um desafeto dos "olavistas".

Após a demissão de Roquetti, Olavo elogiou a medida e publicou que era necessário "concluir a limpeza". "Diante de uma operação de infiltração como essa, ninguém pode ser poupado. É preciso mandar todos para a rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o Roquetti."

Olavo também já fez ameaças ao próprio Vélez, e chegou a sugerir a demissão do ministro. "Recomendei o ministro Vélez, mas se ele cair no erro monstruoso que mencionei (acordo com quem estava na pasta antes), ponham-no para fora", escreveu na segunda-feira. Em outra mensagem, Olavo escreveu que não deseja derrubar nenhum ministro e afirmou que apenas apresentou as pessoas. Ele usou um palavrão para externar sua opinião. "O ministério é do Velez. Que o enfie no c..."

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'Crítico'

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta terça-feira, 12, que Olavo esteja causando uma crise no governo. "Ele está no papel dele de crítico. Ele pode muito bem falar. A outra opção que ele tem seria ficar quieto e olhar coisas que ele não concorda acontecendo. Certamente, ele, como brasileiro, não vai fazer isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demissão do número dois da Educação, Luiz Antonio Tozi, e o agravamento da crise interna no ministério foram precedidos por uma série de postagens, no Twitter, do escritor Olavo de Carvalho, "guru" bolsonarista e responsável pela indicação de dois ministros - entre eles o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez. As críticas, entre elas ao próprio Tozi, seriam uma retaliação "ao expurgo" promovido contra ex-alunos de Olavo dentro do Ministério da Educação.

Duas fontes ligadas ao MEC disseram que a demissão de Tozi seria parte de um "acordo" entre Bolsonaro e Olavo, segundo o qual o "guru" pararia de publicar mensagens contra o ministério em troca da exoneração. Segundo essas fontes, os dois teriam conversado por telefone na segunda-feira, 11.

A disputa interna no MEC envolve pelo menos três grupos: os chamados "olavistas", ligados a Olavo, os militares ou que foram indicados por eles, e os de perfil mais técnico, em geral oriundos do Centro Paula Souza (autarquia do Estado de São Paulo que administra as faculdades e escolas técnicas). Há ainda um grupo formado por ex-alunos do ministro, de perfil conservador.

Depois da sucessão de críticas a Vélez, os técnicos o convenceram de afastar os "olavistas". Em suas redes sociais, Olavo publicou nos últimos dias dezenas de mensagens com recados ao governo, a Vélez e a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira, elogiou a demissão do coronel Ricardo Roquetti, diretor de programa da Secretaria Executiva e considerado um desafeto dos "olavistas".

Após a demissão de Roquetti, Olavo elogiou a medida e publicou que era necessário "concluir a limpeza". "Diante de uma operação de infiltração como essa, ninguém pode ser poupado. É preciso mandar todos para a rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o Roquetti."

Olavo também já fez ameaças ao próprio Vélez, e chegou a sugerir a demissão do ministro. "Recomendei o ministro Vélez, mas se ele cair no erro monstruoso que mencionei (acordo com quem estava na pasta antes), ponham-no para fora", escreveu na segunda-feira. Em outra mensagem, Olavo escreveu que não deseja derrubar nenhum ministro e afirmou que apenas apresentou as pessoas. Ele usou um palavrão para externar sua opinião. "O ministério é do Velez. Que o enfie no c..."

'Crítico'

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta terça-feira, 12, que Olavo esteja causando uma crise no governo. "Ele está no papel dele de crítico. Ele pode muito bem falar. A outra opção que ele tem seria ficar quieto e olhar coisas que ele não concorda acontecendo. Certamente, ele, como brasileiro, não vai fazer isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demissão do número dois da Educação, Luiz Antonio Tozi, e o agravamento da crise interna no ministério foram precedidos por uma série de postagens, no Twitter, do escritor Olavo de Carvalho, "guru" bolsonarista e responsável pela indicação de dois ministros - entre eles o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez. As críticas, entre elas ao próprio Tozi, seriam uma retaliação "ao expurgo" promovido contra ex-alunos de Olavo dentro do Ministério da Educação.

Duas fontes ligadas ao MEC disseram que a demissão de Tozi seria parte de um "acordo" entre Bolsonaro e Olavo, segundo o qual o "guru" pararia de publicar mensagens contra o ministério em troca da exoneração. Segundo essas fontes, os dois teriam conversado por telefone na segunda-feira, 11.

A disputa interna no MEC envolve pelo menos três grupos: os chamados "olavistas", ligados a Olavo, os militares ou que foram indicados por eles, e os de perfil mais técnico, em geral oriundos do Centro Paula Souza (autarquia do Estado de São Paulo que administra as faculdades e escolas técnicas). Há ainda um grupo formado por ex-alunos do ministro, de perfil conservador.

Depois da sucessão de críticas a Vélez, os técnicos o convenceram de afastar os "olavistas". Em suas redes sociais, Olavo publicou nos últimos dias dezenas de mensagens com recados ao governo, a Vélez e a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira, elogiou a demissão do coronel Ricardo Roquetti, diretor de programa da Secretaria Executiva e considerado um desafeto dos "olavistas".

Após a demissão de Roquetti, Olavo elogiou a medida e publicou que era necessário "concluir a limpeza". "Diante de uma operação de infiltração como essa, ninguém pode ser poupado. É preciso mandar todos para a rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o Roquetti."

Olavo também já fez ameaças ao próprio Vélez, e chegou a sugerir a demissão do ministro. "Recomendei o ministro Vélez, mas se ele cair no erro monstruoso que mencionei (acordo com quem estava na pasta antes), ponham-no para fora", escreveu na segunda-feira. Em outra mensagem, Olavo escreveu que não deseja derrubar nenhum ministro e afirmou que apenas apresentou as pessoas. Ele usou um palavrão para externar sua opinião. "O ministério é do Velez. Que o enfie no c..."

'Crítico'

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta terça-feira, 12, que Olavo esteja causando uma crise no governo. "Ele está no papel dele de crítico. Ele pode muito bem falar. A outra opção que ele tem seria ficar quieto e olhar coisas que ele não concorda acontecendo. Certamente, ele, como brasileiro, não vai fazer isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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