As pesquisas de intenção de voto mostram que o cenário mais provável é de um segundo turno nas eleições, mas uma vitória em primeiro turno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ser descartada. A avaliação é do banco Goldman Sachs, que vê no “voto útil” um vetor que poderia levar o petista a ganhar a disputa já no dia 2 de outubro.
“A dinâmica recente das pesquisas mostra que ainda é provável que as eleições só sejam definidas em um segundo turno, embora uma vitória em primeiro turno pelo ex-presidente Lula não seja impossível, especialmente se essas considerações sobre o voto útil se manifestarem”, escrevem os analistas do banco Alberto Ramos, Sergio Armella, Santiago Tellez e Renan Muta, em relatório.
Agregador de Pesquisas do Estadão
O agregador de pesquisas do Goldman Sachs mostra uma diferença de 10 pontos porcentuais entre Lula, que marca 44% das intenções de voto, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado nas pesquisas, com 34,2%. De acordo com o banco, o principal vetor que pode impulsionar a campanha petista é o voto útil dos eleitores de Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na disputa (7,2%).
Os analistas ponderam que o aumento do tíquete médio do Auxílio Brasil para R$ 600 ainda parece ter tido pouco impacto positivo sobre as intenções de voto de Bolsonaro, embora o presidente tenha visto uma melhora da sua taxa de aprovação nos últimos meses. O banco nota, no entanto, que a taxa de abstenção dos eleitores de Lula pode ser maior, o que corrobora a expectativa de segundo turno.